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# Física# Física Aplicada

Avanços na separação de partículas usando dielectrofose

Um dispositivo barato separa partículas em líquidos usando campos elétricos de forma eficaz.

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A ciência moderna deu grandes passos em entender como partículas minúsculas podem ser movidas e separadas em líquidos. Um método empolgante pra conseguir isso é chamado de dielectrofóresis, que usa Campos Elétricos pra empurrar pequenas partículas neutras sem precisar de rótulos ou materiais extras. Essa técnica não só permite um controle cuidadoso sobre o movimento das partículas, mas também traz benefícios em velocidade e eficiência comparado aos métodos tradicionais.

Pra aproveitar essas vantagens, pesquisadores desenvolveram um dispositivo conhecido como Chip microfluídico. Esse chip é compacto e pode ser usado pra separar partículas com base no tamanho. No nosso trabalho, criamos um dispositivo microfluídico simples e acessível usando materiais comuns e métodos como impressão 3D e tinta condutiva de prata. Nosso objetivo é construir uma ferramenta que possa separar efetivamente partículas minúsculas pra várias aplicações, incluindo na medicina e na ciência ambiental.

Construindo o Dispositivo

O dispositivo microfluídico foi projetado pra se encaixar em uma lâmina de microscópio padrão. Ele usa uma combinação de canais pra permitir o fluxo de fluido e eletrodos que criam um campo elétrico pra separar as partículas. Inicialmente, fizemos simulações pra prever como nosso design iria funcionar. Essas simulações ajudam a refinar aspectos como o formato dos canais e o arranjo dos eletrodos antes de construirmos o dispositivo físico.

O processo de fabricação começa com a criação de um molde usando uma impressora 3D. Esse molde contém os padrões pros canais e eletrodos que precisamos pro nosso dispositivo. Depois, despejamos um material flexível conhecido como Polidimetilsiloxano (PDMS) no molde pra criar a estrutura microfluídica. Assim que o PDMS cura, fazemos os eletrodos preenchendo as impressões no molde com a tinta condutiva de prata. Essa tinta permite que possamos passar uma corrente elétrica pelo dispositivo, que será essencial pro processo de Separação.

Depois de criar o dispositivo, conectamos a uma fonte de energia que pode fornecer tensão alternada. Nas nossas experiências, descobrimos que aplicar uma tensão de ±12 volts a uma frequência de 75 kHz permitiu uma separação ótima das partículas.

Como o Dispositivo Funciona

O princípio básico da dielectrofóresis se baseia na interação de partículas não carregadas com um campo elétrico. Quando as partículas são colocadas em um campo elétrico não uniforme, elas se polarizam, o que significa que desenvolvem uma carga leve. Essa polarização leva a uma força agindo sobre as partículas que depende do tamanho, forma e frequência do campo elétrico.

No nosso dispositivo, os eletrodos criam um campo elétrico não uniforme que faz as partículas se moverem em uma direção específica. Se o campo elétrico for forte o suficiente, as partículas serão empurradas pra longe dos eletrodos. Esse movimento é chamado de dielectrofóresis negativa (nDEP). Controlando as taxas de fluxo dos fluidos que entram no dispositivo, conseguimos intensificar o efeito do campo elétrico, permitindo uma melhor separação de diferentes tamanhos de partículas.

Pra testar nosso dispositivo, introduzimos uma mistura de dois tamanhos de partículas de poliestireno: 3 µm e 10 µm. Enquanto as partículas fluíam pelos canais microfluídicos, observamos seu movimento usando uma câmera de alta velocidade. Isso nos permitiu acompanhar as partículas em tempo real e ver como elas estavam sendo separadas.

Resultados e Observações

Durante nossos testes, registramos que a uma tensão de ±12 V, o dispositivo funcionou efetivamente pra separar os dois tamanhos de partículas. Inicialmente, em tensões mais baixas que isso, não conseguimos uma separação satisfatória. No entanto, aumentando a tensão pra ±12 V, as partículas maiores de 10 µm foram empurradas pra uma saída enquanto as menores de 3 µm foram movidas pra outra saída.

