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# Ciências da saúde# Medicina cardiovascolare

Examinando as Desigualdades Raciais nos Resultados da Síndrome de Takotsubo

Um estudo mostra diferenças significativas nos resultados de TTS entre grupos raciais e étnicos.

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Desigualdades do TTSDesigualdades do TTSReveladasresultados da síndrome do coração.Fatores raciais influenciam bastante os
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A Síndrome de Takotsubo (TTS) é uma condição do Coração que causa falência temporária do músculo cardíaco. Geralmente acontece após um estresse emocional ou físico intenso, e por isso é às vezes chamada de "síndrome do coração partido". O nome vem de uma armadilha japonesa para polvo, que tem uma forma parecida com o coração durante o episódio. A TTS afeta mais mulheres pós-menopáusicas e pode imitar os sintomas de um ataque cardíaco sem qualquer bloqueio nas artérias coronárias.

Por que entender a TTS?

Embora as causas exatas da TTS ainda estejam sendo estudadas, vários fatores foram sugeridos. Algumas teorias apontam para o estresse que leva a altos níveis de hormônios que podem afetar o coração. Outras possíveis razões incluem problemas com vasos sanguíneos pequenos, inflamação, falta de estrogênio e o coração temporariamente não funcionando bem.

Muita gente com TTS se recupera bem, mas algumas podem enfrentar complicações sérias. O número exato de pessoas com TTS não é bem conhecido, mas estima-se que representa 1-2% das pessoas suspeitas de ter um ataque cardíaco.

Desigualdades raciais e étnicas

Pesquisas mostraram que a TTS pode afetar diferentes grupos raciais e étnicos de maneiras variadas. Compreender essas diferenças é essencial para melhorar a assistência médica e enfrentar as desigualdades na saúde.

Poucos estudos se debruçaram sobre como raça e etnia impactam os resultados hospitalares para TTS. Nossa pesquisa teve como objetivo preencher essa lacuna, examinando como diferentes grupos raciais se saem nos hospitais quando diagnosticados com TTS. Esperávamos encontrar que os grupos minoritários poderiam ter resultados piores em comparação com pacientes brancos.

Método do Estudo

Usamos uma grande base de dados chamada National Inpatient Sample (NIS) que coleta informações de hospitais em todo os EUA. Essa base inclui dados de milhões de Internações, permitindo que reuníssemos muita informação sobre casos de TTS e resultados dos pacientes.

No nosso estudo, focamos em pacientes que foram categorizados como brancos, hispânicos, negros, asiáticos, nativos americanos e outros. Analisamos vários aspectos da internação, incluindo o tempo que ficaram internados, custos e resultados de saúde em geral.

Resultados do Estudo

Na nossa análise de quase 33.000 internações por TTS, vimos que a maioria dos pacientes era branca. Pacientes negros e hispânicos representaram porções menores do grupo. A idade média de todos os pacientes era 67 anos, com uma maioria significativa (89,4%) sendo feminina. Curiosamente, pacientes negros e hispânicos eram, em média, mais jovens no momento da internação em comparação com pacientes brancos.

Níveis de Renda

Quando olhamos para os níveis de renda, encontramos que muitos pacientes negros e hispânicos eram de famílias de baixa renda. Por exemplo, cerca da metade dos pacientes negros se encaixava na categoria de renda mais baixa. Por outro lado, muitos pacientes asiáticos foram identificados em grupos de renda mais alta. Essa diferença nos níveis de renda pode desempenhar um papel nos resultados de saúde e no acesso aos cuidados médicos.

Duração da Internação e Custos

Em média, os pacientes com TTS ficaram internados por 3,5 dias. No entanto, pacientes negros e nativos americanos tiveram internações mais longas. Os custos de internação também variaram de acordo com a raça. Pacientes negros e hispânicos enfrentaram cobranças hospitalares mais altas em comparação com pacientes brancos, enquanto pacientes asiáticos tiveram os custos mais altos no geral.

Essas diferenças na duração da internação e nas cobranças podem refletir a gravidade da condição ou possíveis atrasos em receber o tratamento adequado. O peso financeiro sobre os grupos minoritários destaca a necessidade de mudanças nas políticas de saúde para garantir tratamento justo para todos.

