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# Ciências da saúde# Medicina cardiovascolare

Disjunção do Anel Mitral Ligada a Riscos Cardíacos

Estudo revela que problemas na válvula mitral aumentam o risco cardíaco, especialmente em condições genéticas.

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Problemas nas VálvulasProblemas nas VálvulasCardíacas e RiscosGenéticosa complicações cardíacas sérias.Estudo liga problemas na válvula mitral
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A disjunção do anel mitral (MAD) é quando a parte do coração que conecta com a válvula mitral se afasta do músculo cardíaco. Essa condição tá ligada ao prolapso da válvula mitral (MVP), onde a válvula não fecha direito, e ambas as condições podem aumentar o risco de problemas cardíacos sérios, incluindo ritmos cardíacos perigosos e morte súbita. MAD é considerada um fator de risco separado para esses problemas cardíacos.

Pesquisas com imagens cardíacas mostraram que pessoas com MAD costumam ter dano no tecido cardíaco, especialmente na parte esquerda do coração. Esse dano, conhecido como fibrose miocárdica, pode causar batimentos irregulares. Especialmente em indivíduos com síndrome de Marfan (MFS), uma condição genética que afeta os tecidos conectivos, MAD pode levar a ritmos cardíacos rápidos e morte súbita. Estudos descobriram que se a válvula mitral se desloca mais de 10 mm, as chances de ter esses ritmos cardíacos perigosos aumentam.

As causas genéticas exatas do MAD não estão claras, principalmente para casos não ligados a síndromes conhecidas. Algumas condições genéticas conhecidas levam a problemas cardíacos, mas a maioria dos casos de condições cardíacas sem síndromes são classificados como não-sindrômicos. Alguns genes associados a essas condições ajudam a formar proteínas que são importantes para a estrutura e função do coração.

O Consórcio Aórtico de Montalcino (MAC) é um grupo de centros de saúde que trabalha junto pra estudar condições ligadas a esses genes. O consórcio começou em 2013 e tem como objetivo melhorar a gestão e compreensão dos problemas cardíacos relacionados a mudanças genéticas. Embora apenas uma pequena porcentagem dos casos de doenças cardíacas esteja ligada a condições genéticas conhecidas, muitas pessoas com problemas cardíacos têm um histórico familiar dessas questões.

O MAC coletou dados de um grande grupo de pessoas com mudanças genéticas ligadas a doenças cardíacas. Novas recomendações clínicas foram feitas com base nesses dados pra ajudar os médicos a gerenciar condições cardíacas de maneira mais eficaz. Por exemplo, o tipo de mudança genética pode determinar quando um paciente pode precisar de cirurgia pra prevenir eventos que ameaçam a vida, como dissecação aórtica.

Alguns pacientes com essas mudanças genéticas também podem ter problemas como aneurismas ou defeitos cardíacos, o que sugere uma conexão entre diferentes condições cardíacas e suas causas subjacentes. Este estudo analisou especificamente como problemas com a válvula mitral, incluindo MAD, estão presentes em pessoas com mudanças genéticas relacionadas a condições cardíacas.

O estudo incluiu participantes do registro do MAC, e o processo foi aprovado por um comitê de ética em pesquisa. Os pesquisadores examinaram dados desses indivíduos, focando em aqueles que tinham mudanças genéticas ligadas a doenças cardíacas. Aqueles sem mudanças validadas foram removidos da análise.

O foco principal foi em qualquer problema com a válvula mitral, que inclui MVP ou diferentes graus de regurgitação. Os pesquisadores analisaram resultados clínicos, como a ocorrência de Arritmias, insuficiência cardíaca congestiva ou cirurgia relacionada às válvulas cardíacas.

No total, 672 participantes foram incluídos no estudo, e a maioria eram homens com uma média de idade de 36 anos. Um número significativo tinha mudanças genéticas em genes ligados ao coração.

O estudo descobriu que problemas com a válvula mitral são muito mais comuns nesse grupo em comparação com a população geral. Por exemplo, enquanto cerca de 2-3% da população geral pode ter MVP ou regurgitação mitral, cerca de 14% dos participantes do MAC tinham MVP, e 22% tinham algum grau de regurgitação mitral.

A maioria dos indivíduos com MVP no estudo tinha mudanças em genes da via TGF-β. Mais da metade daqueles com essas mudanças genéticas específicas apresentaram MVP ou regurgitação. Notavelmente, aqueles com certas mudanças genéticas tinham muito mais chances de ter MVP em comparação com os outros.

O estudo também descobriu que aqueles com problemas na válvula mitral tendiam a ter piores resultados clínicos. Por exemplo, pessoas com MVP ou regurgitação mitral eram muito mais propensas a precisar de cirurgia na válvula mitral ou a experimentar arritmias. As evidências sugerem que indivíduos com essas condições poderiam enfrentar um maior risco de precisar de intervenções médicas sérias.

