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# Ciências da saúde# Medicina del dolore

Citoquinas e Dor Pós-Cirurgia em Adolescentes

Estudo revela que níveis de citocinas podem prever a dor após cirurgia em adolescentes.

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Depois de Cirurgias maiores nos músculos e ossos, muitos pacientes sentem dores intensas. Essa Dor pode atrapalhar a recuperação e causar desconforto mesmo muito depois da cirurgia. Para adolescentes que fazem operações por causas como pectus excavatum (uma deformidade no peito) ou ajustes na coluna, a dor pode ser bem forte. Essas cirurgias geralmente envolvem muito corte e manipulação de músculos e tecidos, o que pode causar inflamação e piorar a dor. É importante entender como o corpo reage a essas cirurgias pra que os médicos consigam controlar a dor da melhor forma possível.

O Papel das Citocinas

Citocinas são proteínas pequenas liberadas pelas células que têm um papel importante na resposta do corpo a lesões e infecções. Elas podem ser pró-inflamatórias, ou seja, promovem a inflamação, ou anti-inflamatórias, que ajudam a reduzi-la. Algumas citocinas estão ligadas à dor, enquanto outras podem ajudar na recuperação.

Quando alguém faz cirurgia, o corpo libera citocinas pra ajudar a proteger contra infecções e auxiliar na cicatrização. Mas, se muitas citocinas são liberadas, isso pode causar mais dor e complicações. Algumas citocinas pró-inflamatórias comuns incluem interleucina (IL)-1, IL-2, IL-6 e fator de necrose tumoral (TNF). Por outro lado, IL-4 e IL-10 são exemplos de citocinas anti-inflamatórias que ajudam a diminuir a dor e a inflamação.

Entender quais citocinas são úteis e quais podem causar problemas é crucial pra gerenciar a dor em pacientes após cirurgia. Este estudo teve como objetivo descobrir quais níveis de citocinas poderiam prever o nível de dor que um paciente enfrentaria após a cirurgia.

Visão Geral do Estudo

Essa pesquisa foi realizada em um hospital infantil e envolveu adolescentes que estavam agendados para cirurgias eletivas. Os pais deram consentimento por escrito para que seus filhos participassem. Os pesquisadores coletaram várias informações, incluindo dados demográficos, níveis de dor antes da cirurgia e detalhes sobre a própria cirurgia.

O estudo incluiu crianças saudáveis com 8 anos ou mais, diagnosticadas com condições específicas que exigiam cirurgia. Diversos fatores foram considerados, como o tipo de cirurgia e quanto tempo ela durou. Os pacientes receberam gestão padronizada da dor antes, durante e após as cirurgias.

Medida da Dor

A dor após a cirurgia foi medida usando uma escala de 0 a 10, onde 0 significa nenhuma dor e 10 significa a pior dor imaginável. Os pesquisadores avaliaram os níveis de dor durante os primeiros dias após a cirurgia e acompanharam os pacientes após vários meses pra ver se eles continuavam sentindo dor.

Coleta de Amostras de Sangue

Pra medir os níveis de citocinas, amostras de sangue foram coletadas dos pacientes antes da cirurgia e em horários programados após a cirurgia. As amostras foram armazenadas em condições especiais pra que as citocinas pudessem ser analisadas depois. Isso permitiu que os pesquisadores vissem como os níveis de citocinas mudavam ao longo do tempo e como essas mudanças se relacionavam com os níveis de dor.

Principais Resultados

No total, 112 pacientes foram incluídos no estudo. Os pesquisadores descobriram que certas citocinas estavam ligadas tanto a dor imediata quanto a resultados de dor a longo prazo. Níveis mais altos de citocinas pró-inflamatórias específicas, como GM-CSF e IL-1β, estavam associados a mais dor logo após a cirurgia. Por outro lado, um aumento nos níveis de citocinas anti-inflamatórias como IL-6 e IL-8 estava associado a uma chance menor de desenvolver dor crônica mais tarde.

Foi especialmente interessante notar que, enquanto algumas citocinas são geralmente consideradas prejudiciais, neste caso, pareciam desempenhar um papel protetor contra a dor crônica. Por exemplo, níveis mais altos de IL-8 após a cirurgia estavam ligados a menores chances de problemas contínuos de dor.

Fatores que Influenciam a Dor

Vários fatores influenciaram as experiências de dor nos pacientes. Esses incluíam o sexo do paciente, o tipo de cirurgia realizada e a quantidade de medicação para dor utilizada. Pacientes do sexo feminino eram mais propensos a experimentar dor crônica em comparação com pacientes do sexo masculino. Da mesma forma, o tipo de cirurgia parecia impactar os resultados da dor, com diferenças observadas entre quem fez cirurgia de pectus e quem fez cirurgias na coluna.

A Importância do Tempo

O momento da coleta de sangue também foi importante pra entender a dor. Após a cirurgia, os níveis de citocinas tendiam a aumentar no primeiro dia e depois a cair no segundo dia. Esse padrão indica que o corpo reage fortemente ao trauma da cirurgia inicialmente, mas começa a se acalmar logo em seguida.

