Novos Avanços na Tecnologia OPM-MEG para Estudos do Cérebro
Um novo sistema OPM-MEG melhora a medição da atividade cerebral para pesquisa e uso clínico.
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Índice
- A Importância da MEG na Pesquisa e na Medicina
- Desafios com Sistemas Convencionais de MEG
- Novos Avanços na Tecnologia de MEG
- Benefícios do OPM-MEG em Relação a Métodos Tradicionais
- Limitações e Áreas de Melhoria
- Introdução de um Novo Sistema OPM-MEG
- Materiais e Métodos Usados no Estudo
- Resultados do Estudo Comparativo
- Desempenho em Condições Desafiadoras
- Portabilidade e Testes em Múltiplos Locais
- Gravações Simultâneas de OPM-MEG e EEG
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
A Magnetoencefalografia (MEG) é uma técnica usada pra estudar a atividade do cérebro. Ela mede os campos magnéticos produzidos pelas correntes elétricas que rolam quando as células cerebrais, ou neurônios, se comunicam. Essa técnica dá informações valiosas sobre como o cérebro funciona e pode ser aplicada em pesquisas de neurociência e em Ambientes Clínicos.
A Importância da MEG na Pesquisa e na Medicina
A MEG ajuda os pesquisadores a entender diferentes aspectos da função cerebral, como a reação do cérebro a estímulos, como as células cerebrais oscilam juntas e como as redes cerebrais se conectam. Esse conhecimento apoia nossa compreensão da cognição, memória e várias desordens cerebrais. Em ambientes clínicos, a MEG é especialmente útil pra diagnosticar epilepsia, identificando as regiões do cérebro responsáveis pelas convulsões e áreas cruciais para funções como fala e movimento.
Além disso, a MEG pode ser usada pra estudar condições que normalmente aparecem na infância, como o autismo, e doenças neurodegenerativas que afetam adultos mais velhos, como a demência. Comparada ao método padrão de medir a Atividade Cerebral, chamado eletroencefalografia (EEG), a MEG oferece melhor precisão espacial e sensibilidade, porque os campos magnéticos são menos influenciados pelo crânio do que os sinais elétricos.
Desafios com Sistemas Convencionais de MEG
Porém, os sistemas tradicionais de MEG dependem de sensores que precisam ser mantidos bem frios pra funcionar bem. Essa necessidade de resfriamento torna esses sistemas caros e muitas vezes impraticáveis pra muitas aplicações. Por isso, o uso da tecnologia MEG em ambientes clínicos é meio limitado.
Novos Avanços na Tecnologia de MEG
Recentemente, houve avanços nos instrumentos de MEG graças ao desenvolvimento de novos sensores conhecidos como magnetômetros a bombas ópticas (OPMs). Esses sensores medem campos magnéticos de forma eficaz sem precisar de resfriamento criogênico. Além disso, podem ser feitos menores e mais leves, o que abre novas possibilidades de uso.
As principais vantagens dos OPMs incluem a capacidade de serem colocados mais próximos do couro cabeludo, o que aumenta a força dos sinais detectados. Essa colocação mais próxima também tem o potencial de oferecer uma resolução espacial ainda melhor em comparação com os sistemas tradicionais de MEG. Os OPMs podem ser adaptados para se ajustarem a diferentes formatos de cabeça, desde bebês até adultos, e permitem maior mobilidade durante as medições. Os participantes podem se mover naturalmente durante as gravações, o que é especialmente benéfico pra tarefas que exigem movimento físico ou na avaliação de condições como a epilepsia.
Benefícios do OPM-MEG em Relação a Métodos Tradicionais
O design leve dos sistemas OPM significa que eles podem ser usados confortavelmente na cabeça sem a necessidade de cabos pesados. Isso torna mais amigável ao usuário do que os sistemas de EEG, que exigem contato elétrico com o couro cabeludo e podem ser complicados.
Além disso, os sistemas OPM-MEG estão se tornando menos caros pra comprar e operar do que os sistemas convencionais de MEG, o que pode levar a sua adoção mais ampla tanto em pesquisa quanto em ambientes clínicos.
