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Tempo de Tela e Risco de TDAH em Crianças

Um estudo explora como o tempo de tela afeta a saúde mental das crianças e o risco de TDAH.

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Nos últimos tempos, muitas crianças estão passando bastante tempo em dispositivos eletrônicos. Isso levantou preocupações entre os pais e a sociedade sobre como as telas podem afetar a saúde mental das crianças. Muitas pesquisas analisam como o Tempo de Tela se relaciona com o TDAH, uma condição comum que afeta a atenção e o controle do comportamento das crianças. A maioria dos estudos foca na quantidade de tempo em frente às telas, sem olhar de perto o que as crianças estão assistindo.

O que é TDAH?

TDAH significa Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. É uma condição que dificulta a concentração, ficar parado e controlar os impulsos nas crianças. Crianças com TDAH podem ter dificuldades na escola e problemas para fazer amigos. Embora não se saiba exatamente por que algumas crianças desenvolvem TDAH, é claro que o estilo de vida delas, incluindo o tempo de tela, tem um grande impacto.

O papel do tempo de tela

Estudos recentes mostram que passar muito tempo em telas pode aumentar os problemas de atenção e comportamento nas crianças. Por exemplo, assistir muita TV ou jogar videogame pode afetar o sono, a atividade física e como elas interagem com os outros. No entanto, muitos desses estudos não consideram o que as crianças estão realmente assistindo.

Tipos de conteúdo das telas

Diferentes tipos de conteúdo nas telas podem impactar as crianças de maneiras diferentes. Por exemplo, Vídeos Educativos parecem bons porque ensinam coisas, mas às vezes são muito rápidos e não permitem que as crianças interajam. Por outro lado, desenhos animados têm cores vibrantes e movimentos rápidos, o que também pode dificultar a concentração. É preciso olhar mais de perto como cada tipo de conteúdo afeta a saúde mental das crianças.

Visão geral do estudo

Esse artigo analisa um estudo grande feito com famílias em Shenzhen, na China. O objetivo era descobrir como o tempo de tela e os tipos de conteúdo que as crianças assistem podem se relacionar com o TDAH. A meta é ajudar pais e educadores a fazerem escolhas melhores sobre o tempo de tela das crianças, reduzindo o risco de TDAH.

Desenho do estudo e participantes

O estudo envolveu mais de 41.000 crianças de diferentes jardins de infância em Shenzhen. Os pais foram convidados a preencher questionários sobre o tempo de tela das crianças, incluindo quanto tempo elas passavam assistindo TV, brincando com tablets e que tipos de programas assistiam. As crianças foram avaliadas quanto ao risco de TDAH usando um questionário especial que analisava diferentes aspectos do comportamento delas.

Medindo o tempo de tela

O tempo de tela foi definido como o total de tempo que as crianças passaram olhando para telas, como TVs, tablets e celulares. Os pais relataram quantos minutos suas crianças usavam esses dispositivos por dia e que tipos de programas assistiam. Os dados coletados foram então categorizados para análise.

Avaliação de risco para TDAH

Para medir o risco de TDAH, os pesquisadores usaram uma ferramenta que examina diferentes comportamentos nas crianças. Essa ferramenta ajuda a identificar crianças que podem ter problemas de atenção, questões emocionais ou dificuldades com os colegas. Com base nas pontuações, as crianças foram classificadas como tendo comportamento normal ou em risco de TDAH.

Coleta e análise de dados

O estudo coletou um monte de informações demográficas sobre as famílias, como o nível de educação e renda dos pais. Os pesquisadores analisaram essas informações junto com o tempo de tela das crianças e os níveis de risco de TDAH, usando métodos estatísticos para encontrar qualquer ligação ou padrão.

Resultados

Dos dados coletados, cerca de 16,5% das crianças mostraram sinais de que poderiam ter TDAH. Meninos estavam mais propensos do que meninas a estar em risco. À medida que o tempo de tela aumentava, o risco de TDAH também aumentava. O estudo descobriu que crianças que passavam mais de 120 minutos por dia em frente às telas tinham um risco muito maior de desenvolver problemas de atenção.

Tempo de tela e risco de TDAH

A análise mostrou uma conexão clara: quanto mais tempo as crianças passavam em telas, maior o risco de ter TDAH. Isso foi verdade em diferentes categorias de tempo de tela. Crianças que passavam até 60 minutos, de 61 a 120 minutos e mais de 120 minutos por dia mostraram níveis de risco aumentados.

Diferentes tipos de conteúdo das telas

Ao analisar diferentes tipos de programas, vídeos educativos e desenhos animados se destacaram. Ambas as categorias mostraram um aumento significativo no risco de TDAH com mais tempo assistindo. Crianças que assistiam a vídeos educativos por mais de 120 minutos tinham um risco maior de TDAH, sugerindo que até conteúdo que deve ser útil pode ser prejudicial quando assistido em excesso.

