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# Ciências da saúde# Salute pubblica e globale

Avaliação da Qualidade dos Serviços de Saúde na Tanzânia

Um estudo que mede a prontidão das unidades de saúde e a entrega dos serviços de pré-natal.

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Índice

Em muitos países de baixa e média renda, entender como os serviços de saúde são oferecidos é crucial. Uma forma de medir isso é combinando informações de pesquisas que perguntam às famílias sobre suas experiências com a saúde e avaliações das instalações de saúde. O melhor jeito de fazer isso é conectar os dados de cada pessoa da pesquisa domiciliar à qualidade do atendimento que receberam na unidade que visitaram. Porém, isso geralmente é complicado para grandes pesquisas nacionais.

Em vez disso, os pesquisadores costumam usar um método mais simples chamado ligação ecológica. Isso significa conectar os dados de uma pessoa da pesquisa domiciliar a uma pontuação média de qualidade de todas as unidades de saúde na mesma área. Esse método ainda tem alguns desafios, porque as unidades de saúde variam em tipos, como hospitais e clínicas, e nem toda unidade está igualmente preparada para oferecer atendimento.

Para obter resultados mais precisos, é essencial considerar essas diferenças. Isso pode ser feito ajustando as pontuações de qualidade de acordo com os tipos de unidades e considerando quantos pacientes cada unidade atende.

Fontes de Dados

Neste estudo, foram utilizados dados da Tanzânia. Para nossa análise, olhamos para uma Avaliação de Instalações de Saúde realizada em 2014-2015 chamada Avaliação de Provisionamento de Serviços da Tanzânia (TSPA). Essa avaliação incluiu várias pesquisas diferentes, como entrevistas com trabalhadores de saúde e clientes, além de observações dos serviços de saúde.

O TSPA tinha como objetivo coletar dados de uma ampla gama de instalações de saúde em todo o país. Foi cuidadosamente projetado para garantir que os dados coletados representassem unidades em diferentes regiões e tipos. Esses tipos incluem dispensários, centros de saúde, clínicas e hospitais, cada um oferecendo diferentes níveis de atendimento e serviços.

Também usamos o Registro de Instalações de Saúde da Tanzânia, que é um banco de dados público de todas as unidades de saúde na Tanzânia. Esse registro permite uma melhor compreensão e conexão das unidades entre diferentes fontes de dados, garantindo resultados abrangentes.

Quais são os Tipos de Instalações de Saúde na Tanzânia?

Existem vários tipos de instalações de saúde na Tanzânia:

  • Dispensários: Normalmente, são o primeiro ponto de contato para os pacientes. Oferecem serviços básicos de saúde, incluindo cuidados maternos e infantis e atendimento ambulatorial para doenças comuns.

  • Centros de Saúde: Essas unidades supervisionam os dispensários e podem oferecer serviços mais abrangentes, incluindo pequenas cirurgias e cuidados preventivos.

  • Clínicas: Geralmente são instalações privadas que fornecem principalmente atendimento ambulatorial. Incluem serviços de enfermeiros, parteiras e médicos.

  • Hospitais: Os hospitais oferecem um nível mais alto de atendimento, incluindo serviços de internação e tratamento médico especializado. Eles variam de hospitais locais a hospitais regionais e nacionais maiores.

Coletando Dados

Para nosso estudo, coletamos dados sobre um serviço de saúde específico chamado visitas de pré-natal (ANC), que são check-ups para grávidas. Acessamos dados sobre essas visitas no portal DHIS-2 da Tanzânia. Isso nos forneceu informações sobre quantas mulheres estavam recebendo serviços de ANC nas unidades de saúde ao longo de um ano.

Garantimos que nossos dados estavam limpos removendo quaisquer entradas que não correspondessem a unidades de saúde específicas e garantindo que contabilizássemos quaisquer dados faltantes. No final, calculamos o número total de visitas de ANC em cada unidade.

Medindo a Prontidão das Unidades

Queríamos avaliar quão prontas cada unidade estava para fornecer cuidados de pré-natal de qualidade. Para isso, analisamos vários fatores, como o número de funcionários treinados, equipamentos disponíveis, medicamentos e outros suprimentos necessários. Criamos uma pontuação de prontidão com base nesses critérios.

As unidades ganharam um ponto por cada critério atendido, e a pontuação total foi calculada para dar uma porcentagem representando sua prontidão para oferecer serviços de ANC de alta qualidade.

Ligando os Dados

Em seguida, combinamos os dados das visitas de ANC com as pontuações de prontidão das unidades. Conectando esses dois conjuntos de informações, conseguimos avaliar a qualidade do atendimento que as mulheres receberam com base em onde foram para seus serviços.

Usamos o Registro de Instalações de Saúde para fundir os conjuntos de dados, garantindo que pudéssemos identificar cada unidade corretamente. Essa conexão foi vital para criar uma imagem completa da entrega de serviços de saúde na Tanzânia.

