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Novas variantes do SARS-CoV-2 levantam preocupações

Duas novas variantes, JN.1 e BA.2.87.1, desafiam as vacinas atuais contra a COVID-19.

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À medida que o mundo se ajusta à vida após a pandemia de COVID-19, o vírus que causa isso, o SARS-CoV-2, ainda tá mudando. Já vimos novas e diferentes formas do vírus aparecerem, levantando questões sobre quão bem nossas vacinas e medidas de saúde atuais podem nos proteger. Recentemente, dois variantes notáveis conhecidas como JN.1 e BA.2.87.1 surgiram, chamando a atenção e preocupando a galera.

Surgimento de Novas Variantes

A variante BA.2.86 tinha mutações notáveis, mas não se espalhou muito. Já a variante JN.1, que evoluiu da BA.2.86, mostrou uma capacidade significativa de escapar dos Anticorpos Neutralizantes produzidos por pessoas vacinadas ou que já foram infectadas. Essa variante agora se tornou a cepa dominante em vários países, incluindo os Estados Unidos.

No final de 2023 e início de 2024, a BA.2.87.1 foi detectada na África do Sul. Essa variante tem mais de 100 mutações em comparação com versões anteriores, incluindo mais de 30 na proteína spike, uma parte-chave do vírus que interage com as células humanas. Embora a BA.2.87.1 ainda não tenha sido encontrada em muitos lugares, seu perfil de mutação levanta preocupações sobre como ela pode se comportar.

O Que Sabemos Sobre Essas Variantes

Até agora, estudos mostraram que a BA.2.87.1 é comparável em infectividade à sua antecessora, BA.2, mas é mais infecciosa do que outras variantes como a JN.1. Estão rolando esforços para entender como essas novas variantes se comportam, especialmente em termos de quão bem conseguem escapar das nossas respostas imunes.

Estamos descobrindo que a Resposta Imune a essas variantes pode variar. Por exemplo, pessoas vacinadas com uma vacina bivalente (que protege contra duas cepas) mostraram neutralizar a BA.2.87.1 de forma mais eficaz do que a JN.1. Isso sugere que a variante mais nova pode não ser tão boa em evitar nossas defesas imunológicas como se pensava antes.

Investigando a Fuga Imune

Pesquisas examinaram como diferentes variantes interagem com vacinas e o sistema imunológico. As respostas imunológicas de trabalhadores de saúde que receberam as vacinas mais recentes foram analisadas. Os resultados mostraram que, embora tanto a BA.2.87.1 quanto a JN.1 pudessem ser neutralizadas, a BA.2.87.1 era mais sensível à neutralização pela vacina bivalente em comparação com a JN.1. Isso pode significar que, pelo menos por enquanto, a BA.2.87.1 pode não se tornar a variante líder.

As descobertas destacam que a variação na capacidade de neutralização pode depender da história imunológica específica de cada pessoa. Por exemplo, aqueles com infecções ou vacinações anteriores podem responder de forma diferente a novas variantes em comparação com quem não teve essas experiências.

Estudando a Infectividade do Vírus

Para entender quão infecciosas são essas variantes, os pesquisadores testaram a capacidade delas de infectar células humanas. As descobertas indicaram que a BA.2.87.1 tinha potencial infeccioso comparável ao da BA.2 e era mais infecciosa do que cepas como a JN.1 em certos tipos de células.

Em ambientes de laboratório, a BA.2.87.1 mostrou uma capacidade aumentada de fusão celular, que é como o vírus entra nas células humanas. Isso sugere um potencial para uma propagação maior, embora ainda seja menor do que a cepa original, D614G.

Analisando as Respostas de Anticorpos

As respostas de anticorpos também foram avaliadas em vários grupos de pessoas. Para quem tomou as vacinas, os anticorpos neutralizantes contra a BA.2.87.1 eram maiores em comparação com a JN.1. Isso indica que, apesar de suas muitas mutações, a BA.2.87.1 pode não escapar completamente da resposta imune gerada pelas vacinações recentes.

