Avaliação de Modelos Transformer em Recursão Estrutural
Esse artigo analisa como os transformers aprendem funções recursivas em tarefas de programação.
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Índice
As redes neurais têm mostrado um potencial recentemente em ajudar desenvolvedores de software a escrever e verificar código. Porém, não tá claro o quanto os tipos populares de redes neurais, tipo transformers, conseguem modelar as informações importantes pra essas tarefas. Este artigo investiga como as redes neurais aprendem e trabalham com algoritmos relacionados à programação e verificação formal, especialmente pelo conceito de Recursão Estrutural.
Recursão estrutural é um método de definir funções onde uma função chama a si mesma com partes menores de uma estrutura de dados, como árvores binárias. Essa abordagem é essencial pra tarefas onde ferramentas simbólicas tradicionais superam os modelos neurais, como descobrir relacionamentos entre tipos de dados e simular como os programas se comportam.
A gente avalia a capacidade dos modelos transformer de aprender e imitar o comportamento de funções que usam recursão estrutural a partir de exemplos de entradas e saídas. Nossa avaliação inclui tanto uma análise prática quanto ideias teóricas sobre os limites e pontos fortes dos modelos transformer em capturar essas funções. Além disso, analisamos os algoritmos que os modelos neurais desenvolvem e como eles diferem dos métodos tradicionais. Assim, conseguimos prever erros comuns nas saídas dos modelos.
O mundo dos métodos neurais para tarefas de programação tá mudando. Enquanto os métodos tradicionais eram apenas simbólicos, hoje várias ferramentas líderes que escrevem e verificam programas são baseadas em redes neurais. Mas a pergunta que fica é: quão confiáveis são essas ferramentas?
No centro dessas ferramentas estão os modelos de linguagem grandes baseados em transformers. Há uma investigação aberta sobre quanto desses modelos apenas repetem a sintaxe do código em comparação com quanto eles entendem a semântica do que o código faz. Os melhores modelos de linguagem muitas vezes dependem de estratégias como "cadeia de pensamento", onde o modelo precisa de dicas pra seguir a lógica da programação. Até modelos feitos especificamente pra código às vezes precisam de treinamento adicional pra se adaptar a tarefas específicas ao invés de serem usados pra várias tarefas ao mesmo tempo.
Neste artigo, a gente foca em como modelos transformer pequenos podem aprender a representar a semântica de um conjunto importante de programas: aqueles que envolvem recursão estrutural. Um programa é estruturalmente recursivo quando é construído sobre certas estruturas de dados (como árvores binárias) chamando a si mesmo recursivamente em porções menores dessa estrutura (por exemplo, ramos esquerdo e direito de uma árvore).
Nós apresentamos descobertas do nosso estudo empírico sobre dois tipos principais de tarefas recursivas adequadas para transformers: a função sucessora binária e a Travessia de Árvores. Nossa investigação examina vários aspectos de como esses modelos se saem nessas tarefas. Por exemplo, descobrimos que um modelo treinado em uma pequena parte de uma travessia de árvore consegue resolver bem aquela parte específica, mas um modelo treinado na travessia toda pode não ter sucesso.
A gente também apresenta uma estrutura baseada em máquinas de estados abstratos (ASMs) pra organizar nossa análise. ASMs ajudam a pensar em como os programas funcionam e como o comportamento dos transformers se encaixa nesses modelos. Ao reconstruir os processos dos transformers enquanto eles aprendem tarefas recursivas, conseguimos identificar seus pontos fortes e fracos.
Representando Recursão Estrutural
Esse texto se interessa em como os transformers aprendem a replicar a recursão estrutural: um tipo específico de função recursiva definida de uma forma que diminui em estrutura, garantindo que eventualmente termine. Essa representação é bem comum na programação e é intuitiva pra raciocinar.