Limitações e Áreas de Melhoria
Embora o OPM-MEG mostre grande potencial, ainda está nas etapas iniciais de desenvolvimento. O design desses sistemas ainda não está completamente finalizado, e o desempenho dos sensores OPM atualmente tem algumas limitações. Por exemplo, os OPMs enfrentam níveis de ruído mais altos em comparação com sensores tradicionais, e seu alcance dinâmico é muito menor.
Muitos estudos de OPM-MEG até agora usaram sistemas em que múltiplos sensores independentes estão conectados, o que pode levar a eletrônicos complexos que são propensos a falhas. Além disso, enquanto o capacete usado com OPM-MEG é leve, os eletrônicos que controlam os sensores podem ser volumosos e precisam ficar fora da sala blindada magneticamente, o que cria desafios na gestão dos cabos.
Introdução de um Novo Sistema OPM-MEG
Pra enfrentar alguns desses desafios, foi desenvolvido uma nova plataforma OPM-MEG com um sistema de controle eletrônico miniaturizado. Esse sistema minimiza as limitações práticas associadas aos modelos anteriores e permite operação em loop fechado. Isso significa que, mesmo com grandes campos magnéticos de fundo presentes, os sensores podem medir a atividade cerebral com precisão.
A nova plataforma foi comparada ao hardware estabelecido de OPM-MEG, e sua eficácia foi confirmada através de vários estudos. Um experimento inovador usou um dispositivo pra gerar campos magnéticos "semelhantes ao cérebro" pra validar que o loop fechado funcionou corretamente. A capacidade dos participantes de se mover livremente durante os experimentos, incluindo durante uma tarefa de sentar pra levantar, também foi usada, demonstrando a adaptabilidade e utilidade do sistema.
Materiais e Métodos Usados no Estudo
Comparação de Sistemas OPM-MEG
No estudo, dois sistemas OPM-MEG foram comparados:
Sistema OPM-MEG Montado em Rack (RM): Esse sistema tinha cabeçotes de sensores conectados a um rack de controle fora da sala blindada magneticamente.
Sistema OPM-MEG Miniaturizado Integrado (IM): Nesse sistema mais novo, toda a eletrônica estava contida em uma mochila usada pelo sujeito. Esse design inovador simplificou a configuração e tornou-o mais portátil.
Pra coleta de dados, ambos os sistemas usaram 64 sensores OPM triaxiais que podem medir campos magnéticos em três direções. Os participantes foram testados usando várias tarefas visuais e motoras, que envolviam apresentar diferentes tipos de estímulos enquanto monitoravam as respostas cerebrais.
Paradigma Experimental
Os experimentos foram projetados pra mostrar o desempenho do novo sistema IM em comparação ao sistema RM. Participantes saudáveis passaram por uma série de ressonâncias usando ambos os sistemas, que incluíam várias tarefas que acionam respostas cerebrais conhecidas. Essas tarefas envolviam estímulos visuais (como imagens de rostos e círculos) assim como tarefas motoras (como apertar botões).
Os dados obtidos de ambos os sistemas foram processados de forma semelhante pra fins de comparação. Filtros foram aplicados pra remover ruídos e melhorar a qualidade do sinal.
Resultados do Estudo Comparativo
Os resultados mostraram que ambos os sistemas produziram dados comparáveis. Por exemplo, durante tarefas motoras, ambos os sistemas detectaram padrões semelhantes nas respostas cerebrais, confirmando a confiabilidade do novo sistema IM.
Além disso, a concordância espacial entre os sinais registrados de ambos os sistemas foi avaliada. Descobriu-se que a localização dos picos de atividade cerebral estava bastante alinhada, sugerindo que o novo sistema tem desempenho semelhante à tecnologia já estabelecida.
Desempenho em Condições Desafiadoras
A operação em loop fechado do novo sistema IM foi testada sob várias condições, incluindo campos magnéticos de fundo zerados e não zerados. Quando não havia campo de fundo presente, as medições de operação em loop fechado e aberto eram consistentes. No entanto, quando campos de fundo maiores eram aplicados, a operação em loop fechado manteve a precisão da medição, enquanto a operação em loop aberto mostrou uma queda significativa na precisão.
