Desafios com Anodos de Silício em Baterias
Anodos de silício enfrentam problemas com mudanças de volume e histerese de voltagem que afetam a eficiência da bateria.
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Índice
O silício tá sendo visto como um dos principais candidatos pra próxima geração de baterias de íon de lítio, especialmente como material de ânodo. Mas ele enfrenta dois grandes problemas que afetam sua vida útil e eficiência: as Mudanças de Volume quando absorve e libera lítio (litação e deslitação) e a histerese de voltagem que rola durante esses processos. A histerese de voltagem é uma diferença de voltagem durante os ciclos de carga e descarga, o que reduz a eficiência energética e gera calor indesejado.
Os Desafios dos Ânodos de Silício
Quando o silício é usado em baterias, ele pode expandir e contrair muito durante o processo de receber e dar lítio. Essa mudança de volume pode chegar a até 400%. Mudanças tão significativas causam rachaduras nas partículas maiores de silício e levam à formação de redes feitas por partículas menores de silício. Pesquisas descobriram que quando as partículas de silício são menores que um certo tamanho, elas conseguem evitar a quebra.
Outro desafio grande é a histerese de voltagem, que já foi vista em várias formas de silício, incluindo filmes finos, nanofios e nanopartículas. Essa histerese não só diminui a eficiência energética, como também gera calor excessivo quando a bateria é carregada e descarregada.
A maioria dos relatórios sobre essa histerese foca em correntes baixas. Mesmo depois de períodos de descanso, uma diferença de voltagem reduzida, mas perceptível, ainda existe. Há uma disparidade clara entre a histerese de voltagem observada durante correntes baixas e a voltagem medida após períodos de descanso.
Compreensão Atual da Histerese de Voltagem
Algumas explicações para essa histerese de voltagem foram propostas, especialmente em relação ao silício cristalino ou ao primeiro ciclo do silício amorfo. A literatura frequentemente menciona o fluxo plástico do silício como uma razão pra histerese. Em filmes finos, tensões grandes podem se desenvolver devido à expansão limitada. Em partículas maiores ou sob alta corrente, o movimento lento do lítio pode criar gradientes de concentração que podem causar diferenças de voltagem. No entanto, ainda não tá claro por que nanopartículas de silício amorfo desenvolvem tensões significativas durante cargas e descargas lentas.
As partículas de silício costumam ser cobertas por uma camada protetora chamada de interface eletrólito sólido (SEI), que age como uma barreira entre o silício e o eletrólito ao redor. A SEI cresce quando elétrons se movem do silício pro eletrólito. Uma camada nativa de óxido de silício entre o silício e a SEI também tem um papel. As pesquisas continuam focando nas propriedades da SEI e em como elas podem ser melhoradas devido às mudanças significativas de volume no silício.
O Papel da SEI na Histerese de Voltagem
Quando o silício expande e contrai, isso cria estresse e tensão dentro da SEI. O comportamento da SEI é crítico porque ela pode ser rígida e quebradiça. Alguns estudos até sugerem que a pressão exercida pela SEI sobre o silício pode ajudar a evitar rachaduras. Revestimentos feitos de carbono nas partículas de silício parecem reduzir a histerese de voltagem, possivelmente devido a características diferentes da SEI entre as estruturas de carbono e silício.
Na nossa pesquisa, desenvolvemos um modelo pra avaliar como a SEI afeta a histerese de voltagem durante a litação e deslitação das nanopartículas de silício. Esse modelo consegue simular modelos existentes, mas se baseia nas propriedades únicas da SEI.
Como os Modelos Funcionam
Durante os processos de carga e descarga, diferentes tipos de estresses se estabelecem dentro do silício e da SEI. À medida que o silício aumenta de tamanho, a SEI responde esticando-se elasticamente até não suportar mais estresse, levando à deformação plástica. Essa mudança de forma gera estresse compressivo na SEI. Quando muda pra descarga, a SEI volta a um estado elástico e as tensões mudam de novo.
Os estresses que afetam a partícula de silício desempenham um papel significativo em definir sua voltagem. Quando a SEI é forte, ela pode causar uma diferença de voltagem notável entre carga e descarga. Se a SEI for fraca ou tiver Propriedades Mecânicas inferiores, a histerese pode diminuir.
