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# Ciências da saúde# Ostetricia e ginecologia

Distúrbios Hipertensivos na Gravidez: Uma Preocupação Crescente

Estudo mostra os riscos da hipertensão na gravidez e seu impacto nos bebês.

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Desordens hipertensivas são problemas de saúde relacionados à pressão alta que podem rolar durante a gravidez. Tem quatro tipos principais: Hipertensão Crônica (pressão alta que já existia antes da gravidez), hipertensão induzida pela gravidez (pressão alta que começa durante a gravidez), pré-eclâmpsia (pressão alta junto com outros problemas de saúde) e eclâmpsia (uma condição séria que pode envolver convulsões).

No mundo todo, essas paradas afetam cerca de 5 a 10% de todas as gestações e contribuem muito para mortes de bebês e ainda-nascidos. Especificamente, estão ligadas a cerca de 16% dos 2.6 milhões de mortes fetais e a cerca de 50% dos 2.9 milhões de mortes de recém-nascidos todo ano. Em 2010, cerca de 224 milhões de mulheres em idade reprodutiva no mundo tinham hipertensão crônica.

Hipertensão em Mulheres Bangladeshis

Em Bangladesh, a situação da hipertensão mudou ao longo dos anos. Entre 2011 e 2018, o número de mulheres com mais de 35 anos com hipertensão subiu de 32% para 45%. Entre as mulheres mais novas de 18 a 34 anos, 12.5% tinham hipertensão em 2018. Ainda não se entende bem como a hipertensão crônica e a hipertensão induzida pela gravidez afetam as grávidas e os bebês em Bangladesh.

A mortalidade neonatal, que se refere às mortes de bebês nos primeiros 28 dias de vida, é uma preocupação grande. Em 2018, cerca de dois terços das mortes infantis em Bangladesh foram por mortes neonatais. A Mortalidade Perinatal, que é a morte de um feto ou recém-nascido em um período específico em torno do parto, ocorreu em cerca de 4.8% das gestações, com mais da metade dessas sendo mortes fetais.

Importância do Pré-Natal

Para promover uma gravidez saudável e um parto seguro, as mulheres são incentivadas a procurar o pré-natal cedo e com regularidade com profissionais de saúde. De 2014 a 2018 em Bangladesh, a proporção de mulheres recebendo cuidados de profissionais qualificados aumentou de 64% para 82%. Mas mesmo com mais mulheres fazendo pré-natal, não houve uma queda correspondente na mortalidade perinatal.

O objetivo de um estudo recente foi ver como a hipertensão materna estava relacionada ao risco de mortalidade perinatal em áreas rurais de Bangladesh e se o pré-natal tinha alguma participação nisso.

Configuração e Design do Estudo

Esse estudo rolou no subdistrito de Baliakandi em Bangladesh e fez parte de um projeto maior que começou em setembro de 2017. O estudo usou um método de pesquisa para coletar dados. Entre abril e agosto de 2019, os pesquisadores entrevistaram mulheres casadas em idade reprodutiva que tinham filhos menores de cinco anos ou estavam grávidas.

A pesquisa incluiu perguntas sobre histórico de saúde, exames anteriores para pressão alta e o número de consultas de pré-natal. As mulheres foram convidadas a consentir em participar, e os coletores de dados visitaram várias vezes para juntar informações completas.

Resultados e Fatores de Exposição

O resultado de interesse foi a morte perinatal, que é definida como a morte de um bebê entre 28 semanas de gestação e sete dias após o nascimento. A hipertensão foi a exposição preocupante, com categorias incluindo qualquer histórico de hipertensão, hipertensão crônica (diagnosticada antes da gravidez) e Hipertensão Gestacional (diagnosticada durante ou após a gravidez).

Os pesquisadores combinaram cuidadosamente casos de morte perinatal com gestações que resultaram em nascimentos vivos para comparar fatores como idade, status econômico e nível de escolaridade.

Descobertas sobre Hipertensão e Morte Perinatal

O estudo descobriu que mulheres com qualquer histórico de hipertensão tinham mais chances de enfrentar morte perinatal em comparação com aquelas sem pressão alta. Especificamente, mulheres com hipertensão crônica tinham quase três vezes mais risco de perder o bebê em comparação com mulheres sem nenhum diagnóstico de hipertensão. Por outro lado, a hipertensão gestacional mostrou um aumento menor no risco, mas as evidências não eram fortes o suficiente para confirmar uma ligação significativa.

