Abordando as Desigualdades nos Cuidados com a Demência
Analisando os desafios que grupos minoritários enfrentam no acesso à saúde em relação à demência.
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Índice
- Fatores que Levam às Disparidades na Saúde
- Impacto Financeiro da Demência no Uso dos Cuidados de Saúde
- A Necessidade de Mais Pesquisa
- Analisando Padrões de Uso dos Cuidados de Saúde
- Principais Descobertas sobre o Uso dos Cuidados de Saúde
- Diferenças nas Internações Hospitalares e em Asilos
- Importância do Planejamento Antecipado de Cuidados
- O Contexto Geral
- Recomendações
- Conclusão
- Fonte original
A demência é um problema de saúde crescente entre os americanos mais velhos. Cerca de 6,7 milhões de pessoas com 65 anos ou mais vivem com a doença de Alzheimer e outras formas de demência. Esse número deve mais que dobrar até 2060. Grupos minoritários, como os idosos negros e hispânicos, são afetados em taxas mais altas. Por exemplo, indivíduos hispânicos têm cerca de 1,5 vezes mais chances de desenvolver demência em comparação aos brancos não-hispânicos. Pesquisas mostram que indivíduos negros com 50 anos ou mais têm de duas a três vezes mais chances de serem diagnosticados com demência do que seus colegas brancos.
Grupos minoritários frequentemente enfrentam uma qualidade de atendimento pior e têm menos acesso aos Serviços de Saúde. Eles costumam precisar de mais assistência médica do que os outros. Essa situação leva a custos de saúde mais altos e a visitas hospitalares mais frequentes. Esses problemas destacam a necessidade significativa de pesquisas focadas nos desafios únicos enfrentados pelos idosos com deficiência cognitiva, especialmente aqueles de origens diversas.
Fatores que Levam às Disparidades na Saúde
Vários fatores, muitas vezes chamados de determinantes sociais da saúde, desempenham um papel nas diferenças observadas no acesso e uso dos cuidados de saúde. Isso inclui gênero, raça, idade, educação, status de emprego, conhecimento sobre saúde, cobertura de seguro e disponibilidade de recursos. Em áreas rurais, os idosos enfrentam obstáculos adicionais devido à falta de transporte, menos especialistas em saúde e recursos financeiros limitados. Esses fatores podem dificultar a busca pelo atendimento necessário.
Outros desafios incluem crenças culturais e sentimentos de vergonha, que podem impedir os indivíduos, especialmente as mulheres, de receber a assistência que precisam. Como resultado, grupos desfavorecidos costumam ter piores resultados de saúde, o que piora as desigualdades existentes nos cuidados de saúde.
Impacto Financeiro da Demência no Uso dos Cuidados de Saúde
Os custos de saúde para indivíduos de minorias raciais com demência são significativamente mais altos do que para indivíduos de minorias sem demência e brancos, independentemente de terem demência ou não. Além disso, os idosos com demência tendem a visitar salas de emergência e ficar mais tempo em hospitais do que aqueles sem demência. Esse aumento no uso dos serviços de saúde pode levar a taxas de mortalidade mais altas e a uma maior chance de lesões devido a quedas, internação precoce em asilos e mudanças negativas tanto na saúde mental quanto física.
Para lidar com esses problemas, os pesquisadores destacam a importância do planejamento antecipado de cuidados. Isso envolve ter conversas sobre escolhas de saúde antes que alguém não consiga tomar decisões por conta própria. Estudos anteriores mostraram que indivíduos mais jovens, de minorias e menos educados, junto com aqueles que vivem em áreas rurais, têm menos probabilidade de se envolver em planejamento antecipado de cuidados. Além disso, aqueles que participam desse planejamento costumam ter internações hospitalares mais longas.
A Necessidade de Mais Pesquisa
A pesquisa é crucial para entender como determinantes sociais como raça, gênero e educação afetam o acesso aos cuidados de saúde e o papel do planejamento antecipado de cuidados. Há uma falta notável de estudos que se concentrem na demência, especialmente entre populações diversas. À medida que os EUA se tornam mais racial e etnicamente variados, é cada vez mais importante investigar o acesso aos cuidados de saúde para populações diversas que sofrem de demência.
Analisando Padrões de Uso dos Cuidados de Saúde
Para entender melhor o uso dos serviços de saúde entre idosos com e sem deficiência cognitiva, os pesquisadores analisaram dados de uma amostra nacional focando em determinantes sociais chave como idade, gênero, raça e educação. O objetivo era ver se o planejamento antecipado de cuidados poderia ajudar a explicar quaisquer diferenças observadas no uso dos serviços de saúde.
