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# Ciências da saúde# Epidemiologia

Prevendo Ondas de COVID-19 Usando Aprendizado de Máquina

Este estudo combina modelos tradicionais com aprendizado de máquina pra prever as tendências da COVID-19.

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Índice

A pandemia de COVID-19 gerou uma grande necessidade de modelos que pudessem ajudar a prever a propagação do vírus e orientar decisões das autoridades de saúde. Esses modelos são ferramentas matemáticas que ajudam a entender como as doenças se espalham com base em vários fatores, como o movimento e o comportamento das pessoas. Quando a pandemia começou, muitos países usaram esses modelos para se preparar para possíveis ondas de infecções.

O Papel dos Modelos Matemáticos

Modelos matemáticos podem representar como um vírus se espalha considerando diferentes fatores. Eles podem ser baseados em formas conhecidas de Transmissão de Doenças e podem simular como medidas de Saúde Pública-como lockdowns e vacinação-afetam o número de infecções. Por exemplo, quando os governos viram possíveis aumentos nos casos, eles podiam usar modelos para pensar à frente e implementar estratégias para reduzir infecções.

Durante a pandemia, muitos estudos mostraram que ações como o fechamento de escolas e o distanciamento social ajudaram a reduzir a propagação da COVID-19. As pessoas tendiam a seguir essas regras mais quando se sentiam em risco de serem infectadas. No entanto, à medida que os casos caíram, muitos ficaram menos dispostos a seguir essas medidas, o que poderia levar a outra onda de infecções.

Comportamento e Propagação de Doenças

A relação entre o comportamento humano e a propagação de doenças é crucial. Quando as infecções aumentam, o comportamento das pessoas muda. Essa mudança, por sua vez, pode afetar a rapidez com que a doença se espalha. Para estudar essa interação, alguns modelos incorporaram como o comportamento das pessoas impacta a propagação da doença e vice-versa.

Muitos desses modelos analisaram como medidas específicas de saúde pública poderiam influenciar as ações das pessoas durante a pandemia. Por exemplo, os pesquisadores observaram como testes, vacinações e distanciamento social afetaram o número de pessoas infectadas.

A Ascensão do Aprendizado de Máquina

À medida que a pandemia se desenrolava, muitos dados sobre infecções, movimento e comportamento social se tornaram disponíveis. Esses dados levaram ao desenvolvimento de modelos de aprendizado de máquina. Esses modelos mostraram grande habilidade em analisar grandes quantidades de informações sobre vários fatores que afetam a propagação de doenças.

Os modelos de aprendizado de máquina podiam se adaptar melhor a diferentes áreas do que os modelos tradicionais. No entanto, tinham algumas desvantagens significativas. Enquanto podiam prever com precisão tendências de curto prazo, eram muitas vezes difíceis de entender. As saídas dos modelos de aprendizado de máquina eram baseadas em muitos parâmetros complexos, tornando difícil interpretar os resultados de maneira direta.

Uma Nova Abordagem

A pesquisa evoluiu para combinar os pontos fortes dos modelos matemáticos tradicionais com técnicas de aprendizado de máquina. Um método promissor envolveu o uso de aprendizado de máquina informado por física (PIML). A ideia principal por trás dessa abordagem era usar leis científicas como guia enquanto os modelos eram treinados. Isso garante que as previsões permaneçam realistas e consistentes com o que sabemos sobre a transmissão de doenças.

O PIML pode melhorar a forma como os modelos preveem Comportamentos epidêmicos, permitindo que mantenham a interpretabilidade enquanto aproveitam o poder preditivo do aprendizado de máquina. Isso ajuda a reduzir a dependência de conjuntos de dados grandes, que às vezes podem ser limitados ou tendenciosos.

Equações Diferenciais Universais

Um método específico que surgiu é chamado de equações diferenciais universais (UDEs). Essa abordagem envolve o uso de redes neurais dentro de modelos matemáticos baseados em equações diferenciais. As UDEs permitem que comportamentos conhecidos de um sistema sejam incluídos enquanto o modelo aprende aspectos desconhecidos.