Pré-Natal e Resultados Perinatais

Curiosamente, o estudo não encontrou uma relação clara entre o número de consultas de pré-natal e as taxas de morte perinatal. A maioria das mulheres que enfrentaram uma morte perinatal (81%) consultou um profissional de saúde qualificado pelo menos uma vez durante a gravidez. No entanto, o número total de visitas estava abaixo do que é recomendado pelas organizações de saúde.

O momento em que as mulheres buscaram atendimento pela primeira vez durante a gestação também variou. A maioria das mulheres com hipertensão não recebeu atendimento adequado cedo o suficiente. Especificamente, mulheres com hipertensão crônica que perderam um bebê tendiam a buscar cuidados muito mais tarde em suas gestações.

Importância do Atendimento Precoce e Consultas Regulares

As descobertas enfatizam a necessidade de mulheres com histórico de hipertensão buscarem cuidados de pré-natal cedo e com frequência. Muitas mulheres com hipertensão crônica tinham contato limitado com profissionais de saúde durante suas gestações, possivelmente por não reconhecerem os riscos ou por não terem acesso a cuidados de qualidade.

Limitações do Estudo

Uma limitação do estudo foi que os dados autorrelatados sobre hipertensão e visitas de pré-natal podem não ser sempre precisos. As mulheres podem não lembrar bem dos diagnósticos passados, e isso pode levar a subestimar a verdadeira ligação entre hipertensão e morte perinatal. O estudo também notou que aquelas que enfrentaram mortes perinatais podem ter sido mais propensas a se identificar corretamente como hipertensas, o que poderia levar a uma superestimação do risco.

Conclusão e Direções Futuras

De acordo com as descobertas, abordar a hipertensão e melhorar o pré-natal é crucial para reduzir as taxas de morte perinatal em Bangladesh rural. O governo tem como meta diminuir significativamente as taxas de mortalidade neonatal, e identificar e apoiar mulheres com histórico de hipertensão é uma estratégia chave nessa luta.

Para fazer progresso real, os sistemas de saúde precisam estar melhor equipados para atender gestações de alto risco, com pessoal treinado e recursos necessários. A conscientização da comunidade sobre os perigos da hipertensão durante a gravidez também é importante para incentivar as mulheres a buscarem ajuda logo no início da gestação.

No geral, esse estudo destaca a necessidade de mais pesquisas para entender completamente os diferentes fatores que influenciam os resultados da gravidez em mulheres com hipertensão e para melhorar os serviços de saúde para aquelas em risco.

Fonte original

Título: Associations of hypertension and antenatal care-seeking with perinatal mortality: A nested case-control study in rural Bangladesh

Resumo: Maternal hypertension may be an underrecognized but important risk factor for perinatal death in low resource settings. We investigated the association of maternal hypertension and perinatal mortality in rural Bangladesh. This nested, matched case-control study used data from a 2019 cross-sectional survey and demographic surveillance database in Baliakandi, Bangladesh. We randomly matched each pregnancy ending in perinatal death with five pregnancies in which the neonate survived beyond seven days based on maternal age, education, and wealth quintile. We estimated associations of antenatal care-seeking and self-reported hypertension with perinatal mortality using conditional logistic regression and used median and interquartile ranges to assess the mediation of antenatal care by timing or frequency. Among 191 cases and 934 matched controls, hypertension prevalence was 14.1% among cases and 7.7% among controls. Compared with no diagnosis, the probability of perinatal death was significantly higher among women with a pre-gestational hypertension diagnosis (OR 2.90, 95% CI 1.29, 6.57), but not among women with diagnosis during pregnancy (OR 1.68, 95% CI 0.98, 2.98). We found no association between the number of antenatal care contacts and perinatal death (p=0.66). Among women with pre-gestational hypertension who experienced a perinatal death, 78% had their first antenatal contact in the sixth or seventh month of gestation. Hypertension was more common among rural women who experience a perinatal death. Greater effort to prevent hypertension prior to conception and provide early maternity care to women with hypertension could improve perinatal outcomes in rural Bangladesh.

Autores: Allyson Perry Bear, W. L. Bennett, J. Katz, K. H. Lee, S. Bari, A. I. Chowdhury, S. El Arifeen, E. S. Gurley

Última atualização: 2023-06-20 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.06.13.23291331

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.06.13.23291331.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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