Em tarefas práticas, como o experimento de sentar pra levantar, os participantes puderam se mover livremente, o que demonstra a flexibilidade e eficácia do novo sistema em cenários da vida real. Os sensores continuaram a produzir dados confiáveis mesmo ao se moverem através de diferentes campos magnéticos.
Portabilidade e Testes em Múltiplos Locais
O design compacto do sistema IM permitiu que pesquisadores o transportassem facilmente entre diferentes laboratórios. Testes foram realizados em locais separados, confirmando que o sistema poderia ser configurado e operado efetivamente em diversos ambientes.
Essa portabilidade significa que o mesmo equipamento pode ser usado em vários locais de teste, aumentando a eficiência da coleta de dados. Isso é particularmente útil pra estudos em larga escala onde um único grupo de pesquisadores gostaria de coletar dados de um grupo diverso de participantes.
Gravações Simultâneas de OPM-MEG e EEG
O novo sistema também é capaz de gravar dados de OPM-MEG e EEG ao mesmo tempo. Essa abordagem multimodal permite que pesquisadores e clínicos tenham uma compreensão abrangente da atividade cerebral.
Embora o EEG tenha sido amplamente utilizado em ambientes clínicos, o OPM-MEG oferece vantagens, incluindo melhor resolução espacial e sensibilidade. Ao combinar ambos os métodos, os pesquisadores podem se beneficiar das forças de cada sistema enquanto minimizam suas limitações individuais.
Conclusão
O desenvolvimento desse novo sistema OPM-MEG representa um avanço significativo na tecnologia de imagem cerebral. Ele oferece uma plataforma confiável, eficiente e portátil pra estudar a função cerebral, atendendo às necessidades de ambientes de pesquisa e clínicos.
Com a capacidade de se adaptar a diferentes participantes e condições de teste, esse sistema abre novas possibilidades pra investigar a atividade cerebral em diversos cenários, incluindo movimentos naturais e tarefas cognitivas complexas. O futuro da tecnologia OPM-MEG parece promissor, com potencial pra mais melhorias e aplicações em neurociência e medicina.
Título: A Novel, Robust, and Portable Platform for Magnetoencephalography using Optically Pumped Magnetometers
Resumo: Magnetoencephalography (MEG) measures brain function via assessment of magnetic fields generated by neural currents. Conventional MEG uses superconducting sensors, which place significant limitations on performance, practicality, and deployment; however, the field has been revolutionised in recent years by the introduction of optically-pumped-magnetometers (OPMs). OPMs enable measurement of the MEG signal without cryogenics, and consequently the conception of OPM-MEG systems which ostensibly allow increased sensitivity and resolution, lifespan compliance, free subject movement, and lower cost. However, OPM-MEG remains in its infancy with limitations on both sensor and system design. Here, we report a new OPM-MEG design with miniaturised and integrated electronic control, a high level of portability, and improved sensor dynamic range (arguably the biggest limitation of existing instrumentation). We show that this system produces equivalent measures when compared to an established instrument; specifically, when measuring task-induced beta-band, gamma-band and evoked neuro-electrical responses, source localisations from the two systems were highly comparable and temporal correlation was >0.7 at the individual level and >0.9 for groups. Using an electromagnetic phantom, we demonstrate improved dynamic range by running the system in background fields up to 8 nT. We show that the system is effective in gathering data during free movement (including a sitting-to-standing paradigm) and that it is compatible with simultaneous electroencephalography (EEG - the clinical standard). Finally, we demonstrate portability by moving the system between two laboratories. Overall, our new system is shown to be a significant step forward for OPM-MEG technology and offers an attractive platform for next generation functional medical imaging.
Autores: Matthew J Brookes, H. Schofield, R. M. Hill, O. M. Feys, N. Holmes, J. Osborne, C. Doyle, D. Bobela, P. Corvilain, V. Wens, L. Rier, R. Bowtell, M. Ferez, K. J. Mullinger, S. Coleman, N. Rhodes, M. Rea, Z. Tanner, E. Boto, X. De Tiege, V. Shah
Última atualização: 2024-03-11 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.06.583313
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.06.583313.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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