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# Ciências da saúde# Medicina genetica e genomica

Ligando a Metilação do DNA e o Risco de Câncer de Mama

Estudo destaca o papel das mudanças no DNA na avaliação do risco de câncer de mama.

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O Câncer de mama é um problema de saúde sério que afeta muitas mulheres ao redor do mundo. Pra descobrir quem pode estar em risco de desenvolver câncer de mama, os pesquisadores usam diferentes métodos. Isso inclui verificar genes específicos que podem levar ao câncer, olhar a história de saúde da família e usar ferramentas como mamografias. Recentemente, os cientistas começaram a analisar como mudanças no DNA, conhecidas como Metilação do DNA (DNAm), podem ajudar a avaliar o risco de câncer de mama.

O que é Metilação do DNA?

Metilação do DNA é um processo onde grupos químicos pequenos se ligam ao DNA, mudando como os genes se expressam sem alterar a sequência real do DNA. Isso significa que mesmo que alguém tenha o mesmo DNA que outra pessoa, como os genes funcionam pode ser diferente baseado nessas mudanças. Essas mudanças podem ser influenciadas por vários fatores, incluindo escolhas de vida e o meio ambiente.

Importância dos Fatores Ambientais

Embora a genética tenha um papel importante no risco de câncer de mama, os fatores ambientais também têm muita relevância. Coisas como a quantidade de álcool que a pessoa bebe, seu peso, o nível de atividade física e a exposição a hormônios podem influenciar o risco de câncer de mama. Entender como esses fatores afetam a metilação do DNA pode ajudar os pesquisadores a fornecer avaliações de risco melhores.

Usando Estudo com Gêmeos

Pra estudar esses efeitos, os pesquisadores costumam olhar pra gêmeos. Essa é uma abordagem poderosa porque gêmeos idênticos compartilham os mesmos genes. Comparando gêmeos idênticos onde um tem câncer de mama e o outro não, os cientistas conseguem focar melhor nos fatores ambientais que podem ter contribuído pra doença. Esse método ajuda a eliminar as diferenças genéticas da equação.

Num estudo novo, os pesquisadores usaram pares de gêmeos da Finlândia pra examinar como a metilação do DNA difere entre gêmeos quando um tem câncer de mama e o outro não. Eles mediram o DNA de amostras de sangue coletadas antes de qualquer diagnóstico de câncer pra ver se havia padrões.

Descobertas do Estudo com Gêmeos Finlandeses

O estudo analisou amostras de sangue de 108 pares de gêmeas. Entre essas, algumas gêmeas eram idênticas (compartilhando todos os genes) enquanto outras eram fraternas (compartilhando cerca da metade dos genes). Os pesquisadores encontraram um total de 212 locais no DNA onde mudanças na metilação estavam ligadas ao risco de câncer de mama. A maioria desses locais mostraram que níveis mais baixos de metilação estavam associados a um risco maior de desenvolver câncer de mama.

Validação com Estudo de Gêmeos Dinamarqueses

Pra garantir que os resultados eram confiáveis, os cientistas analisaram um grupo diferente de gêmeos da Dinamarca. Aqui, eles encontraram padrões semelhantes, mas os resultados não eram tão fortes quanto no grupo finlandês devido ao tamanho menor do estudo dinamarquês.

Causalidade vs. Correlação

Uma pergunta importante na ciência é se um fator realmente causa outro. Nesse caso, os pesquisadores usaram um método chamado Randomização Mendeliana. Esse método ajuda a encontrar evidências de causalidade olhando pra variantes genéticas que estão ligadas a áreas de metilação do DNA. Na análise deles, eles descobriram que um local específico (cg20145695) estava ligado tanto a um aumento do risco de um tipo de câncer de mama quanto a uma diminuição do risco de outro tipo, mostrando uma relação causal.

Influências Ambientais na Metilação do DNA

O estudo indica que a maior parte das diferenças na metilação do DNA entre gêmeos foi impulsionada por fatores ambientais em vez de genéticos. Isso sugere que muitas escolhas de vida e exposições podem alterar significativamente o risco de desenvolver câncer de mama.

Implicações para a Avaliação do Risco de Câncer de Mama

Essas descobertas sugerem que medir a metilação do DNA poderia servir como uma ferramenta adicional na avaliação do risco de câncer de mama. Identificar mudanças específicas no DNA poderia ajudar a determinar quais indivíduos têm mais chances de desenvolver a doença no futuro.

Importância da Pesquisa Futura

Embora o estudo tenha trazido insights valiosos sobre a relação entre mudanças no DNA e risco de câncer de mama, mais pesquisas são necessárias. Estudos futuros envolvendo grupos maiores de pessoas podem ajudar a esclarecer quais fatores ambientais são os mais importantes e como eles podem impactar a metilação do DNA e o risco de câncer.

Conclusão

Resumindo, essa pesquisa destaca a importância de fatores genéticos e ambientais pra entender o risco de câncer de mama. A metilação do DNA é uma área promissora de estudo que poderia melhorar ferramentas de Avaliação de Risco, ajudando a identificar mulheres que podem se beneficiar de um monitoramento mais próximo e medidas preventivas. As descobertas sublinham a complexidade do desenvolvimento do câncer, onde tanto nossos genes quanto nossas escolhas de vida desempenham um papel crítico. Continuando a explorar essas relações, os cientistas esperam desenvolver melhores estratégias pra prevenir o câncer de mama e gerenciar a saúde de forma mais eficaz.

Fonte original

Título: Pre-diagnosis blood DNA methylation profiling of twin pairs discordant for breast cancer points to the importance of environmental risk

Resumo: BackgroundAssessment of breast cancer (BC) risk generally relies on mammography, family history, reproductive history, and genotyping of major mutations. However, assessing the impact of environmental factors, such as lifestyle, health related behavior or external exposures, is still challenging. DNA methylation (DNAm), capturing both genetic and environmental effects, presents a promising opportunity. Previous studies have identified associations and predicted the risk of BC using DNAm in blood, however, these studies did not distinguish between genetic and environmental contributions to these DNAm sites. In this study, associations between DNAm and BC are assessed using paired twin models, which control for shared genetic and environmental effects, allowing testing for associations between DNAm and non-shared environmental exposures and behavior. ResultsPre-diagnosis blood samples of 32 monozygotic (MZ) and 76 dizygotic (DZ) female twin pairs discordant for BC were collected at the mean age of 56.0 years, with the mean age at diagnosis 66.8 and censoring 75.2 years. We identified 212 CpGs (p

Autores: Hannes F Bode, L. He, J. Hjelmborg, J. Kaprio, M. Ollikainen

Última atualização: 2023-08-16 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.15.23293985

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.15.23293985.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

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