Outro grupo investigado incluiu pacientes que foram hospitalizados durante ondas de BA.2.86 e JN.1. Os resultados mostraram que a capacidade deles de neutralizar a BA.2.87.1 era melhor do que a da JN.1, sugerindo que infecções passadas ainda poderiam oferecer algum nível de proteção contra novas variantes.

Preocupações com Anticorpos Monoclonais

O estudo também analisou quão bem certos anticorpos monoclonais funcionaram contra essas variantes. Um anticorpo, o S309, manteve eficácia contra a BA.2.87.1, significando que ainda poderia neutralizar essa variante. No entanto, foi menos efetivo contra a JN.1, destacando como o cenário da eficácia de anticorpos muda à medida que as variantes evoluem.

O estudo ressaltou a importância de entender como diferentes anticorpos interagem com diversas cepas virais, já que isso pode influenciar as estratégias de tratamento no futuro.

Monitorando Mudanças Antigênicas

Para ter uma ideia mais clara de como essas variantes diferem entre si, os pesquisadores mapearam a distância antigênica – ou semelhanças e diferenças nas respostas imunes – usando uma técnica de mapeamento. Os resultados mostraram que a BA.2.87.1 estava mais relacionada a variantes mais antigas do que a variantes mais novas. Essa informação poderia ajudar a guiar o desenvolvimento de vacinas, já que mostra como essas variantes poderiam reagir às imunizações existentes.

Conclusão: A Importância de Monitorar Variantes

A evolução contínua das variantes do SARS-CoV-2, especialmente a BA.2.87.1 e a JN.1, sublinha a necessidade de monitoramento contínuo e pesquisa. Esses achados reforçam a importância das vacinas em gerar anticorpos neutralizantes e gerenciar a propagação do vírus.

Embora novas variantes possam representar desafios para nossas defesas, os resultados indicam que as vacinas existentes ainda oferecem uma proteção considerável, especialmente contra a BA.2.87.1, pelo menos por enquanto. A natureza dinâmica da evolução do vírus significa que as medidas de saúde pública devem estar prontas para se adaptar conforme necessário. Vigilância contínua e pesquisa serão essenciais para garantir um controle eficaz da COVID-19 e suas variantes no futuro.

Fonte original

Título: Distinct Patterns of SARS-CoV-2 BA.2.87.1 and JN.1 Variants in Immune Evasion, Antigenicity and Cell-Cell Fusion

Resumo: The rapid evolution of SARS-CoV-2 variants presents a constant challenge to the global vaccination effort. In this study, we conducted a comprehensive investigation into two newly emerged variants, BA.2.87.1 and JN.1, focusing on their neutralization resistance, infectivity, antigenicity, cell-cell fusion, and spike processing. Neutralizing antibody (nAb) titers were assessed in diverse cohorts, including individuals who received a bivalent mRNA vaccine booster, patients infected during the BA.2.86/JN.1-wave, and hamsters vaccinated with XBB.1.5-monovalent vaccine. We found that BA.2.87.1 shows much less nAb escape from WT-BA.4/5 bivalent mRNA vaccination and JN.1-wave breakthrough infection sera compared to JN.1 and XBB.1.5. Interestingly. BA.2.87.1 is more resistant to neutralization by XBB.15-monovalent-vaccinated hamster sera than BA.2.86/JN.1 and XBB.1.5, but efficiently neutralized by a class III monoclonal antibody S309, which largely fails to neutralize BA.2.86/JN.1. Importantly, BA.2.87.1 exhibits higher levels of infectivity, cell-cell fusion activity, and furin cleavage efficiency than BA.2.86/JN.1. Antigenically, we found that BA.2.87.1 is closer to the ancestral BA.2 compared to other recently emerged Omicron subvariants including BA.2.86/JN.1 and XBB.1.5. Altogether, these results highlight immune escape properties as well as biology of new variants and underscore the importance of continuous surveillance and informed decision-making in the development of effective vaccines.

Autores: Shan-Lu Liu, P. Li, J. Faraone, C. C. Hsu, M. Chamblee, Y.-M. Zheng, C. Carlin, J. S. Bednash, J. C. Horowitz, R. K. Mallampalli, L. J. Saif, E. M. Oltz, D. Jones, J. Li, R. J. Gumina

Última atualização: 2024-03-11 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.11.583978

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.11.583978.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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