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Desinformação no YouTube: Uma Comparação Global

Analisando desinformação sobre COVID-19 no YouTube nos EUA e na África do Sul.

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A Crise de DesinformaçãoA Crise de Desinformaçãodo YouTubedecisões de saúde no mundo todo.Falsidades sobre a COVID-19 influenciam
Índice

O YouTube é uma fonte chave de informação sobre saúde pra muita gente. Mas, ele tem sido criticado por espalhar informações falsas sobre a COVID-19. Esse assunto é especialmente importante, já que a pandemia afetou pessoas ao redor do mundo de maneiras bem diferentes. Enquanto a maioria dos estudos foca em países como os Estados Unidos, não tem muita pesquisa sobre como a Desinformação se espalha em lugares como a África do Sul. Esse estudo tem como objetivo preencher essa lacuna, analisando a desinformação sobre COVID-19 no YouTube tanto nos EUA quanto na África do Sul.

Objetivo da Pesquisa

O objetivo dessa pesquisa é comparar como a desinformação sobre COVID-19 aparece nos resultados de busca do YouTube nos Estados Unidos e na África do Sul. A gente olhou pra os resultados de busca pra ver com que frequência a desinformação aparecia. A nossa pergunta principal foi: Quanta desinformação sobre COVID-19 aparece nos resultados de busca do YouTube entre os EUA e a África do Sul?

Metodologia

Fizemos um estudo de 10 dias onde usamos bots automáticos, projetados pra agir como usuários reais, pra coletar resultados de busca do YouTube. Focamos em locais específicos em ambos os países pra ver se a desinformação variava dependendo da localização. Nos EUA, escolhemos cidades com grandes populações e muitos casos de COVID-19: Los Angeles, Houston e Jacksonville. Na África do Sul, escolhemos Joanesburgo, Durban e Cidade do Cabo.

Selecionamos 48 consultas de busca relacionadas à desinformação sobre COVID-19 com base em tópicos comuns, como teorias da conspiração sobre o vírus. Durante 10 dias, nossos bots coletaram resultados de busca usando quatro filtros diferentes: relevância, data de upload, contagem de visualizações e classificação. No total, revisamos mais de 900.000 resultados de busca.

Descobertas

Nossas descobertas mostraram que cerca de 31,55% dos 10 principais resultados de busca continham desinformação sobre COVID-19. Notamos diferenças significativas entre os dois países. Na África do Sul, os bots encontraram mais desinformação do que nos EUA, especialmente nos resultados principais. Isso sugere que os usuários na África do Sul provavelmente encontram informações enganosas com mais frequência ao usar o YouTube.

Resultados de Busca e Desinformação

Observamos que os bots na África do Sul enfrentaram muito mais resultados de busca enganosos do que seus colegas americanos. O filtro padrão usado pelo YouTube é a relevância, o que significa que os usuários são mais propensos a ver a primeira página de resultados. Como 95% dos usuários olham apenas para a primeira página, é preocupante que os usuários sul-africanos possam estar recebendo mais informações prejudiciais.

Os tópicos mais difundidos de desinformação incluíram "Alegações sobre 5G", "Alegações sobre Bill Gates" e "Alegações sobre Vacinas". Isso é particularmente preocupante já que a África do Sul enfrentou problemas como hesitação em vacinas e teorias da conspiração que culpam a tecnologia 5G pela propagação do vírus.

Variabilidade por Localização

Os resultados também variaram dentro de cada país. Nos EUA, bots em Houston viram muito mais desinformação em comparação com aqueles em Los Angeles. Isso indica que a localização dentro de um país pode afetar o tipo de informação que os usuários encontram. No entanto, na África do Sul, não vimos diferenças significativas entre as cidades selecionadas.

Importância dos Filtros

Quando olhamos para os filtros de busca, encontramos que resultados ordenados por data de upload e classificação frequentemente continham mais desinformação. Isso é problemático porque os usuários tendem a confiar em conteúdos mais novos ou com altas classificações, tornando-os mais vulneráveis a informações enganosas.

Em contraste, resultados de busca ordenados por relevância tendiam a conter menos desinformação em geral. Isso sugere que o algoritmo do YouTube pode ser mais eficaz em minimizar a desinformação quando os usuários buscam por conteúdo relevante e bastante visualizado.

O Papel do YouTube

O YouTube é o maior motor de busca de vídeos, sendo uma plataforma crucial pra encontrar informações sobre saúde, especialmente durante uma pandemia. A propagação da desinformação no YouTube tem um impacto significativo nos esforços de Saúde Pública. Por exemplo, alegações falsas podem levar à hesitação em vacinas, desconfiança nas autoridades de saúde e podem influenciar as decisões de saúde das pessoas.

Apesar da pressão, o YouTube tem lutado pra gerenciar a moderação de conteúdo de forma eficaz em diferentes regiões. Auditorias anteriores sugeriram que a plataforma frequentemente favorece conteúdo em inglês, negligenciando assim idiomas não ingleses que são comumente usados no Sul Global. Ao examinar tanto os EUA quanto a África do Sul, esse estudo mostra como a moderação de conteúdo e o desempenho do algoritmo variam entre diferentes contextos geográficos.