Abordagens Diferentes para Estimar a Prontidão

Desenvolvemos três métodos diferentes para estimar a prontidão das unidades:

  1. Abordagem Ponderada por Unidade: Nesse método, consideramos a distribuição das unidades em todo o país. Cada unidade foi ponderada com base em quão provável era que fosse incluída na pesquisa. Essa abordagem garantiu que as estimativas refletissem o cenário nacional dos serviços de saúde.

  2. Abordagem Ponderada por Observação: Esse método levou em conta o número de visitas de pacientes que uma unidade recebeu. Cada unidade foi ponderada de acordo com quantos clientes foram observados durante o estudo. Isso ajudou a ajustar as pontuações com base no volume de pacientes atendidos por cada unidade.

  3. Abordagem Ponderada por Carga de Trabalho: Nesse método, multiplicamos o peso da unidade pelo número de visitas de ANC, criando um peso de carga de trabalho. Essa abordagem nos permitiu considerar tanto a qualidade das unidades quanto o número de pacientes que atenderam.

Analisando os Resultados

Analisamos nossas descobertas para ver como cada abordagem se comparava ao método ideal de ponderação por carga de trabalho. Focamos em determinar se esses métodos alternativos produziam resultados semelhantes o suficiente aos estimativas ponderadas por carga de trabalho.

No geral, descobrimos que as estimativas ponderadas por unidade e as estimativas ponderadas por observação poderiam servir como aproximações razoáveis para o que consideramos o melhor método.

No entanto, as estimativas ponderadas por unidade frequentemente mostraram pontuações mais baixas do que as estimativas ponderadas por carga de trabalho. Isso ocorreu porque as unidades que tinham maior prontidão e atendiam mais pacientes receberam mais peso no método ideal.

A abordagem ponderada por observação apresentou uma comparação mais equilibrada ao olhar para diferentes tipos de unidades. Ambos os métodos podem fornecer insights úteis, mas entender quando usar cada um depende do contexto específico e dos dados disponíveis.

Limitações do Estudo

Este estudo teve algumas limitações. Enfrentamos desafios com a qualidade dos dados rotineiros usados para calcular a carga de trabalho. Embora tenhamos tentado resolver isso imputando valores faltantes, essas questões de qualidade de dados muitas vezes existem em estudos semelhantes em outros países de baixa e média renda.

Além disso, nossas descobertas foram baseadas em dados de apenas um país, o que pode afetar a aplicabilidade dos resultados em outros contextos. No entanto, os métodos usados neste estudo podem ser replicados em outros países com dados semelhantes disponíveis.

Conclusão

Este estudo contribui para o conhecimento sobre como medir a eficácia dos serviços de saúde em diferentes contextos. Embora tenhamos encontrado que os métodos que compararmos eram semelhantes em alguns aspectos, a escolha do melhor método a ser usado depende da disponibilidade dos dados e da situação específica em cada país.

Ao pesar cuidadosamente a prontidão das unidades e entender como analisar essas informações, podemos avaliar melhor a entrega dos serviços de saúde e trabalhar para melhorar a qualidade do atendimento em países de baixa e média renda.

Fonte original

Título: Exploring approaches to weighting estimates of facility readiness to provide health services used for estimating input-adjusted effective coverage: a case study using data from Tanzania

Resumo: The ideal approach for calculating effective coverage of health services using ecological linking requires accounting for variability in facility readiness to provide health services and patient volume by incorporating adjustments for facility type into estimates of facility readiness and weighting facility readiness estimates by service-specific caseload. The aim of this study is to compare the ideal caseload-weighted facility readiness approach to two alternative approaches 1) facility-weighted readiness and 2) observation-weighted readiness to assess the suitability of each as a proxy for caseload-weighted facility readiness. We utilized the 2014-2015 Tanzania Service Provision Assessment along with routine health information system data to calculate facility readiness estimates using the three approaches. We then conducted equivalence testing, using the caseload-weighted estimates as the ideal approach and comparing with the facility-weighted estimates and observation-weighted estimates to test for equivalence. Comparing the facility-weighted readiness estimates to the caseload-weighted readiness estimates, we found 58% of estimates met the requirements for equivalence. In addition, the facility-weighted readiness estimates consistently underestimated, by a small percentage, facility readiness as compared to the caseload-weighted readiness estimates. Comparing the observation-weighted readiness estimates to the caseload-weighted readiness estimates, we found 64% of estimates met the requirements for equivalence. We found that, in this setting, both facility-weighted readiness and observation-weighted readiness may be reasonable proxies for caseload-weighted readiness. However, in a setting with more variability in facility readiness or larger differences in facility readiness between low caseload and high caseload facilities, the observation-weighted approach would be a better option than the facility-weighted approach. While the methods compared showed equivalence, our results suggest that selecting the best method for weighting readiness estimates will require assessing data availability alongside knowledge of the country context.

Autores: Ashley Sheffel, E. Carter, D. Niyeha, K. I. Yahya-Malima, D. Malamsha, S. Shagihilu, M. K. Munos

Última atualização: 2023-04-03 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.30.23287947

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.30.23287947.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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