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# Ciências da saúde# Medicina del dolore

Dor em Crianças: Uma Perspectiva Racial

Analisando como a raça impacta as experiências de dor das crianças e o tratamento na saúde.

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A Dor em crianças é um grande problema. Muitas crianças sentem dor, e às vezes isso não recebe a atenção que precisa. Isso é ainda mais verdade quando olhamos para as diferentes raças e como elas vivem a dor. Estudos mostram que crianças de diferentes origens sentem dor de modos diferentes e, às vezes, são tratadas de forma diferente nos hospitais.

Por Que a Dor É Importante

A dor pode vir de várias coisas, tipo lesões ou cirurgias. Para as crianças, sentir dor pode afetar a vida delas por um longo tempo. Pode mudar como elas se sentem, pensam e agem. É importante que os médicos e cuidadores entendam essas diferenças para ajudar cada criança da melhor maneira possível.

O Papel da Raça e Etnia

Pesquisas mostram que a experiência da dor pode variar dependendo da raça ou etnia da criança. Por exemplo, crianças negras e brancas podem ter experiências diferentes quando estão com dor. Essa diferença não é só sobre quanta dor elas sentem, mas também sobre como a dor delas é reconhecida e tratada.

Às vezes, cuidadores de crianças negras podem sentir que a dor de seus filhos não é levada a sério. Isso pode levar a sentimentos de frustração e desconfiança em relação aos profissionais de saúde. Por outro lado, cuidadores brancos geralmente se sentem confiantes nos cuidados que seus filhos recebem.

A Necessidade de Mais Pesquisa

Apesar dos pedidos por uma melhor compreensão, não tem pesquisa suficiente focada na dor em crianças de diferentes origens raciais. Estudos muitas vezes deixam esses detalhes importantes de lado, por isso esse tema é crucial. Precisamos entender melhor a dor em populações pediátricas, especialmente em grupos marginalizados.

A Importância da Família

Quando o assunto é manejo da dor, as famílias têm um papel fundamental. Cuidadores costumam comunicar o que a criança está passando e como a equipe de saúde pode ajudar. Diferenças na cultura e nas crenças podem afetar como as famílias lidam com a dor de seus filhos.

Por exemplo, cuidadores podem usar métodos ou palavras diferentes para descrever a dor. Compreender essas diferenças pode levar a melhores estratégias de manejo da dor adaptadas à situação única de cada família.

Um Novo Estudo

Um estudo recente quis olhar mais a fundo como crianças negras e brancas vivem a dor. O objetivo era coletar informações tanto das crianças quanto de seus cuidadores. Usando questionários e grupos focais, os pesquisadores queriam descobrir quais temas comuns e diferenças existiam entre esses dois grupos.

Quem Foi Envolvido?

O estudo incluiu crianças de 8 a 17 anos que se identificavam como negras não hispânicas ou brancas. Essas crianças estavam recentemente sentindo dor - seja por uma lesão ou cirurgia. Cuidadores que estiveram com elas nesse período também foram incluídos.

Como os Participantes Foram Escolhidos?

Os participantes foram selecionados com base em seus registros médicos ou por meio de divulgação na comunidade. Cuidadores deram consentimento, e crianças de 11 anos ou mais também concordaram em participar. Aqueles que não puderam fornecer feedback sobre suas experiências foram excluídos.

Coletando Informações

Os participantes preencheram questionários que perguntavam sobre suas experiências de dor, dados demográficos e outros tópicos relevantes. Tanto as crianças quanto os cuidadores tinham formulários separados para preencher, garantindo que as informações fossem coletadas de ambas as perspectivas.

Grupos Focais Para Insights Mais Profundos

Os grupos focais permitiram que os participantes compartilhassem suas experiências em um ambiente de apoio. Cada grupo tinha de 4 a 6 pares de crianças e cuidadores. As discussões foram conduzidas por facilitadores treinados que ajudaram a explorar vários tópicos relacionados às experiências de dor.

Principais Descobertas

Tema 1: Compreensão e Validação da Dor

Ambos os grupos sentiram que a dor de seus filhos era geralmente bem gerida. No entanto, cuidadores negros expressaram preocupações de que a dor de seus filhos não era completamente reconhecida. Essa falta de validação pode levar a sentimentos negativos e desconfiança em relação aos fornecedores de saúde.

Tema 2: Confiança nos Profissionais

A confiança nos profissionais de saúde variou entre os grupos. Cuidadores brancos geralmente relataram se sentir confiantes em seus profissionais. Em contraste, alguns cuidadores negros compartilharam sua hesitação em confiar no sistema, embora interações positivas ajudassem a construir essa confiança.

Tema 3: Ferramentas de Avaliação da Dor

A forma como a dor é medida também levantou algumas diferenças. Crianças brancas frequentemente se lembravam de serem perguntadas para classificar a dor em uma escala, enquanto algumas crianças negras não tiveram essa mesma experiência. Ambos os grupos acharam a escala numérica de dor útil, mas algumas crianças negras sentiram que nem sempre era usada.

Tema 4: Influência Sociocultural

As origens culturais influenciaram como crianças e cuidadores expressaram dor. Ambos os grupos mencionaram a ideia de "aguentar" a dor, sugerindo uma crença cultural em ser forte em tempos difíceis.

Tema 5: Métodos Não Farmacológicos

Crianças de ambos os grupos notaram a importância de distrações, como jogar videogame, para lidar com a dor. Enquanto compartilharam métodos comuns, houve pequenas diferenças nas distrações favoritas e remédios físicos.

