Entendendo as Distrofias Relacionadas ao Colágeno VI
Uma olhada na miopatia UCMD e Bethlem e seu impacto.
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Índice
- Distrofia Muscular Congênita de Ullrich (UCMD)
- Sintomas e Progressão
- Miopatia de Bethlem (BM)
- Sintomas e Progressão
- Diferenças e Semelhanças
- Fenótipos Intermediários
- Causas Genéticas
- Variante COL6A1 c.930+189C>T
- Apresentação Clínica
- Diagnóstico e Tratamento
- Importância do Diagnóstico Precoce
- Manejo e Cuidado
- Cuidados de Apoio
- Impactos Familiares e Sociais
- Conclusão
- Fonte original
Distrofias relacionadas ao colágeno VI são um grupo de condições que afetam músculos e tecido conectivo. Os dois principais tipos são a distrofia muscular congênita de Ullrich (UCMD) e a miopatia de Bethlem (BM). Ambas resultam de alterações em genes específicos que são responsáveis pela produção do colágeno tipo VI, que ajuda a formar e sustentar os músculos. Essas condições podem ser severas ou leves, com sintomas e resultados variados.
Distrofia Muscular Congênita de Ullrich (UCMD)
A UCMD é um distúrbio muscular sério que geralmente aparece ao nascer ou logo depois. Foi descrita pela primeira vez em 1930 e se caracteriza por Fraqueza Muscular, problemas nas articulações e outras questões físicas. Alguns dos sinais iniciais incluem tônus muscular baixo, rigidez em certas articulações e articulações soltas em outras áreas. Bebês com UCMD podem ter dificuldade para se mover e também podem apresentar sinais como deslocamento do quadril e posições estranhas das mãos e pés.
Sintomas e Progressão
Os sintomas da UCMD podem frequentemente ser vistos até antes do nascimento, onde movimentos diminuídos no útero podem ser um indicador precoce. Ao nascer, as pessoas afetadas geralmente têm:
- Músculos fracos (hipotonia)
- Rigidez em torno dos quadris e joelhos
- Deslocamento dos quadris
- Posições incomuns das mãos e pés
- Uma curva visível da coluna (escoliose)
Conforme as crianças com UCMD crescem, podem alcançar certos marcos, como andar, mas muitas perdem a capacidade de andar sozinhas por volta dos dez anos. Uma vez que não conseguem mais andar, podem precisar de uma cadeira de rodas para se locomover. A fraqueza muscular permanece relativamente estável, mas os problemas nas articulações podem piorar com o tempo, dificultando a mobilidade.
Dificuldades respiratórias também são comuns na UCMD. Muitas crianças precisam de auxílio para respirar à medida que envelhecem, e isso geralmente começa por volta dos onze anos. O cuidado e monitoramento adequados podem ajudar a gerenciar esses desafios.
Miopatia de Bethlem (BM)
A miopatia de Bethlem costuma ser mais leve que a UCMD, mas ainda causa fraqueza muscular e problemas nas articulações. A condição foi documentada pela primeira vez em 1976 e impacta mais os adultos do que as crianças.
Sintomas e Progressão
Sinais iniciais da miopatia de Bethlem também podem aparecer ao nascer. Alguns dos sintomas iniciais incluem:
- Tônus muscular baixo
- Fraqueza nos músculos do pescoço
- Rigidez nas articulações, especialmente em torno do tendão de Aquiles e cotovelos
Embora muitas pessoas com miopatia de Bethlem experimentem alguma fraqueza muscular, frequentemente mantêm a capacidade de andar na vida adulta. No entanto, muitas precisarão de uma cadeira de rodas para longas distâncias por volta dos cinquenta anos. Problemas respiratórios podem se desenvolver em alguns adultos, mas isso não acontece com todos.
Diferenças e Semelhanças
Embora a UCMD e a miopatia de Bethlem tenham sido inicialmente vistas como condições diferentes, agora se entende que elas existem em um espectro. A UCMD representa sintomas mais severos, enquanto a miopatia de Bethlem geralmente se apresenta de forma mais leve. Entre essas duas condições, existem o que são chamados de fenótipos intermediários, mostrando características de ambas as condições.
Fenótipos Intermediários
Indivíduos com formas intermediárias dessas condições podem andar por mais tempo do que aqueles com UCMD, mas não atingem o nível de atividade visto nos que têm miopatia de Bethlem. Eles geralmente perdem a capacidade de andar por volta dos dezenove anos e também podem precisar de suporte respiratório no início dos vinte.
Causas Genéticas
Tanto a UCMD quanto a miopatia de Bethlem são causadas por alterações nos genes responsáveis pela produção do colágeno VI. Essas mudanças genéticas podem ser herdadas ou ocorrer espontaneamente. Os genes específicos afetados incluem COL6A1, COL6A2 e COL6A3.
Variante COL6A1 c.930+189C>T
Uma descoberta significativa é uma alteração genética específica no gene COL6A1 conhecida como c.930+189C>T. Essa variante pode levar a uma forma de UCMD que pode começar mais leve, mas progride rapidamente, resultando em sintomas semelhantes aos da UCMD clássica.
Pacientes com essa variante podem apresentar menos sintomas ao nascer em comparação a outros com UCMD, mas depois desenvolvem problemas mais rapidamente. Isso leva a desafios substanciais na mobilidade e respiração à medida que envelhecem.
