Entendendo a Importância dos Princípios FAIR na Pesquisa
Os princípios FAIR melhoram o compartilhamento de dados na pesquisa, aumentando a colaboração e a confiança.
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Índice
Os princípios FAIR têm como objetivo tornar os dados da pesquisa mais acessíveis e reutilizáveis. Esses princípios significam Encontrável, Acessível, Interoperável e Reutilizável. A ideia é melhorar como os pesquisadores gerenciam e compartilham seus dados, facilitando o uso por outros. Com a ciência ficando mais aberta, compartilhar não só dados, mas também software e fluxos de trabalho, tá virando essencial.
A Importância dos Princípios FAIR
Compartilhar objetos digitais, como dados de pesquisa e software, traz vários benefícios. Isso inclui colaborações mais robustas, aumento da confiança nos resultados e boa vontade entre os pesquisadores. Mais importante ainda, quando os pesquisadores reutilizam objetos digitais, isso contribui para uma ciência melhor. A necessidade de uma organização de dados e eficiência no armazenamento levou ao surgimento dos princípios FAIR.
Implementar esses princípios pode ter impactos positivos na economia. Por exemplo, pesquisas que não seguem as diretrizes FAIR podem causar perdas financeiras significativas. Muitos interessados, incluindo pesquisadores, editores e agências de fomento, podem se beneficiar da adoção das práticas FAIR. Seguindo esses princípios, os pesquisadores garantem que seu trabalho seja visível, credível e confiável.
Desafios na Implementação do FAIR
Apesar dos benefícios dos princípios FAIR, existem vários desafios na hora de colocá-los em prática. Muitos pesquisadores não estão totalmente cientes de como implementar essas diretrizes devido à falta de recursos, procedimentos padrão e ferramentas práticas. Adotar os princípios FAIR pode parecer esmagador, especialmente quando os pesquisadores enfrentam orçamentos apertados e tarefas complexas de gerenciamento de dados.
Além disso, as estruturas organizacionais atuais em muitas instituições podem complicar a implementação do FAIR. Os membros do corpo docente costumam estabelecer suas próprias políticas, levando a inconsistências na forma como o gerenciamento de dados é abordado nos departamentos. Essa abordagem descentralizada significa que uma solução única provavelmente não funcionará.
Comunidade de Insights Baseados em Dados (CDDI)
Para lidar com esses desafios, algumas universidades formaram grupos como a Comunidade de Insights Baseados em Dados (CDDI). Essa comunidade busca apoiar o gerenciamento de dados de pesquisa e garantir que todos os objetos digitais se tornem FAIR até um certo prazo. A CDDI reúne especialistas de diferentes faculdades para oferecer orientações e suporte na aplicação eficaz dos princípios FAIR.
O objetivo é construir pontes entre pesquisadores e profissionais de gerenciamento de dados para que possam abraçar juntos as práticas FAIR. Oferecendo workshops, recursos e suporte individual, a comunidade ajuda os pesquisadores a avançar em seus processos de gerenciamento de dados.
Principais Desafios na Implementação do FAIR
Avançar para uma abordagem baseada no FAIR apresenta vários desafios principais:
1. Colaboração Entre Disciplinas
A pesquisa muitas vezes abrange várias disciplinas com necessidades e abordagens diferentes. Encontrar um terreno comum e fornecer o suporte certo para os pesquisadores pode ser complicado. Surgem perguntas sobre onde procurar orientação em FAIR e quais ferramentas usar para compartilhar dados. A maioria dos pesquisadores não tem conhecimento prático dos princípios FAIR, levando à confusão.
2. Interoperabilidade
O conceito de interoperabilidade, que significa garantir que os dados possam interagir facilmente com vários sistemas, representa outro desafio. Os pesquisadores podem não ver a importância de tornar seus dados legíveis por máquinas. Sem fatores motivadores, pode ser difícil incentivá-los a seguir esse princípio.
3. Expertise Individual
Diferentes pesquisadores têm níveis variados de compreensão dos princípios FAIR. Alguns podem estar familiarizados com aspectos técnicos, enquanto outros lutam com conceitos básicos. Essa disparidade torna essencial fornecer suporte e recursos personalizados conforme o nível de conhecimento deles.
4. Natureza Descentralizada das Instituições
Em muitas universidades, as políticas sobre gerenciamento de dados variam entre faculdades. Uma abordagem centralizada é muitas vezes necessária para garantir consistência, mas pode ser difícil de alcançar em estruturas descentralizadas. Construir uma cultura que abrace os princípios FAIR pode exigir tempo e esforço significativos.