Vamos pegar um exemplo de como a gente poderia definir uma função recursiva que soma dois números positivos. Primeiro, a gente define o tipo de dado que representa esses números usando uma notação simples. Cada número pode ser definido de uma das duas formas: o caso base, que representa o número um, e o caso indutivo, que descreve como chegar ao próximo número positivo.
A partir daí, a gente pode escrever uma função de adição que examina seus casos. Se a função receber uma entrada específica, ela segue um caminho determinado pra produzir uma saída. Essa estrutura permite que criemos funções e provas baseadas nos tipos de dados definidos.
A beleza desse método é que ele constrói tipos de dados do zero, descrevendo como criar esses tipos e definindo seus significados através de funções. Essa abordagem é simples e não depende de como o modelo aprendeu a representar esses tipos ou suas associações pré-existentes.
Porém, mesmo essa configuração simples corresponde a uma ampla gama de tipos de dados que estão bem documentados na literatura de programação, facilitando a definição de tarefas recursivas chave.
Feedback sobre a Definição de Exemplo
Uma pergunta que frequentemente surge ao projetar tais exemplos é sobre como definir a distribuição de exemplos da qual tiramos informações. É comum em aprendizado de máquina esclarecer uma tarefa especificando como as amostras são escolhidas.
No nosso trabalho, a gente sempre treina modelos usando pares de representações binárias. Isso nos permite testar o desempenho fora da distribuição original. No entanto, podem surgir perguntas sobre por que não equilibramos cada caso pra garantir que todas as profundidades da recursão sejam representadas igualmente.
A gente examina duas tarefas: a função sucessora binária e a travessia de árvores. Para cada tarefa, escolhemos (1) uma representação indutiva de um tipo de dado (como nossos números de Peano), (2) uma função recursiva sobre esse tipo de dado (como adição), e (3) diferentes maneiras de estruturar tarefas de aprendizado pra aproximar essa função.
Como nosso foco é saber se o modelo consegue emular a recursão, treinamos cada modelo pra replicar a computação dessa função, em vez de defini-la precisamente.
A Função Sucessora Binária
A tarefa da função sucessora binária simplifica um teste comum usado em sistemas de prova simbólica há décadas. Ela encapsula a essência de adaptar funções e provas definidas sobre um tipo de número pra outro tipo. Sua força tá em ser simples, mas estruturalmente interessante, já que sua estrutura não depende apenas da contagem.
Pra definir um número binário positivo, a gente pode criar uma representação indutiva. Por exemplo, um número binário positivo pode ser construído a partir de um caso base. A gente pode deslocar pra esquerda ou incrementar, definindo todos os números binários positivos através de uma sequência de operações.
Pra recuperar a ordem natural desses números, a gente pode inverter os resultados e remover qualquer operação extra. Essa estrutura simplifica a recursão, já que funções podem ser definidas com base em suas subsequências.
Nosso objetivo pra essa tarefa é ver quanto da informação semântica um modelo transformer consegue aprender sem a compreensão prévia que descrevemos-como ele representa o que aprende e onde os algoritmos aprendidos falham.
Travessia de Árvores
Pra nossa segunda tarefa, que é mais complexa, a gente olha pras travessias de árvores. Entender como os modelos transformer replicam o comportamento das travessias de árvores é vital, já que essas travessias estão no cerne de muitos procedimentos de busca simbólica usados em programas, jogos e provas. Se os transformers conseguirem espelhar efetivamente as travessias de árvores, eles podem resultar em um desempenho melhor em ferramentas neurais pra essas tarefas sem a necessidade de orientação de busca simbólica.
A gente examina como os transformers aprendem a realizar travessias em pré-ordem e em ordem. Os detalhes dessa metodologia ficam pra depois, mas a essência tá em treinar os modelos pra aprender Funções Recursivas com base em exemplos de entradas e saídas.
A inspiração de aprendizado de máquina pra esses cálculos atômicos vem de insights recentes sobre raciocínio, enquanto as operações atômicas específicas vêm da pesquisa em linguagens de programação. Esses passos atômicos quebram a recursão em um passo por vez.
