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Impacto das ITUs em Partos Prematuros: Novas Perspectivas

Pesquisas mostram ligações entre infecções do trato urinário e resultados de nascimento prematuro.

Kathryn A. Patras, S. Ottinger, A. B. Larson, V. Mercado-Evans, H. Branthoover, J. J. Zulk, C. Serchejian, M. E. Mejia, Z. A. Hameed, R. Walde, R. C. Fleck, A. E. Shea

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O parto prematuro é um grande problema para os recém-nascidos, causando muitas mortes a cada ano no mundo todo. Afeta cerca de 15 milhões de nascimentos e leva a cerca de 1 milhão de mortes anualmente. Bebês que sobrevivem ao parto prematuro podem enfrentar várias questões de saúde à medida que crescem.

Um fator importante que contribui para o parto prematuro são as infecções do trato urinário (ITU). Pesquisas mostram que até 40% dos Partos prematuros podem estar ligados a infecções maternas ou fetais, incluindo ITUs. As ITUs são bem comuns em mulheres grávidas, afetando cerca de 1 em cada 10 gestações. Alguns fatores, como mudanças hormonais e condições sociais, podem aumentar as chances de ter uma ITU durante a gravidez. Durante a gravidez, o sistema imunológico da mãe muda para acomodar o feto em crescimento, o que pode aumentar o risco de ITUs. No entanto, como a gravidez afeta a resposta imunológica da bexiga não foi estudado a fundo.

Ter uma ITU durante a gravidez pode levar a complicações sérias, como parto prematuro, crescimento restrito do bebê, natimortalidade e infecções em recém-nascidos. Mesmo com vários estudos clínicos ligando ITUs a esses desfechos, há pouca pesquisa explicando os mecanismos por trás dessa conexão. Essa lacuna existe em parte devido à falta de modelos animais que reflitam com precisão as condições humanas.

Em um estudo com camundongos, os pesquisadores criaram um modelo de ITU materna infectando camundongos grávidos com um tipo específico de bactéria comumente ligado a ITUs. Essa Infecção resultou em parto prematuro em 90% dos camundongos testados. O modelo revelou infecções significativas na placenta e no feto, indicando que o modelo pode não representar efetivamente infecções localizadas na bexiga. Outro modelo mostrou que, embora houvesse resposta imunológica no útero após a infecção, nenhum parto prematuro foi registrado.

Descobertas recentes também sugeriram que ITUs poderiam causar inflamação em tecidos de amamentação, ressaltando a ideia de que infecções na bexiga poderiam levar a inflamações em outras áreas cruciais para a saúde da mãe e do bebê.

Durante a gravidez, o sistema imunológico se adapta para evitar rejeitar o feto, que é parcialmente reconhecido como estranho ao corpo da mãe. Essa adaptação envolve tipos específicos de células imunológicas que ajudam a manter a gravidez. No entanto, durante o parto, outros tipos de células imunológicas que causam inflamação aparecem com mais frequência. Um momento inadequado dessas células imunológicas pode estar envolvido tanto em partos prematuros relacionados a infecções quanto espontâneos.

Estudos também indicam que a resposta imunológica na placenta pode diferir com base no sexo do feto. Fetos masculinos costumam enfrentar piores resultados de saúde em comparação às fêmeas, incluindo um risco maior de parto prematuro. Isso sugere que não só a infecção materna afeta a gravidez, mas o sexo do feto também pode desempenhar um papel na saúde da gestação.

Este artigo descreve um modelo de camundongo para estudar o parto prematuro associado a ITUs, oferecendo uma visão de como a inflamação localizada afeta os resultados da gravidez. O modelo imita com sucesso vários sinais clínicos de ITU materna, como parto prematuro e crescimento limitado do bebê.

Os pesquisadores examinaram as diferenças na imunidade da bexiga entre camundongos grávidos e não grávidos, revelando diferenças notáveis nos níveis de inflamação. Eles descobriram que infecções causavam padrões distintos de inflamação e resposta imunológica em camundongos grávidos, o que sugeriu que a gravidez altera a forma como o corpo reage a infecções.

Em termos de implicações práticas, a ITU materna pode induzir inflamação tanto na bexiga quanto no útero. Para avaliar esse efeito, os pesquisadores monitoraram camundongos infectados com ITUs e examinaram vários tecidos em busca de evidências de infecção. Eles descobriram que as bactérias podiam se espalhar para o útero e a placenta, levando a potenciais complicações.