Essa separação é crucial, especialmente considerando aplicações como classificação celular ou filtragem de contaminantes da água. Ajustando o campo elétrico e o fluxo do fluido, conseguimos um movimento seletivo baseado no tamanho das partículas. O design e os materiais usados no nosso dispositivo o tornam acessível pra vários laboratórios e pesquisadores que procuram utilizar essa tecnologia sem precisar de equipamentos caros.

Avaliação da Durabilidade

Uma preocupação ao usar materiais condutivos é sua durabilidade, especialmente quando submetidos a condições variadas como temperatura e tensão. Pra garantir que nossos eletrodos feitos de tinta condutiva de prata poderiam suportar essas condições, fizemos testes de estresse aplicando tensões mais altas e imergindo-os em uma solução tampão aquecida a 100 °C. Após esses testes, usamos um método chamado microscopia eletrônica de varredura (SEM) pra examinar de perto a condição dos eletrodos.

Os resultados mostraram que a tinta condutiva de prata manteve sua estrutura e não degradou após os testes de estresse. Essa descoberta é significativa porque confirma que nosso dispositivo pode operar efetivamente sob condições variadas por um longo período, tornando-o confiável pra diferentes aplicações.

Aplicações Mais Amplas

A capacidade de separar partículas com base no tamanho tem aplicações diversas. Na medicina, essa tecnologia pode ser usada pra separar células sanguíneas, permitindo uma melhor análise e tratamento com base nos tipos específicos de células presentes. Na ciência ambiental, o dispositivo pode filtrar contaminantes da água ou separar esporos bacterianos de amostras, facilitando a avaliação da qualidade da água ou a detecção de patógenos.

Além disso, a simplicidade do nosso design permite que ele seja facilmente adaptado pra aplicações específicas ao mudar as dimensões dos canais ou as configurações de tensão. Essa flexibilidade abre a possibilidade de dispositivos personalizados feitos sob medida pra diversas necessidades, desde pesquisa até aplicações industriais.

Conclusão

Resumindo, nosso trabalho demonstra um método simples pra criar um dispositivo microfluídico usando impressão 3D e tinta condutiva de prata pra separação de partículas através da dielectrofóresis. A capacidade de separar eficazmente partículas com base no tamanho usando uma abordagem acessível e de baixo custo pode impactar significativamente áreas como medicina, ciência ambiental e além.

Ao continuar explorando e refinando essas tecnologias, podemos aumentar a capacidade de manipular partículas minúsculas em líquidos, que tem um grande potencial pra futuras descobertas e avanços na ciência e engenharia. Nossos resultados incentivam uma exploração mais aprofundada desse método, promovendo acessibilidade em pesquisa e desenvolvimento pra várias aplicações práticas.

Fonte original

Título: Fabricating a dielectrophoretic microfluidic device using 3D-printed moulds and silver conductive paint

Resumo: Dielectrophoresis is an electric field-based technique for moving neutral particles through a fluid. When used for particle separation, dielectrophoresis has many advantages compared to other methods, providing label-free operation with greater control of the separation forces. In this paper, we design, build, and test a low-voltage dielectrophoretic device using a 3D printing approach. This lab-on-a-chip device fits on a microscope glass slide and incorporates microfluidic channels for particle separation. First, we use multiphysics simulations to evaluate the separation efficiency of the prospective device and guide the design process. Second, we fabricate the device in PDMS (polydimethylsiloxane) by using 3D-printed moulds that contain patterns of the channels and electrodes. The imprint of the electrodes is then filled with silver conductive paint, making a 9 pole comb electrode. Lastly, we evaluate the separation efficiency of our device by introducing a mixture of 3 $\mu$m and 10 $\mu$m polystyrene particles and tracking their progression. Our device is able to efficiently separate these particles when the electrodes are energized with $\pm$12 V at 75 kHz. Overall, our method allows the fabrication of cheap and effective dielectrophoretic microfluidic devices using commercial off-the-shelf equipment.

Autores: Shayan Valijam, Daniel P. G. Nilsson, Dmitry Malyshev, Rasmus Öberg, Alireza Salehi, Magnus Andersson

Última atualização: 2023-02-21 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.10690

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.10690

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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