Avanços no Diagnóstico do Autismo Através da Tecnologia
Novos métodos melhoram avaliações de autismo usando análise de vídeo, áudio e texto.
Aditya Kommineni, Digbalay Bose, Tiantian Feng, So Hyun Kim, Helen Tager-Flusberg, Somer Bishop, Catherine Lord, Sudarsana Kadiri, Shrikanth Narayanan
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Índice
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta como as crianças se comunicam e interagem com os outros. Muitas crianças com autismo enfrentam desafios nas habilidades sociais, podem repetir certos comportamentos e muitas vezes têm dificuldade com a comunicação não verbal. Nos EUA, cerca de 1 em 36 crianças é diagnosticada com TEA, tornando-se uma condição neurodesenvolvimental comum.
O diagnóstico de TEA muitas vezes envolve observar as crianças em ambientes clínicos onde elas interagem com clínicos ou cuidadores. Essas interações podem incluir uma ampla gama de atividades, como jogar, conversar sobre sentimentos ou brincar de forma imaginativa. Durante essas sessões, as crianças podem mostrar comportamentos específicos que precisam ser observados com atenção. Por exemplo, podem ter contato visual incomum, repetir certas frases ou agir de forma excessiva ou disruptiva.
Atualmente, os clínicos usam ferramentas validadas para avaliar esses comportamentos. No entanto, codificar manualmente esses vídeos para avaliar os comportamentos pode ser um processo demorado e desafiador. É aí que a tecnologia pode ajudar. Usar modelos avançados que analisam vídeo, áudio e texto pode apoiar os clínicos na avaliação dessas interações de forma mais eficiente.
Por que a Análise de Vídeo é Importante
Vídeos clínicos de crianças com autismo podem oferecer insights valiosos sobre seus comportamentos. Esses vídeos capturam interações complexas que envolvem comunicação verbal e não verbal. Se analisados corretamente, podem ajudar clínicos e pesquisadores a entender como crianças no espectro autista se comportam em diferentes situações.
Tradicionalmente, pesquisadores têm olhado para características da fala para distinguir entre crianças em desenvolvimento típico e aquelas com autismo. Por exemplo, a forma como um clínico e uma criança interagem verbalmente pode revelar diferenças significativas. No entanto, confiar apenas na fala perde a riqueza das interações visuais. A linguagem corporal, os movimentos e as expressões faciais das crianças são elementos críticos que fornecem contexto ao seu comportamento. Analisar essas interações de maneira abrangente pode levar a avaliações e planos de tratamento melhores.
O Papel da Tecnologia Avançada
Avanços recentes em Aprendizado Profundo introduziram novas maneiras de analisar longas gravações em vídeo. Pesquisadores agora podem usar modelos que analisam dados de fala e vídeo para interpretar melhor essas sessões. Isso significa usar modelos treinados para entender tanto o que é dito quanto o que está acontecendo visualmente durante a interação.
Nesse contexto, uma abordagem unificada que combina os três tipos de dados – fala, vídeo e texto – está sendo desenvolvida. Ao fazer isso, pesquisadores visam criar um quadro mais completo do que ocorre nessas interações. Esse método pode ajudar a identificar atividades, reconhecer comportamentos e detectar quaisquer ações incomuns que possam ser relevantes para diagnosticar o TEA.
Como o Processo Funciona
O processo de análise de vídeos envolve várias etapas. Primeiro, Descrições em Linguagem Natural são geradas a partir do conteúdo do vídeo e da fala durante a interação. Essas descrições são então usadas para refinar a análise realizada por grandes modelos de linguagem (LLMs), que são sistemas especializados em processar linguagem natural.
As tarefas em que os pesquisadores se concentram podem ser amplamente divididas em duas categorias:
- Reconhecimento de Atividades: Identificar quais atividades estão acontecendo durante a interação.
- Detecção de Comportamentos Anormais: Procurar sinais de comportamentos que podem ser preocupantes ou indicativos de autismo.
Usando esse método unificado, os pesquisadores podem obter insights mais robustos em comparação com a análise de cada tipo de dado separadamente.
Conjuntos de Dados em Foco
Para testar a eficácia dessa abordagem, os pesquisadores usam conjuntos de dados específicos:
- Remote-NLS: Esse conjunto contém gravações de crianças interagindo com seus pais pelo Zoom. O foco é na fala espontânea em um ambiente natural.
