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Controlando a Emissão de Luz em Centros de Cor de Diamante

Pesquisadores manipulam a emissão de luz dos centros de cor do diamante usando feixes de elétrons.

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Cristais de diamante têm alguns defeitos chamados centros de cor, que conseguem gerar luz. Esses defeitos fazem do diamante um material útil pra várias tecnologias, principalmente na área de processamento de informações e computação quântica. Ao trabalhar com esses centros de cor, os cientistas conseguem criar fontes de luz que se comportam de maneiras interessantes e úteis.

Emissão de Fótons e Centros de Cor

No diamante, os centros de cor se formam quando átomos estão faltando ou são substituídos por outros átomos. Esses centros podem agir como pequenas fontes de luz. Quando eles são excitados-ou seja, absorvem energia-eles emitem fótons, que são as unidades básicas de luz. Cada centro de cor pode se comportar de forma diferente, e quando muitos deles atuam juntos, conseguem produzir luz com propriedades únicas.

Métodos de Excitação

Uma maneira comum de excitar centros de cor é por meio da luz. No entanto, usar um Feixe de elétrons é um outro método. Um feixe de elétrons é um fluxo de elétrons direcionado ao diamante. Esse método pode sincronizar a atividade de vários centros de cor, tornando possível controlar como eles emitem luz.

Quando os centros de cor são excitados com luz, eles tendem a emitir fótons em momentos aleatórios. Mas com um feixe de elétrons, é possível conseguir mais coordenação entre os centros. Essa coordenação pode levar a comportamentos diferentes na luz produzida, como aglomeração e desaglomeração de fótons.

Estatísticas de Fótons

Ao estudar a emissão de luz, os cientistas analisam as estatísticas dos fótons. Isso se refere à forma como os fótons estão distribuídos ao longo do tempo. Se os fótons são emitidos em um padrão regular, é chamado de estatísticas de Poisson. Se os fótons são emitidos de forma mais irregular, pode ser chamado de sub-Poissoniano ou super-Poissoniano, dependendo se eles se agrupam ou se espalham.

Um emissor perfeito de um único fóton mostrará estatísticas sub-Poissonianas, significando que os fótons são emitidos um de cada vez. Em contrapartida, um conjunto de centros de cor pode se comportar de maneira que se aproxima das estatísticas de Poisson à medida que o número de emissores aumenta.

Estudo Experimental

Num estudo recente, os pesquisadores focaram em dois tipos de centros de cor no diamante: a falta de germânio (GeV) e a falta de silício (SiV). Eles analisaram sistematicamente como esses centros se comportavam quando excitados por um feixe de elétrons em diferentes intensidades.

Os pesquisadores descobriram que quando usaram uma corrente de feixe baixa, a luz emitida por alguns centros de cor mostrava uma clara desaglomeração, que é uma característica desejável para fontes de fótons únicos. No entanto, ao aumentar a corrente do feixe, eles observaram uma transição para a aglomeração de fótons. Isso significa que os fótons emitidos começaram a se agrupar em vez de serem emitidos individualmente.

Controle do Comportamento de Emissão

A chave para controlar esse comportamento está na intensidade do feixe de elétrons. Ajustando a força do feixe, os pesquisadores podiam influenciar a sincronização dos centros de cor. Em correntes muito baixas, os centros mostravam desaglomeração, mas à medida que a corrente aumentava, os fótons emitidos pelos centros começaram a se agrupar, indicando uma mudança na interação entre os centros.

Essa capacidade de ajustar as estatísticas da emissão de luz é significativa porque pode ajudar a criar fontes de luz mais eficientes para diversas aplicações.

Montagem Experimental

Os pesquisadores usaram um microscópio eletrônico de varredura (SEM) para realizar seus experimentos. O SEM permitiu que eles focassem o feixe de elétrons precisamente no diamante. Eles monitoraram a luz emitida pelos centros de cor e mediram suas estatísticas.

Usando equipamentos especializados, eles coletaram a luz emitida e analisaram suas propriedades. Isso envolveu observar como os fótons estavam correlacionados ao longo do tempo, o que fornece insights sobre o comportamento dos emissores.

Resultados

Os resultados mostraram uma relação clara entre a corrente do feixe e o comportamento das estatísticas dos fótons. Em correntes baixas, a saída de luz refletia as características de um emissor de um único fóton, enquanto correntes mais altas levavam a emissões coletivas típicas de muitos emissores.

Os pesquisadores também descobriram que, ao ter apenas alguns centros de cor no volume de excitação, podiam ter um controle mais fino sobre as estatísticas dos fótons. Isso significa que ajustar o feixe de elétrons permitiu que eles mudassem as propriedades de emissão de luz, tornando-a mais aleatória ou mais agrupada.

Importância para a Tecnologia

A capacidade de controlar a emissão de luz a partir de centros de cor em diamantes tem implicações para a tecnologia, especialmente nas áreas de computação quântica e comunicação segura. Tendo uma fonte de luz ajustável que pode emitir fótons únicos ou agrupá-los, essa pesquisa abre novas possibilidades para projetar sistemas ópticos avançados.

Além disso, usar diamante como material é benéfico porque ele é quimicamente estável e pode funcionar em temperatura ambiente. Isso é essencial para aplicações práticas, já que muitos sistemas precisam operar sob condições do dia a dia.

Conclusão

Resumindo, o estudo da emissão de fótons a partir de centros de cor em cristais de diamante mostra como os cientistas podem manipular a luz em uma escala muito pequena. Usando um feixe de elétrons para excitar esses centros, os pesquisadores conseguem controlar se a luz emitida se comporta como uma fonte de fótons únicos ou apresenta um comportamento coletivo mais complexo. Essa ajustabilidade representa um avanço empolgante no desenvolvimento de tecnologias quânticas e sistemas ópticos avançados. As descobertas podem impactar várias áreas, fazendo do diamante um material importante para futuras inovações em tecnologias baseadas em luz.

Fonte original

Título: Sub-to-super-Poissonian photon statistics in cathodoluminescence of color center ensembles in isolated diamond crystals

Resumo: Impurity-vacancy centers in diamond offer a new class of robust photon sources with versatile quantum properties. While individual color centers commonly act as single-photon sources, their ensembles have been theoretically predicted to have tunable photon-emission statistics. Importantly, the particular type of excitation affects the emission properties of a color center ensemble within a diamond crystal. While optical excitation favors non-synchronized excitation of color centers within an ensemble, electron-beam excitation can synchronize the emitters and thereby provides a control of the second-order correlation function $g_2(0)$. In this letter, we demonstrate experimentally that the photon stream from an ensemble of color centers can exhibit $g_2(0)$ both above and below unity. Such a photon source based on an ensemble of few color centers in a diamond crystal provides a highly tunable platform for informational technologies operating at room temperature.

Autores: Saskia Fiedler, Sergii Morozov, Danylo Komisar, Evgeny A. Ekimov, Liudmila F. Kulikova, Valery A. Davydov, Viatcheslav N. Agafonov, Shailesh Kumar, Christian Wolff, Sergey I. Bozhevolnyi, N. Asger Mortensen

Última atualização: 2023-02-07 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.03386

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.03386

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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