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# Ciências da saúde# Medicina genetica e genomica

Usando Dados Genéticos pra Encontrar Alvos de Medicamentos

Pesquisas mostram novas formas de identificar alvos para medicamentos através de dados genéticos.

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Índice

O desenvolvimento de medicamentos é um processo complicado que muitas vezes depende da compreensão da genética por trás das doenças. Estudos recentes mostraram que quando os medicamentos miram em genes apoiados por dados genéticos, eles tendem a ter um desempenho melhor em ensaios clínicos. Isso significa que os pesquisadores estão se concentrando mais em usar informações genéticas para identificar quais genes estão conectados a doenças e podem ser alvos potenciais para medicamentos. No entanto, esse processo não é sem desafios.

Como os Dados Genéticos São Usados no Desenvolvimento de Medicamentos

Pesquisadores propuseram várias maneiras de usar dados genéticos para encontrar genes ligados a doenças e alvos para medicamentos. O método básico envolve olhar para estudos de associação genômica (GWAS). Esses estudos identificam sinais no genoma que estão associados a certos traços ou doenças. Os genes mais próximos desses sinais são frequentemente considerados alvos potenciais para o desenvolvimento de medicamentos. Métodos mais avançados levam em conta a estrutura do genoma e adicionam informações sobre como os genes se comportam e interagem entre si.

Nos últimos dez anos, grandes conjuntos de dados foram gerados que analisam como diferentes fatores genéticos afetam traços ou doenças. Esses conjuntos de dados ajudam os pesquisadores a entender os mecanismos por trás das doenças e identificar novos alvos potenciais para medicamentos. Alguns métodos combinam diferentes tipos de dados, como olhar para a Expressão Gênica e níveis de proteínas, para encontrar genes que provavelmente causam doenças. Recentemente, tecnologias que permitem que os pesquisadores sequenciem genomas inteiros facilitaram o estudo de variantes genéticas raras e seus papéis nas doenças.

A Importância da Priorização de Genes

Nem todos os genes ligados a doenças são diretamente alvo de medicamentos. Alguns podem fazer parte de caminhos maiores que influenciam como as doenças progridem. Para lidar com isso, os pesquisadores desenvolveram métodos para priorizar quais genes têm mais chance de serem alvos eficazes para medicamentos. Uma maneira é analisando redes de genes para encontrar aqueles que interagem de perto com genes associados a doenças. Essas redes podem ser derivadas da literatura científica ou de dados experimentais.

Neste estudo, os pesquisadores adotaram uma abordagem detalhada para avaliar como diferentes métodos de priorização de genes contribuem para identificar bons alvos para medicamentos. Eles se concentraram em vários métodos para priorizar genes com base em suas evidências genéticas. Isso incluiu GWAS tradicionais, métodos que integram dados de expressão gênica com GWAS e sequenciamento de exoma completo (que analisa partes específicas do genoma).

Visão Geral dos Métodos

Os pesquisadores aplicaram quatro métodos diferentes para priorizar genes. O primeiro método usou dados de estudos GWAS. O segundo método combinou dados de expressão gênica com resultados de GWAS. O terceiro fez algo semelhante, mas usou níveis de proteínas. Por fim, eles olharam para dados de sequenciamento de exoma completo para avaliar como variantes raras poderiam afetar doenças.

Uma vez que tiveram os genes priorizados, testaram três tipos diferentes de redes de interação gênica para ver como os genes priorizados se conectavam a alvos conhecidos para medicamentos. Eles testaram esses métodos em trinta traços diferentes, usando cinco conjuntos de alvos conhecidos para medicamentos como referenciais para avaliar sua eficácia.

Fluxo de Trabalho da Análise

Para começar, os pesquisadores calcularam pontuações de priorização de genes usando os quatro métodos diferentes. Cada método tinha suas próprias forças e fraquezas. Eles então olharam como essas pontuações mudavam quando aplicavam Análise de Rede para encontrar conexões entre genes. O objetivo era ver se a conectividade da rede poderia destacar alvos adicionais para medicamentos que as pontuações de priorização sozinhas poderiam perder.

Eles também ligaram doenças a potenciais alvos para medicamentos usando bancos de dados públicos que fornecem informações sobre quais medicamentos são usados para tratar quais doenças. Ao testar a sobreposição entre genes priorizados e alvos para medicamentos, os pesquisadores puderam ver quão bem seus métodos funcionaram e identificar padrões.

