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Poluição do Ar e Riscos à Saúde em Áreas Urbanas e Rurais

Estudo revela que altos níveis de PM2.5 estão ligados ao uso de combustíveis sólidos.

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Conforme as cidades crescem e mais gente se muda pra lá, a demanda por energia só aumenta. Muitos países, principalmente os com renda mais baixa e média, ainda dependem de combustíveis fósseis. Isso piora a Qualidade do Ar nessas áreas. Cerca de 3 bilhões de pessoas ainda usam combustíveis sólidos como carvão e madeira pra cozinhar e se aquecer, o que contribui pra poluição do ar dentro de casa. Partículas finas chamadas PM2.5, vindas de fontes internas e externas, são uma das principais causas de problemas de saúde, resultando em milhões de mortes precoces a cada ano. Apesar dos riscos conhecidos, ainda tem muita coisa que não sabemos sobre como a Exposição a essa poluição tá relacionada aos problemas de saúde. Grande parte das informações que temos vem de estudos que estimam os níveis de poluição ao invés de medi-los diretamente.

O Problema com os Estudos Atuais

Até recentemente, conseguir medições exatas da poluição do ar em grandes estudos populacionais era complicado. A maioria dos estudos focou em grupos pequenos, muitas vezes medindo apenas os níveis de poluição nas cozinhas e não considerando as mudanças sazonais. Por exemplo, um estudo importante chamado PURE-Air coletou dados de famílias rurais em vários países, mas deu uma visão limitada do problema devido aos períodos curtos de medição e falta de informações sazonais.

Tem uma necessidade clara por dados mais detalhados sobre a poluição do ar em áreas urbanas e rurais, especialmente pra entender como a exposição muda ao longo do tempo e de lugar pra lugar. Pra resolver isso, analisamos dados de um estudo na China que olhou pras características pessoais, uso de combustíveis e dados detalhados de exposição ao PM2.5 de pessoas vivendo tanto em áreas urbanas quanto rurais.

Visão Geral do Estudo

O estudo em questão faz parte de um projeto maior que envolve mais de meio milhão de adultos na China. Na nossa análise, incluímos 480 Participantes de diferentes regiões, focando na exposição deles ao PM2.5 em diferentes estações do ano. Queríamos ver como o uso de combustíveis e outros fatores influenciavam os níveis de PM2.5 nos espaços onde eles vivem.

Metodologia

Seleção dos Participantes

Os participantes foram escolhidos de três áreas: duas rurais e uma urbana. Fizemos avaliações repetidas nas estações quentes e frias e usamos um questionário pra coletar informações sobre seus perfis pessoais e uso de combustíveis.

Dados do Questionário

Uma equipe treinada usou laptops pra coletar informações dos participantes, incluindo detalhes sobre idade, renda, profissão e hábitos de fumar. Também coletamos dados sobre quais tipos de combustíveis eram usados pra cozinhar e se aquecer, reconhecendo que muitas famílias usam uma mistura de combustíveis. Esse fenômeno é conhecido como "combustíveis empilhados." O objetivo era ter uma visão completa dos diferentes tipos de combustíveis que os participantes estavam usando.

Medições da Qualidade do Ar

Pra medir os níveis de PM2.5 com precisão, usamos monitores avançados que registram os dados de qualidade do ar em tempo real. A exposição de cada participante ao PM2.5 foi monitorada em diferentes ambientes, incluindo espaços pessoais, cozinhas e salas de estar, durante períodos longos.

Processamento dos Dados

Nós limpamos e processamos cuidadosamente os dados coletados pra garantir a precisão. Isso incluiu remover dados falhos e garantir que tivéssemos medições válidas suficientes pra análise.

Resultados

Características dos Participantes

Entre o grupo estudado, a idade média era em torno de 58 anos, e uma porcentagem significativa usava combustíveis sólidos pra cozinhar e se aquecer. Descobrimos que as pessoas que usam combustíveis sólidos tendem a ser mulheres, de áreas rurais, e com menos escolaridade. Notavelmente, muitas usuárias de combustíveis sólidos relataram condições de fumaça em suas casas.

Níveis de Exposição ao PM2.5

De modo geral, encontramos que os níveis de PM2.5 eram mais altos entre participantes mais jovens, mulheres e aqueles com menos educação, especialmente nos meses de inverno. As pessoas que usavam frequentemente combustíveis sólidos pra cozinhar ou se aquecer encontraram níveis particularmente altos de PM2.5.

Por exemplo, os níveis de PM2.5 na cozinha durante o verão para aqueles que enfrentavam condições de fumaça atingiram uma média de 53,7 µg/m3, enquanto no inverno chegavam a 119,5 µg/m3. Aqueles que relataram ter casas mais fumacentas durante o aquecimento também mostraram níveis elevados de PM2.5 em todos os ambientes.

Padrões de Uso de Combustíveis e Exposição ao PM2.5

Quando comparamos os níveis de PM2.5 entre diferentes padrões de uso de combustíveis, vimos que os usuários de combustíveis sólidos tinham níveis de PM2.5 quase 90% mais altos em comparação com os usuários de combustíveis mais limpos. No inverno, os usuários de combustíveis sólidos enfrentaram níveis de PM2.5 significativamente mais altos, com uma exposição pessoal estimada ultrapassando os limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde.

