Garantindo Replicabilidade em Algoritmos de Tratamento Adaptativos
Esse artigo fala sobre a importância da replicabilidade em testes clínicos usando algoritmos adaptativos.
Kelly W. Zhang, Nowell Closser, Anna L. Trella, Susan A. Murphy
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Índice
- Algoritmos de Bandit
- Características dos Ensaios de Intervenção em Saúde Digital
- Dados Observados e Algoritmo de Bandit
- Análises Pós-Ensaio
- Dois Exemplos de Não Replicabilidade
- Bandits Replicáveis
- Minimização Geral de Perdas
- Consistência sob Replicabilidade
- Normalidade Assintótica
- Simulações Sintéticas
- Simulações Oralytics
- Discussão e Questões Abertas
- Fonte original
- Ligações de referência
Algoritmos de Atribuição de Tratamento adaptativo, como bandits e aprendizado por reforço, estão se tornando populares em ensaios clínicos para Intervenções em Saúde Digital. Esses métodos podem ajudar a decidir como atribuir tratamentos, o que pode levar a melhores resultados de saúde para as pessoas. No entanto, é crucial garantir que os achados desses ensaios possam ser replicados em outros estudos. Se os resultados não puderem ser reproduzidos consistentemente, fica difícil confiar nas conclusões tiradas dos ensaios.
Este artigo explora o conceito de Replicabilidade no contexto de Análises Estatísticas de ensaios que usam algoritmos de atribuição de tratamento adaptativo. Mostramos que muitos métodos estatísticos padrão podem produzir resultados inconsistentes e podem não ser replicáveis, mesmo com um grande número de participantes. Essa questão se relaciona diretamente com as propriedades dos algoritmos usados nos ensaios. Ao definir o que é um "algoritmo de bandit replicável" e mostrar que certos métodos estatísticos podem ser consistentes sob esses algoritmos, enfatizamos a necessidade de focar no design de algoritmos que promovam a replicabilidade.
Algoritmos de Bandit
Nos ensaios clínicos, especialmente no campo da saúde digital, algoritmos de atribuição de tratamento adaptativo são frequentemente usados para combinar indivíduos com os tratamentos mais adequados. Esses algoritmos aprendem e se ajustam com base nos dados coletados, tornando-os dinâmicos e responsivos às necessidades individuais.
Uma vez que um algoritmo adaptativo está em vigor, os pesquisadores precisam analisar os dados para responder perguntas importantes: Qual é o benefício médio do algoritmo implementado? Como o tratamento afeta os resultados individuais? Além disso, essas análises informam futuros designs dos algoritmos, como definir o espaço de estado e as ações que podem ser tomadas.
Dada a importância da replicabilidade nas intervenções de saúde, este estudo se concentra em como garantir que as análises estatísticas forneçam resultados consistentes em diferentes ensaios que empregam algoritmos adaptativos semelhantes. A replicabilidade em ensaios clínicos significa que repetir o mesmo estudo deve gerar resultados comparáveis, dadas a mesma metodologia e critérios de participantes.
Características dos Ensaios de Intervenção em Saúde Digital
As intervenções em saúde digital geralmente visam comportamentos de saúde específicos, como aumentar a atividade física ou apoiar a adesão a medicamentos. Em muitos ensaios, os participantes são atribuídos a vários grupos de tratamento, e decisões sobre o tratamento podem ser tomadas várias vezes para cada indivíduo ao longo de um período definido.
Uma característica comum dos ensaios de saúde digital é que eles costumam combinar dados de diferentes indivíduos para aprender com os resultados de tratamentos passados. Essa aglomeração de dados ajuda a reduzir o ruído e melhorar o processo de aprendizado para o algoritmo, melhorando assim a intervenção geral.
Dados Observados e Algoritmo de Bandit
Para entender o comportamento dos algoritmos adaptativos em ensaios clínicos, precisamos esboçar como os algoritmos de bandit operam. Nesses ensaios, indivíduos são selecionados de uma população, e decisões são tomadas com base em suas características em vários momentos. Cada decisão pode levar a resultados observados, que são então analisados para determinar a eficácia do tratamento.
