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Abordagem Inovadora para Monitoramento da COVID-19 em Mali

Pesquisas usam mosquitos pra acompanhar a propagação da COVID-19 em áreas remotas do Mali.

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Mosquitos Ajudam EstudoMosquitos Ajudam Estudosobre COVID-19usando mosquitos.Novo método acompanha a spread de vírus
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O vírus SARS-CoV-2 afetou rapidamente pessoas no mundo todo, causando mais de 662 milhões de casos e 6,7 milhões de mortes até o final de 2022. No Mali, um país com uma população de cerca de 20,8 milhões, havia 30.303 casos confirmados de COVID-19 até fevereiro de 2022. A maioria das infecções foi reportada na capital, Bamako. No entanto, a quantidade limitada de testes significa que esse número provavelmente não reflete o total de infecções. Um método chamado sorossurveillance pode ser usado pra rastrear o quão amplamente um vírus se espalhou numa população, mesmo entre aqueles que talvez não saibam que estavam infectados.

Sorossurveillance

A sorossurveillance envolve testar amostras de sangue para detectar Anticorpos que indicam infecções passadas. Esse método pode ajudar a estimar quantas pessoas foram infectadas com COVID-19. Em resposta à pandemia, cientistas desenvolveram testes para detectar anticorpos específicos do SARS-CoV-2 em amostras de sangue. No entanto, os testes mostraram resultados variados na África, com algumas amostras mostrando reatividade de fundo inesperadamente alta. Isso significa que anticorpos de infecções anteriores - como os de vírus de resfriado comum - podem impactar os resultados.

No Mali, pesquisas indicaram um aumento significativo no número de pessoas com anticorpos contra o SARS-CoV-2 entre meados de 2020 e o início de 2021. O aumento foi mais notável em áreas urbanas em comparação com comunidades mais rurais. Em alguns lugares, áreas distantes de Bamako não foram bem representadas nos estudos, tornando essencial expandir os testes para áreas remotas.

Mosquitos como Ferramentas de Amostragem

Pesquisadores exploraram o uso de mosquitos como uma forma de coletar amostras de sangue para esses testes. No Mali, certas espécies de mosquito preferem se alimentar de humanos e costumam descansar em ambientes internos depois de comer. Esse comportamento permite que os cientistas coletem mosquitos e analisem o sangue dentro deles em busca de anticorpos do SARS-CoV-2.

O estudo envolveu a criação de tipos específicos de mosquitos em ambientes controlados e alimentá-los com sangue humano. A questão era se os anticorpos permaneceriam detectáveis enquanto os mosquitos digeriam o sangue. Estudos anteriores sugeriram que os anticorpos poderiam ser encontrados em mosquitos por várias horas após a alimentação.

Métodos de Coleta e Análise

Os pesquisadores coletaram mosquitos de comunidades locais e analisaram seu sangue em busca de anticorpos. Eles distinguiram entre sangue humano e sangue de animais usando testes genéticos. A maioria dos mosquitos se alimentou de humanos, com uma pequena porcentagem também tendo se alimentado de animais.

Testando mosquitos de várias comunidades em diferentes períodos, os pesquisadores montaram um panorama de como o vírus se espalhou entre a população humana. Eles tiveram o cuidado de analisar mosquitos suficientes de cada local para garantir resultados precisos.

Resultados

Os achados indicaram que houve um aumento notável no número de pessoas que foram expostas ao SARS-CoV-2 entre o final de 2020 e o início de 2021. Isso foi evidente nos testes de anticorpos dos mosquitos. Os pesquisadores descobriram que a taxa de Exposição variou por comunidade, com algumas áreas mostrando níveis de anticorpos muito mais altos do que outras.

No geral, o estudo mostrou que usar mosquitos para coletar dados sobre a exposição ao vírus oferece uma nova maneira de avaliar a saúde pública. Isso permite que os cientistas coletem informações sem testar diretamente as pessoas, o que pode ser especialmente útil em áreas remotas onde os testes podem não ser viáveis.