Implicações para o Tratamento

As descobertas deste estudo sugerem que monitorar os níveis de citocinas pode ser útil pra prever os desfechos de dor após a cirurgia. Se os médicos conseguirem identificar pacientes que provavelmente terão altos níveis de citocinas problemáticas, podem oferecer tratamentos direcionados pra prevenir a dor ou ajudar na recuperação.

Por exemplo, se níveis altos de citocinas pró-inflamatórias forem detectados, os médicos podem considerar usar medicamentos específicos pra ajudar a controlar a inflamação. Por outro lado, se citocinas anti-inflamatórias estiverem elevadas, eles poderiam incentivar essas respostas pra ajudar o paciente a curar sem desenvolver problemas crônicos de dor.

Direções Futuras

Essas informações apontam para a necessidade de mais pesquisa pra entender melhor como as citocinas afetam o manejo da dor após a cirurgia. Estudos futuros poderiam investigar como diferentes tratamentos poderiam modificar as respostas das citocinas e se tais intervenções podem efetivamente reduzir a dor.

Além disso, explorar como fatores como o sexo influenciam os níveis de citocinas e as respostas à dor poderia levar a tratamentos mais personalizados. Entender essas diferenças pode ajudar os profissionais de saúde a se prepararem melhor e gerenciarem a dor pós-operatória em adolescentes.

Conclusão

Resumindo, esta pesquisa destaca a relação complexa entre citocinas e dor após cirurgia em adolescentes. O estudo encontrou que certas citocinas podem prever experiências de dor aguda e crônica. Ao prestar mais atenção aos níveis de citocinas, os profissionais de saúde podem melhorar as estratégias de gerenciamento da dor, levando a melhores resultados pra seus pacientes após a cirurgia. Este trabalho representa um passo importante em direção a abordagens mais personalizadas e eficazes pra alívio da dor na população cirúrgica pediátrica.

Fonte original

Título: The Role of Cytokines in Acute and Chronic Postsurgical Pain in Pediatric Patients after Major Musculoskeletal Surgeries

Resumo: Study ObjectiveTo determine if baseline cytokines and their changes over postoperative days 0-2 (POD0-2) predict acute and chronic postsurgical pain (CPSP) after major surgery. DesignProspective, observational, longitudinal nested study. SettingUniversity-affiliated quaternary childrens hospital. PatientsSubjects ([≥]8 years old) with idiopathic scoliosis undergoing spine fusion or pectus excavatum undergoing Nuss procedure. MeasurementsDemographics, surgical, psychosocial measures, pain scores, and opioid use over POD0-2 were collected. Cytokine concentrations were analyzed in serial blood samples collected before and after (up to two weeks) surgery, using Luminex bead arrays. After data preparation, relationships between pre- and post-surgical cytokine concentrations with acute (% time in moderate-severe pain over POD0-2) and chronic (pain score>3/10 beyond 3 months post-surgery) pain were analyzed. After adjusting for covariates, univariate/multivariate regression analyses were conducted to associate baseline cytokine concentrations with postoperative pain, and mixed effects models were used to associate longitudinal cytokine concentrations with pain outcomes. Main ResultsAnalyses included 3,164 measures of 16 cytokines from 112 subjects (median age 15.3, IQR 13.5-17.0, 54.5% female, 59.8% pectus). Acute postsurgical pain was associated with higher baseline concentrations of GM-CSF ({beta}=0.95, SE 0.31; p=.003), IL-1{beta} ({beta}=0.84, SE 0.36; p=.02), IL-2 ({beta}=0.78, SE 0.34; p=.03), and IL-12 p70 ({beta}=0.88, SE 0.40; p=.03) and longitudinal postoperative elevations in GM-CSF ({beta}=1.38, SE 0.57; p=.03), IFN{gamma} ({beta}=1.36, SE 0.6; p=.03), IL-1{beta} ({beta}=1.25, SE 0.59; p=.03), IL-7 ({beta}=1.65, SE 0.7, p=.02), and IL-12 p70 ({beta}=1.17, SE 0.58; p=.04). In contrast, CPSP was associated with lower baseline concentration of IL-8 ({beta}= -0.39, SE 0.17; p=.02), and the risk of developing CPSP was elevated in patients with lower longitudinal postoperative concentrations of IL-6 ({beta}= -0.57, SE 0.26; p=.03), IL-8 ({beta}= - 0.68, SE 0.24; p=.006), and IL-13 ({beta}= -0.48, SE 0.22; p=.03). Furthermore, higher odds for CPSP were found for females (vs. males) for IL-2, IL-4, IL-5, IL-6, IL-8, IL-10, and TNF, and for pectus (vs. spine) surgery for IL-8 and IL-10. ConclusionWe identified pro-inflammatory cytokines associated with increased acute postoperative pain and anti-inflammatory cytokines associated with lower CPSP risk, with potential to serve as predictive and prognostic biomarkers.

Autores: Vidya Chidambaran, Q. Duan, V. Pilipenko, S. Glynn, A. Sproles, L. J. Martin, M. Lacagnina, C. D. King, L. Ding

Última atualização: 2024-03-28 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.27.24304974

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.27.24304974.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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