A recompensa do tratamento é baseada em uma função conhecida desses resultados. Os algoritmos pegam essa informação e a usam para tomar decisões futuras de tratamento. No entanto, os algoritmos podem usar modelos simplificados que podem não refletir com precisão a verdadeira relação entre ações e resultados.
Análises Pós-Ensaio
Após a conclusão do ensaio, análises estatísticas são realizadas para avaliar a eficácia do tratamento. Essas análises devem ser claras, replicáveis e válidas, mesmo que os algoritmos usados durante o ensaio tenham sido baseados em modelos simplificados. Essas análises pós-ensaio dependem da ideia de resultados potenciais, que assumem que qualquer indivíduo pode ter diferentes resultados dependendo do tratamento que recebe.
Dois Exemplos de Não Replicabilidade
Para ilustrar as possíveis armadilhas de usar algoritmos de bandit em ensaios clínicos, apresentamos dois exemplos onde análises estatísticas podem gerar resultados inconsistentes.
No primeiro exemplo, o alvo da análise é a recompensa média de um algoritmo de bandit operando em um ambiente em mudança. Enquanto a recompensa média geral pode convergir para um valor desejado, ensaios individuais podem ainda produzir uma ampla gama de resultados, gerando confusão sobre a eficácia da intervenção.
No segundo exemplo, exploramos como tanto o modelo do algoritmo de bandit quanto o modelo de análise estatística podem estar mal especificados. Essa situação pode criar discrepâncias significativas entre os resultados esperados e observados, complicando a análise e interpretação dos resultados.
Bandits Replicáveis
Os exemplos destacados de não replicabilidade nas análises estatísticas decorrem dos algoritmos de bandit subjacentes. Se os algoritmos em si atenderem a certas condições de replicabilidade, então muitas análises estatísticas padrão também podem ser replicáveis.
Um algoritmo de bandit é considerado replicável se suas políticas aprendidas se tornarem consistentes em diferentes repetições do ensaio, especialmente conforme o tamanho da amostra aumenta. Essa propriedade é importante porque garante que as análises estatísticas resultantes também serão confiáveis.
Minimização Geral de Perdas
Para entender o desempenho desses algoritmos em várias configurações, podemos olhar para funções de perda gerais. Essas funções ajudam a medir quão bem o algoritmo está performando em termos de atingir objetivos específicos.
Quando derivamos estimadores com base nessas funções de perda, podemos avaliar como eles se generalizam em diferentes condições de ensaio. É essencial que os estimadores se comportem de forma consistente, mesmo quando os modelos subjacentes estão mal especificados.
Consistência sob Replicabilidade
Para que um algoritmo de bandit seja útil na prática, ele deve gerar estimadores consistentes entre os ensaios. Essa consistência está ligada à replicabilidade dos próprios algoritmos. Se os algoritmos forem projetados com a replicabilidade em mente, isso leva a análises estatísticas consistentes, que são cruciais para intervenções em saúde.
Quando os pesquisadores implementam esses algoritmos, é vital garantir que eles explorem opções de tratamento suficientemente para evitar viés. Garantir que as decisões de tratamento sejam tomadas com uma estratégia de exploração adequada ajuda a melhorar a robustez dos resultados.
Normalidade Assintótica
Além da replicabilidade, avaliar a normalidade assintótica dos estimadores é crucial. Essa propriedade garante que, à medida que mais dados são coletados, a distribuição do estimador se aproxima de uma distribuição normal, o que é essencial para a inferência estatística.
Para alcançar isso, certas condições devem ser atendidas em relação ao comportamento dos algoritmos de bandit. A relação entre essas condições e o design de algoritmos de atribuição de tratamento pode levar a estimadores robustos.