Complicações Cardíacas

Também encontramos diferenças em problemas cardíacos entre os diferentes grupos raciais. Por exemplo, as taxas de insuficiência cardíaca e choque cardiogênico (uma condição séria onde o coração não consegue bombear sangue suficiente) eram mais altas entre pacientes negros e asiáticos. Essas taxas elevadas podem ser resultado de vários fatores, incluindo predisposições genéticas, acesso ao tratamento e à qualidade do cuidado recebido.

Acidente Vascular Cerebral e Embolia Pulmonar

Em nossos resultados, pacientes negros tiveram taxas significativamente mais altas de acidente vascular cerebral e embolia pulmonar (um bloqueio em um vaso sanguíneo nos pulmões). Esses problemas eram menos comuns entre pacientes brancos. As diferenças sugerem que alguns grupos podem ter problemas de saúde subjacentes ou dificuldades de acesso que contribuem para essas complicações.

Mortalidade e Parada Cardíaca

O estudo também examinou taxas de mortalidade durante a internação. Pacientes asiáticos tiveram o maior risco de morrer durante a internação, seguidos por outros grupos minoritários. Pacientes negros também mostraram taxas mais altas de parada cardíaca em comparação com pacientes brancos. Esses achados demonstram os desafios de saúde desiguais enfrentados por diferentes grupos raciais.

Estresse e Resultados de Saúde

O estresse crônico, que pode ser mais prevalente entre certos grupos minoritários, pode impactar negativamente a saúde. Esse estresse pode levar a níveis elevados de hormônios que afetam o coração, potencialmente levando a resultados piores para aqueles indivíduos com TTS.

Conclusão

Resumindo, nosso estudo traz à tona disparidades notáveis nos resultados da TTS entre diferentes grupos raciais e étnicos. Embora a TTS seja mais comum em pacientes brancos, aqueles de origens minoritárias, especialmente pacientes negros e hispânicos, enfrentam um risco maior de complicações severas. Fatores como renda, acesso aos cuidados de saúde e influências genéticas desempenham todos um papel nesses resultados.

Mais pesquisas são necessárias para abordar essas disparidades, focando em compreender as barreiras que grupos minoritários enfrentam para acessar cuidados médicos. Esse conhecimento é vital para melhorar as opções de tratamento e cuidado para todos afetados pela síndrome de Takotsubo.

Fonte original

Título: Racial and Ethnic Disparities among Takotsubo Cardiomyopathy; A Nation-Wide Analysis

Resumo: BackgroundTakotsubo syndrome (TTS), a stress-induced transient left ventricular dysfunction, remains poorly understood, with an estimated incidence of 1-2% among acute coronary syndrome cases. This study investigates racial and ethnic disparities in hospital outcomes and clinical characteristics of TTS. MethodsWe conducted a retrospective cohort study using the National Inpatient Sample data from 2016 to 2020, identifying TTS cases through validated ICD-10 codes. Statistical analysis was performed using Stata 18, with logistic regression models adjusting for confounders to identify disparities in outcomes. ResultsThe study included 32,785 TTS hospitalizations; the majority were White (80.5%), followed by Black (6.7%) and Hispanic (5.8%) patients. Minority groups, mainly Black and Hispanic patients, were younger (average age 63) and predominantly from lower-income brackets, while paradoxical Asians had the highest income bracket. Notable findings include Black patients showed the highest rate of stroke (4.8%, OR 2.1, p = 0.003). The rate of cardiogenic shock was highest among Asians (11%, OR 2, p < 0.001). Mortality rates were elevated in Black (2%, OR 1.5, p < 0.001) and Asian populations (1.8%, OR 1.97, p < 0.001). ConclusionSignificant racial and ethnic disparities exist in TTS outcomes, with minority groups having more in-hospital outcomes. These findings highlight the urgent need for targeted interventions and further research to reduce healthcare inequities in TTS management.

Autores: Jamal C Perry, O. M. Akinti, H. A. Becerra, H. O. Aiwuyo, C. O. Poluyi, A. Khan

Última atualização: 2024-03-18 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.18.24302960

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.18.24302960.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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