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Propriedades Biomecânicas do Sistema Lombo-Pélvico

Estudo revela características dos materiais que são fundamentais para a saúde pélvica e o planejamento cirúrgico.

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Resultados da PesquisaResultados da Pesquisasobre o SistemaLumbopélvicopra melhorar as abordagens médicas.Novas ideias sobre biomecânica pélvica
Índice

A área lumbopélvica do corpo é super importante pra suportar peso e permitir o movimento entre as partes de cima e de baixo. Ela é composta por ossos, ligamentos fortes, cartilagem e músculos. Manter a força e a função dessa área é fundamental pro bem-estar geral e é frequentemente estudado em campos como cirurgia ortopédica e trauma.

Pra criar modelos precisos dessa área pra pesquisa e uso médico, é vital saber como diferentes materiais na região lumbopélvica se comportam sob estresse. Isso envolve entender as propriedades físicas dos materiais através de testes que medem como eles respondem à força. Os métodos atuais pra determinar essas propriedades geralmente não têm procedimentos padrão, especialmente pro pelvis humana.

Importância dos Testes Biomecânicos

Quando se estuda o sistema lumbopélvico, os pesquisadores confiam em testes que medem como os materiais reagem a diferentes forças físicas. Esses testes revelam características importantes, como força e elasticidade, que ajudam a criar modelos precisos pra simulações que médicos e engenheiros usam. Quando os modelos são baseados em dados sólidos, os resultados são melhores pra planejamento cirúrgico e design de dispositivos.

Atualmente, a maioria dos testes é feita em amostras de cadáveres humanos, o que significa que é necessário preparar e preservar essas amostras direitinho. Este estudo tem como objetivo melhorar os métodos de teste e fornecer parâmetros confiáveis de materiais para o sistema lumbopélvico.

Coleta de Amostras

Pra realizar esses testes, foram usados doadores humanos de um programa especializado. Cada doador deu consentimento pra que seu corpo fosse usado na pesquisa após a morte. O processo seguiu diretrizes éticas rigorosas pra garantir respeito pelos falecidos e suas famílias.

No total, foram coletados sete sistemas lumbopélvicos, com uma mistura de doadores masculinos e femininos. Esses doadores tinham entre 53 e 89 anos. Vários tipos de amostras foram obtidos, incluindo Tecido Mole, Osso trabecular (o osso esponjoso por dentro) e Osso Cortical (a camada externa dura). Não foram encontrados problemas de saúde significativos nos registros médicos que afetassem os achados do estudo.

Métodos de Teste

Vários testes diferentes foram projetados pra medir a força e a flexibilidade dos materiais. Procedimentos específicos foram criados pra garantir que as condições de teste fossem as mesmas toda vez pra que os resultados pudessem ser comparados facilmente.

  1. Teste de Tecido Mole: Pra tecidos moles, foi usado um teste de tração axial. Isso envolveu puxar o tecido até ele romper pra medir sua força e elasticidade. O setup envolveu um dispositivo de fixação especial que segurava o tecido sem causar danos.

  2. Teste de Osso Trabecular: As amostras de osso trabecular passaram por testes de compressão axial. O objetivo era ver quanto peso eles conseguiam suportar sem colapsar. Isso é importante porque o osso trabecular suporta a estrutura da pelvis e deve aguentar cargas variadas durante o movimento.

  3. Teste de Osso Cortical: Os ossos corticais foram avaliados usando um teste de flexão em três pontos. Esse método aplica força em dois pontos enquanto apoia o osso em um terceiro ponto, permitindo que os pesquisadores vejam como ele se flexiona e onde pode quebrar.

Ao controlar cuidadosamente a temperatura e a umidade durante os testes, a esperança era refletir as condições naturais o mais próximo possível.

Coleta e Avaliação de Dados

Pra avaliar os resultados, vários parâmetros-chave foram identificados. Isso inclui quanto peso cada amostra podia suportar antes de quebrar e quanto ela podia se deformar sob estresse. Essas informações foram coletadas através de programação customizada, que automatizou partes do processo de avaliação pra garantir consistência.

Os pesquisadores se concentraram em aspectos como o Módulo de Elasticidade, que é uma medida de quanto um material pode se esticar ou se comprimir. Eles também avaliaram como a idade de cada doador poderia influenciar as características do material, embora esses efeitos tenham variado bastante.

Resultados: Osso Cortical

Dos testes realizados nas amostras de osso cortical, muitas foram avaliadas com sucesso. Os resultados mostraram diferenças significativas nas propriedades do material dependendo da localização das amostras. Por exemplo, a seção inferior da asa pélvica tinha uma força muito maior em comparação com as vértebras lombares, que eram notavelmente mais fracas.