Consistência da Priorização de Genes

Um aspecto importante deste estudo foi verificar se os genes priorizados eram similares entre os diferentes métodos. Para cada um dos trinta traços, eles olharam para a sobreposição entre genes identificados por cada método. Eles compararam os principais genes priorizados dos métodos GWAS, QTL-GWAS e Exoma. Essa comparação mostrou com que frequência os métodos concordavam sobre quais genes eram importantes.

Enriquecimento de Alvos para Medicamentos

Os pesquisadores também queriam avaliar quão bem os genes priorizados se sobrepunham a alvos conhecidos para medicamentos. Eles calcularam com que frequência os genes priorizados eram de fato alvos para medicamentos em vários traços. Descobriram que alguns traços tinham sobreposições maiores do que outros. Por exemplo, traços relacionados ao colesterol eram mais propensos a resultar em genes-alvo para medicamentos do que distúrbios neuropsiquiátricos.

Exemplos de Alvos para Medicamentos

Vários exemplos se destacam da análise. Principais alvos para o gerenciamento de colesterol foram classificados como altamente relevantes em diferentes métodos. Em contraste, alguns genes, embora importantes para doenças específicas, só foram identificados como alvos para medicamentos através de certos métodos. Essa variação destaca como diferentes abordagens podem levar a conclusões diferentes sobre quais genes são promissores para o desenvolvimento de medicamentos.

Avaliando Hereditariedade e Poligenicidade

O estudo também analisou a hereditariedade de genes-alvo para medicamentos em comparação com genes que não são alvos. Hereditariedade refere-se a quanta variação de um traço é devida à genética, enquanto poligenicidade se refere ao número de genes envolvidos em um traço. Os pesquisadores descobriram que os genes-alvo para medicamentos mostraram menos hereditariedade e eram mais poligênicos, indicando que poderiam estar sob restrições evolutivas mais fortes.

O Papel da Difusão de Redes

A difusão de redes é uma técnica que ajuda a identificar genes que podem não mostrar evidência genética direta, mas que podem ser importantes devido às suas conexões com genes relacionados a doenças. Usando uma rede, os pesquisadores podem espalhar as pontuações de priorização iniciais por um conjunto maior de genes, potencialmente identificando alvos adicionais para medicamentos que podem ser relevantes.

Conclusão

No geral, o estudo destaca a importância de usar vários métodos de pesquisa genética para melhorar a identificação de alvos para medicamentos. Embora métodos tradicionais como GWAS tenham se mostrado valiosos, integrar várias fontes de dados e usar análise de rede pode revelar conexões adicionais e potenciais alvos para medicamentos. Essa abordagem abrangente pode não só melhorar nossa compreensão das doenças, mas também levar a terapias melhor direcionadas no futuro.

Ao combinar informações genéticas e de rede, os pesquisadores podem refinar suas estratégias no desenvolvimento de medicamentos, levando a tratamentos mais eficazes para uma ampla gama de doenças.

Fonte original

Título: Multi-layered genetic approaches to identify approved drug targets

Resumo: Drugs targeting genes that harbor natural variations associated with the disease the drug is in-dicated for have increased odds to be approved. Various approaches have been proposed to iden-tify likely causal genes for complex diseases, including gene-based genome-wide association stud-ies (GWAS), rare variant burden tests in whole exome sequencing studies (Exome) or integration of GWAS with expression/protein quantitative trait loci (eQTL-GWAS/pQTL-GWAS). Here, we compare gene-prioritization approaches on 30 common clinical traits and benchmarked their ability to recover drug target genes defined using a combination of five drug databases. Across all traits, the top pri-oritized genes were enriched for drug targets with odds ratios (ORs) of 2.17, 2.04, 1.81 and 1.31 for the GWAS, eQTL-GWAS, Exome and pQTL-GWAS methods, respectively. We quantified the perfor-mance of these methods using the area under the receiver operating characteristic curve as metric, and adjusted for differences in testable genes and data origins. GWAS performed significantly better (54.3%) than eQTL (52.8%) and pQTL-GWAS (51.3%), but not significantly so against the Exome ap-proach (51.7% vs 52.8% for GWAS restricted to UK Biobank data). Furthermore, our analysis showed increased performance when diffusing gene scores on gene networks. However, substantial improve-ments in the protein-protein interaction network may be due to circularity in the data generation process, leading to the node (gene) degree being the best predictor for drug target genes (OR = 8.7, 95% CI = 7.3-10.4) and warranting caution when applying this strategy. In conclusion, we systematically as-sessed strategies to prioritize drug target genes highlighting promises and potential pitfalls of current approaches.

Autores: Zoltan Kutalik, M. C. Sadler, C. Auwerx, P. Deelen

Última atualização: 2023-03-24 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.21.23285637

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.21.23285637.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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