Abordando a Lacuna de Imitação em Agentes de Aprendizagem
Um novo método ajuda os agentes a aprenderem com os experts, mesmo com informações faltando.
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Índice
Em muitas situações da vida real, temos agentes que precisam aprender a agir, mas não têm recompensas ou feedback claros para guiá-los. Em vez disso, eles podem observar como os especialistas realizam certas tarefas. Esse processo é chamado de Aprendizado por Imitação. No entanto, um problema comum surge: a lacuna de imitação. Essa lacuna ocorre quando um agente não tem as mesmas informações que o especialista que está tentando imitar. Por exemplo, se um especialista consegue ver todos os detalhes do ambiente, mas o agente não, pode ser que o agente tenha dificuldade em replicar os comportamentos bem-sucedidos do especialista.
Considere um cenário em que estamos treinando um robô para colher frutas usando demonstrações humanas. Os humanos podem sentir a fruta para saber se está madura, enquanto o robô depende apenas de pistas visuais. Se o robô tentar copiar simplesmente as ações do humano sem entender a importância do toque, pode acabar fazendo escolhas ruins, como colher frutas verdes.
Esse problema da lacuna de imitação pode levar a falhas significativas no desempenho se não for tratado. Métodos anteriores para lidar com essa questão costumam depender do acesso a informações extras, que podem não estar disponíveis durante as operações normais. Aqui, apresentamos uma nova abordagem para resolver essa lacuna de imitação de forma eficaz.
Nossa Solução Proposta
Nosso método utiliza uma abordagem bayesiana para lidar com a lacuna de imitação. Basicamente, levamos em conta não apenas o que o especialista faz, mas também o que pode acontecer em situações que o agente não encontrou. Construímos um modelo que ajuda o agente a estimar recompensas potenciais com base no comportamento do especialista, enquanto considera sua incerteza sobre o ambiente.
Desmembrando o Processo
Configuração Inicial: Começamos estabelecendo uma crença prévia sobre as recompensas que o agente pode esperar. Essa crença é atualizada à medida que o agente observa o comportamento do especialista e interage com o ambiente.
Aprendendo com Especialistas: O agente coleta dados de demonstrações de especialistas. Observando como os especialistas agem em diferentes situações, ele infere as prováveis recompensas associadas a certas ações.
Exploração: Nossa abordagem incentiva o agente a explorar seu ambiente, especialmente em situações em que lhe falta informação. Essa exploração permite que o agente colete mais dados e melhore sua compreensão das recompensas.
Atualizações Bayesianas: À medida que o agente aprende com os especialistas e explora, ele atualiza continuamente suas previsões sobre recompensas. Isso ajuda a equilibrar a necessidade de imitar o comportamento do especialista com a exigência de explorar novas possibilidades.
Tomada de Decisão: O agente usa suas crenças atualizadas para tomar decisões melhores durante as tarefas, visando um desempenho ótimo mesmo quando há lacunas em seu conhecimento.
Informação Contextual
A Importância daEm nosso método, damos grande importância ao contexto. O agente precisa considerar não apenas o que consegue ver, mas também os fatores ocultos que afetam a tomada de decisão. Por exemplo, se o especialista teve acesso a informações especiais sobre as melhores ações, o agente deve aprender a ajustar seu comportamento de acordo.
Modelando o ambiente de forma mais precisa com o contexto, podemos melhorar a capacidade do agente de tomar decisões. Assim, o agente pode entender melhor os resultados prováveis de suas ações, mesmo que lhe falte informação completa.
O Papel dos Processos de Decisão de Markov Contextuais (CMDPs)
Para enquadrar a lacuna de imitação dentro do nosso método, usamos o que é conhecido como um Processo de Decisão de Markov Contextual (CMDP). Em um CMDP, definimos estados e ações como nos processos de tomada de decisão normais. No entanto, adicionamos uma variável de contexto oculta que influencia o comportamento.
- Estados e Ações: O agente observa estados em seu ambiente e escolhe ações.
- Contexto Oculto: Especialistas têm informações contextuais adicionais que o agente não vê, levando a potenciais desajustes no comportamento e nos resultados.
- Políticas: O agente busca desenvolver uma política que equilibre de forma otimizada a exploração do ambiente e a exploração de comportamentos conhecidos do especialista.
Definindo o CMDP desta forma, permitimos que o modelo capture tanto ações conhecidas quanto os contextos ocultos que influenciam as decisões.
Aprendendo com o Comportamento do Especialista
Quando projetamos nosso algoritmo de aprendizado, reconhecemos a necessidade de tratar com cuidado as demonstrações dos especialistas. Essas demonstrações informam o agente sobre quais ações tomar em diversos contextos.
Aprendizado por Reforço Inverso
No cerne do nosso método está uma técnica chamada aprendizado por reforço inverso (IRL). No IRL, focamos em inferir a estrutura de recompensa que o especialista parece estar seguindo com base em suas ações.
- Observando Demonstrações: O agente observa as trajetórias percorridas pelo especialista, anotando os estados que eles entraram e as ações que tomaram.
