Equilibrando Justiça e Confiabilidade em Modelos de IA Médica
Um estudo sobre justiça e incerteza do deep learning na análise de imagens médicas.
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Índice
Modelos de deep learning são ferramentas que ajudam a analisar imagens médicas, ou seja, fotos do corpo tiradas por motivos médicos. Essas ferramentas mostraram potencial em várias tarefas, mas tem questões importantes a serem consideradas antes de serem usadas em situações reais de medicina. Duas preocupações principais são a necessidade de que esses modelos sejam justos entre diferentes grupos de pessoas e que ofereçam previsões confiáveis sobre sua precisão.
Muitos estudos descobriram que modelos de deep learning podem ser tendenciosos em relação a diferentes grupos demográficos, como aqueles definidos por raça, gênero ou idade. Por exemplo, se um modelo é treinado principalmente com imagens de homens jovens, pode não ter um desempenho tão bom quando confrontado com imagens de mulheres mais velhas. Existem alguns métodos para deixar esses modelos mais justos, mas eles geralmente focam apenas no desempenho sem considerar o quão bem conseguem estimar a Incerteza de suas previsões. Este artigo analisa como certos métodos de Justiça afetam os Preconceitos em deep learning para análise de imagens médicas e como eles também impactam as estimativas de incerteza.
A Importância da Justiça e Confiança
Na prática médica, é crucial que ferramentas e sistemas mostrem justiça para todos os grupos. Se uma ferramenta funciona bem para um grupo, mas mal para outro, pode levar a diagnósticos errados e tratamento injusto. A confiança também é vital na medicina. Se um modelo faz uma Previsão ruim, mas diz que está confiante sobre isso, os médicos vão confiar menos naquele modelo. Portanto, entender e comunicar claramente a incerteza nas previsões é essencial.
Quando um modelo é menos preciso para um certo grupo, ele deve ter níveis mais altos de incerteza em suas previsões para aquele grupo. Por outro lado, um modelo que se sai bem entre os grupos, mas não mostra incerteza quando erra, pode enganar os profissionais de saúde.
Visão Geral do Estudo
Este estudo investiga como métodos de justiça lidam com preconceitos em modelos de deep learning usados na análise de imagens médicas. Ele verifica os efeitos desses métodos tanto no desempenho geral do modelo quanto nas estimativas de incerteza dos modelos. A pesquisa foca em três tarefas médicas: classificar doenças de pele, segmentar tumores cerebrais e prever pontuações para a doença de Alzheimer.
Classificação de Lesões de Pele
Lesões de pele são marcas ou alterações na pele que podem indicar várias questões de saúde, incluindo câncer de pele. Diagnosticar essas lesões com precisão é crucial, já que o câncer de pele é um dos tipos mais comuns de câncer.
Conjunto de Dados e Grupos Etários
Para a tarefa de classificação, o estudo usou um conjunto de dados com quase 25.000 imagens de pele, que vêm com rótulos para oito condições de pele. A demografia dos pacientes, como idade e gênero, também está incluída. Os pesquisadores olharam especificamente para a idade como um fator chave e dividiram o conjunto de dados em dois grupos com base nas faixas etárias.
Treinando os Modelos
Três modelos foram treinados com o conjunto de dados:
- Modelo Baseline: Foi treinado sem levar em conta nenhuma informação demográfica.
- Modelo Balanceado: Este modelo foi treinado para garantir que cada grupo etário tivesse o mesmo número de amostras.
- Modelo GroupDRO: Este modelo ajustou o treinamento para dar mais importância ao grupo etário sub-representado.
Resultados
Ao comparar os modelos, foi observado que, enquanto o Modelo Balanceado melhorou a justiça ao reduzir as lacunas de desempenho entre os grupos etários, muitas vezes resultou em previsões menos precisas no geral. O Modelo GroupDRO parecia melhor em abordar algumas questões de justiça, mas às vezes falhava em fornecer estimativas de incerteza confiáveis. Assim, tornar um modelo mais justo pode significar sacrificar a confiabilidade de suas previsões.
Segmentação de Tumores Cerebrais
A segmentação de tumores cerebrais envolve identificar e contornar tumores em exames de cérebro, o que pode ajudar no planejamento e monitoramento do tratamento.
Conjunto de Dados e Categorias de Volume
Esta tarefa usou um conjunto de dados de exames de cérebro focando em pacientes com gliomas de alto grau, que são um tipo de tumor cerebral. Os pesquisadores focaram no volume do tumor, criando grupos com base em se os tumores eram pequenos ou grandes.
Treinando os Modelos
Assim como na tarefa de lesões de pele, os mesmos três modelos foram usados para ver como se saíram em relação à justiça e incerteza:
- Modelo Baseline
- Modelo Balanceado
- Modelo GroupDRO
Resultados
Os resultados mostraram que o Modelo Baseline teve desempenho semelhante entre ambos os grupos de volume ao filtrar mais previsões com base na incerteza. O Modelo Balanceado começou com uma lacuna de justiça menor, mas ficou menos preciso à medida que as previsões foram filtradas. Mais uma vez, o Modelo GroupDRO apresentou um desempenho ligeiramente melhor, mas falhou em oferecer consistentemente estimativas justas de incerteza.