Investigando a Histerese
Na nossa pesquisa, comparamos diferentes cenários de ânodos de silício sob várias condições. O primeiro envolveu filmes finos de silício, onde a expansão e contração criam um estresse considerável. O segundo cenário envolveu partículas cercadas por restrições fixas, onde diferenças de voltagem significativas apareceram principalmente durante a primeira litação. Por fim, ao observar partículas sem restrições, determinamos que apenas altos níveis de corrente criariam estresse suficiente pra gerar uma histerese de voltagem.
As propriedades da SEI também moldam como o silício se comporta durante esses processos. Altos níveis de estresse induzidos pela SEI influenciam como o silício expande ou contrai. Diferentes fatores, como o tamanho das nanopartículas de silício e as propriedades da SEI, afetam muito os comportamentos de voltagem observados durante os ciclos.
Conclusões do Modelo
Nosso modelo mostra que à medida que a SEI sofre deformação, um estresse significativo se desenvolve dentro do material. Para correntes baixas, esse estresse dentro da SEI contribui bastante pro estresse geral visto no silício, o que pode levar a uma histerese de voltagem perceptível. Em simulações que replicaram cenários do mundo real, descobrimos que o comportamento da SEI se alinhava bem com os dados experimentais.
O modelo permite observar a histerese de voltagem em diferentes estados de carga. Isso é super útil porque dá uma visão de como mudanças de estresse afetam o desempenho geral dos ânodos de silício.
A Importância das Propriedades do Material
As propriedades tanto da SEI quanto das nanopartículas de silício são cruciais. Variações na rigidez da SEI, por exemplo, têm um impacto claro na histerese de voltagem. Testes revelaram que SEIs mais moles podem ajudar a reduzir a histerese, enquanto SEIs mais rígidas levam a discrepâncias maiores na voltagem.
Entender os valores do módulo de Young tanto da SEI quanto das nanopartículas de silício ajuda a refinar nossas previsões e técnicas de modelagem. A camada interna da SEI é geralmente mais rígida que a camada externa, e essa distinção também desempenha um papel em como o sistema global se comporta.
Conclusão
As nanopartículas de silício têm grande potencial pra serem usadas em baterias de íon de lítio, mas também enfrentam desafios que precisam ser resolvidos. As mudanças de volume e a histerese de voltagem durante os processos de carga e descarga são barreiras significativas pra sua eficiência. Ao focar na mecânica da SEI e nas dinâmicas entre o silício e essa camada, podemos obter insights pra melhorar o desempenho dos ânodos de silício.
A pesquisa enfatiza que entender o comportamento viscoelástico da SEI oferece um caminho pra minimizar a histerese de voltagem nas nanopartículas de silício. No final, uma SEI mais macia poderia levar a ânodos de silício mais eficientes, tornando-os ainda mais viáveis pra tecnologia de baterias do futuro.
Título: Voltage Hysteresis of Silicon Nanoparticles: Chemo-Mechanical Particle-SEI Model
Resumo: Silicon is a promising anode material for next-generation lithium-ion batteries. However, the volume change and the voltage hysteresis during lithiation and delithiation are two substantial drawbacks to their lifetime and performance. We investigate the reason for the voltage hysteresis in amorphous silicon nanoparticles covered by a solid-electrolyte interphase (SEI). Concentration gradients inside the nanoscale silicon can not produce the massive stresses necessary to cause the reported voltage hysteresis. Our chemo-mechanical model shows that plastic deformation of the stiff, inorganic SEI during lithiation and delithiation reproduces the observed silicon open-circuit voltage hysteresis. Additionally, the viscous behavior of the SEI explains the difference between the voltage hysteresis observed at low currents and after relaxation. We conclude that the visco-elastoplastic behavior of the SEI is the origin of the voltage hysteresis in silicon nanoparticle anodes. Thus, consideration of the SEI mechanics is crucial for further improvements.
Autores: Lukas Köbbing, Arnulf Latz, Birger Horstmann
Última atualização: 2023-07-26 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.17533
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.17533
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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