Os dados vieram de uma pesquisa nacional com adultos de 51 anos ou mais, garantindo uma amostra representativa da população. A análise incluiu mais de 15.000 respondentes e observou vários tipos de uso de cuidados de saúde, incluindo internações hospitalares, uso de asilos, cuidados paliativos e visitas a médicos nos últimos dois anos.
Principais Descobertas sobre o Uso dos Cuidados de Saúde
Idosos com deficiência cognitiva geralmente tiveram piores resultados em comparação com seus pares que não tinham essas deficiências. Eles eram normalmente mais velhos, tinham menos educação, eram mais propensos a pertencer a uma minoria racial ou étnica e muitas vezes moravam em áreas rurais. Aqueles com deficiência cognitiva usaram mais serviços hospitalares e de longa permanência, enquanto mostraram uma tendência a fazer menos visitas regulares ao médico.
Indivíduos hispânicos em ambos os grupos eram menos propensos a usar serviços de saúde. A idade mais avançada estava correlacionada com um aumento no uso dos cuidados de saúde, e indivíduos casados tendiam a usar menos serviços de longa permanência, mas visitavam médicos com mais frequência.
Diferenças nas Internações Hospitalares e em Asilos
Entre o grupo com cognição normal, indivíduos hispânicos eram menos propensos a ter internações hospitalares em comparação com seus colegas não-hispânicos. Para aqueles com deficiência cognitiva, a tendência era semelhante, com indivíduos hispânicos sendo menos propensos a ficar no hospital por períodos curtos ou moderados. O gênero também desempenhou um papel, já que as mulheres eram menos propensas a ter internações hospitalares.
Em asilos, indivíduos casados eram menos propensos a ficar por períodos mais longos. Em contraste, idosos eram mais propensos a usar serviços de asilo, particularmente aqueles de origens minoritárias.
Importância do Planejamento Antecipado de Cuidados
Ao analisar cuidados paliativos, a idade foi um fator significativo para aqueles sem deficiência cognitiva. Para indivíduos enfrentando desafios cognitivos, níveis mais altos de educação estavam ligados a um uso mais frequente de cuidados paliativos. O estudo não encontrou evidências de que o planejamento antecipado de cuidados afetasse a relação entre determinantes sociais e uso de cuidados de saúde.
O Contexto Geral
As descobertas indicam disparidades persistentes nos cuidados de saúde, especialmente entre idosos com demência. Fatores como idade, raça e educação impactam o acesso e uso dos cuidados de saúde. Muitas minorias raciais e étnicas lutam para receber atendimento oportuno, medicamentos e outros serviços necessários.
À medida que a população continua a envelhecer e diversificar, entender as tendências de uso dos cuidados de saúde se torna cada vez mais importante. Esse conhecimento é crucial para desenvolver políticas direcionadas que atendam as necessidades únicas de várias comunidades.
Recomendações
O estudo destaca a necessidade de programas e políticas de saúde culturalmente sensíveis para melhorar a alocação de recursos nos cuidados de demência. Reconhecendo e respeitando os valores das populações de idosos diversas, é possível trabalhar para reduzir as disparidades de saúde e melhorar a qualidade do atendimento.
Conclusão
À medida que o número de indivíduos afetados pela demência aumenta, a pesquisa contínua é vital para abordar os desafios de saúde entre os idosos. Entender os fatores que influenciam o acesso e uso dos cuidados de saúde pode ajudar a criar estratégias eficazes para melhorar o atendimento a todos os idosos, especialmente aqueles de grupos minoritários.
Esse esforço contínuo é crítico à medida que a sociedade avança para tornar os cuidados de saúde mais justos e acessíveis para cada indivíduo, independentemente de origem ou circunstância.
Título: Social Determinants of Health and Healthcare Utilization Disparities among Older Adults with and Without Cognitive Impairment
Resumo: The purpose of this study was to determine the healthcare utilization patterns in a national sample of older adults across several social determinants of health factors (ethnicity, gender, race, education) with normal and dementia/impaired cognition. We used datasets from the Health and Retirement Study (HRS, 2018) to evaluate healthcare utilization, including metrics such as hospital and nursing home stays, hospice care, and number of visits to the doctor. Logistic models were used to predict healthcare utilization separately in those with normal cognition and dementia. Our final sample comprised 15,607 adults (mean age: 65.2 normal cognition, mean age 71.5 dementia). Hispanics with normal cognition were less likely to stay in a hospital than non-Hispanic respondents (OR: 0.52-0.71, p
Autores: Zahra Rahemi, S. Z. Shalhout, J.-D. R. Bacsu, D. V. Petrovsky, P. P. Zanwar, S. A. Adams
Última atualização: 2024-07-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.14.24310385
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.14.24310385.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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