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Soluções Inteligentes para Passageiros Cegos em Ônibus

Usando IoT pra ajudar pessoas com deficiência visual no transporte urbano.

Nádia Aparecida de Oliveira Silva, Rodrigo Moreira, Larissa Ferreira Rodrigues, Rafael Marinho e Silva

― 5 min ler


Tecnologia esperta pra Tecnologia esperta pra usuários de ônibus cegos locomoverem no transporte público. A IoT ajuda os ciclistas cegos a se
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A mobilidade urbana pode ser um desafio e tanto, principalmente para quem tem deficiência visual. Imagina tentar pegar um ônibus sem conseguir ver o ponto ou o veículo se aproximando. Esse é um perrengue diário para muitas pessoas com deficiência visual. Mas, com os avanços da tecnologia, dá pra facilitar e deixar a viagem delas mais segura. Uma dessas abordagens tecnológicas envolve usar a Internet das Coisas (IoT) pra melhorar a mobilidade urbana pra essa galera.

O que é IoT?

A Internet das Coisas (IoT) é a conexão de objetos do dia a dia à internet. Isso pode incluir de tudo, desde dispositivos inteligentes em casa até carros que se comunicam entre si. No caso da mobilidade urbana, a IoT pode ajudar a criar sistemas que fornecem informações em tempo real sobre o transporte público, facilitando a navegação no ambiente.

O Problema

Cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo têm algum tipo de deficiência visual. Desses, cerca de 1 bilhão poderia ter sido ajudado com tratamento ou prevenção cedo. No Brasil, muita gente depende de ônibus pra se locomover, com uma parte significativa da população usando transporte público pra suas atividades diárias. Mas, navegar nesse sistema de transporte pode ser complicado pra quem tem deficiência visual, resultando em isolamento e acesso restrito a oportunidades.

A Solução Proposta

Pra resolver esse problema, foi proposta uma arquitetura IoT de baixo custo. Esse sistema usa computadores pequenos, conhecidos como Single-Board Computers (SBCs), pra coletar e transmitir dados sobre a localização dos ônibus. O uso de tecnologia acessível torna essa solução mais viável e adequada pra várias regiões, especialmente em países em desenvolvimento.

Como Funciona?

A arquitetura é composta por vários componentes principais:

  1. Sensores GPS: Esses sensores são colocados nos ônibus pra enviar informações de localização (como latitude e longitude) a cada cinco segundos.

  2. Gateway IoT: É um Raspberry Pi que coleta os dados de localização dos ônibus e os envia pra um aplicativo baseado na nuvem.

  3. Aplicativo Móvel: Os usuários podem baixar um app que fornece notificações audíveis e mecânicas sobre a proximidade dos ônibus. Isso significa que, conforme um ônibus se aproxima, os usuários recebem alertas, facilitando a hora de pegar a carona.

Recursos Únicos

O que torna essa arquitetura diferente de outras soluções é que ela permite que tanto usuários com deficiência visual quanto os que enxergam consigam acompanhar as rotas dos ônibus em um mapa. Isso significa que todo mundo pode se beneficiar da tecnologia, tornando o transporte público mais inclusivo.

Enquanto outras soluções se concentraram em locais individuais e tecnologias de alcance limitado, esse sistema usa um método de comunicação de longo alcance, conhecido como LoRa, que permite que os dados viajem maiores distâncias. Isso é especialmente valioso em ambientes urbanos onde as distâncias podem variar bastante.

Avaliação Experimental

Pra garantir que a arquitetura proposta é eficaz, uma série de testes foi realizada. O objetivo era medir como o sistema lidava com os dados dos veículos de transporte público.

Configuração do Teste

Os testes envolveram o envio de mensagens de diferentes tamanhos pro gateway IoT e medindo os tempos de resposta. Os pesquisadores monitoraram como o sistema se comportava sob várias condições, como o número de ônibus enviando dados e a qualidade da mensagem.

Resultados

Os resultados foram animadores. À medida que o tamanho da mensagem aumentava, uma forte conexão foi encontrada entre o tamanho da mensagem e o tempo de resposta. Em termos simples, mensagens maiores demoravam mais pra serem processadas. No entanto, o sistema ainda conseguiu lidar com várias mensagens sem perder a confiabilidade.

Além disso, ao olhar as configurações de Qualidade de Serviço (QoS), que garantem que as mensagens sejam entregues de forma confiável, o sistema mostrou resultados variados com base no número de ônibus em operação. Por exemplo, quando poucos ônibus estavam enviando dados, não houve muito impacto no desempenho. Mas, com muitos ônibus ativos, os recursos foram mais desafiados, levando a um aumento no uso da CPU.

Conclusão

Essa arquitetura IoT mostra potencial em melhorar a mobilidade urbana pra pessoas com deficiência visual. Usando tecnologia de baixo custo e dados em tempo real, o sistema permite que os usuários naveguem no transporte público de forma mais eficaz.

Como acontece com qualquer nova invenção, sempre há espaço pra melhorias. Trabalhos futuros podem focar em explorar diferentes métodos de transmissão de dados, como usar redes móveis, e otimizar ainda mais os gateways IoT existentes pra um desempenho ainda melhor.

No grande esquema das coisas, deixar o mundo um pouco mais acessível pra todo mundo deve ser uma prioridade. E se isso significa usar uns gadgets inteligentes pra ajudar a galera a pegar o ônibus, então estamos dentro!

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