Regressão de Pontuação Clínica da Doença de Alzheimer
Para a doença de Alzheimer, os clínicos avaliam pacientes usando escalas que ajudam a determinar seu estado cognitivo. Aqui, o objetivo era prever pontuações com base em exames de cérebro.
Conjunto de Dados e Estágios da Doença
O estudo usou um subconjunto de dados de pacientes em vários estágios da doença de Alzheimer. Isso incluía indivíduos diagnosticados com Alzheimer, aqueles com comprometimento cognitivo leve e pacientes cognitivamente normais. O conjunto de dados incluía informações demográficas como idade e foi dividido em dois grupos etários para análise.
Treinando os Modelos
Assim como nas tarefas anteriores, os três modelos foram treinados:
- Modelo Baseline
- Modelo Balanceado
- Modelo GroupDRO
Resultados
Os achados indicaram que, embora o Modelo Balanceado mostrasse alguma melhoria em justiça, isso ocorreu à custa do desempenho geral. O Modelo GroupDRO foi o mais eficaz em manter um equilíbrio entre justiça e previsões precisas, mas ainda enfrentou desafios nas estimativas de incerteza.
Incerteza nas Previsões do Modelo
Este estudo enfatizou a importância da incerteza nas previsões médicas. Quando um modelo está incerto sobre sua saída, é crucial refletir essa incerteza claramente. Os resultados mostraram que, à medida que mais previsões eram filtradas com base na incerteza, alguns modelos produziam uma lacuna de desempenho maior entre diferentes grupos demográficos.
Os pesquisadores reconheceram que melhorar a justiça não deve comprometer a confiabilidade das estimativas de incerteza. É essencial que os modelos consigam comunicar claramente quando estão incertos, especialmente em cenários médicos de alto risco.
Conclusão
A pesquisa destaca o equilíbrio complexo entre alcançar justiça em modelos de deep learning e manter previsões confiáveis. Os achados nas diferentes tarefas sugerem que os métodos de justiça existentes não se aplicam universalmente e podem às vezes levar a estimativas de incerteza piores. Trabalhos futuros precisarão explorar mais esses problemas, investigando diferentes técnicas de medição de incerteza e abordando vários fatores demográficos para melhorar a justiça e confiança em aplicações médicas.
É vital que as ferramentas desenvolvidas para uso médico sejam justas e forneçam informações confiáveis para ajudar os profissionais de saúde a tomar decisões informadas. Garantir que esses modelos sejam confiáveis será essencial para sua adoção bem-sucedida na prática clínica.
Direções Futuras
Novos estudos devem explorar diferentes métodos de mensuração de incerteza e considerar uma gama mais ampla de fatores demográficos, já que a pesquisa atual indica que diferentes modelos têm Desempenhos inconsistentes. Uma abordagem multifacetada será necessária para superar as questões de justiça e incerteza nas ferramentas de análise de imagens médicas. Experimentos mais abrangentes são necessários para generalizar as conclusões tiradas desta pesquisa.
A indústria da saúde se beneficiará de ferramentas que não sejam apenas eficazes, mas também equitativas, garantindo que todos os pacientes recebam o melhor cuidado possível. O sucesso desses modelos dependerá, em última análise, de sua capacidade de lidar com justiça e incerteza de forma eficaz, tornando a pesquisa contínua nessa área crucial.
Título: Evaluating the Fairness of Deep Learning Uncertainty Estimates in Medical Image Analysis
Resumo: Although deep learning (DL) models have shown great success in many medical image analysis tasks, deployment of the resulting models into real clinical contexts requires: (1) that they exhibit robustness and fairness across different sub-populations, and (2) that the confidence in DL model predictions be accurately expressed in the form of uncertainties. Unfortunately, recent studies have indeed shown significant biases in DL models across demographic subgroups (e.g., race, sex, age) in the context of medical image analysis, indicating a lack of fairness in the models. Although several methods have been proposed in the ML literature to mitigate a lack of fairness in DL models, they focus entirely on the absolute performance between groups without considering their effect on uncertainty estimation. In this work, we present the first exploration of the effect of popular fairness models on overcoming biases across subgroups in medical image analysis in terms of bottom-line performance, and their effects on uncertainty quantification. We perform extensive experiments on three different clinically relevant tasks: (i) skin lesion classification, (ii) brain tumour segmentation, and (iii) Alzheimer's disease clinical score regression. Our results indicate that popular ML methods, such as data-balancing and distributionally robust optimization, succeed in mitigating fairness issues in terms of the model performances for some of the tasks. However, this can come at the cost of poor uncertainty estimates associated with the model predictions. This tradeoff must be mitigated if fairness models are to be adopted in medical image analysis.
Autores: Raghav Mehta, Changjian Shui, Tal Arbel
Última atualização: 2023-03-06 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2303.03242
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2303.03242
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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