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# Ciências da saúde # Epidemiologia

A Busca por Transparência na Pesquisa Epidemiológica

Estudos epidemiológicos tão buscando práticas mais claras e compartilhamento de dados.

Timo Roettger, Adrian Dahl Askelund, Viktoria Birkenæs, Ludvig Daae Bjørndal, Agata Bochynska, Bernt Damian Glaser, Tamara Kalandadze, Max Korbmacher, Ivana Malovic, Julien Mayor, Pravesh Parekh, Daniel S. Quintana, Laurie J. Hannigan

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Aumentando a Aumentando a Credibilidade na Pesquisa em Saúde pública. pra resultados confiáveis em saúde A transparência nos estudos é essencial
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A Pesquisa epidemiológica é o estudo de como doenças e distúrbios surgem e se espalham ao longo do tempo. Imagina acompanhar um vírus enquanto ele passa de pessoa pra pessoa ou entender por que certos problemas de saúde são mais comuns em populações específicas. Essa área de pesquisa ajuda a gente a entender a saúde pública, influenciando tudo, desde estratégias de vacinação até políticas de saúde.

Um estudo bem conhecido nessa área é o Norwegian Mother, Father and Child Cohort Study, também conhecido como MoBa. Criado há cerca de 25 anos, esse estudo acompanha aproximadamente 100.000 mães, seus filhos e seus parceiros. Uma enorme quantidade de informações foi coletada, abordando vários tópicos como fertilidade, desenvolvimento cerebral e saúde infantil. Os pesquisadores usam esses Dados pra tirar insights sobre várias questões de saúde importantes.

A Complexidade da Análise de Dados

Os conjuntos de dados Epidemiológicos, como o MoBa, não são simples. Eles contêm várias variáveis—pensa neles como peças de um quebra-cabeça—e oferecem muitas maneiras de explorar. Quando os pesquisadores analisam esses conjuntos de dados, enfrentam muitas escolhas sobre como interpretar as informações. Essa flexibilidade pode levar a resultados diferentes dependendo de como cada pesquisador aborda os dados.

As várias decisões que os pesquisadores tomam podem ser benéficas. Isso permite perspectivas únicas e pode levar a novas ideias ou descobertas. No entanto, essa flexibilidade também pode ser uma faca de dois gumes. Decisões diferentes podem resultar em interpretações diferentes, potencialmente causando confusão ou resultados conflitantes. Alguns estudos mostraram que quando analistas independentes olham para o mesmo conjunto de dados com métodos diferentes, eles podem chegar a conclusões muito diferentes.

Por exemplo, numa análise recente, pesquisadores que estavam analisando os mesmos achados epidemiológicos obtiveram resultados que não batiam por causa dos diferentes caminhos analíticos que tomaram. Isso mostra a importância de métodos claros na pesquisa pra evitar interpretações enganosas.

A Importância da Ciência Transparente

Em resposta a esses desafios, surgiu um movimento chamado “Ciência Aberta”. O objetivo é tornar a pesquisa mais aberta e transparente, permitindo que o público e a comunidade científica avaliem os achados de forma crítica. Algumas práticas chave incluem publicar planos de pesquisa com antecedência, compartilhar dados e scripts de análise, e tornar materiais de estudo acessíveis.

A transparência na pesquisa é crucial. Ela aumenta a credibilidade dos resultados e ajuda outros pesquisadores a verificarem os achados. Quando os pesquisadores documentam claramente seus métodos e os compartilham, isso reduz a confusão e aumenta a confiança nos resultados.

Algumas práticas ajudam especificamente a lidar com a flexibilidade que os pesquisadores enfrentam. Ao preregistrar Análises—basicamente declarando de antemão o que será examinado—os pesquisadores podem ajudar a mitigar problemas que surgem de decisões pós-fato. Essa prática também ajuda a destacar quaisquer mudanças feitas na análise depois, o que pode ser importante pra entender como as conclusões foram alcançadas.

Adotar práticas transparentes pode acelerar o progresso da pesquisa. Ao compartilhar materiais e dados, os cientistas podem colaborar de forma mais eficaz, aprender com os achados uns dos outros e reduzir a duplicação de esforços. Isso torna a pesquisa mais eficiente e sustentável.

