Robôs Aprendendo a Se Mover Como Animais
Pesquisas mostram como robôs imitam o movimento dos animais pra se mover melhor.
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Índice
Animais quadrúpedes como cães e cavalos conseguem se mover de forma graciosa e eficiente em diferentes terrenos. Esse movimento envolve uma interação complexa entre o sistema nervoso central, músculos e Feedback Sensorial do ambiente. Neste artigo, vamos falar sobre pesquisas de como máquinas, especificamente quadrúpedes robóticos, podem aprender a se mover de forma parecida imitando esses movimentos animais.
Como os Animais se Movem
Quando os animais correm ou pulam, eles dependem de uma rede de sinais em seus corpos para coordenar os movimentos. Geradores de Padrões Centrais (CPGs) são grupos de neurônios na medula espinhal que criam padrões rítmicos para andar ou correr. Esses padrões podem ser influenciados por sinais do cérebro, ajudando os animais a planejar seus movimentos com antecedência. Por exemplo, quando um gato se aproxima de um vão, seu cérebro ajuda a ajustar suas patas para garantir um salto seguro.
Os pesquisadores de robótica estão interessados em entender esse processo para construir robôs que consigam navegar em obstáculos tão bem quanto os animais. Estudando como os animais controlam seus movimentos, os engenheiros podem projetar robôs com capacidades semelhantes.
O Desafio do Movimento Antecipatório
Um conceito chave nessa pesquisa é a locomoção antecipatória. Isso significa planejar os movimentos com antecedência, tipo saber aonde colocar o pé ao pular sobre um vão. Embora os pesquisadores saibam bastante sobre como os CPGs funcionam, o papel do cérebro em guiar esses movimentos ainda é um mistério.
Queremos descobrir como o cérebro influencia os CPGs e se ele pode controlar os músculos diretamente sem precisar que os CPGs intervenham. Para isso, os pesquisadores desenvolveram um método usando aprendizado de máquina, que permite treinar sistemas robóticos que replicam esse comportamento.
Construindo o Modelo Robótico
Para criar um modelo robótico que consiga lidar com locomoção antecipatória, os pesquisadores montaram um sistema onde uma Rede Neural age como o cérebro e os CPGs representam a medula espinhal. A rede neural envia sinais que mudam como os CPGs funcionam. Esses sinais podem modificar os padrões rítmicos criados pelos CPGs ou influenciar diretamente o movimento dos membros do robô.
Usando essa abordagem, o modelo robótico é treinado para atravessar vãos de forma eficaz, assim como um animal faria. O objetivo é ver quão bem o robô consegue ajustar seus movimentos quando se depara com obstáculos inesperados.
Treinando o Robô
O treinamento envolve ensinar o robô sobre seu ambiente e como manipular seus membros. Os pesquisadores usam uma estrutura chamada Aprendizado por Reforço Profundo (DRL) para ajudar o robô a aprender na base do erro e acerto. Nesse sistema, o robô recebe recompensas por cruzar vãos com sucesso e penalidades por erros, como cair.
Através de várias sessões de treinamento, o robô aprende a ajustar seus movimentos com base no feedback recebido. O processo de treinamento inclui variações nas distâncias dos vãos para torná-lo desafiador e garantir que o robô consiga se adaptar a diferentes situações.
Importância do Feedback Sensorial
Uma das descobertas importantes dessa pesquisa é o papel do feedback sensorial em ajudar o robô a aprender. O robô presta atenção especial na distância de suas patas dianteiras em relação aos vãos. Focando nessa informação, o robô consegue planejar seus movimentos de forma eficaz sem precisar saber exatamente o que suas patas traseiras estão fazendo.
Isso apoia a ideia de que animais, como gatos e cavalos, dependem principalmente da informação de suas patas dianteiras para evitar obstáculos, enquanto suas patas traseiras seguem com base em uma memória interna de movimentos passados.
