Abordando a Incerteza em Modelos de Aprendizado Profundo
Explorando novas maneiras de melhorar a representação da incerteza em deep learning.
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Índice
Aprendizado profundo é uma ferramenta poderosa na área de ciência da computação. É especialmente útil pra entender como nossos cérebros funcionam. Essa área de estudo ajuda os cientistas a conectar como nosso cérebro responde às informações e como a gente percebe ou age em resposta a essas informações. Mas um grande desafio é representar a Incerteza de forma precisa. Os modelos de aprendizado profundo às vezes cometem erros ao estimar essa incerteza, o que pode causar problemas, principalmente quando tentam imitar como nosso cérebro funciona.
Quando a gente olha pra informações através dos nossos sentidos, muitas vezes tentamos descobrir coisas que não conseguimos ver diretamente. Isso significa que nossos cérebros estão sempre fazendo suposições baseadas em informações incompletas. Uma forma que nossos cérebros fazem isso é através de um processo chamado inferência bayesiana, que ajuda a entender a incerteza nas informações que recebemos. Tradicionalmente, esse método nos dá um único melhor palpite. Mas, às vezes, a gente precisa entender uma variedade de possibilidades em vez de só um número.
VAEs)
Autoencoders Variacionais (Uma forma de modelar a incerteza é usando um método chamado Autoencoders Variacionais (VAEs). Esses modelos ajudam a aprender representações eficientes de dados sem precisar de rótulos. Eles consistem em duas partes: um Codificador e um Decodificador. O codificador pega dados de entrada, como imagens, e os comprime em uma representação mais simples, enquanto o decodificador reconstrói as imagens originais a partir dessas representações simplificadas.
Os VAEs têm sido particularmente úteis porque ajudam a descobrir características ocultas nos dados. Mas, embora eles possam produzir resultados úteis, nem sempre lidam com a incerteza de uma maneira significativa. Por exemplo, quando apresentados a imagens que estão distorcidas ou diferentes daquelas nas quais foram treinados, os VAEs podem não refletir a incerteza de forma precisa.
O Desafio da Incerteza
Em muitas situações práticas, saber quão certos estamos sobre uma previsão pode ser tão importante quanto a própria previsão. Por exemplo, na área da saúde, ao diagnosticar um paciente, um médico precisa considerar a confiabilidade de vários testes e resultados de imagens. Se um modelo estiver confiante em uma previsão errada, isso pode levar a erros sérios.
Modelos que não reportam a incerteza de forma precisa podem ser problemáticos, especialmente quando eles encontram novas imagens ou imagens corrompidas. Nesses casos, fica crucial construir modelos que possam expressar a incerteza de forma mais precisa.
Apresentando Autoencoders Variacionais Explicativos (EA-VAEs)
Pra resolver esse problema, pesquisadores criaram um novo tipo de VAE chamado Autoencoder Variacional Explicativo (EA-VAE). A ideia principal por trás dos EA-VAEs é adicionar uma camada extra de complexidade ao modelo que ajuda a gerenciar a incerteza melhor. Especificamente, os EA-VAEs introduzem uma variável global que ajuda a escalar as representações latentes, permitindo que o modelo expresse a incerteza de uma maneira mais clara.
Essa nova abordagem ajuda o modelo a lidar com vários cenários, incluindo quando as imagens estão corrompidas, ao adivinhar o que está entre duas imagens, ou ao tentar identificar imagens que não pertencem ao conjunto de treinamento.
Como os EA-VAEs Funcionam
O modelo EA-VAE funciona de maneira semelhante ao VAE tradicional, mas com a adição dessa variável latente global. O codificador agora não só foca nas características principais da imagem de entrada, mas também considera quão significativas essas características são de forma mais ampla. Ao incorporar esse fator multiplicativo, o modelo pode fornecer uma visão mais abrangente da incerteza.
Quando confrontados com diferentes tipos de imagens, como imagens naturais ou médicas, os EA-VAEs podem mostrar quão incertos estão sobre suas previsões. Isso é importante porque permite que o modelo seja mais responsivo a vários tipos de dados, dando estimativas de incerteza mais precisas.
Testando os EA-VAEs
Pesquisadores fizeram vários testes pra ver quão eficazes são os EA-VAEs. Eles analisaram diferentes cenários, como a capacidade dos modelos de lidar com imagens naturais, números manuscritos e imagens médicas.
