Insights Genéticos sobre Fatores de Risco para Câncer
Novo estudo liga traços genéticos a riscos de câncer, abrindo caminho para estratégias de prevenção.
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Índice
O Câncer é um grande problema de saúde e é uma das principais causas de morte no mundo todo. Até 2030, espera-se que o número de novos casos de câncer aumente significativamente, mostrando a necessidade de uma melhor compreensão e estratégias de prevenção. Mas, para muitos tipos de câncer, é difícil identificar Fatores de Risco claros. Estudos tradicionais costumam enfrentar desafios por causa dos custos e questões éticas.
Isso fez com que os pesquisadores buscassem informações genéticas para descobrir o que causa o câncer. Um método que tá ganhando destaque é chamado de Randomização Mendeliana (RM). Esse método usa variantes genéticas para tirar conclusões sobre as causas de doenças como o câncer.
O que é Randomização Mendeliana?
A randomização mendeliana (RM) é uma forma de estudar as relações entre genes e doenças. Ela usa marcadores genéticos pra tentar deduzir se certos traços causam doenças. Como a genética é aleatoriamente atribuída na concepção, a RM ajuda a evitar alguns viéses que podem afetar outros tipos de estudos.
Pra RM funcionar de forma eficaz, várias suposições precisam ser atendidas. Os pesquisadores precisam garantir que os marcadores genéticos que usam estão ligados aos traços que estão estudando e que esses marcadores não interagem com outros fatores desconhecidos que poderiam afetar os resultados.
Visão Geral do Estudo
Em pesquisas recentes, um método chamado MR-PheWAS foi introduzido. Ele combina RM com um estudo mais amplo de vários traços pra identificar possíveis relações causais pro câncer. Os pesquisadores analisaram uma ampla gama de traços e marcadores genéticos associados a oito tipos comuns de câncer, incluindo câncer de mama, próstata e pulmão.
Analisando Traços e Informações Genéticas
Os pesquisadores investigaram um monte de traços e suas conexões genéticas. Eles reuniram dados de estudos existentes pra encontrar as variantes genéticas que poderiam indicar riscos pra diferentes tipos de câncer. Ao analisar os dados, usaram uma variedade enorme de informações genéticas pra ver como diferentes traços poderiam se relacionar ao risco de câncer.
A maior parte dos dados significativos veio de estudos com tamanhos de amostra grandes, permitindo resultados mais precisos. Analisando as informações, os pesquisadores conseguiram identificar relações causais, o que significa que puderam sugerir que certos traços poderiam diretamente aumentar ou diminuir o risco de desenvolver alguns tipos de câncer.
Relações Causais Identificadas
A análise resultou em várias descobertas notáveis. Ela agrupou traços em categorias como escolhas de estilo de vida, dieta e medições corporais. Muitos fatores de risco estabelecidos, como fumar e obesidade, mostraram ligações fortes a um risco maior de certos cânceres. Por exemplo, um índice de massa corporal (IMC) mais alto pareceu estar associado a riscos aumentados pra vários tipos de câncer, enquanto o consumo maior de álcool foi ligado a vários outros.
A pesquisa também apontou contradições interessantes. Por exemplo, enquanto um IMC mais alto geralmente aumenta o risco de muitos cânceres, houve descobertas que sugeriam que poderia estar ligado a um risco menor de câncer de próstata e mama.
Consumo Alimentar e Câncer
Ao olhar pra ingestão de alimentos, houve algumas descobertas promissoras. Ligações genéticas com o consumo maior de café e peixe mostraram uma potencial redução no risco de câncer colorretal. Por outro lado, uma maior ingestão de carne bovina foi sugerida pra aumentar os riscos de câncer colorretal.
O estudo também revelou que outros fatores alimentares, como níveis de vitamina B12 e certas gorduras, podem estar relacionados a riscos de câncer. Mas nem toda a relação de grupos alimentares com câncer estava clara. Por exemplo, não houve vínculos estabelecidos entre certas vitaminas e riscos de câncer.
Fatores Imunes e Inflamatórios
A pesquisa também examinou o papel dos fatores imunes e inflamatórios em relação ao risco de câncer. Alguns marcadores imunes tinham associações fortes com tipos de câncer. Por exemplo, níveis mais altos de fatores imunes específicos mostraram ter um efeito protetor contra câncer de pulmão.
Suporte da Literatura para as Descobertas
Pra dar mais credibilidade às descobertas, os pesquisadores também analisaram a literatura existente sobre o assunto. Eles examinaram milhares de estudos pra encontrar apoio para as relações que identificaram através da RM. Essa busca na literatura ajudou a fornecer contexto e uma visão mais profunda sobre os possíveis mecanismos que impulsionam esses riscos de câncer.
Limitações do Estudo
Embora as descobertas sejam significativas, o estudo tem suas limitações. A análise se baseou exclusivamente em instrumentos genéticos existentes, o que significa que eles só puderam explorar certos traços. Além disso, alguns traços podem estar intimamente relacionados, tornando difícil separar seus efeitos individuais no risco de câncer.
Outra limitação é o desafio de lidar com relações complexas ao longo do tempo, como mudanças no estilo de vida que podem interagir com riscos genéticos existentes. Finalmente, pode ser complicado descartar a influência de outros fatores biológicos que poderiam distorcer os resultados.
Conclusão
Essa pesquisa enfatiza a importância de identificar vários fatores de risco para o câncer. Destaca o valor de estudar informações genéticas pra estabelecer conexões entre traços e câncer. Embora ainda haja muitas incógnitas, essas descobertas abrem caminho pra estudos futuros e sublinham a necessidade de análises maiores pra esclarecer ainda mais as ligações entre traços e risco de câncer.
Ao entender e focar nesses fatores de risco, há potencial pra melhores estratégias de prevenção do câncer. A pesquisa contínua usando insights genéticos poderia levar a esforços de saúde pública mais eficazes pra reduzir o impacto do câncer na sociedade.
Título: Risk factors for eight common cancers revealed from a phenome-wide Mendelian randomisation analysis of 378,142 cases and 485,715 controls
Resumo: For many cancers there are few well-established risk factors. Summary data from genome-wide association studies (GWAS) can be used in a Mendelian randomisation (MR) phenome-wide association study (PheWAS) to identify causal relationships. We performed a MR-PheWAS of breast, prostate, colorectal, lung, endometrial, oesophageal, renal, and ovarian cancers, comprising 378,142 cases and 485,715 controls. To derive a more comprehensive insight into disease aetiology we systematically mined the literature space for supporting evidence. We evaluated causal relationships for over 3,000 potential risk factors. In addition to identifying well-established risk factors (smoking, alcohol, obesity, lack of physical activity), we provide evidence for specific factors, including dietary intake, sex steroid hormones, plasma lipids and telomere length as determinants of cancer risk. We also implicate molecular factors including plasma levels of IL-18, LAG-3, IGF-1, CT-1, and PRDX1 as risk factors. Our analyses highlight the importance of risk factors that are common to many cancer types but also reveal aetiological differences. A number of the molecular factors we identify have the potential to be biomarkers. Our findings should aid public health prevention strategies to reduce cancer burden. We provide a R/Shiny app (https://mrcancer.shinyapps.io/mrcan/) to visualise findings.
Autores: Molly Went, A. Sud, C. Mills, A. Hyde, R. Culliford, P. Law, J. Vijayakrishnan, I. Gockel, C. Maj, J. Schumacher, C. Palles, M. Kaiser, R. Houlston
Última atualização: 2023-04-06 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.02.15.23285952
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.02.15.23285952.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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