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# Ciências da saúde# Epidemiologia

Relação entre obesidade infantil e risco de asma

Investigação revela que o aumento da obesidade infantil impacta significativamente as taxas de asma.

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Asma pediátrica é uma doença crônica comum que afeta crianças. É uma das principais razões para o aumento de casos de asma no mundo todo, com previsões indicando que cerca de 400 milhões de pessoas estarão afetadas até 2025. Uma das razões para o aumento dos casos de asma é a crescente quantidade de crianças obesas. Estudos mostraram que estar acima do peso pode aumentar o Risco de desenvolver asma.

O Desafio de Provar Causa e Efeito

Provar a ligação direta entre fatores de risco como Obesidade e asma pode ser complicado. Isso acontece porque muitos fatores podem confundir a situação, levando a uma má interpretação de como esses elementos podem estar conectados. Para resolver esse problema, os pesquisadores usam um método chamado randomização mendeliana (MR). Essa abordagem analisa variações genéticas que ocorrem aleatoriamente entre as pessoas para ajudar a separar causas de meras associações.

Como Funciona o MR

O MR usa dados genéticos para examinar como vários fatores influenciam os resultados de saúde. Por exemplo, ao estudar como certos genes se relacionam com o peso corporal, os pesquisadores podem inferir se estar acima do peso leva a um risco aumentado de asma. Esse método tenta estabelecer uma visão mais clara de como características como obesidade infantil podem afetar condições como a asma, mesmo que as conexões exatas possam ser complicadas.

Perspectiva de Ciclo de Vida sobre Obesidade e Asma

Embora o MR seja útil, muitos estudos assumem que os efeitos dos fatores de risco são constantes ao longo da vida de uma pessoa. No entanto, algumas relações podem mudar à medida que as pessoas envelhecem. Por exemplo, o impacto de estar acima do peso na infância sobre a asma pode ser diferente do impacto de estar acima do peso na idade adulta.

Para enfrentar isso, os pesquisadores adaptaram o MR para considerar como os efeitos da obesidade podem mudar ao longo da vida de uma pessoa. Essa abordagem atualizada já mostrou que estar acima do peso na infância pode influenciar diretamente o risco de diabetes tipo 1, enquanto a ligação para diabetes tipo 2 parece estar ligada a problemas de peso a longo prazo mais tarde.

Um Novo Estudo sobre Obesidade na Infância e na Adultez

Em um estudo recente, os pesquisadores aplicaram esse novo método para ver como estar acima do peso na infância e na idade adulta impacta o risco de asma. Usaram dados de um grande estudo no Reino Unido que incluía uma ampla gama de participantes. Eles categorizaram crianças com base no peso aos 10 anos e também consideraram seu peso como Adultos.

Coleta e Análise de Dados

Os pesquisadores reuniram dados sobre casos de asma diagnosticados em crianças e adultos. Descobriram características genéticas distintas ligadas à asma que começaram na infância em comparação com aquelas que se desenvolveram mais tarde na vida. Isso sugere que os motivos por trás da asma podem ser diferentes dependendo de quando começa, o que é importante para entender como tratar e prevenir a condição.

Todos os dados vieram de um grande estudo onde os participantes deram consentimento para que suas informações fossem usadas para pesquisa. Essa consideração ética garante que o estudo respeitou os indivíduos envolvidos.

Examinando os Efeitos do Peso

Os pesquisadores primeiro analisaram a influência geral da obesidade infantil no risco de asma. Usaram vários métodos estatísticos para analisar os dados. Os resultados mostraram uma forte conexão entre estar acima do peso na infância e o risco de desenvolver asma em uma idade precoce. Outros métodos também confirmaram essa descoberta.

Por outro lado, ao investigar se estar acima do peso na idade adulta influenciava a asma infantil, as evidências eram fracas. Isso ressalta a importância do peso na infância para determinar o risco de asma mais cedo na vida.