Apresentação Clínica
Pacientes com a variante COL6A1 c.930+189C>T costumam mostrar:
- Movimento reduzido durante a gravidez
- Sintomas como tônus muscular baixo e problemas nas articulações ao nascer
- Idade média de início da marcha em torno de 1,4 anos
- Perda da mobilidade independente por volta dos 8 anos
- Início do suporte respiratório por volta dos 11 anos
Em comparação, aqueles com UCMD clássica costumam exibir sintomas mais pronunciados ao nascer e perdem a mobilidade mais cedo.
Diagnóstico e Tratamento
Diagnosticar essas condições envolve uma combinação de avaliação clínica, testes genéticos e estudos de imagem. Biópsias musculares e técnicas de imagem como ressonância magnética e ultrassonografia podem ajudar a entender a condição e função dos músculos.
Importância do Diagnóstico Precoce
Reconhecer rapidamente os sintomas e fazer testes genéticos é crucial para gerenciar essas condições de forma eficaz. A intervenção precoce pode impactar significativamente a qualidade de vida, ajudando a abordar a fraqueza muscular e dificuldades respiratórias.
Manejo e Cuidado
Gerenciar distrofias relacionadas ao COL6 requer uma abordagem em equipe. Fisioterapia regular pode ajudar a manter a função e flexibilidade muscular. O suporte respiratório pode ajudar aqueles com problemas respiratórios.
Cuidados de Apoio
Avaliações regulares por profissionais de saúde e cuidados de apoio personalizados são essenciais. As estratégias de intervenção podem incluir:
- Terapia ocupacional e fisioterapia
- Monitoramento regular da função respiratória
- Uso de ajudas à mobilidade conforme necessário
Impactos Familiares e Sociais
As famílias desempenham um papel vital no cuidado de indivíduos com distrofias relacionadas ao COL6. Entender a condição e seus impactos pode ajudar as famílias a fornecer melhor suporte e recursos.
Recursos comunitários, grupos de apoio locais e informações de profissionais de saúde podem ajudar as famílias a enfrentar os desafios associados a essas condições.
Conclusão
As distrofias relacionadas ao colágeno VI, incluindo UCMD e miopatia de Bethlem, apresentam desafios únicos para os indivíduos afetados e suas famílias. Compreender as diferenças entre essas condições, especialmente as implicações de variantes genéticas específicas como COL6A1 c.930+189C>T, é crucial para um diagnóstico e manejo eficazes. Intervenções precoces e cuidados de apoio podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e aumentar a mobilidade e função respiratória.
O crescente conhecimento sobre essas condições é essencial para futuras pesquisas e possíveis terapias que possam melhorar os resultados para indivíduos que vivem com essas distrofias musculares.
Título: The recurrent deep intronic pseudoexon-inducing variant COL6A1 c.930+189C>T results in a consistently severe phenotype of COL6-related dystrophy: Towards clinical trial readiness for splice-modulating therapy
Resumo: Collagen VI-related dystrophies (COL6-RDs) manifest with a spectrum of clinical phenotypes, ranging from Ullrich congenital muscular dystrophy (UCMD), presenting with prominent congenital symptoms and characterised by progressive muscle weakness, joint contractures and respiratory insufficiency, to Bethlem muscular dystrophy, with milder symptoms typically recognised later and at times resembling a limb girdle muscular dystrophy, and intermediate phenotypes falling between UCMD and Bethlem muscular dystrophy. Despite clinical and immunohistochemical features highly suggestive of COL6-RD, some patients had remained without an identified causative variant in COL6A1, COL6A2 or COL6A3. With combined muscle RNA-sequencing and whole-genome sequencing we uncovered a recurrent, de novo deep intronic variant in intron 11 of COL6A1 (c.930+189C>T) that leads to a dominantly acting in-frame pseudoexon insertion. We subsequently identified and have characterised an international cohort of forty-four patients with this COL6A1 intron 11 causative variant, one of the most common recurrent causative variants in the collagen VI genes. Patients manifest a consistently severe phenotype characterised by a paucity of early symptoms followed by an accelerated progression to a severe form of UCMD, except for one patient with somatic mosaicism for this COL6A1 intron 11 variant who manifests a milder phenotype consistent with Bethlem muscular dystrophy. Characterisation of this individual provides a robust validation for the development of our pseudoexon skipping therapy. We have previously shown that splice-modulating antisense oligomers applied in vitro effectively decreased the abundance of the mutant pseudoexon-containing COL6A1 transcripts to levels comparable to the in vivo scenario of the somatic mosaicism shown here, indicating that this therapeutic approach carries significant translational promise for ameliorating the severe form of UCMD caused by this common recurrent COL6A1 causative variant to a Bethlem muscular dystrophy phenotype.
Autores: A. Reghan Foley, V. Bolduc, F. Guirguis, S. Donkervoort, Y. Hu, R. Orbach, R. M. McCarty, A. Sarathy, G. Norato, B. B. Cummings, M. Lek, A. Sarkozy, R. J. Butterfield, J. Kirschner, A. Nascimento, D. Natera-de Benito, S. Quijano-Roy, T. Stojkovic, L. Merlini, G. Comi, M. Ryan, D. McDonald, P. Munot, G. Yoon, E. Leung, E. Finanger, M. E. Leach, J. Collins, C. Tian, P. Mohassel, S. B. Neuhaus, D. Saade, B. Cocanougher, M.-L. Chu, M. Scavina, C. Grosmann, R. Randal, B. D. Kossak, S. M. Gospe, V. Bhise, G. Taurina, B. Lace, M. Troncoso, M. Shohat, A Shalata
Última atualização: 2024-03-29 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.29.24304673
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.29.24304673.full.pdf
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