Importância do Estudo

A abordagem oferece insights valiosos sobre a extensão da disseminação da COVID-19 em populações onde os métodos tradicionais de teste são limitados. Também ajuda a identificar áreas de maior risco e pode informar respostas de saúde pública.

O uso de mosquitos como ferramenta para monitorar a disseminação do vírus mostra potencial, especialmente em países em desenvolvimento. Esse método pode ajudar a preencher lacunas no conhecimento sobre como as doenças se espalham e pode até ser aplicado a outras doenças no futuro.

Limitações e Direções Futuras

Embora o estudo apresente um novo método de amostragem, ele tem limitações. O verdadeiro status de infecção dos indivíduos permanece desconhecido, pois a fonte humana específica do sangue amostrado pelos mosquitos não é rastreada. Isso torna difícil determinar o nível exato de exposição em humanos.

Além disso, a pequena quantidade de sangue disponível dos mosquitos limita o número de testes diferentes que podem ser realizados. Assim, estudos futuros podem precisar abordar esses desafios, desenvolvendo melhores métodos para determinar a fonte do sangue e aprimorando as técnicas de teste usadas.

Conclusão

No geral, a pesquisa sobre o uso de mosquitos para sorossurveillance é um desenvolvimento promissor no monitoramento de doenças. Ela destaca um método potencial para rastrear a disseminação da COVID-19 e outros vírus em populações onde os métodos tradicionais de teste são difíceis de implementar. Essa abordagem inovadora pode aprimorar a tomada de decisões em saúde pública e contribuir para esforços mais amplos em entender como as doenças afetam as comunidades.

O sucesso deste estudo sugere que uma exploração e refinação adicionais da amostragem baseada em mosquitos pode ser benéfica para rastrear outras doenças infecciosas, tornando-se uma adição valiosa às ferramentas de saúde pública.

Fonte original

Título: Tracking SARS-CoV-2 seropositivity in rural communities using blood-fed mosquitoes

Resumo: The spread of SARS-CoV-2 cannot be well monitored and understood in areas without capacity for effective disease surveillance. Countries with a young population will have disproportionately large numbers of asymptomatic or pauci-symptomatic infections, further hindering detection of infection in the population. Sero-surveillance on a country-wide scale by trained medical professionals may be limited in scope in resource limited setting such as Mali. Novel ways of broadly sampling the human population in a non-invasive method would allow for large-scale surveillance at a reduced cost. Here we evaluate the collection of naturally bloodfed mosquitoes to test for human anti-SARS-CoV-2 antibodies in the laboratory and at five field locations in Mali. Immunoglobulin-G antibodies were found to be readily detectable within the mosquito bloodmeals by a bead-based immunoassay at least through 10 hours post-feeding with high sensitivity (0.900 {+/-} 0.059) and specificity (0.924 {+/-} 0.080), respectively, indicating that most blood-fed mosquitoes collected indoors during early morning hours (and thus, have likely fed the previous night) are viable samples for analysis. We find that reactivity to four SARS-CoV-2 antigens rose during the pandemic from pre-pandemic levels. Consistent with other sero-surveillance studies in Mali, crude seropositivity of blood sampled via mosquitoes was 6.3% in October/November 2020 over all sites, and increased to 25.1% overall, with the town closest to Bamako reaching 46.7% in February of 2021. Mosquito bloodmeals a viable target for conventional immunoassays, and therefore country-wide sero-surveillance of human diseases (both vector-borne and non-vector-borne) is attainable in areas where human-biting mosquitoes are common, and is an informative, cost-effective, non-invasive sampling option.

Autores: Tovi Lehmann, B. J. Krajacich, D. Samake, A. Dao, M. Diallo, Z. L. Sanogo, A. S. Yaro, A. Ziguime, J. Poudiougo, K. Cisse, M. Traore, A. dit Assitoun, R. Faiman, I. Zaidi, J. Woodford, P. E. Duffy

Última atualização: 2023-06-16 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.06.13.23291267

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.06.13.23291267.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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