Também notamos padrões claros na exposição ao PM2.5 ao longo do dia. Picos de níveis de PM2.5 foram registrados durante os horários principais de cozinhar, especialmente pra quem usava combustíveis sólidos, destacando a importância dos hábitos de cozinhar nas questões de qualidade do ar.

Padrões Diurnos de Exposição ao PM2.5

Nossa análise mostrou padrões diários distintos de exposição ao PM2.5. Picos ocorreram em torno dos horários das refeições, particularmente pra usuários de combustíveis sólidos. No inverno, esses picos podiam chegar até 1200 µg/m3 nas cozinhas durante as horas de cozimento. Usuários de combustíveis limpos também apresentaram níveis mais altos de PM2.5 em comparação com lares que não cozinhavam.

Níveis de PM2.5 na Comunidade

Curiosamente, os níveis de PM2.5 na comunidade eram mais altos no inverno em todas as categorias de uso de combustíveis. Os usuários de combustíveis sólidos geralmente tinham níveis de PM2.5 na comunidade mais baixos no verão, mas enfrentavam os níveis mais altos no inverno devido ao aumento do uso de carvão pra aquecimento. Esse padrão indica que, embora as áreas rurais possam ter menos poluição no geral, os meses de inverno podem levar a sérios problemas de qualidade do ar.

Correlação Entre Níveis de PM2.5 Pessoais e Comunitários

Encontramos uma correlação moderada entre os níveis pessoais de PM2.5 e os níveis domésticos, mas uma correlação mais fraca entre os níveis pessoais e comunitários. Isso sugere que apenas usar dados de nível comunitário pode não refletir com precisão a exposição pessoal, especialmente em configurações de baixa e média renda.

Conclusão

Esse estudo joga luz sobre as relações complexas entre padrões de uso de combustíveis e exposição ao PM2.5 em diferentes ambientes de vida. Pessoas que usam combustíveis sólidos pra aquecer e cozinhar enfrentam níveis de PM2.5 significativamente mais altos, muito além dos limites recomendados pra segurança da saúde.

Os dados coletados são valiosos pra entender os padrões de exposição ao longo do tempo e vão ajudar a informar estudos futuros sobre qualidade do ar e resultados de saúde. Tem uma necessidade clara por melhores técnicas de medição e mais coleta de dados abrangente pra capturar o verdadeiro peso da poluição do ar em várias comunidades. As descobertas ressaltam a importância de abordar a qualidade do ar, tanto interna quanto externamente, pra melhorar os resultados de saúde das pessoas afetadas pela má qualidade do ar.

Mais investigações são necessárias pra explorar os impactos de longo prazo da exposição ao PM2.5 na saúde, especialmente em regiões com alta dependência de combustíveis sólidos. Ao abordar questões de qualidade do ar e enfatizar o uso de energia mais limpa, há potencial pra reduzir significativamente os riscos à saúde associados à má qualidade do ar.

Fonte original

Título: Characterising personal, household, and community PM2.5 exposure in one urban and two rural communities in China

Resumo: BackgroundCooking and heating in households contribute importantly to air pollution exposure worldwide. However, there is insufficient investigation of measured fine particulate matter (PM2.5) exposure levels, variability, seasonality, and inter-spatial dynamics associated with these behaviours. MethodsWe undertook parallel measurements of personal, household (kitchen and living room), and community PM2.5 in summer (May-September 2017) and winter (November 2017-Janauary 2018) in [~]480 participants from one urban and two rural communities in China. These recorded [~]61,000-81,000 person-hours of processed data per microenvironment. Age- and sex-adjusted geometric means of PM2.5 were calculated by key participant characteristics, overall and by season. Spearman correlation coefficients between PM2.5 levels across different microenvironments were computed. FindingsOverall, 25.1% reported use of solid fuel for both cooking and heating. Solid fuel users had [~]90% higher personal and kitchen 24-hour average PM2.5 exposure than clean fuel users. Similarly, they also had a greater increase ([~]75% vs [~]20%) in personal and household PM2.5 from summer to winter, whereas community levels of PM2.5 were 2-3 times higher in winter regardless of fuel use. Compared with clean fuel users, solid fuel users had markedly higher weighted annual average PM2.5 exposure at personal (77.8 [95% CI 71.1-85.2] vs [~]40 {micro}g/m3), kitchen (103.7 [91.5-117.6] vs [~]50 {micro}g/m3) and living room (62.0 [57.1-67.4] vs [~]40 {micro}g/m3) microenvironments. There was a remarkable diurnal variability in PM2.5 exposure among the participants, with 5-minute moving average 700-1,200{micro}g/m3 in typical meal times. Personal PM2.5 was moderately correlated with living room (Spearman r: 0.64-0.66) and kitchen (0.52-0.59) levels, but only weakly correlated with community levels, especially in summer (0.15-0.34) and among solid fuel users (0.11-0.31). ConclusionSolid fuel use for cooking and heating was associated with substantially higher personal and household PM2.5 exposure than clean fuel users. Household PM2.5 appeared a better proxy of personal exposure than community PM2.5 in this setting.

Autores: Ka Hung Chan, X. Xia, C. Liu, H. Kan, A. Doherty, S. H. L. Yim, N. Wright, C. Kartsonaki, X. Yang, R. Stevens, X. Chang, C. Yu, J. Lv, L. Li, K. F. Ho, K. B. H. Lam, Z. Chen

Última atualização: 2023-04-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.04.10.23288228

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.04.10.23288228.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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