Fazendo isso, conseguimos explorar a eficácia dos transformers em aprender a travessia de árvores. Essa investigação revela se esses modelos conseguem lidar com diferentes tipos de travessias e reconhece como eles lidam com as complexidades envolvidas.
Insights sobre o Comportamento do Modelo
Agora precisamos explorar como os transformers simulam tarefas recursivas usando sua arquitetura única. Podemos analisar o comportamento dos modelos transformer olhando seus padrões de atenção. O mecanismo de atenção permite que os modelos ponderem a importância de cada parte da entrada ao tomarem decisões sobre as saídas.
A gente analisa diferentes tipos de atenção nos transformers, como eles utilizam auto-atenção dentro do decodificador e a atenção cruzada entre as camadas do codificador e decodificador. Através dessas observações, conseguimos obter insights sobre como os modelos se comportam enquanto processam e geram dados.
Por exemplo, usando técnicas de visualização, conseguimos identificar mapas de atenção revelando padrões distintos que ajudam a capturar a recursão. Notavelmente, essas descobertas nos permitem identificar "cabeças de recursão" específicas que se concentram em casos recursivos, iluminando como o modelo opera.
Analisando Deficiências no Aprendizado
Nossa análise indica que os modelos têm vários erros comuns. Investigando técnicas de perturbação, conseguimos ver como ajustar as entradas impacta as saídas do modelo. Essa abordagem nos permite ver onde o modelo tem dificuldades e por que algumas saídas estão erradas.
Por exemplo, ao mutar partes da entrada e observar como o modelo reage, conseguimos descobrir erros nos algoritmos que os modelos aprendem. Compreender essas falhas nos ajuda a prever casos de falha, como quando o modelo erra ao calcular a sequência esperada durante a recursão.
A gente também encontra que as taxas de aprendizado têm um impacto significativo nos algoritmos aprendidos pelos transformers e na sua capacidade de generalizar pra novas tarefas. Essa conclusão alinha com estudos anteriores que mostram que a escolha da taxa de aprendizado desempenha um papel chave no desempenho.
Conclusão
Em resumo, enquanto os modelos transformer conseguem aproximar funções cruciais envolvendo recursão estrutural, eles também demonstram limitações significativas nos atalhos que aprendem. Ao reconstruir os algoritmos por trás desses atalhos, conseguimos obter insights sobre seu comportamento e entender suas falhas.
No fim das contas, essa pesquisa contribui pra uma compreensão mais profunda de como os modelos transformer funcionam no contexto de tarefas de programação e raciocínio. Ao examinar suas deficiências, podemos aprimorar técnicas de treinamento, explorar novas arquiteturas e melhorar métodos de avaliação pra futuros avanços nas capacidades das redes neurais.
Título: Can Transformers Learn to Solve Problems Recursively?
Resumo: Neural networks have in recent years shown promise for helping software engineers write programs and even formally verify them. While semantic information plays a crucial part in these processes, it remains unclear to what degree popular neural architectures like transformers are capable of modeling that information. This paper examines the behavior of neural networks learning algorithms relevant to programs and formal verification proofs through the lens of mechanistic interpretability, focusing in particular on structural recursion. Structural recursion is at the heart of tasks on which symbolic tools currently outperform neural models, like inferring semantic relations between datatypes and emulating program behavior. We evaluate the ability of transformer models to learn to emulate the behavior of structurally recursive functions from input-output examples. Our evaluation includes empirical and conceptual analyses of the limitations and capabilities of transformer models in approximating these functions, as well as reconstructions of the ``shortcut" algorithms the model learns. By reconstructing these algorithms, we are able to correctly predict 91 percent of failure cases for one of the approximated functions. Our work provides a new foundation for understanding the behavior of neural networks that fail to solve the very tasks they are trained for.
Autores: Shizhuo Dylan Zhang, Curt Tigges, Stella Biderman, Maxim Raginsky, Talia Ringer
Última atualização: 2023-06-25 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.14699
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.14699
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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