O Estado Atual das Práticas Transparentes

Apesar do impulso por transparência, muitos estudos ainda deixam a desejar. Avaliações mostraram que em áreas como biomedicina, ciências sociais e psicologia, o uso de práticas transparentes continua baixo. Essa situação também se aplica a estudos epidemiológicos, onde desafios relacionados à privacidade e à sensibilidade dos dados podem dificultar o compartilhamento.

Por exemplo, estudos epidemiológicos costumam conter informações pessoais que os participantes podem não querer compartilhar amplamente. Isso apresenta um problema para os pesquisadores que querem compartilhar seus achados enquanto respeitam a privacidade dos sujeitos.

O objetivo das discussões e investigações atuais é melhorar a adoção dessas práticas, especialmente nas análises de dados de coorte como o MoBa. Ao identificar obstáculos e fornecer soluções simples, os pesquisadores podem ser guiados em direção a métodos mais transparentes.

Avaliando a Transparência nos Estudos do MoBa

Pra entender melhor o estado das práticas transparentes no estudo do MoBa, pesquisadores analisaram vários artigos publicados que usaram os dados. Eles procuraram práticas consideradas as melhores para a pesquisa aberta, como preregistro de análises, compartilhamento de dados e fornecimento de descrições detalhadas dos métodos.

Os achados revelaram uma mistura de resultados. Menos de 1% dos artigos amostrados relataram ter preregistrado suas análises, o que é surpreendente, considerando quão útil essa prática pode ser. Além disso, o compartilhamento de dados adicionais ou protocolos de análise também foi muito baixo. No entanto, uma tendência positiva foi vista em publicações mais recentes, indicando que os pesquisadores estão começando a perceber a importância dessas práticas.

Ao analisar verificações de robustez—testes que ajudam a confirmar se os resultados se mantêm sob diferentes suposições—cerca de um terço dos artigos incluíram algum tipo de análise de sensibilidade. Isso é um bom sinal, pois mostra que os pesquisadores estão começando a avaliar suas conclusões com cuidado.

Tornando a Ciência Mais Transparente

Pra ajudar os pesquisadores a melhorarem suas práticas, exemplos claros e modelos podem ser inestimáveis. Um exemplo hipotético pode mostrar como um pesquisador pode conduzir e relatar uma análise de forma transparente. Nesse caso, pesquisadores interessados em estudar os efeitos da idade e da duração do aleitamento materno na altura infantil poderiam delinear seus planos com antecedência, incluindo as variáveis principais que analisariam.

Durante a análise, se os dados divergirem das expectativas, eles poderiam relatar quaisquer mudanças em sua abordagem, mantendo assim a transparência. Eles documentariam cada desvio numa tabela clara, mostrando seu processo de pensamento e decisões. Essa atenção aos detalhes pode garantir que outros pesquisadores consigam acompanhar e replicar os achados se necessário.

Abordando esses momentos emocionais, os pesquisadores poderiam compartilhar seu código analítico de forma organizada, possivelmente usando plataformas online pra garantir fácil acesso. Um arquivo readme pode ajudar a guiar os usuários pelos vários documentos, oferecendo clareza sobre o que cada parte faz.

Além disso, como compartilhar dados originais do MoBa é restrito devido a preocupações de privacidade, os pesquisadores poderiam optar por criar dados sintéticos. Isso envolve gerar dados que imitam as propriedades estatísticas dos dados originais, mas não contêm informações identificáveis. Fazendo isso, eles conseguem compartilhar seu trabalho sem arriscar a confidencialidade dos participantes.

Os Benefícios das Práticas Transparentes

Ao adotar práticas abertas e transparentes, os pesquisadores podem aumentar a credibilidade de seu trabalho e garantir que os achados possam ser confiáveis e verificados. Isso é especialmente crucial em áreas como a epidemiologia, onde as conclusões podem impactar significativamente decisões e políticas de saúde pública.

A transparência também ajuda os pesquisadores a colaborarem, levando a um processo de pesquisa mais rápido e inovador. Quando todo mundo tem acesso aos mesmos recursos e métodos, o conhecimento coletivo cresce e soluções para desafios de saúde podem surgir mais rapidamente.

No grande esquema, o objetivo da pesquisa epidemiológica é ajudar a melhorar os resultados de saúde para indivíduos e comunidades. Quando os pesquisadores comunicam seus achados de forma clara e transparente, isso cria uma ponte entre a pesquisa e a aplicação prática, beneficiando, em última análise, pacientes e suas famílias.