5. Flexibilidade das Diretrizes
As diretrizes FAIR são amplas e permitem vários métodos de implementação. Embora essa flexibilidade possa ser benéfica, também significa que as instituições devem encontrar suas próprias maneiras de cumprir esses requisitos. Não ter padrões rígidos pode levar à confusão sobre o que é esperado.
Enfrentando os Desafios
Para lidar com esses desafios, comunidades como a CDDI focam em colaboração e comunicação entre pesquisadores e equipes de apoio a dados. Eles buscam criar um ambiente compartilhado onde todos possam aprender uns com os outros e compartilhar as melhores práticas. Começar pequeno e gradualmente avançar para práticas FAIR mais complexas pode ajudar a aliviar a pressão sobre os pesquisadores.
Oferecendo Orientação Prática
Uma maneira de ajudar os pesquisadores é oferecer orientações práticas. Fornecer instruções claras sobre como gerenciar dados de pesquisa e integrar práticas FAIR pode facilitar o processo. Workshops podem servir como plataformas para compartilhar conhecimento e ferramentas para ajudar os pesquisadores a enfrentar seus desafios de gerenciamento de dados.
Incentivando Diálogos Interdisciplinares
Para fomentar a colaboração, é importante criar oportunidades para que pesquisadores de diferentes disciplinas se conectem e compartilhem insights. Reuniões regulares e encontros informais podem facilitar conversas sobre os princípios FAIR e promover o compartilhamento de conhecimento. Construir um senso de comunidade e propósito compartilhado é essencial para avançar em direção aos objetivos FAIR.
Treinamento e Workshops
Oferecer sessões de treinamento e workshops é vital. Eles não devem apenas focar nos conceitos básicos dos princípios FAIR, mas também fornecer exemplos práticos e habilidades úteis. Os pesquisadores se beneficiariam ao aprender sobre ferramentas existentes e como aplicá-las durante o processo de pesquisa.
Metas de Longo Prazo
A implementação do FAIR não é uma solução rápida; é uma visão de longo prazo. Resultados bem-sucedidos dependem da definição de expectativas realistas e paciência. Pesquisadores e pessoal de apoio devem avaliar regularmente seu progresso e ajustar suas metas conforme necessário.
Direções Futuras para Implementação do FAIR
À medida que as instituições trabalham para se tornarem mais FAIR, várias ações futuras podem ser tomadas para fortalecer os esforços:
1. Engajamento da Comunidade
Entender as barreiras e motivadores únicos dentro das diferentes comunidades de pesquisa é crucial. Criar programas de treinamento personalizados pode ajudar a abordar necessidades e desafios específicos enfrentados pelos pesquisadores.
2. Alfabetização em FAIR e Ciência de Dados
O treinamento deve ir além dos conceitos básicos dos princípios FAIR. Os pesquisadores devem ganhar experiência prática na construção de software de ciência aberta e aprender técnicas para interoperabilidade de dados.
3. Suporte em Toda a Universidade
Estabelecer uma plataforma de ciência de dados em toda a universidade vai agilizar o suporte e os recursos FAIR. Isso pode melhorar a colaboração entre os vários departamentos e facilitar o compartilhamento de conhecimento e experiência.
Conclusão
Avançar em direção aos princípios FAIR é um processo contínuo que exige compromisso de todos os envolvidos. Ao fomentar a colaboração, fornecer recursos e incentivar a comunicação, as instituições podem gradualmente melhorar suas práticas de gerenciamento de dados de pesquisa. Embora os desafios permaneçam, as recompensas potenciais da adoção de princípios FAIR tornam o esforço válido para os pesquisadores e a comunidade acadêmica como um todo. Abraçar os princípios FAIR irá abrir caminho para uma melhor transparência, confiança e colaboração na pesquisa, levando, no fim das contas, a resultados científicos mais eficazes.
Título: FAIR Begins at home: Implementing FAIR via the Community Data Driven Insights
Resumo: Arguments for the FAIR principles have mostly been based on appeals to values. However, the work of onboarding diverse researchers to make efficient and effective implementations of FAIR requires different appeals. In our recent effort to transform the institution into a FAIR University by 2025, here we report on the experiences of the Community of Data Driven Insights (CDDI). We describe these experiences from the perspectives of a data steward in social sciences and a data scientist, both of whom have been working in parallel to provide research data management and data science support to different research groups. We initially identified 5 challenges for FAIR implementation. These perspectives show the complex dimensions of FAIR implementation to researchers across disciplines in a single university.
Autores: Carlos Utrilla Guerrero, Maria Vivas Romero, Marc Dolman, Michel Dumontier
Última atualização: 2023-03-13 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2303.07429
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2303.07429
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
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Ligações de referência
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