Os pesquisadores avaliaram imagens de quem passou por ecocardiogramas. Eles mediram a distância entre a válvula mitral e o músculo cardíaco pra verificar a presença de MAD. MAD foi encontrado em 24% dos participantes com imagens disponíveis, e era particularmente comum em indivíduos com mudanças genéticas na via TGF-β.

Ao analisar mais a fundo a presença de MAD, foi observado que aqueles com essa condição frequentemente também tinham MVP ou algum grau de regurgitação. A ligação entre MAD e esses outros problemas de válvula é significativa, indicando que pessoas com MAD podem também enfrentar mais complicações cardíacas.

Embora o estudo tenha destacado as conexões entre MAD e vários resultados cardíacos, também apontou que a presença de MAD por si só não estava necessariamente ligada a riscos mais altos para certos eventos cardíacos graves no grupo estudado. Muitos participantes com MAD também tinham MVP, e os riscos podem se sobrepor.

Os pesquisadores notaram que até mesmo casos leves de problemas na válvula mitral poderiam complicar a situação clínica. O estudo pede mais pesquisas pra entender melhor essas conexões e como elas podem se traduzir em cuidados ao paciente.

Apesar de ter encontrado que problemas na válvula mitral estão significativamente associados a eventos cardíacos adversos no grupo estudado, há perguntas sobre se essas questões levam diretamente a complicações aórticas ou se indicam um problema mais amplo nos tecidos conectivos.

Os achados sugerem que pessoas com esses problemas na válvula mitral podem se beneficiar de um monitoramento mais próximo e tratamentos direcionados. Em resumo, o estudo revela que problemas na válvula mitral são comuns em quem tem mudanças genéticas específicas relacionadas a doenças cardíacas e podem levar a riscos significativos à saúde.

Pra frente, estudos maiores são necessários pra reunir mais informações e confirmar esses achados. Entender as implicações de MAD e suas conexões com outras condições cardíacas será crucial para futuras estratégias de gerenciamento e cuidado ao paciente.

Fonte original

Título: Mitral Annular Disjunction in Heritable Thoracic Aortic Disease: Insights From the Montalcino Aortic Consortium

Resumo: BackgroundMitral annular disjunction (MAD), posterior displacement of the mitral valve leaflet hinge point, predisposes to arrhythmias or sudden cardiac death. We evaluated the burden of MAD, mitral valve prolapse (MVP), and mitral regurgitation (MR) by heritable thoracic aortic disease (HTAD) gene in a cross-sectional analysis of 2014-2023 data in the Montalcino Aortic Consortium (MAC) registry. MethodsMAD was determined by direct measurement of echocardiographic images. MR and MVP were defined according to current clinical guidelines. Associations were evaluated using chi-squared or Fisher exact tests. ResultsMR and MVP were enriched in MAC participants (672) with pathogenic variants (PV) in TGF-{beta} pathway genes. The combination of MR and MVP was associated with mitral surgery and arrhythmias. In the subgroup with available images, MAD was enriched in SMAD3 PV compared to other TGF-{beta} PV (PR 1.8 [1.1-2.8], P< 0.02). Severe disjunction (>10 mm) was only observed in the TGF-{beta} subgroup and was further enriched in participants with SMAD3 PV (PR 3.1 [1.1-8.6]). MVP (PR 5.2 [3.0-9.0]) and MR (PR 2.7 [1.8-3.9) were increased in participants with MAD, but MAD was not independently associated with adverse cardiac or aortic events. ConclusionsMitral phenotypes are more prevalent in individuals with PV in TGF-{beta} pathway genes, particularly SMAD3, and are associated with adverse aortic and cardiac events. Because congenital mitral disease may be the primary presenting feature of SMAD3 PV, genetic testing for HTAD should be considered for such individuals, especially if they also have a family history of HTAD. Clinical/Research PerspectiveO_ST_ABSWhat Is New?C_ST_ABS1) Mitral regurgitation, mitral valve prolapse, and mitral annular disjunction (MAD) are common in heritable thoracic aortic disease (HTAD) caused by pathogenic variants (PV) in TGF-{beta} pathway genes (SMAD3, TGFBR1, TGFBR2, TGFB2, or TGFB3) and are associated with adverse cardiac events. 2) Pathological mitral phenotypes are particularly prominent in people with SMAD3 PV and may be the presenting feature of HTAD in some cases. What Are the Clinical Implications?3) Pathological mitral valve phenotypes may identify a high-risk subgroup of HTAD cases with more frequent adverse cardiovascular events. Because congenital mitral disease may be the primary presenting feature of SMAD3 PV, genetic testing for HTAD should be considered for such individuals, especially if they also have a family history of HTAD.

Autores: Siddharth K Prakash, K. L. Asokan, J. R. Landes, W. Renders, L. Muino-Mosquera, J. De Backer, D. W. Jantzen, A. T. Yetman, G. Teixido-Tura, A. Evangelista, R. W. Jeremy, E. G. Jones, S. A. Morris, T. T. Doan, M. Ouzounian, A. C. Braverman, G. Jondeau, O. Milleron, D. M. Milewicz

Última atualização: 2024-05-07 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.06.24306968

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.06.24306968.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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