Por exemplo, as UDEs foram aplicadas de forma eficaz para estudar vários sistemas, incluindo a transmissão de doenças. Os pesquisadores exploraram como comportamentos como mobilidade, que envolvem o movimento das pessoas, influenciam as Taxas de Infecção ao longo do tempo.

Nossos Objetivos de Pesquisa

O objetivo da nossa pesquisa era combinar vieses observacionais em um modelo compartimental com vieses de aprendizado satisfatórios para a COVID-19. Treinamos um modelo UDE para ajustar os dados sobre comportamento e infecções enquanto considerávamos certas suposições básicas sobre como as pessoas reagiriam durante a pandemia. Queríamos ver se esse modelo poderia prever efetivamente futuras ondas de infecções após apenas ver a primeira onda e como os vieses de aprendizado poderiam melhorar o desempenho do modelo.

A Importância da Simplicidade

Modelos matemáticos que são muito complexos podem às vezes se ajustar bem aos dados existentes, mas falhar em prever novas tendências. Em contraste, modelos mais simples podem nos ajudar a testar nossas ideias sem nos perdermos em detalhes excessivamente complicados. Isso é essencial, especialmente ao fazer previsões sobre sistemas complexos como pandemias.

Ao usar uma estrutura UDE que mantinha nosso modelo simples, incorporamos algumas suposições razoáveis sobre a dinâmica comportamento-doença. Modelos compartimentais dividem a população em grupos com base em seu status de infecção. Essa abordagem tem sido uma parte chave dos estudos epidemiológicos há anos.

Treinamento do Modelo e Vieses de Aprendizado

O algoritmo que desenvolvemos aprendeu como fatores como mobilidade afetam as taxas de infecção e como essas taxas influenciam o movimento das pessoas. Os vieses de aprendizado guiaram o modelo com várias suposições lógicas. Por exemplo, se mais pessoas estão infectadas, esperamos que a mobilidade diminua.

Rodamos nosso modelo várias vezes para garantir resultados confiáveis. O treinamos na primeira onda de infecções para ver se ele poderia prever corretamente uma possível segunda onda. O modelo que incluiu vieses de aprendizado previu consistentemente as segundas ondas mais precisamente do que os modelos sem esses vieses.

Previsões do Modelo

Para avaliar o quão bem o modelo se saiu, olhamos para as previsões medianas entre regiões. Por exemplo, em Nova York, o modelo com vieses de aprendizado mostrou corretamente uma pequena segunda onda, enquanto o modelo sem esses vieses tinha menos variabilidade e muitas vezes falhava em prever uma segunda onda.

Nossas previsões destacaram a importância de incluir vieses de aprendizado. O modelo tendencioso rotineiramente previu segundas ondas, que foram maiores que a primeira onda na maioria das áreas. Em contraste, o modelo sem viés teve dificuldade em identificar essas tendências.

Consideração da Viabilidade Biológica

Ambos os modelos que testamos geralmente produziram previsões plausíveis. No entanto, o modelo com vieses de aprendizado teve um desempenho melhor em muitas áreas, alcançando ajustes mais confiáveis aos dados e fazendo menos previsões irreais. Por exemplo, ele estimou consistentemente taxas de infecção que se alinhavam com nossa compreensão dos limites biológicos.

Quando avaliamos com que frequência os modelos previram segundas ondas, o modelo tendencioso frequentemente identificou essas ressurgências, enquanto o modelo sem viés fez isso muito menos frequentemente. Essa capacidade é essencial para os oficiais de saúde planejando respostas a possíveis aumentos de infecções.

Insights do Modelo

Nosso modelo também ofereceu insights sobre como diferentes fatores influenciaram as taxas de transmissão. Ao analisar a relação entre mobilidade e a propagação da infecção, conseguimos identificar como mudanças no movimento das pessoas poderiam afetar futuros surtos.

No final das contas, esse entendimento é vital. Se os oficiais puderem prever como o comportamento das pessoas mudará à medida que as infecções aumentarem ou diminuírem, eles poderão ajustar melhor as respostas de saúde pública.

Limitações do Modelo

Enquanto nosso modelo simplificado de COVID-19 forneceu insights valiosos, é importante notar que ele não captura todos os detalhes da pandemia. Por exemplo, fizemos suposições sobre imunidade e não levamos em conta os efeitos da vacina, que se tornaram significativos mais tarde na pandemia.

