Melhorando a Classificação de Fala para Crianças com Autismo
A pesquisa se concentra em classificar a fala de crianças e adultos usando dados não rotulados.
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Índice
Detectar quem tá falando em conversas com crianças pode ser complicado, principalmente quando uma criança com autismo tá envolvida. Esse processo, chamado de classificação de falantes criança-adulto, é importante pra entender as interações sociais e ajudar no diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Crianças, especialmente as com TEA, têm padrões de comunicação únicos. Elas podem se expressar de um jeito diferente dos adultos, o que dificulta pra computadores identificarem quem tá falando em cada momento. Pra melhorar isso, os pesquisadores tão buscando usar um monte de dados de fala infantil sem rótulo pra treinar modelos de computador que consigam diferenciar melhor as vozes de crianças e adultos.
Transtorno do Espectro Autista
TEA é uma condição de desenvolvimento que afeta como a pessoa se comunica e interage com os outros. Crianças com TEA costumam ter dificuldades em habilidades sociais e podem apresentar Padrões de Fala ou vocalizações diferentes. O número de crianças diagnosticadas com TEA aumentou bastante nas últimas duas décadas, mostrando a necessidade de estratégias de diagnóstico e intervenção eficazes desde cedo. Um método comum usado no diagnóstico envolve interações estruturadas entre a criança e um clínico treinado. Observar e analisar essas interações pode dar insights valiosos sobre o comportamento e a comunicação da criança.
Desafios na Classificação de Falantes
Classificar a fala em interações criança-adulto é difícil por várias razões. Primeiro, conseguir dados confiáveis que rotulem quem fala quando pode ser caro e demorado. Muitas tentativas passadas de analisar essas conversas dependiam de anotações humanas, que não são ideais pra conjuntos de dados grandes.
Segundo, a fala das crianças varia muito. Fatores como idade, gênero e desenvolvimento podem influenciar como as crianças se expressam. Essas variabilidades adicionam camadas de complexidade às tarefas de classificação automática de fala. Por exemplo, a maneira como uma criança mais nova fala pode ser bem diferente da de uma criança mais velha, o que dificulta pra modelos treinados em um tipo de fala funcionarem bem em todas as crianças.
Além disso, a maioria dos modelos existentes foca em adultos ou crianças típicas, deixando uma lacuna em reconhecer efetivamente a fala de crianças com necessidades especiais. Por isso, é preciso de modelos melhores que consigam classificar corretamente a fala em interações criança-adulto.
Aprendizado Auto-Supervisionado
O conceito de aprendizado auto-supervisionado (SSL) tá ganhando destaque em várias áreas, especialmente em processamento de fala. SSL permite que modelos aprendam a partir de dados não rotulados, o que reduz a necessidade de grandes conjuntos de dados anotados por humanos. Isso é especialmente útil em cenários onde esses dados rotulados são escassos.
No processamento de fala, técnicas de SSL foram usadas pra melhorar modelos ao longo do tempo. O método geralmente envolve treinar um modelo com uma grande quantidade de dados de áudio não rotulados pra construir uma compreensão geral dos padrões de fala. Depois desse treinamento inicial, o modelo é ajustado com conjuntos de dados menores e rotulados pra melhorar seu desempenho em tarefas específicas.
Objetivos e Métodos de Pesquisa
O foco principal dessa pesquisa é avaliar como a inclusão de mais dados de fala infantil não rotulados durante a fase de pré-treinamento influencia a precisão dos modelos de classificação de falantes criança-adulto. Usando modelos conhecidos como Wav2vec 2.0 e WavLM, que mostraram potencial em outras tarefas de fala, os pesquisadores querem ver se esses modelos podem ser adaptados de forma eficaz pra classificação criança-adulto.
O primeiro passo envolve pré-treinar os modelos com amostras de áudio de conversas que incluem crianças. Esse pré-treinamento busca dar uma base melhor pros modelos entenderem as formas únicas de comunicação das crianças. Após a fase de pré-treinamento, os modelos são ajustados com conjuntos de dados rotulados pra lidar especificamente com a tarefa de classificação criança-adulto.