- ADOSMod3: Esse conjunto inclui interações estruturadas entre crianças e clínicos seguindo um protocolo específico. Permite uma observação direta dos comportamentos ligados ao autismo.
Através desses conjuntos de dados, os pesquisadores derivam tarefas que estão diretamente relacionadas ao diagnóstico do autismo ou que são atividades gerais não relacionadas ao TEA.
Principais Descobertas
As descobertas do uso desses modelos revelam que:
- Reconhecimento de Atividades: Os modelos podem identificar com precisão várias atividades em que as crianças estão envolvidas durante as interações. A inclusão de descrições detalhadas dos vídeos aumenta significativamente o desempenho.
- Segmentação de Atividades: Essa tarefa se mostra mais desafiadora. Os modelos têm dificuldade em diferenciar atividades que podem parecer semelhantes e exigem informações detalhadas que podem não estar sempre presentes nas descrições de áudio ou vídeo.
Para comportamentos anormais, alguns modelos são eficazes em identificar hiperatividade, mas outros mostram limitações, especialmente com birras ou comportamentos relacionados à ansiedade. Esses são mais complexos e exigem a compreensão tanto das características da fala quanto dos sinais visuais.
Desafios e Limitações
Embora essa abordagem mostre potencial, há desafios:
- Qualidade dos Dados: As descrições geradas a partir de vídeos e fala podem nem sempre capturar todos os detalhes necessários para informar a análise de forma precisa.
- Interpretações Erradas: Os modelos podem identificar comportamentos de forma equivocada, levando a avaliações incorretas.
- Sensibilidade ao Contexto: Diferentes contextos podem influenciar como um comportamento é percebido. Um modelo treinado em um ambiente pode não ter um bom desempenho em outro.
Essas questões destacam a importância de refinar ainda mais a tecnologia e garantir que ela possa se adaptar a vários contextos nos quais crianças com TEA são avaliadas.
Direções Futuras
Olhando para o futuro, há planos de expandir esse trabalho. Um dos objetivos é permitir que os modelos raciocinem por meio de várias etapas em sua análise, o que poderia levar a avaliações mais abrangentes. Além disso, os pesquisadores buscam ampliar a gama de comportamentos analisados, incluindo ações repetitivas ou gestos específicos que costumam estar presentes em crianças com autismo.
Ao continuar a melhorar esses modelos e seu treinamento, os pesquisadores esperam fornecer aos clínicos melhores ferramentas para entender e apoiar crianças no espectro autista. Isso não só melhorará os procedimentos de diagnóstico, mas também levará a intervenções mais eficazes, adaptadas às necessidades de cada criança.
Conclusão
A integração de tecnologia avançada na compreensão do autismo é um desenvolvimento empolgante. Ao aproveitar o poder das análises de vídeo, áudio e texto, os pesquisadores estão descobrindo insights valiosos que podem informar práticas clínicas. Embora desafios permaneçam, os esforços contínuos para melhorar esses modelos continuarão a abrir portas para uma melhor compreensão e apoio às crianças com autismo.
Título: Towards Child-Inclusive Clinical Video Understanding for Autism Spectrum Disorder
Resumo: Clinical videos in the context of Autism Spectrum Disorder are often long-form interactions between children and caregivers/clinical professionals, encompassing complex verbal and non-verbal behaviors. Objective analyses of these videos could provide clinicians and researchers with nuanced insights into the behavior of children with Autism Spectrum Disorder. Manually coding these videos is a time-consuming task and requires a high level of domain expertise. Hence, the ability to capture these interactions computationally can augment the manual effort and enable supporting the diagnostic procedure. In this work, we investigate the use of foundation models across three modalities: speech, video, and text, to analyse child-focused interaction sessions. We propose a unified methodology to combine multiple modalities by using large language models as reasoning agents. We evaluate their performance on two tasks with different information granularity: activity recognition and abnormal behavior detection. We find that the proposed multimodal pipeline provides robustness to modality-specific limitations and improves performance on the clinical video analysis compared to unimodal settings.
Autores: Aditya Kommineni, Digbalay Bose, Tiantian Feng, So Hyun Kim, Helen Tager-Flusberg, Somer Bishop, Catherine Lord, Sudarsana Kadiri, Shrikanth Narayanan
Última atualização: 2024-09-20 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.13606
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.13606
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
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