- Inferência de Recompensas: Usando essas trajetórias, o agente tenta deduzir quais recompensas levaram o especialista a fazer suas escolhas.
- Aprendendo a Função de Recompensa: Ao entender as recompensas prováveis associadas a diferentes ações, o agente constrói um modelo de como deve se comportar em situações semelhantes.
Esse processo de inferir recompensas é crucial, especialmente quando o agente carece de feedback imediato.
O Papel da Exploração
Dado que o agente pode enfrentar muitas situações que não foram apresentadas a ele, a exploração se torna vital. Precisamos de uma estratégia que permita ao agente explorar de forma segura, enquanto ainda aprende com as ações do especialista.
Custo da Exploração
Introduzimos um conceito de custo de exploração, que se refere à troca entre explorar novas ações e escolher ações que são conhecidas por gerar recompensas com base no comportamento do especialista. O agente deve equilibrar esses custos para otimizar seu aprendizado e desempenho.
- Estratégias de Exploração: Diferentes estratégias podem ser usadas para a exploração, como tentar novas ações aleatoriamente ou escolher cuidadosamente ações com base nos resultados esperados.
- Integração do Custo: Ao integrar o custo com sua estrutura de recompensa aprendida, o agente pode evitar riscos desnecessários enquanto ainda aprende.
Tomando Decisões em Situações de Incerteza
No momento do teste, quando o agente interage com o ambiente real, ele deve tomar decisões com base em seu conhecimento aprendido e nas incertezas inerentes.
Estrutura de Tomada de Decisão
Nosso método oferece uma maneira estruturada para o agente tomar decisões:
- Atualizando Crenças: O agente atualiza continuamente suas crenças sobre o ambiente à medida que coleta novos dados durante interações.
- Previsão de Recompensas: Em seguida, ele usa essas crenças atualizadas para prever as recompensas prováveis de diferentes ações que pode tomar.
- Escolhendo Ações: Finalmente, com base nessas previsões, o agente escolhe ações que maximizam suas recompensas esperadas, enquanto ainda permite alguma exploração em áreas incertas.
Essa estrutura de tomada de decisão permite que o agente opere de forma eficaz em diversas situações, particularmente aquelas em que falta informação completa.
Avaliando Nosso Método
Para validar nossa abordagem, realizamos diversas experiências em diferentes tarefas que incorporam o problema da lacuna de imitação.
Cenários de Teste Diversos
- Problema do Tigre e do Tesouro: Neste cenário, configuramos uma tarefa onde o agente deve encontrar um tesouro enquanto evita um tigre atrás de uma das duas portas. O especialista sabe qual porta abrir, enquanto o agente deve decidir com base em observações parciais.
- Ambientes de Gridworld: Testamos nosso método em ambientes baseados em grades onde o agente precisa explorar para encontrar recompensas, novamente enfrentando as limitações de informações incompletas.
Em cada experimento, comparamos nosso método com o aprendizado por imitação ingênuo, demonstrando como nossa abordagem bayesiana gerencia melhor a lacuna de imitação, combinando efetivamente o conhecimento do especialista e estratégias exploratórias.
Conclusão
Abordar a lacuna de imitação é crucial para desenvolver agentes de aprendizado robustos que possam se adaptar a ambientes complexos sem sinais de recompensa explícitos. Nossa abordagem bayesiana permite que os agentes aprendam efetivamente com o comportamento do especialista, enquanto também exploram territórios desconhecidos. Incorporando informação contextual, equilibrando os custos de exploração e aproveitando as demonstrações de especialistas, criamos uma estrutura abrangente que aprimora as capacidades de tomada de decisão dos agentes de aprendizado.
À medida que consideramos o futuro dessa pesquisa, estender essas ideias para situações ainda mais complexas tem grande potencial. Nossa abordagem estabelece uma base para desenvolver agentes que navegam e prosperam em cenários do mundo real, onde a informação é muitas vezes incompleta e está em constante mudança.
Título: A Bayesian Solution To The Imitation Gap
Resumo: In many real-world settings, an agent must learn to act in environments where no reward signal can be specified, but a set of expert demonstrations is available. Imitation learning (IL) is a popular framework for learning policies from such demonstrations. However, in some cases, differences in observability between the expert and the agent can give rise to an imitation gap such that the expert's policy is not optimal for the agent and a naive application of IL can fail catastrophically. In particular, if the expert observes the Markov state and the agent does not, then the expert will not demonstrate the information-gathering behavior needed by the agent but not the expert. In this paper, we propose a Bayesian solution to the Imitation Gap (BIG), first using the expert demonstrations, together with a prior specifying the cost of exploratory behavior that is not demonstrated, to infer a posterior over rewards with Bayesian inverse reinforcement learning (IRL). BIG then uses the reward posterior to learn a Bayes-optimal policy. Our experiments show that BIG, unlike IL, allows the agent to explore at test time when presented with an imitation gap, whilst still learning to behave optimally using expert demonstrations when no such gap exists.
Autores: Risto Vuorio, Mattie Fellows, Cong Lu, Clémence Grislain, Shimon Whiteson
Última atualização: 2024-06-29 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.00495
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.00495
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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