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# Ciências da saúde# Medicina cardiovascolare

Examinando o Impacto do Exercício na Síndrome de Marfan

Um estudo descobriu os benefícios do exercício personalizado para pacientes com síndrome de Marfan.

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A síndrome de Marfan é uma condição genética que afeta o tecido conectivo do corpo. O tecido conectivo é importante porque dá suporte a várias estruturas, como pele, vasos sanguíneos e órgãos. Quem tem síndrome de Marfan geralmente é alto, tem membros longos e articulações flexíveis. Mas a condição pode trazer sérios problemas de saúde, principalmente relacionados ao coração e aos vasos sanguíneos.

Como a Síndrome de Marfan Afeta a Saúde?

Um dos principais riscos da síndrome de Marfan são os problemas com o coração e vasos sanguíneos, especialmente com a aorta, que é a artéria principal que leva sangue do coração. Nas pessoas com síndrome de Marfan, a aorta pode se alargar ou desenvolver aneurismas, o que pode causar condições perigosas como a dissecção aórtica-uma ruptura na aorta.

Para gerenciar esse risco, quem tem síndrome de Marfan geralmente precisa fazer check-ups regulares e pode precisar tomar remédios. Betabloqueadores são frequentemente prescritos para ajudar a diminuir a frequência cardíaca e a pressão arterial, reduzindo a sobrecarga na aorta.

Qualidade de Vida e Cuidados com Exercícios

Enquanto os remédios e os check-ups médicos são essenciais, atualmente não existe um programa de exercícios específico para quem tem síndrome de Marfan. Na verdade, muitos médicos aconselham a limitar a atividade física para diminuir o risco de dilatação ou ruptura da aorta. Isso significa que as pessoas com síndrome de Marfan podem ter limitações físicas, o que pode afetar sua qualidade de vida (QoL).

Exercícios regulares são conhecidos por trazer benefícios à saúde para a maioria das pessoas. Eles ajudam a melhorar a Saúde Cardiovascular, a força e o bem-estar geral. Mas, para quem tem síndrome de Marfan, há preocupação de que se exercitar possa aumentar a pressão arterial e a pressão na aorta, levando a complicações sérias.

A Necessidade de um Programa de Exercícios Seguro

Pesquisas recentes sugerem que o exercício pode ser benéfico para quem tem síndrome de Marfan. Alguns estudos mostram que exercícios de resistência regulares em animais ajudaram a limitar o crescimento da aorta e reduziram o risco de problemas aórticos. Porém, ainda não há pesquisas suficientes sobre como o exercício afeta especificamente as pessoas com síndrome de Marfan.

Dado a falta de diretrizes claras e os possíveis benefícios do exercício, um programa de treinamento personalizado online poderia ser uma boa opção para quem tem síndrome de Marfan. Esse tipo de programa permitiria exercícios supervisionados, garantindo a segurança.

O Estudo: Programa de Treinamento para Pacientes com Síndrome de Marfan

Em um estudo recente, pesquisadores avaliaram os efeitos de um programa de treinamento personalizado de três meses na qualidade de vida, saúde cardiovascular e Força Muscular de indivíduos com síndrome de Marfan. O estudo recrutou tanto pacientes com Marfan quanto pessoas saudáveis para comparação.

Quem Participou do Estudo?

Para participar do estudo, os pacientes tinham que atender a certos critérios. Eles precisavam ser adultos entre 18 e 75 anos, ter uma variante genética documentada associada à síndrome de Marfan e ser capazes de se exercitar. Já pessoas com problemas cardiovasculares não relacionados, grávidas ou que tinham passado por problemas aórticos sérios foram excluídas.

Os participantes saudáveis foram selecionados para ter idade e sexo semelhantes aos pacientes com Marfan, para garantir uma comparação justa.

Desenho do Estudo

Os participantes do estudo foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um grupo seguiu um programa de treinamento online personalizado por três meses, enquanto o outro grupo não fez nenhum treinamento. Os pesquisadores avaliaram ambos os grupos no início e no final do período de treinamento para medir as mudanças na qualidade de vida, Capacidade de Exercício e saúde cardiovascular.

Todos os participantes deram consentimento para participar do estudo, que foi aprovado por um comitê de ética. O estudo também foi registrado oficialmente.

Avaliando os Participantes

Para entender como o programa de treinamento afetou os participantes, várias avaliações foram realizadas:

  • Qualidade de Vida: Um questionário específico foi usado para medir a qualidade de vida geral dos participantes.
  • Saúde Cardiovascular: Exames de ecocardiografia padrão e outros testes foram feitos para avaliar a função cardíaca e o fluxo sanguíneo.
  • Composição Corporal: Os participantes tiveram seu peso, porcentagem de gordura e massa muscular medidos com uma balança especial.
  • Capacidade de Exercício: Testes de exercício cardiopulmonar foram realizados onde os participantes se exercitaram em uma bicicleta enquanto sua respiração e resposta cardíaca eram monitoradas.
  • Teste de Força Muscular: Testes foram feitos para avaliar a força das pernas através de saltos e agachamentos.