O impacto de vídeos educativos e desenhos animados

Vídeos educativos, embora destinados a ajudar, muitas vezes apresentam informações rapidamente e podem ser excessivamente estimulantes para as crianças. Essas mudanças rápidas de cena podem dificultar a concentração. Da mesma forma, vídeos de desenhos animados tendem a ter visuais vibrantes e um ritmo acelerado, o que também pode atrapalhar a atenção e o desenvolvimento emocional. Ambos os tipos de conteúdo podem impactar negativamente a capacidade das crianças de se concentrar e regular seu comportamento.

Vídeos interativos

Curiosamente, vídeos interativos não mostraram a mesma associação com o risco de TDAH que os outros tipos. Esses vídeos geralmente envolvem as crianças de forma mais ativa, incentivando-as a prestar atenção e participar. Essa interação pode ajudar a desenvolver suas habilidades de atenção, mas isso não significa que as crianças devam ter acesso ilimitado a eles.

Forças do estudo

O estudo é importante porque incluiu um grande número de participantes, permitindo uma compreensão mais aprofundada da relação entre tempo de tela e risco de TDAH. Ele examinou vários tipos de conteúdo nas telas, fornecendo insights sobre como diferentes tipos de vídeos podem impactar as crianças de maneiras diferentes.

Limitações do estudo

Embora os resultados sejam importantes, também existem limitações. O desenho do estudo não permite conclusões definitivas sobre causalidade. Só porque há uma ligação não significa que um causa o outro. Além disso, os dados dependiam da memória dos pais, o que pode levar a imprecisões.

Conclusão

No geral, o estudo destaca a necessidade de prestar atenção em quanto tempo as crianças passam em telas, especialmente com vídeos educativos e desenhos animados. Pais e educadores devem incentivar um tempo de tela equilibrado e focar em conteúdos que apoiem o desenvolvimento das crianças de forma positiva. Assim, podem ajudar a reduzir o risco de TDAH e apoiar hábitos mais saudáveis para as crianças.

Fonte original

Título: The associations between Screen Time, Screen Content, and ADHD risk based on the evidence of 41494 children from Longhua district, Shenzhen, China

Resumo: ObjectiveThis study investigates the relationship between screen time, screen content, and the risk of Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) using data from a large sample. Specifically, it examines how different types of screen content (such as educational videos, cartoon videos, and interactive videos) are associated with the risk of ADHD. The aim is to offer a scientific foundation for the rational management of childrens screen time and screen content. MethodsWe collected data through a questionnaire survey involving a study population of 41,494 children from Longhua District, Shenzhen City, China. The questionnaire recorded the daily screen time and the type of content viewed by the children at ages 1-3 years and assessed their risk of ADHD using the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) at ages 4-6 years. Hierarchical logistic regression analysis, controlling for confounding factors, was employed to explore the associations between screen time, screen content, and ADHD risk. ResultsIn the total sample, 6.7% of the participants had screen time exceeding 60 minutes per day, with educational videos predominant type (63.4%). 16.5% of the participants were identified as being at risk for ADHD. Statistically significant positive associations with ADHD were observed across all categories of screen time (P120 mins/d=3.687, 95%CI=2.835[~]4.796). Significant positive associations with ADHD were observed across all categories of screen time in the educational videos and cartoon videos. For the educational videos group, the odds ratios were as follows: OR1-60 mins/day=1.683 (95% CI=1.481-1.913), OR61-120 mins/day=3.193 (95% CI=2.658-3.835), and OR>120 mins/day=3.070 (95% CI=2.017-4.673). For the cartoon videos group, the odds ratios were: OR1-60 mins/day=1.603 (95% CI=1.290-1.991), OR61-120 mins/day=2.758 (95% CI=2.156-3.529), and OR>120 mins/day=4.097 (95% CI=2.760-6.081). However, no significant associations with ADHD risk were found for any category of screen time in the interactive videos group (OR1[~]60 mins/d=0.744, 95%CI=0.361[~]1.534; OR61[~]120 mins/d=0.680, 95%CI=0.296[~]1.560; OR>120 mins/d=1.678, 95%CI=0.593[~]4.748). ConclusionAs screen time increases, the risk of ADHD also rises. Both educational videos and cartoon videos show a positive correlation between screen time and ADHD risk. However, no significant association was found between screen time and ADHD risk when it came to interactive videos. This study underscores the importance of reasonably managing childrens screen time, particularly the time spent watching educational and cartoon videos.

Autores: Zhaodi Chen, J.-B. Wu, Y. Yang, Q. Zhou, J. Li, W.-K. Yang, X. Yin, S.-Y. Qiu, J. Zhang, M. Meng

Última atualização: 2024-10-14 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.12.24315388

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.12.24315388.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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