O módulo de elasticidade das amostras de osso cortical teve uma média de cerca de 1750 MPa. Comparativamente, outros tipos de osso, como os do fêmur, mostraram rigidez muito maior, indicando que os ossos pélvicos se comportam de forma diferente sob estresse.

Resultados: Osso Trabecular

Para o osso trabecular, a maioria das amostras também foi avaliada. O módulo de elasticidade médio dessas amostras foi em torno de 32,7 MPa. Esse valor é significativamente mais baixo do que o encontrado no fêmur, destacando as propriedades únicas do osso pélvico. As diferenças provavelmente surgem dos papéis estruturais específicos e das funções de suporte que os ossos em diferentes áreas do corpo desempenham.

Durante os testes, foi notada a perda de fluidos, o que complicou as medições. Parece que o método de teste para o osso trabecular pode precisar de ajustes pra obter dados mais claros no futuro.

Resultados: Tecido Mole

As amostras de tecido mole apresentaram seus próprios desafios. Apenas uma parte das amostras pôde ser testada com sucesso, principalmente devido a dificuldades na coleta e preparação das amostras. O módulo de elasticidade médio do tecido mole foi encontrado em cerca de 148 MPa.

Curiosamente, o tecido mole também apresentou uma tendência onde o módulo de elasticidade melhorava com ciclos de carga repetidos. Isso sugere que os tecidos moles podem se tornar mais rígidos com o uso repetido, o que é importante pra entender como eles funcionam em sistemas vivos.

Resumo dos Achados

A pesquisa forneceu novas percepções sobre as propriedades biomecânicas do sistema lumbopélvico. Os resultados mostraram diferenças significativas nas características dos materiais com base na localização e nas condições de carga.

Entender esses valores é crucial pra desenvolver melhores planos de tratamento e projetar dispositivos médicos, como implantes que se encaixem nas propriedades únicas da área pélvica. Além disso, o estudo destacou a importância de métodos de teste padronizados na produção de dados confiáveis e comparáveis em diferentes estudos.

Direções Futuras

Seguindo em frente, seria benéfico refinar esses procedimentos de teste pra coletar dados mais precisos. Estudos futuros poderiam explorar o impacto de diferentes direções de carga nas propriedades dos materiais. Usando técnicas de imagem avançadas, os pesquisadores poderiam obter percepções mais profundas sobre como esses materiais se comportam em situações da vida real.

Investigar os efeitos do envelhecimento, doenças e outros fatores sobre as propriedades materiais do sistema lumbopélvico também irá melhorar nosso entendimento e levar a melhores resultados de saúde.

Conclusão

Resumindo, esse estudo contribui significativamente para o conhecimento das propriedades biomecânicas na região lumbopélvica. Ao estabelecer uma estrutura confiável para testar e avaliar esses materiais, ele abre caminho para melhores aplicações médicas no futuro. À medida que continuamos a construir sobre essa base, podemos melhorar a qualidade do atendimento para indivíduos enfrentando problemas relacionados a essa parte crucial do corpo.

Fonte original

Título: Approach to standardized material characterization of the human lumbopelvic system - Testing and evaluation

Resumo: The osseo-ligamentous lumbopelvic complex is a crucial component of the human musculoskeletal system and has been increasingly the focus of medical research and treatment planning. Numerical simulations can play a key role in better understanding the load-carrying behavior of this system, but material data in this arena remain rare. In addition, the literature lacks standardized and reproducible methods for determining biomechanical material parameters. To address these shortcomings, we obtained bone and soft tissue samples from three female and two male cadavers (average age: 77.3 years) for testing and evaluation. The elastic modulus of cortical bone averaged at 1750 MPa with a mean ultimate strength of 28.2 MPa. Whereas for trabecular bone the evaluation yields to 32.7 MPa and 1.26 MPa. Furthermore, the soft tissue specimens exhibited a mean elastic modulus of 148 MPa and an ultimate strength of 14.3 MPa for fascial tissue, in contrast to ligamentous tissue with 103 MPa and 10.7 MPa. Knowledge of these material parameters of the human pelvis, which differ from those of long bones, could, in combination with the revealed dependence on harvesting location and density, lead to more precise mechanical simulations. Such simulations might in turn promote the development of better suited implants. Together with a previous publication dealing with sample preparation, this work is intended to contribute to the standardization of mechanical testing of human tissue. Easy-to-conduct bending tests as well as direct tension and compression tests are recommended, and the proposed mechanical boundary conditions are explained and documented. These technical recommendations allow for better comparability and reproducibility in future biomechanical studies. This protocol, developed for the human pelvis, could easily be transferred to other anatomical regions.

Autores: Marc Gebhardt, S. Kurz, F. Grundmann, T. Klink, V. Slowik, C.-E. Heyde, H. Steinke

Última atualização: 2024-03-27 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.24.586492

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.24.586492.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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