Resultados e Descobertas
Os pesquisadores testaram vários métodos para verificar quão eficaz é seu modelo. Eles descobriram que controlar diretamente a posição do pé do robô, com sinais da rede neural, melhorou bastante a taxa de sucesso ao atravessar vãos. No entanto, manter a dinâmica natural do CPG também é importante para um movimento suave e eficiente em termos de energia.
Os experimentos mostraram que quando o robô se concentrava na distância de suas patas dianteiras em relação ao vão, ele se saia melhor nos desafios de travessia. Essa percepção mostra que, assim como nos animais, certas informações sensoriais são essenciais para uma locomoção bem-sucedida em robôs.
Implicações para a Robótica
As descobertas dessa pesquisa têm implicações significativas para o campo da robótica. Ao combinar efetivamente insights da biologia com técnicas avançadas de aprendizado de máquina, os pesquisadores podem criar robôs que se movem de forma mais fluida e adaptativa em ambientes do mundo real.
A capacidade de pular e navegar por vãos sem precisar de modelos matemáticos complexos ou caminhos pré-definidos abre portas para desenvolver sistemas robóticos mais versáteis. Esses robôs poderiam ser usados em várias aplicações, desde missões de busca e resgate até explorar terrenos difíceis onde máquinas tradicionais teriam dificuldades.
Conclusão
Em conclusão, a exploração da locomoção antecipatória em animais e robôs revela que entender como o cérebro e o corpo trabalham juntos pode levar a avanços significativos na robótica. Ao aproveitar princípios biológicos e aprendizado de máquina, essa pesquisa estabelece as bases para criar robôs capazes de movimentos fluidos e ágeis semelhantes aos quadrúpedes do mundo real.
O trabalho contínuo destaca a importância do feedback sensorial e como ele pode informar os movimentos robóticos. À medida que continuamos a estudar essas interações, o potencial para criar robôs que conseguem navegar em ambientes complexos com facilidade se torna mais tangível. Desenvolvimentos futuros podem levar a máquinas que operem em condições imprevisíveis, oferecendo assistência valiosa em várias áreas e melhorando nossa compreensão do movimento na natureza.
Título: Puppeteer and Marionette: Learning Anticipatory Quadrupedal Locomotion Based on Interactions of a Central Pattern Generator and Supraspinal Drive
Resumo: Quadruped animal locomotion emerges from the interactions between the spinal central pattern generator (CPG), sensory feedback, and supraspinal drive signals from the brain. Computational models of CPGs have been widely used for investigating the spinal cord contribution to animal locomotion control in computational neuroscience and in bio-inspired robotics. However, the contribution of supraspinal drive to anticipatory behavior, i.e. motor behavior that involves planning ahead of time (e.g. of footstep placements), is not yet properly understood. In particular, it is not clear whether the brain modulates CPG activity and/or directly modulates muscle activity (hence bypassing the CPG) for accurate foot placements. In this paper, we investigate the interaction of supraspinal drive and a CPG in an anticipatory locomotion scenario that involves stepping over gaps. By employing deep reinforcement learning (DRL), we train a neural network policy that replicates the supraspinal drive behavior. This policy can either modulate the CPG dynamics, or directly change actuation signals to bypass the CPG dynamics. Our results indicate that the direct supraspinal contribution to the actuation signal is a key component for a high gap crossing success rate. However, the CPG dynamics in the spinal cord are beneficial for gait smoothness and energy efficiency. Moreover, our investigation shows that sensing the front feet distances to the gap is the most important and sufficient sensory information for learning gap crossing. Our results support the biological hypothesis that cats and horses mainly control the front legs for obstacle avoidance, and that hind limbs follow an internal memory based on the front limbs' information. Our method enables the quadruped robot to cross gaps of up to 20 cm (50% of body-length) without any explicit dynamics modeling or Model Predictive Control (MPC).
Autores: Milad Shafiee, Guillaume Bellegarda, Auke Ijspeert
Última atualização: 2023-02-26 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.13378
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.13378
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/
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