Desafios e Avançando

Embora o caminho para uma maior transparência seja encorajador, é importante reconhecer que os desafios ainda vão existir. Questões como privacidade, a complexidade dos dados e a adoção variável de práticas entre disciplinas podem desacelerar o progresso.

Pra apoiar ainda mais o movimento em direção à transparência, partes interessadas como universidades, agências de fomento e jornais científicos precisam investir na infraestrutura que incentiva essas práticas. Isso pode incluir oferecer treinamento para pesquisadores sobre como preregistrar seu trabalho ou desenvolver práticas de compartilhamento transparentes.

Ao incentivar a transparência, seja por meio de oportunidades de financiamento ou políticas editoriais, a comunidade científica pode reforçar a importância dessas práticas. Manter a conversa viva é vital pra garantir que a mensagem continue clara: a pesquisa transparente beneficia a todos a longo prazo.

Olhando pra Frente

À medida que continuamos a avaliar o estado da pesquisa epidemiológica, vemos sinais promissores de mudança. A crescente conscientização sobre a importância das práticas transparentes é evidente nas taxas crescentes de adoção. Embora muitas barreiras ainda existam, os esforços colaborativos podem abrir caminho pra um ambiente de pesquisa mais aberto e credível.

À medida que os pesquisadores avançam, a esperança é que a transparência se torne a norma, e não a exceção. Ao abraçar essas melhores práticas, eles podem fazer contribuições significativas para o avanço da saúde pública e a melhoria das vidas.

Em conclusão, as práticas transparentes na pesquisa epidemiológica podem ainda estar em sua infância, mas com esforço e compromisso, elas têm o potencial de transformar a forma como estudamos saúde e doença. Agora, se ao menos pudéssemos descobrir de forma transparente por que as pessoas continuam esquecendo onde estacionaram seus carros!

Fonte original

Título: Transparency in epidemiological analyses of cohort data - A case study of the Norwegian Mother, Father, and Child cohort study (MoBa)

Resumo: BackgroundEpidemiological research is central to our understanding of health and disease. Secondary analysis of cohort data is an important tool in epidemiological research, but is vulnerable to practices that can reduce the validity and robustness of results. As such, adopting measures to increase the transparency and reproducibility of secondary data analysis is paramount to ensuring the robustness and usefulness of findings. The uptake of such practices has not yet been systematically assessed. MethodsUsing the Norwegian Mother, Father and Child Cohort study (MoBa; Magnus et al., 2006, 2016) as a case study, we assessed the prevalence of the following reproducible practices in publications between 2007-2023: preregistering secondary analyses, sharing of synthetic data, additional materials, and analysis scripts, conducting robustness checks, directly replicating previously published studies, declaring conflicts of interest and publishing publicly available versions of the paper. ResultsPreregistering secondary data analysis was only found in 0.4% of articles. No articles used synthetic data sets. Sharing practices of additional data (2.3%), additional materials (3.4%) and analysis scripts (4.2%) were rare. Several practices, including data and analysis sharing, preregistration and robustness checks became more frequent over time. Based on these assessments, we present a practical example for how researchers might improve transparency and reproducibility of their research. ConclusionsThe present assessment demonstrates that some reproducible practices are more common than others, with some practices being virtually absent. In line with a broader shift towards open science, we observed an increasing use of reproducible research practices in recent years. Nonetheless, the large amount of analytical flexibility offered by cohorts such as MoBa places additional responsibility on researchers to adopt such practices with urgency, to both ensure the robustness of their findings and earn the confidence of those using them. A particular focus in future efforts should be put on practices that help mitigating bias due to researcher degrees of freedom - namely, preregistration, transparent sharing of analysis scripts, and robustness checks. We demonstrate by example that challenges in implementing reproducible research practices in analysis of secondary cohort data - even including those associated with data sharing - can be meaningfully overcome.

Autores: Timo Roettger, Adrian Dahl Askelund, Viktoria Birkenæs, Ludvig Daae Bjørndal, Agata Bochynska, Bernt Damian Glaser, Tamara Kalandadze, Max Korbmacher, Ivana Malovic, Julien Mayor, Pravesh Parekh, Daniel S. Quintana, Laurie J. Hannigan

Última atualização: 2024-12-06 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.05.24318481

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.05.24318481.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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