Apesar da raridade das bactérias encontradas na placenta no início da infecção, sinais de ativação imunológica eram evidentes. Especificamente, certos fatores regulatórios ligados às respostas imunológicas estavam elevados nas Placentas de camundongos que passaram por parto prematuro.

Além disso, o estudo identificou mudanças nas populações de células imunológicas dentro da placenta, indicando que uma infecção poderia alterar os tipos de células imunológicas presentes durante a gravidez. Por exemplo, havia mais células T nas placentas de camundongos que exibiram sinais de trabalho de parto prematuro.

Curiosamente, o sexo do feto parecia influenciar a resposta imunológica na placenta. Camundongos com fetos masculinos mostraram reações imunológicas diferentes em comparação àqueles com fetos femininos, o que poderia contribuir para resultados de saúde variados.

Uma descoberta promissora estava relacionada a um fator imunológico específico, interleucina-10 (IL-10), que estava elevado em camundongos que mantiveram suas gestações apesar da infecção. Quando os pesquisadores trataram alguns camundongos com IL-10, a incidência de parto prematuro diminuiu, sugerindo que impulsionar certas respostas imunológicas poderia ajudar a proteger as gestações.

Além do modelo de camundongo, os pesquisadores conduziram um estudo envolvendo amostras de urina humana de pessoas grávidas e não grávidas. Eles analisaram a presença de certas moléculas de sinalização imunológica na urina para avaliar como o corpo responde a ITUs. O estudo encontrou que esses marcadores imunológicos mudaram ao longo da gravidez, com diferenças notáveis entre aqueles que tinham ITUs e aqueles sem infecções.

Além disso, os pesquisadores descobriram que marcadores imunológicos específicos na urina se correlacionavam com parto prematuro, independentemente da presença de bactérias. Isso sugere que, mesmo na ausência de infecção, níveis mais altos de certos indicadores imunológicos poderiam sinalizar um risco de complicações durante a gravidez.

No geral, essa pesquisa aprimora nossa compreensão de como infecções maternas como ITUs poderiam impactar os resultados da gravidez. O modelo de camundongo fornece uma ferramenta vital para explorar os mecanismos por trás dos partos prematuros relacionados a ITUs. Ao mesmo tempo, o estudo humano revela potenciais biomarcadores urinários que poderiam ajudar a prever o risco de parto prematuro.

Combinando as descobertas de estudos em animais e humanos, os pesquisadores esperam identificar estratégias diagnósticas e terapêuticas para melhorar a saúde materna e neonatal. Eles pretendem criar novas diretrizes para o manejo de ITUs na gravidez, levando a resultados melhores para mães e seus bebês.

Fonte original

Título: Distinct maternofetal immune signatures delineate preterm birth onset following urinary tract infection

Resumo: Preterm birth is the leading cause of infant mortality resulting in over one million neonatal deaths annually. Maternal urinary tract infection (UTI) during pregnancy increases risk for preterm birth; however, biological processes mediating UTI-associated preterm birth are not well-described. We established a murine maternal UTI model in which challenge with uropathogenic E. coli resulted in preterm birth in about half of dams. Dams experiencing preterm birth displayed excessive bladder inflammation and altered uteroplacental T cell polarization compared to non-laboring infected dams, with no differences in bacterial burdens. Additional factors associated with preterm birth included higher proportions of male fetuses and lower maternal serum IL-10. Furthermore, exogenous maternal IL-10 treatment absolved UTI-associated preterm birth but contributed to fetal growth restriction in this model. Using urine samples from a cohort of human pregnancies with or without UTI, we correlated urinary cytokines with birth outcomes and urine culture status. These analyses yielded a non-invasive, highly predictive three-model system for evaluating preterm birth risk implicating cytokines IL-10, IL-15, IL-1{beta}, and IL-1RA. Our unique bimodal murine model coupled with patient samples provides a platform to investigate immunological and microbial factors governing UTI-associated preterm birth, revealing novel therapeutic opportunities to predict or prevent preterm birth.

Autores: Kathryn A. Patras, S. Ottinger, A. B. Larson, V. Mercado-Evans, H. Branthoover, J. J. Zulk, C. Serchejian, M. E. Mejia, Z. A. Hameed, R. Walde, R. C. Fleck, A. E. Shea

Última atualização: 2024-10-25 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.22.619711

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.22.619711.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

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