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O Impacto da Demência nos Resultados de Hemorragia Intracerebral

Estudo analisa como a demência pré-existente afeta a recuperação de AVC em pacientes chineses.

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Hemorragia Intracerebral (HIC) é um tipo sério de AVC que rola quando um vaso sanguíneo no cérebro estoura, causando sangramento dentro do cérebro. Essa parada é responsável por cerca de 10% a 15% dos AVCs no mundo todo e pode levar a problemas de saúde graves e até à morte. Um fator que pode influenciar o resultado para pacientes com HIC é se eles têm demência pré-existente, uma condição que atrapalha a memória e outras funções cognitivas.

Importância do Estudo

A maioria dos estudos sobre resultados de AVCs focou em AVCs isquêmicos, que acontecem por bloqueios em vasos sanguíneos, principalmente em populações brancas. Tem menos informação sobre HIC e como a demência afeta os resultados, especialmente em grupos não caucasianos. Esse estudo analisou como a demência pré-existente impacta os resultados de HIC em uma população chinesa usando dados de um registro nacional chamado Aliança do Centro de AVC da China.

Métodos de Pesquisa

A Aliança do Centro de AVC da China coleta dados de vários hospitais pelo país, dando uma visão sobre as tendências e resultados de AVCs. Neste estudo, os pesquisadores focaram em pacientes diagnosticados com HIC entre agosto de 2015 e julho de 2019. Outros tipos de AVCs, como AVC isquêmico e hemorragia subaracnoide, foram excluídos.

Os pesquisadores reuniram dados sobre a demografia dos pacientes, que incluíam idade, gênero, nível de renda, educação e histórico médico. Avaliaram a gravidade do AVC usando duas escalas: a Escala de Coma de Glasgow (GCS) e a Escala de AVC dos Institutos Nacionais de Saúde (NIHSS). O principal objetivo do estudo era avaliar a mortalidade hospitalar, enquanto os objetivos secundários incluíam medir Complicações durante a internação, como pneumonia, coágulos sanguíneos e outras questões.

O estudo seguiu diretrizes éticas rigorosas, e todos os participantes deram consentimento informado. Os dados foram analisados usando métodos estatísticos para entender as diferenças entre pacientes com demência e os sem.

Descobertas do Estudo

De mais de um milhão de pacientes no registro, cerca de 72.318 foram incluídos no estudo após aplicação de critérios específicos. Aqueles com demência pré-existente eram geralmente mais velhos e havia mais mulheres. Esses pacientes também tendiam a ter níveis de educação mais baixos e um histórico de outras condições de saúde, como diabetes e problemas cardíacos. Notavelmente, pacientes com demência tiveram AVCs mais severos em comparação com os sem demência.

Os resultados mostraram que a mortalidade hospitalar era maior para pacientes de HIC com demência pré-existente. Além disso, esses pacientes enfrentaram mais complicações durante a internação, incluindo pneumonia, infecções do trato urinário e sangramentos gastrointestinais. Pacientes com demência também estavam em maior risco de ter um segundo episódio de hemorragia intracerebral.

Ao ajustar por outros fatores, o estudo descobriu que pacientes com demência tinham cerca de duas vezes e meia mais risco de morrer enquanto estavam no hospital em comparação com os sem demência. Eles também tinham riscos significativamente maiores para várias complicações.

O Impacto da Demência Pré-existente

Essas descobertas ressaltam como a demência pré-existente pode piorar os resultados para pacientes com HIC. O Comprometimento Cognitivo pode levar a uma maior vulnerabilidade, tornando a recuperação mais difícil. Este estudo enfatiza a necessidade de uma melhor compreensão e manejo da demência no contexto do AVC.

Estudos anteriores mostraram que o estado cognitivo antes de um AVC pode influenciar as taxas de mortalidade. Outros fatores, como nível de consciência no momento do AVC, idade e condições existentes, também desempenham um papel nos resultados do AVC. Comparações com dados suecos indicaram que o impacto da demência na mortalidade pode variar conforme a população e o tipo de AVC.