Tema 6: Opiniões sobre Medicamentos para Dor

Cuidadores de ambos os grupos mostraram hesitação em usar narcóticos para manejo da dor. Eles se preocupavam com o potencial de vício. A maioria preferiu usar esses medicamentos apenas quando absolutamente necessário.

Tema 7: Barreiras ao Cuidado

Cuidadores identificaram vários desafios em gerenciar a dor de seus filhos. Cuidadores negros frequentemente se sentiam sobrecarregados com responsabilidades como trabalho e família, dificultando a busca por cuidados. Cuidadores brancos geralmente tinham mais flexibilidade com suas agendas.

Tema 8: Sentimentos de Discriminação

Discussões sobre preconceito racial na saúde levaram a reflexões profundas. Enquanto muitos participantes hesitaram em reconhecer abertamente a discriminação que afeta o tratamento da dor, cuidadores negros eventualmente compartilharam preocupações sobre possíveis desigualdades no cuidado.

Conclusão e Implicações para o Cuidado

Esse estudo destaca diferenças significativas em como crianças negras e brancas vivem a dor e como essa dor é gerida. Enfatiza a necessidade de abordagens centradas na família na área da saúde. Abordar essas diferenças pode levar a uma melhor confiança e cuidados aprimorados para todas as crianças.

Profissionais de saúde devem estar cientes dessas disparidades e trabalhar para minimizar preconceitos. Garantir que os cuidadores se sintam apoiados e compreendidos pode ajudar a melhorar as experiências de manejo da dor.

Por fim, aumentar a diversidade na força de trabalho da saúde é essencial. Uma equipe mais representativa pode ajudar a construir confiança e levar a estratégias mais personalizadas que respeitem diferentes origens culturais.

Focando nessas questões, podemos trabalhar para um sistema de saúde onde todas as crianças recebam o cuidado que precisam, independentemente de sua raça ou origem.

Fonte original

Título: Mixed Methods Family Centered Study of Pain Experience in Non-Hispanic White and Black Children

Resumo: Background and ObjectivesAlthough racial disparities in pediatric pain have been described, family-centered research is lacking. This mixed-methods study aimed to understand race-specific factors impacting acute pain experiences in Non-Hispanic White (NHW) and Black (NHB) children. MethodsNHW and NHB children (aged 8-17) (n=19 each) with a recent acute pain experience, and their caregivers were recruited. The following domains were assessed in children (deprivation, ethnic identity, pain, psychosocial, pain coping, resilience) and caregivers (education, income, Racial and Ethnic Microaggressions Scale (REMS), Adverse Childhood Events (ACEs), Adult Response to Childs Symptoms). Questionnaire measures were compared between groups using simple statistical tests. Fifteen dyads participated in focus groups. Thematic codes underlying pain experiences were identified. ResultsNHB children had similar pain/psychosocial characteristics but differed in ethnic identity (2.7 (0.5) vs. 2.2 (0.5); P=.002), deprivation index (0.4 (IQR 0.3-0.5) vs. 0.3 (IQR 0.2, 0.3), P=.007) and pain coping efficacy (8.6 (0.4) vs. 9.8 (0.5), P=.045) from NHW children. NHB caregivers scored higher on REMS sub-scales, ACEs (0 (0,1) vs 0 (0,0); P=.02) and Protection (1.9 (0.6) vs. 1.6 (0.5); P=.03) behaviors in response to child pain. NHB and NHW participants endorsed satisfaction with pain experiences, opioid avoidance, and stoicism. Unlike NHW participants, NHB reported barriers related to trust, discrimination, and access. ConclusionsRacial differences in acute pain experiences suggest healthcare providers need to reinforce trust and consider underlying cultural and pain coping differences when treating pain in NHB children. Findings emphasize that family-centered and systems-based approaches are important for equity in pediatric pain. Article SummaryThis mixed-methods family-centered study identifies common themes, systems-related barriers and pain coping efficacy differences underlying pain experiences of Black and White children. Whats Known on This SubjectInequities exist in post-surgical pain and pain management of Black and White children. What This Study AddsFamily perspectives regarding pain experience of NHB and NHW children highlight inter-group differences in stressors, barriers, pain coping and parent responses to childs pain. Findings underscore the importance of family engagement and addressing systemic barriers to improve pain equity. Contributors StatementChidambaran conceptualized and designed the study, conducted focus groups, coordinated and supervised data collection, analyses, and critically reviewed and revised the manuscript for important intellectual content. Mitchell conceptualized and designed the study, critically reviewed and revised the manuscript for important intellectual content. Kumar and Atkinson conducted subject recruitment, collected data, drafted the initial manuscript, critically reviewed and revised the manuscript, and designed the data collection instruments in REDCap, and analyzed the data. McLaughlin, Parikh and Chima participated in conduct of focus groups and maintained regulatory aspects of the study, critically reviewed and revised the manuscript Mende-Siedlecki helped design the study, critically reviewed and revised the manuscript. All authors approved the final manuscript as submitted and agree to be accountable for all aspects of the work. Data Sharing StatementDeidentified individual participant data (including data dictionaries) will be made available, in addition to study protocols, the statistical analysis plan, and the informed consent form. The data will be made available upon publication to researchers who provide a methodologically sound proposal for use in achieving the goals of the approved proposal. Proposals should be submitted to [email protected].

Autores: Vidya Chidambaran, J. Kumar, D. Atkinson, A. Chima, L. McLaughlin, R. Parikh, P. Mende-Siedlecki, M. Mitchell

Última atualização: 2024-03-22 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.20.24304546

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.20.24304546.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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