Melhorando o Reconhecimento de Fala com Correção de Disfluência
Pesquisas mostram um modelo pra melhorar a correção de desfluências em sistemas de reconhecimento de fala.
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Em conversas, às vezes as pessoas tropeçam nas palavras. Esses tropeços são conhecidos como desfluências. Podem ser pausas simples, tipo "ãh" ou "hum", ou podem envolver repetir palavras. Quando essas desfluências aparecem na fala, pode resultar em transcrições escritas bagunçadas quando registradas por máquinas. Esses erros podem causar problemas em aplicações como traduzir fala para outra língua.
Pra resolver isso, pesquisadores estão desenvolvendo métodos que ajudam a consertar esses erros. Isso é chamado de correção de desfluência (DC). O objetivo é limpar as transcrições de fala bagunçadas removendo ou corrigindo as partes desfluentes. Este artigo fala sobre uma nova maneira de melhorar o processo de correção de desfluência, especialmente em línguas que frequentemente carecem de dados de treinamento rotulados suficientes.
O que são desfluências?
Desfluências são palavras ou sons que interrompem o fluxo da fala sem adicionar significado. Existem vários tipos de desfluências:
- Pausas preenchidas: Palavras como "ãh" ou "hum" que não têm significado.
- Interjeições: Palavras que expressam sentimentos, como "uau" ou "aff."
- Marcadores de discurso: Palavras usadas pra gerenciar o fluxo da conversa, como "bem" ou "então."
- Repetições: Repetir palavras ou frases, como "eu, eu acho..."
- Começos falsos: Começar a dizer algo e mudar pra outro pensamento, tipo "eu quero ir pra... talvez depois."
- Edições: Mudar o que acabou de ser dito, como "eu preciso de três ingressos, oh espera, quero dizer quatro."
Desfluências costumam acontecer por causa do jeito natural que as pessoas falam e também podem ser resultado de problemas de fala, como Gagueira. Desfluências dificultam que sistemas de reconhecimento automático de fala (ASR) produzam transcrições claras, o que pode afetar outras tarefas que dependem dessas transcrições, como tradução.
A necessidade de correção de desfluência
Corrigir desfluências é importante pra garantir que o texto produzido por sistemas ASR seja legível e claro. Desfluências podem causar confusão e levar a erros que tornam a saída final menos precisa. Por exemplo, se alguém está gaguejando, isso pode resultar em uma frase que é difícil de entender.
Muitas técnicas de correção de desfluência existem, mas muitas vezes não há dados rotulados suficientes (texto com anotações mostrando o que é fluente e o que não é). Isso é especialmente verdade para línguas que são faladas em lugares onde menos recursos são dedicados a criar dados de treinamento.
A solução proposta
Os pesquisadores estão propondo um modelo de aprendizado de máquina que usa uma técnica chamada Treinamento Adversarial pra melhorar a correção de desfluência. Este modelo é projetado pra funcionar bem mesmo quando há dados rotulados limitados disponíveis.
Esse novo modelo pode aprender tanto com dados rotulados quanto com uma grande quantidade de dados não rotulados. Ele também utiliza Dados Sintéticos criados adicionando componentes desfluentes a frases limpas. Essa combinação visa aumentar a capacidade do modelo de classificar palavras em frases como desfluentes ou fluentes.
O modelo se chama Seq-GAN-BERT, e ele é composto por três partes principais:
- Um codificador baseado em BERT: Essa parte analisa a linguagem e a transforma em um formato que o modelo consegue entender.
- Um gerador: Isso cria dados falsos pra ajudar o modelo a aprender melhor.
- Um discriminador: Esse julga se as palavras em uma frase são fluentes ou desfluentes e se a entrada é real ou falsa.
Treinando essas partes juntas, o modelo melhora continuamente sua capacidade de identificar palavras desfluentes em uma frase.
Testando o modelo em diferentes línguas
Os pesquisadores testaram seu modelo em três línguas indianas: Bengali, Hindi e Marathi. O objetivo deles era ver quão bem o modelo consegue corrigir desfluências com apenas uma pequena quantidade de dados rotulados.
Para esse teste, eles criaram um conjunto de dados com frases desfluentes reais e sintéticas. Eles misturaram diferentes tipos de frases pra garantir um processo de treinamento confiável. Eles descobriram que o modelo Seq-GAN-BERT melhorou significativamente o desempenho da correção de desfluência em comparação com outras métodos existentes.