Características dos Pacientes

Pacientes que já tinham demência antes do AVC eram mais velhos e mais propensos a ter múltiplos problemas de saúde, indicando maior fragilidade. Isso pode indicar uma chance maior de resultados ruins após um AVC. Esses pacientes também podem ter outras doenças neurodegenerativas, complicando ainda mais a sua condição e dificultando a recuperação.

A demência pode atrapalhar a capacidade de um paciente de se envolver na reabilitação, que é crucial para a recuperação. O estudo atual encontrou que pacientes com demência tiveram mais complicações durante a internação, o que contrasta com alguns estudos anteriores que não encontraram tais diferenças.

Limitações do Estudo

Embora esse estudo forneça insights valiosos, ele também tem limitações. Os dados vieram principalmente de hospitais maiores com mais recursos, que podem não refletir as experiências de hospitais menores e rurais. O diagnóstico de demência foi baseado em relatos dos pacientes e das famílias deles, e essa informação nem sempre foi confirmada por registros médicos. Além disso, o tipo específico de demência não foi identificado em muitos casos.

Outra limitação é a falta de dados de neuroimagem, que poderiam ter ajudado a ligar detalhes sobre a localização e o tamanho do sangramento aos resultados dos pacientes. Mais pesquisas são necessárias para confirmar essas descobertas e explorar a conexão entre demência e resultados após HIC.

Conclusão

A relação entre demência pré-existente e os resultados de hemorragia intracerebral é significativa e merece atenção. Com o envelhecimento das populações e o aumento dos casos de demência, entender como o comprometimento cognitivo afeta a recuperação do AVC se torna cada vez mais importante. Este estudo sugere a necessidade de melhores estratégias de manejo e prevenção para indivíduos com demência pré-existente para melhorar suas chances de sobreviver e se recuperar de AVCs. Pesquisas futuras devem continuar a explorar essa conexão e considerar uma coleta de dados mais ampla em diversas populações para entender melhor essas relações complexas.

Fonte original

Título: Impact of Preexisting dementia on in-hospital clinical outcomes in patients with intracerebral hemorrhage stroke

Resumo: ObjectiveWe assessed the impact of preexisting dementia on in-hospital mortality, home discharge and complications of Chinese patients with intracerebral hemorrhage (ICH). MethodsConsecutive in-hospital data were extracted from the China Stroke Center Alliance database from August 2015 to July 2019. Patient characteristics, in-hospital mortality, and complications were compared between ICH patients with and without preexisting dementia. ResultsOut of the eligible 72,318 patients with ICH, we identified 328 patients with pre-existing dementia. Compared with patients without dementia, those in the dementia group were older, more females and a higher proportion of individuals with lower education, and a history of diabetes, myocardial infarction, stroke, heart failure, peripheral vascular disease and cigarette smoking. Those with pre-existing dementia group were more prone to a greater stroke severity as measured by the National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) and Glasgow Coma Scale (GCS) at presentation. In the adjusted models, the presence of preexisting dementia was associated with an increased risk of in-hospital mortality (OR 2.31, 95% CI 1.12-4.77) and more frequent in-hospital complications of pulmonary embolism (OR 5.41, 95% CI 1.16-25.14), pneumonia (OR 1.58, 95% CI 1.08-2.33), urinary tract infection (OR 2.37; 95% CI 1.21-4.64), and gastrointestinal bleeding (OR 2.39, 95% CI 1.27-4.49). ConclusionsICH patients with pre-existing dementia are more prone to more severe strokes and poorer outcomes. Future studies should evaluate the value of intensive risk factor control among individuals with pre-existing dementia for stroke prevention.

Autores: Xingquan Zhao, L. Zuo, Y. Hu, Y. Dong, H.-Q. Gu, R. C. Seet, Z. Li, Y. Wang

Última atualização: 2023-08-23 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.21.23294393

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.21.23294393.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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