O Programa de Treinamento

O programa de treinamento personalizado para os participantes do grupo de exercícios envolveu duas sessões por semana durante três meses. As sessões foram projetadas para serem feitas em casa, com recursos online. Cada sessão incluiu exercícios adaptados à frequência cardíaca e às capacidades do indivíduo, garantindo segurança durante o processo.

A sessão inicial de treinamento ocorreu sob supervisão médica para estabelecer níveis seguros de exercício. Cada sessão foi monitorada remotamente, e feedback sobre frequência cardíaca e níveis de esforço foi dado para ajudar os participantes a se manterem dentro dos limites seguros.

Resultados do Estudo

No final do programa de treinamento de três meses, os pesquisadores encontraram vários resultados importantes:

Melhora na Qualidade de Vida

Participantes que seguiram o programa de treinamento relataram melhorias significativas em sua qualidade de vida, especialmente na função física. Embora suas pontuações tenham melhorado, ainda ficaram abaixo das dos indivíduos saudáveis.

Aumento da Capacidade de Exercício

O grupo que se exercitou mostrou um aumento notável na absorção máxima de oxigênio, indicando uma melhor condição cardiovascular. Isso sugeriu que eles estavam conseguindo realizar os exercícios de forma mais eficiente.

Ganhos de Força

Os participantes do grupo de treinamento demonstraram melhorias na força muscular através de vários testes, mesmo que seus níveis de força ainda estivessem abaixo dos dos participantes saudáveis.

Melhores Medidas Cardiovasculares

O programa de treinamento também teve efeitos positivos em parâmetros cardiovasculares, como pressão arterial mais baixa tanto em repouso quanto durante o exercício. Importante, não houve aumento significativo no diâmetro da aorta após o treinamento, sugerindo que o exercício não prejudicou a aorta.

Conclusão

Este estudo destaca os benefícios potenciais dos programas de exercícios personalizados para indivíduos com síndrome de Marfan. Os achados sugerem que, com o monitoramento adequado e estratégias de treinamento personalizadas, as pessoas com essa condição podem melhorar sua qualidade de vida, saúde cardiovascular e força muscular, minimizando os riscos relacionados ao exercício.

À medida que a pesquisa nessa área continua, o objetivo deve ser desenvolver diretrizes adicionais que permitam que pacientes com síndrome de Marfan se envolvam em atividades físicas de forma segura, levando a melhores resultados de saúde. Ao promover exercícios seguros, podemos ajudar quem tem síndrome de Marfan a desfrutar de um estilo de vida mais ativo enquanto gerencia efetivamente os riscos à saúde.

Fonte original

Título: Online Personal Training in Patients with Marfan Syndrome: A Randomized Controlled Study of its Impact on Quality of Life and Physical Capacity

Resumo: BackgroundMarfan syndrome (MFS) is a rare genetic disorder affecting the vascular and musculoskeletal systems. Exercise is classically contraindicated and there are no data on the limitations associated with the syndrome and the benefits of training in this population. This study aimed to characterise the quality of life (QoL) and physical capacity of patients with MFS and to evaluate the benefits of a 3-month online personal training program. MethodsMFS patients were compared with healthy subjects (H-S) at baseline. They were then randomized 1:1 into a training group (MFS-T) and a control group (MFS-C). The training consisted of 2 supervised online training sessions per week at home for 3 months, and the session program was selected based on the initial assessment. The main outcome measure was QoL as assessed by the MOS SF-36. The evolution of parameters during training was compared between MFS-T and MFS-C. ResultsAt baseline, QoL in all dimensions was lower in MFS. Peak oxygen uptake (VDO2peak) was also 25% lower, as was muscle elasticity. Training significantly improved 1) QoL (+20.2{+/-}14.3 MFS-T vs. 0.7{+/-}0.5 MFS-C), 2) VDO2peak (+34% MFS-T vs. 14% MFS-C), 3) muscle elasticity index (11.5{+/-}8.2 MFS-T vs. +1.2{+/-}1. 7 MFS-C), reduced blood pressures during isometric squat (systolic -19{+/-}30 MFS-T vs. 0{+/-}6 MFS-C; diastolic -27{+/-}39 MFS-T vs. +2{+/-}15 MFS-C), reduced pulse wave velocity (PWV) at rest (-1.20{+/-}1.89 MFS-T vs. -0.40{+/-}1.61 MFS-C) and after peak exercise (-0.42{+/-}0.45 MFS-T vs. 0.08{+/-}0.48 MFS-C). Aorta diameter remained stable in both groups (MFS-T -0.19{+/-}1.1 vs. 0.11{+/-}0.78 MFS-C). After training, QoL remained lower in MFS-T than in H-S, but peak VDO2, PWV at rest and after exercise were similar to those of H-S. ConclusionsA 3-month online training program had a beneficial effect on QoL, cardiovascular and muscular parameters in MFS without affecting aortic root diameter.

Autores: Steeve Arroussi Jouini, O. Milleron, L. Eliahou, G. Jondeau, D. Vitiello

Última atualização: 2023-05-18 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.16.23289922

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.16.23289922.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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