Gagueira e correção de desfluência
Outra área importante de foco nesse estudo foi como corrigir desfluências causadas por gagueira. A gagueira pode levar a sons ou palavras repetidas, mas com o modelo certo, isso pode ser identificado e corrigido.
Pra resolver isso, os pesquisadores criaram um conjunto de dados baseado em amostras de fala real de indivíduos que gaguejam. Eles usaram esses dados pra desenvolver um modelo que pode remover com precisão partes desfluentes da fala gaguejada. Os testes mostraram que o modelo melhorou efetivamente a legibilidade das transcrições geradas da fala gaguejada.
Importância do treinamento adversarial
Os pesquisadores destacaram a importância do treinamento adversarial em seu trabalho. Essa abordagem ajuda o modelo a desenvolver melhores representações da linguagem ao colocar duas partes do modelo uma contra a outra. O gerador cria dados, enquanto o discriminador avalia isso. Esse processo de idas e vindas permite que o modelo aprenda a classificar com precisão palavras como fluentes ou desfluentes mesmo quando os dados de treinamento são limitados.
Benefícios do treinamento multilíngue
Além do treinamento adversarial, a pesquisa mostrou que usar dados Multilíngues é benéfico para tarefas de correção de desfluência. O modelo treinado com dados de várias línguas teve um desempenho melhor do que modelos treinados em uma única língua. Isso sugere que aprender com múltiplas línguas aumenta o desempenho dos sistemas de correção de desfluência.
Desafios e limitações
Apesar dos resultados promissores, o estudo notou dois desafios principais. Primeiro, não há muitos benchmarks existentes para correção de desfluência em línguas indianas, então é difícil comparar o desempenho do modelo com outros. Segundo, o tamanho limitado dos conjuntos de dados rotulados usados para testes também representa um desafio.
Os pesquisadores continuam otimistas, acreditando que seu modelo pode melhorar o processo de correção de desfluência em várias línguas, mesmo aquelas com recursos limitados.
Direções futuras
Olhando pro futuro, os pesquisadores têm como objetivo integrar seu modelo com tecnologias de reconhecimento de fala pra criar um sistema de ponta a ponta para corrigir desfluências na linguagem falada. Eles também planejam explorar como seu modelo pode funcionar com outras línguas que têm estruturas gramaticais e características diferentes.
Conclusão
Resumindo, desfluências são um problema comum na linguagem falada que pode atrapalhar a clareza dos sistemas automáticos de reconhecimento de fala. O modelo Seq-GAN-BERT proposto mostra promessa em corrigir essas desfluências, mesmo em línguas de baixo recurso. Através de treinamento adversarial e do uso de dados sintéticos, o modelo demonstrou desempenho melhorado na correção de desfluências. Este estudo contribui pros esforços contínuos de aprimorar a tecnologia de fala e tornar a comunicação mais clara e eficaz pra todo mundo.
Título: Adversarial Training For Low-Resource Disfluency Correction
Resumo: Disfluencies commonly occur in conversational speech. Speech with disfluencies can result in noisy Automatic Speech Recognition (ASR) transcripts, which affects downstream tasks like machine translation. In this paper, we propose an adversarially-trained sequence-tagging model for Disfluency Correction (DC) that utilizes a small amount of labeled real disfluent data in conjunction with a large amount of unlabeled data. We show the benefit of our proposed technique, which crucially depends on synthetically generated disfluent data, by evaluating it for DC in three Indian languages- Bengali, Hindi, and Marathi (all from the Indo-Aryan family). Our technique also performs well in removing stuttering disfluencies in ASR transcripts introduced by speech impairments. We achieve an average 6.15 points improvement in F1-score over competitive baselines across all three languages mentioned. To the best of our knowledge, we are the first to utilize adversarial training for DC and use it to correct stuttering disfluencies in English, establishing a new benchmark for this task.
Autores: Vineet Bhat, Preethi Jyothi, Pushpak Bhattacharyya
Última atualização: 2023-06-10 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.06384
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.06384
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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Ligações de referência
- https://ctan.org/pkg/atbegshi
- https://www.latex-project.org/help/documentation/encguide.pdf
- https://en.wikipedia.org/wiki/Stuttering
- https://www.nidcd.nih.gov/health/stuttering
- https://github.com/vineet2104/AdversarialTrainingForDisfluencyCorrection
- https://cdn.openai.com/papers/whisper.pdf
- https://www.aclweb.org/portal/content/acl-code-ethics