Asma de Início Adulto e Obesidade

Quando os pesquisadores estudaram a asma que começou na idade adulta, descobriram que, embora a obesidade infantil tivesse um impacto menor, estar acima do peso na idade adulta aumentou significativamente o risco de desenvolver asma mais tarde. Essa descoberta foi apoiada por múltiplos métodos de análise, reforçando a ideia de que a obesidade na vida adulta é um fator de risco crítico para a asma que ocorre mais tarde.

Principais Descobertas e Implicações

As descobertas fornecem evidências claras de que estar acima do peso na infância e na idade adulta são fatores de risco independentes para a asma. Isso significa que o peso em diferentes momentos da vida pode afetar o risco de asma de formas diferentes.

Usar esse método para estudar a conexão oferece insights valiosos sobre os efeitos diretos da obesidade infantil. A evidência de que o peso na fase adulta tem pouco efeito sobre o risco de asma infantil é esperada, já que a asma desenvolveria antes da exposição.

O estudo mostra que o aumento da obesidade infantil pode contribuir para o aumento dos casos de asma entre crianças. Isso destaca a urgência de lidar com a obesidade infantil, já que fazer isso poderia melhorar a vida de muitas crianças com asma e reduzir a carga do sistema de saúde associada a essa condição.

A Importância da Prevenção

Reconhecer a conexão entre obesidade infantil e asma enfatiza a necessidade de medidas preventivas. Com mais crianças se tornando obesas, intervenções voltadas para promover uma alimentação saudável e atividade física regular podem ser cruciais. Essas estratégias podem ajudar a reduzir o número de crianças em risco de asma e melhorar a saúde de forma geral.

O objetivo é não apenas combater a obesidade, mas também prevenir os potenciais problemas duradouros que podem surgir de condições relacionadas, como a asma. Os esforços de prevenção podem levar a melhores resultados de saúde para crianças e aliviar os desafios futuros relacionados a doenças crônicas.

Conclusão

A asma pediátrica é um problema de saúde significativo que muitas vezes se correlaciona com a obesidade infantil. Entender as conexões entre esses fatores é essencial para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e tratamento. A pesquisa contínua usando técnicas avançadas como a randomização mendeliana ao longo da vida ajudará a esclarecer as relações e orientar os esforços de saúde pública.

Ao lidar com a obesidade desde cedo, temos o potencial de fazer um impacto significativo na redução das taxas de asma entre crianças, levando a futuros mais saudáveis para muitos indivíduos. Implementar medidas preventivas é crítico para reverter as preocupantes tendências na obesidade infantil e na prevalência de asma.

Fonte original

Título: Age-dependent effects of adiposity on asthma risk during childhood and adulthood: a lifecourse Mendelian randomization study

Resumo: BackgroundSeparating the direct and long-term consequences of childhood lifestyle factors on asthma risk can be exceptionally challenging in epidemiology given that cases are typically diagnosed at various timepoints throughout the lifecourse. MethodsIn this study, we used human genetic data to evaluate the effects of childhood and adulthood adiposity on risk of pediatric (n=13,962 cases) and adult-onset asthma (n=26,582 cases) with a common set of controls (n=300,671) using a technique known as lifecourse Mendelian randomization. FindingsWe found that childhood adiposity increases risk of pediatric asthma (OR=1.20, 95% CI=1.03 to 1.37, P=0.03), whereas there was weak evidence that it has a long-term influence on adult-onset asthma (OR=1.05, 95% CI=0.93 to 1.17, P=0.39). Conversely, there was strong evidence that adulthood adiposity increases asthma risk in midlife using our lifecourse approach (OR=1.37, 95% CI=1.28 to 1.46, P=7x10-12). InterpretationThese findings suggest that adiposity in childhood and adulthood are independent risk factors for asthma at each of their corresponding timepoints in the lifecourse. This inference would not be possible without the application of human genetic data, emphasizing the value of this approach in uncovering risk factors that begin to exert their influence on disease at early stages in life. FundingThe Medical Research Council and the British Heart Foundation.

Autores: Tom G Richardson, H. Urquijo, G. M. Leyden, G. Davey Smith

Última atualização: 2023-08-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.08.23293842

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.08.23293842.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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