As previsões de curto prazo do modelo também podem ser limitadas por fatores como subnotificação de casos e variações nas taxas de recuperação. Trabalhos futuros poderiam melhorar esses aspectos incorporando mais detalhes sobre o comportamento do vírus e mudanças ao longo do tempo.

Direções Futuras

Olhando para o futuro, há muitas oportunidades para aplicar técnicas de modelagem semelhantes a outras doenças infecciosas. Muitas doenças têm comportamentos ligados às taxas de transmissão, tornando-as adequadas para esse tipo de análise. Além disso, existem outros sistemas complexos, como as mudanças climáticas, que poderiam se beneficiar de uma abordagem semelhante.

À medida que os esforços de coleta de dados continuam a crescer, modelos de aprendizado de máquina como as UDEs podem fornecer insights sobre a interseção entre comportamento social e dinâmicas de doenças. Com as suposições e vieses corretos, esses modelos poderiam ajudar a prever surtos futuros e contribuir para o design de intervenções eficazes.

Conclusão

Nossa pesquisa demonstra que modelos de aprendizado de máquina social e biologicamente informados podem prever efetivamente o comportamento epidêmico. Ao incorporar vieses de aprendizado em nossos modelos, conseguimos identificar com precisão ondas de pandemia semelhantes às observadas durante a pandemia de COVID-19. Essa capacidade de prever tendências futuras de infecção é essencial para respostas e tomadas de decisão em saúde pública.

A integração do aprendizado de máquina com a epidemiologia tradicional tem um grande potencial. Com o uso apropriado de dados e suposições, esses modelos podem ajudar os formuladores de políticas a navegar pelas complexidades das doenças infecciosas e melhorar os resultados de saúde pública.

Agradecimentos

Ao elaborar esses modelos e realizar nossa pesquisa, reconhecemos os valores da colaboração, comunicação aberta e a importância de baser nosso trabalho em princípios científicos bem estabelecidos. Essa abordagem continuará a nos guiar enquanto exploramos o cenário em evolução da modelagem e resposta a doenças infecciosas.

Fonte original

Título: Predicting COVID-19 pandemic waves with biologically and behaviorally informed universal differential equations

Resumo: In the early stages of the COVID-19 pandemic, it became clear that pandemic waves and population responses were locked in a mutual feedback loop. The initial lull following strict interventions in the first wave often led to a second wave, as restrictions were relaxed. We test the ability of new hybrid machine learning techniques, namely universal differential equations (UDEs) with learning biases, to make predictions in a such a dynamic behavior-disease setting. We develop a UDE model for COVID-19 and test it both with and without learning biases describing simple assumptions about disease transmission and population response. Our results show that UDEs, particularly when supplied with learning biases, are capable of learning coupled behavior-disease dynamics and predicting second waves in a variety of populations. The model predicts a second wave of infections 55% of the time across all populations, having been trained only on the first wave. The predicted second wave is larger than the first. Without learning biases, model predictions are hampered: the unbiased model predicts a second wave only 25% of the time, typically smaller than the first. The biased model consistently predicts the expected increase in the transmission rate with rising mobility, whereas the unbiased model predicts a decrease in mobility as often as a continued increase. The biased model also achieves better accuracy on its training data thanks to fewer and less severely divergent trajectories. These results indicate that biologically informed machine learning can generate qualitatively correct mid to long-term predictions of COVID-19 pandemic waves. Significance statementUniversal differential equations are a relatively new modelling technique where neural networks use data to learn unknown components of a dynamical system. We demonstrate for the first time that this technique is able to extract valuable information from data on a coupled behaviour-disease system. Our model was able to learn the interplay between COVID-19 infections and time spent travelling to retail and recreation locations in order to predict a second wave of cases, having been trained only on the first wave. We also demonstrate that adding additional terms to the universal differential equations loss function that penalize implausible solutions improves training time and leads to improved predictions.

Autores: Chris Bauch, B. Kuwahara

Última atualização: 2023-03-16 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.11.23287141

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.11.23287141.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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