Imagens Naturais
Em experimentos usando imagens naturais, eles descobriram que os VAEs padrão tiveram dificuldade em mostrar níveis de incerteza precisos. Quando aumentaram o contraste nas imagens, a incerteza deveria diminuir, mas os VAEs muitas vezes indicaram maior incerteza com mais contraste. Isso mostra como os VAEs podem representar mal a informação.
Por outro lado, ao usar os EA-VAEs, a relação entre contraste e incerteza se comportou de forma mais esperada. À medida que as imagens ficavam mais claras, a incerteza reportada pelo EA-VAE diminuía, mostrando como ele poderia gerenciar a incerteza melhor.
Números Manuscritos e Imagens Médicas
Testes semelhantes foram feitos com o conjunto de dados MNIST, que inclui dígitos manuscritos. Assim como com imagens naturais, os EA-VAEs se saíram melhor que os VAEs padrão. Quando o EA-VAE se deparou com uma imagem média de um dígito, ele reportou maior incerteza. Em contraste, o VAE padrão não refletiu essa incerteza de forma precisa.
O mesmo padrão apareceu ao usar imagens médicas. Quando as imagens foram gradualmente corrompidas, os EA-VAEs reportaram incerteza crescente. Em contraste, os VAEs mantiveram níveis de incerteza mais baixos, não ajustando suas estimativas à medida que a informação se tornava menos clara.
Detecção de Distribuição Fora do Normal
Um dos testes mais cruciais para qualquer modelo de aprendizado de máquina é ver quão bem ele pode lidar com imagens que nunca viu antes. Nesse cenário, os EA-VAEs novamente mostraram sua força. Quando confrontados com imagens de diferentes conjuntos de dados, os EA-VAEs reportaram alta incerteza rapidamente. Isso significa que eles reconheceram que estavam encontrando algo desconhecido, ao contrário dos VAEs padrão, que muitas vezes tentaram interpretar incorretamente as imagens fora da distribuição.
Implicações dos EA-VAEs
As melhorias vistas com os EA-VAEs podem ter várias aplicações. Por exemplo, eles podem ser benéficos em áreas como medicina e direção autônoma, onde entender a incerteza pode levar a uma melhor tomada de decisão.
Na saúde, se um modelo puder reportar a incerteza de forma precisa, isso ajuda os médicos a tomar decisões informadas com base nas saídas do modelo. Em carros autônomos, saber quando um modelo está inseguro sobre um obstáculo pode ser crucial pra segurança.
Conclusão
O aprendizado profundo continua a evoluir, e entender como esses modelos representam a incerteza é essencial para seu sucesso no futuro. Os EA-VAEs apresentam um desenvolvimento promissor nessa área ao oferecer uma previsão de incerteza aprimorada. Esses modelos podem ajudar a conectar a inteligência artificial e nossa compreensão do cérebro e da percepção, levando a melhores ferramentas em várias aplicações do mundo real.
Através de pesquisa e aplicação continuadas, os EA-VAEs podem levar a avanços significativos. Modelos mais precisos trarão melhorias em campos que dependem fortemente de dados e precisão nas previsões. À medida que nossa compreensão desses modelos complexos cresce, também cresce seu potencial de mudar a maneira como interagimos com a tecnologia e entendemos nosso mundo.
Título: Uncertainty in latent representations of variational autoencoders optimized for visual tasks
Resumo: Deep learning methods are increasingly becoming instrumental as modeling tools in computational neuroscience, employing optimality principles to build bridges between neural responses and perception or behavior. Developing models that adequately represent uncertainty is however challenging for deep learning methods, which often suffer from calibration problems. This constitutes a difficulty in particular when modeling cortical circuits in terms of Bayesian inference, beyond single point estimates such as the posterior mean or the maximum a posteriori. In this work we systematically studied uncertainty representations in latent representations of variational auto-encoders (VAEs), both in a perceptual task from natural images and in two other canonical tasks of computer vision, finding a poor alignment between uncertainty and informativeness or ambiguities in the images. We next showed how a novel approach which we call explaining-away variational auto-encoders (EA-VAEs), fixes these issues, producing meaningful reports of uncertainty in a variety of scenarios, including interpolation, image corruption, and even out-of-distribution detection. We show EA-VAEs may prove useful both as models of perception in computational neuroscience and as inference tools in computer vision.
Autores: Josefina Catoni, Enzo Ferrante, Diego H. Milone, Rodrigo Echeveste
Última atualização: 2024-04-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2404.15390
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2404.15390
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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