Implicações para a Saúde Pública

As diferenças na exposição à desinformação entre os dois países têm implicações sérias. A desinformação pode levar a comportamentos prejudiciais à saúde e pode enfraquecer os esforços de saúde pública. Usuários na África do Sul, expostos a mais conteúdo enganoso, podem achar mais difícil tomar decisões informadas sobre sua saúde.

Conclusão

Esse estudo destaca a necessidade urgente do YouTube levar a sério seu papel como provedor de informação. As descobertas mostram que a desinformação ainda é prevalente, especialmente em regiões vulneráveis como a África do Sul. Com a pandemia ainda afetando pessoas ao redor do mundo, uma abordagem mais responsável em relação à moderação de conteúdo e à regulação de algoritmos é necessária pra proteger os usuários de informações enganosas.

Pesquisas futuras podem investigar mais a fundo a propagação da desinformação em vários idiomas e contextos pra formular melhores estratégias de combate. Ao focar tanto no Norte quanto no Sul Global, os pesquisadores podem promover um ambiente online mais equitativo e informativo.

Limitações

Embora esse estudo forneça insights importantes sobre desinformação no YouTube, há limitações. Focamos apenas em consultas de busca em inglês pra consistência, o que pode ignorar a complexidade da desinformação em diferentes idiomas na África do Sul. Pesquisas futuras devem explorar vários idiomas e contextos culturais pra obter uma visão mais completa.

Além disso, nossas descobertas são baseadas em um período de tempo limitado e em locais específicos. Portanto, os dados podem não refletir a situação em outras regiões ou em momentos diferentes. Estudos longitudinais futuros seriam benéficos pra entender como a desinformação evolui e se espalha ao longo do tempo.

Direções Futuras

Há vários caminhos pra pesquisa futura. Expandir o estudo pra incluir várias regiões dentro da África do Sul, assim como outros países do Sul Global, pode proporcionar uma compreensão mais profunda de como a desinformação opera em diferentes contextos. Isso é especialmente relevante no nosso mundo cada vez mais conectado.

Além disso, examinar o papel das plataformas de mídia social e seu impacto nas percepções públicas sobre informações de saúde será vital. Investigando esses fatores, os pesquisadores podem desenvolver melhores diretrizes pra moderação de conteúdo e como organizações de saúde podem trabalhar com plataformas como o YouTube pra promover informações precisas.

Engajar com os usuários pra entender seus comportamentos de busca por informação e como eles interagem com o conteúdo também pode informar estratégias de desenvolvimento pra lidar com a desinformação. Essa abordagem centrada no usuário pode levar a mensagens e campanhas educativas de saúde pública mais eficazes.

Considerações Finais

Em uma era onde a informação está disponível, mas nem sempre é precisa, é crucial continuar vigilante contra a desinformação, especialmente em relação à saúde pública. Plataformas como o YouTube detêm um poder significativo sobre o cenário informativo, tornando essencial escrutinar suas práticas e garantir que sirvam ao interesse público.

À medida que o mundo continua lidando com as ramificações da pandemia de COVID-19, a luta contra a desinformação deve continuar sendo uma prioridade. Não se trata apenas de proteger indivíduos; é sobre salvaguardar a saúde pública e garantir que informações confiáveis e verdadeiras sejam acessíveis a todos, independentemente de onde vivam.

Ao iluminar essas discrepâncias na exposição à desinformação, podemos advogar por um ecossistema informativo online mais equitativo e responsável, beneficiando usuários ao redor do globo.

Fonte original

Título: Algorithmic Behaviors Across Regions: A Geolocation Audit of YouTube Search for COVID-19 Misinformation between the United States and South Africa

Resumo: Despite being an integral tool for finding health-related information online, YouTube has faced criticism for disseminating COVID-19 misinformation globally to its users. Yet, prior audit studies have predominantly investigated YouTube within the Global North contexts, often overlooking the Global South. To address this gap, we conducted a comprehensive 10-day geolocation-based audit on YouTube to compare the prevalence of COVID-19 misinformation in search results between the United States (US) and South Africa (SA), the countries heavily affected by the pandemic in the Global North and the Global South, respectively. For each country, we selected 3 geolocations and placed sock-puppets, or bots emulating "real" users, that collected search results for 48 search queries sorted by 4 search filters for 10 days, yielding a dataset of 915K results. We found that 31.55% of the top-10 search results contained COVID-19 misinformation. Among the top-10 search results, bots in SA faced significantly more misinformative search results than their US counterparts. Overall, our study highlights the contrasting algorithmic behaviors of YouTube search between two countries, underscoring the need for the platform to regulate algorithmic behavior consistently across different regions of the Globe.

Autores: Hayoung Jung, Prerna Juneja, Tanushree Mitra

Última atualização: Sep 16, 2024

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.10168

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.10168

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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