Simulações Sintéticas
Para testar os conceitos discutidos, podemos realizar simulações sintéticas. Essas simulações permitem que os pesquisadores criem ambientes que imitam comportamentos da vida real enquanto controlam vários fatores. Ao comparar diferentes algoritmos, podemos explorar como a replicabilidade e a consistência se comportam na prática.
Simulações Oralytics
Um exemplo do mundo real dos conceitos discutidos pode ser encontrado nos ensaios Oralytics, que visam melhorar comportamentos de saúde bucal. Nesses ensaios, algoritmos são usados para enviar lembretes personalizados a indivíduos com base em seus hábitos de escovação.
Ao simular várias estratégias de tratamento, os pesquisadores podem ver como diferentes algoritmos se saem em termos de replicabilidade. Os resultados dessas simulações destacam como um algoritmo de bandit bem projetado pode levar a intervalos de confiança válidos e análises informativas.
Discussão e Questões Abertas
Este trabalho enfatiza a conexão entre replicabilidade inferencial e o design de algoritmos de bandit. Mostramos que quando algoritmos de bandit comuns são empregados, o potencial para análises não replicáveis aumenta, particularmente quando pressupostos subjacentes sobre o ambiente são violados.
Questões abertas permanecem em termos de equilibrar replicabilidade com minimização de arrependimento nos designs de algoritmos. Os pesquisadores precisam considerar como garantir que os algoritmos possam ser tanto confiáveis quanto otimizar decisões de tratamento de forma eficaz.
Em conclusão, promover a replicabilidade em algoritmos de atribuição de tratamento adaptativo é essencial para a aplicação bem-sucedida de intervenções em saúde digital. Ao focar no design desses algoritmos, os pesquisadores podem melhorar a consistência e a confiabilidade das análises estatísticas em seus estudos.
Título: Replicable Bandits for Digital Health Interventions
Resumo: Adaptive treatment assignment algorithms, such as bandit and reinforcement learning algorithms, are increasingly used in digital health intervention clinical trials. Causal inference and related data analyses are critical for evaluating digital health interventions, deciding how to refine the intervention, and deciding whether to roll-out the intervention more broadly. However the replicability of these analyses has received relatively little attention. This work investigates the replicability of statistical analyses from trials deploying adaptive treatment assignment algorithms. We demonstrate that many standard statistical estimators can be inconsistent and fail to be replicable across repetitions of the clinical trial, even as the sample size grows large. We show that this non-replicability is intimately related to properties of the adaptive algorithm itself. We introduce a formal definition of a "replicable bandit algorithm" and prove that under such algorithms, a wide variety of common statistical analyses are guaranteed to be consistent. We present both theoretical results and simulation studies based on a mobile health oral health self-care intervention. Our findings underscore the importance of designing adaptive algorithms with replicability in mind, especially for settings like digital health where deployment decisions rely heavily on replicated evidence. We conclude by discussing open questions on the connections between algorithm design, statistical inference, and experimental replicability.
Autores: Kelly W. Zhang, Nowell Closser, Anna L. Trella, Susan A. Murphy
Última atualização: 2024-08-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.15377
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.15377
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.
Ligações de referência
- https://arxiv.org/abs/2209.09352
- https://imai.fas.harvard.edu/research/files/mediation.pdf
- https://arxiv.org/pdf/2305.01518.pdf
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK547524/
- https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12018777/
- https://www.mscs.mu.edu/~jsta/issues/11
- https://github.com/StatisticalReinforcementLearningLab/oralytics_pilot_data
- https://proceedings.neurips.cc/paper_files/paper/2021/file/49ef08ad6e7f26d7f200e1b2b9e6e4ac-Supplemental.pdf
- https://openreview.net/pdf?id=N1feehMSG9
- https://proceedings.mlr.press/v119/si20a.html
- https://arxiv.org/pdf/2304.04341.pdf
- https://linfanf.github.io/files/The_fragility_of_optimized_bandit_algorithms.pdf