Desenho Experimental
O estudo envolve analisar gravações de áudio em ambientes clínicos. No total, os pesquisadores coletaram dados de fala de várias sessões focadas em avaliar habilidades de comunicação em crianças com TEA. Essas sessões são estruturadas pra provocar respostas das crianças, permitindo que os modelos capturem uma variedade de padrões de fala.
Na fase de treinamento, um grande conjunto de gravações não rotuladas foi usado, enquanto pra testes, conjuntos menores com rótulos claros de falantes foram utilizados. O objetivo é ver quão bem os modelos se saem em reconhecer quem tá falando com base nessas gravações, especialmente considerando variações de idade e gênero.
Resultados e Desempenho
As descobertas preliminares mostram que o pré-treinamento com dados adicionais de fala infantil realmente melhora a capacidade dos modelos de distinguir entre a fala de crianças e adultos. O modelo WavLM, em particular, tende a ter um desempenho melhor que o Wav2vec 2.0 na maioria dos casos. Isso sugere que ter mais dados de treinamento específicos das crianças pode ajudar os modelos a se adaptarem melhor às características únicas da fala infantil.
Quando analisaram os dados por idade e gênero, mais insights foram obtidos. Crianças mais novas, por exemplo, mostraram melhorias mais significativas quando mais dados de fala infantil foram usados. Isso sugere que treinar modelos com uma variedade de fala infantil pode ajudar eles a reconhecer padrões melhor, especialmente em grupos de idade mais jovens que podem ter variações de fala mais pronunciadas.
Em termos de gênero, os modelos também tiveram desempenhos diferentes. Os resultados indicaram que as taxas de precisão foram maiores pra falantes do sexo masculino em comparação com os do sexo feminino nos conjuntos de dados. Isso pode refletir diferenças nos padrões de fala e preconceitos na coleta de dados.
Implicações para Trabalhos Futuros
Os resultados destacam a importância de usar fala infantil não rotulada pra melhorar modelos de classificação. Ao mostrar que o desempenho dos modelos pode aumentar com um pré-treinamento direcionado, essa pesquisa abre caminho pra sistemas de classificação mais eficientes em ambientes clínicos.
Pela frente, tem planos de integrar sistemas de detecção de atividade de voz (VAD), que vão permitir uma identificação mais precisa dos segmentos de fala. Isso pode ajudar a reduzir o esforço manual e melhorar ainda mais a análise automática das interações.
Além disso, os pesquisadores pretendem expandir o estudo pra incluir grupos etários mais jovens, como bebês e crianças pequenas, que têm características de comunicação diferentes. Essa inclusão vai ajudar a desenvolver modelos mais abrangentes que atendam a uma gama mais ampla de padrões de fala.
Conclusão
Resumindo, o estudo ilustra o potencial dos métodos de aprendizado auto-supervisionado em melhorar tarefas de classificação de fala criança-adulto. Ao aproveitar dados de fala infantil não rotulados, os pesquisadores podem fazer avanços significativos na compreensão e análise de interações que incluem crianças com autismo. Conforme o campo avança, esses progressos podem levar a melhores ferramentas de diagnóstico e estratégias de intervenção, beneficiando crianças e famílias lidando com o autismo.
Título: Robust Self Supervised Speech Embeddings for Child-Adult Classification in Interactions involving Children with Autism
Resumo: We address the problem of detecting who spoke when in child-inclusive spoken interactions i.e., automatic child-adult speaker classification. Interactions involving children are richly heterogeneous due to developmental differences. The presence of neurodiversity e.g., due to Autism, contributes additional variability. We investigate the impact of additional pre-training with more unlabelled child speech on the child-adult classification performance. We pre-train our model with child-inclusive interactions, following two recent self-supervision algorithms, Wav2vec 2.0 and WavLM, with a contrastive loss objective. We report 9 - 13% relative improvement over the state-of-the-art baseline with regards to classification F1 scores on two clinical interaction datasets involving children with Autism. We also analyze the impact of pre-training under different conditions by evaluating our model on interactions involving different subgroups of children based on various demographic factors.
Autores: Rimita Lahiri, Tiantian Feng, Rajat Hebbar, Catherine Lord, So Hyun Kim, Shrikanth Narayanan
Última atualização: 2023-07-31 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.16398
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.16398
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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