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Avanços em Modelos de Cérebro Usando Células-Tronco

Novos métodos melhoram modelos cerebrais para estudar desenvolvimento e doenças.

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Estudar como o cérebro humano se desenvolve, especialmente em relação à saúde e doenças, tem sido complicado por causa da sua complexidade. Mas novas técnicas usando células especiais chamadas Células-tronco abriram portas para entender melhor o desenvolvimento do cérebro. Essas células-tronco podem se transformar em células do cérebro, permitindo que os pesquisadores criem modelos do cérebro que ajudam a entender tanto o funcionamento normal quanto as doenças.

Modelos de Células-Tronco e Seu Desenvolvimento

Os pesquisadores usam células-tronco embrionárias humanas ou células-tronco pluripotentes induzidas (hiPSCs) para criar modelos de cérebro. Esses modelos podem ser cultivados de diferentes maneiras. Alguns são desenvolvidos em camadas finas, enquanto outros formam estruturas tridimensionais. Essas estruturas podem parecer partes do cérebro e ajudam os pesquisadores a ver como as células do cérebro crescem e interagem. No entanto, à medida que os modelos se tornam mais complexos, eles tendem a mostrar mais variações nos resultados, dificultando a obtenção de conclusões concretas.

Um desafio significativo com esses modelos tridimensionais é que, às vezes, podem ter áreas no meio que não recebem oxigênio ou nutrientes suficientes. Isso pode fazer com que partes do modelo morram, o que pode afetar os resultados gerais. Alguns pesquisadores têm trabalhado em maneiras de melhorar esses modelos, por exemplo, adicionando estruturas que se parecem com vasos sanguíneos. Isso pode ajudar a garantir que todas as partes dos modelos recebam nutrientes suficientes.

Uma Nova Maneira de Criar Modelos de Cérebro

Neste estudo, os pesquisadores propõem um novo método para fazer modelos de cérebro que são mais fáceis de gerenciar e analisar. Esses modelos podem ser cultivados em placas de laboratório padrão que podem acomodar muitos amostras de uma vez. Os pesquisadores descobriram uma forma de fazer esses modelos de cérebro grudarem no fundo das placas, ajudando a mantê-los organizados.

Os novos modelos podem ser mantidos por um longo tempo e contêm vários tipos de células do cérebro, incluindo Neurônios, que são as principais células que transmitem sinais no cérebro, e Células Gliais, que dão suporte e protegem os neurônios. Os pesquisadores descobriram que, após oito semanas de crescimento desses modelos, as células se organizaram em camadas semelhantes a como estão dispostas em um cérebro real.

Auto-Organização das Células

Quando as células-tronco foram colocadas nas placas especialmente projetadas, elas começaram a se multiplicar e se transformar em células do cérebro. Ao longo de algumas semanas, as células emergentes se organizaram em padrões organizados. Os pesquisadores notaram que a maioria das amostras desenvolveu uma estrutura clara após dois meses. A parte central dessas estruturas ficou densamente empacotada com corpos celulares, enquanto as partes externas tinham longos processos se estendendo para fora.

A capacidade dessas células de se organizarem é importante para representar estruturas reais do cérebro. Ajustando o número de células-tronco usadas, os pesquisadores puderam controlar quão bem os modelos se desenvolviam. Células demais resultavam em redes mal organizadas, enquanto demais levavam à superlotação e desorganização.

Distribuição de Tipos de Células e Formação de Camadas

À medida que os modelos de cérebro amadureciam, os cientistas notaram uma mudança nos tipos de células presentes. Certas proteínas que marcavam diferentes tipos de células foram analisadas. Os pesquisadores descobriram que, enquanto o número de células-tronco diminuía com o tempo, o número de células especializadas do cérebro, como os neurônios, aumentava significativamente.

Diferentes tipos de neurônios começaram a se segregar em camadas, imitando o desenvolvimento natural visto em cérebros humanos. Isso é crucial para entender como diferentes funções do cérebro podem se desenvolver e interagir. O estudo mostrou que, após várias semanas, os modelos exibiam uma organização básica onde os neurônios da camada profunda se formavam antes dos neurônios da camada superior.

Variedade de Células do Cérebro

Os novos modelos de cérebro também continham vários tipos de células de suporte conhecidas como células gliais. Essas células desempenham papéis essenciais na saúde do cérebro, e sua presença nos modelos destaca sua importância no desenvolvimento cerebral. Os pesquisadores identificaram vários tipos de células gliais, incluindo aquelas que ajudam a formar a cobertura protetora ao redor dos neurônios.

Os modelos não só incluíam neurônios e células gliais, mas também continham células precursoras que podiam se desenvolver em um tipo específico de célula glial responsável por produzir mielina, que isola os neurônios. Os cientistas descobriram que essas células precursoras apareceram cerca de seis semanas após as células-tronco serem colocadas nos modelos e continuaram a crescer em células maduras capazes de apoiar a atividade neuronal.

Evidências de Função Cerebral

Para examinar se esses modelos de cérebro estavam funcionando corretamente, os pesquisadores procuraram sinais de Conexões Sinápticas, que são cruciais para a comunicação entre neurônios. Eles notaram que os neurônios formaram conexões entre si, indicando que a atividade sináptica estava ocorrendo.

Os pesquisadores também usaram técnicas especiais para medir a atividade dos neurônios nos modelos. Eles descobriram que os neurônios exibiam explosões coordenadas de atividade, sugerindo que eles estavam trabalhando juntos como uma rede, semelhante a um cérebro real. Monitorar como essas redes se comportavam ao longo do tempo fornece insights sobre como a atividade cerebral se manifesta.

Comparação com Modelos Existentes

Embora outros tipos de modelos de cérebro estejam disponíveis, como organoides flutuantes 3D, eles frequentemente têm seus próprios problemas, como variabilidade e necrose. Esses modelos flutuantes podem formar várias áreas de tecido cerebral, dificultando o estudo eficaz deles. Os novos organoides corticais aderentes oferecem uma abordagem mais simplificada.

Ao manter os modelos em um estado consistente, os pesquisadores podem analisar mais facilmente como as células do cérebro se desenvolvem e interagem. Essa uniformidade pode levar a resultados mais confiáveis, que são essenciais para futuras aplicações na compreensão da função cerebral e das doenças.

Aplicações Futuras

O novo método de criação de modelos de cérebro tem implicações significativas para a pesquisa. Com esses modelos sendo adequados para testes de alto rendimento, os cientistas podem estudar eficientemente os efeitos de diferentes compostos nas células do cérebro. Isso é particularmente útil para pesquisar distúrbios neurodesenvolvimentais e neuropsiquiátricos, onde entender essas condições pode levar a tratamentos melhores.

Além disso, a capacidade de testar medicamentos diretamente em modelos cerebrais derivados de humanos é vital. Modelos animais tradicionais nem sempre prevêem como os tratamentos funcionarão em humanos, então usar células humanas pode levar a avaliações mais precisas sobre a segurança e eficácia dos medicamentos.

Limitações e Conclusão

Apesar de seus muitos benefícios, esses novos organoides cerebrais ainda têm limitações. Os modelos ainda não replicam completamente todas as complexidades de um cérebro real, especialmente quando se trata da disposição de camadas e regiões. No entanto, a facilidade de uso e o potencial para estudos detalhados posicionam esses modelos como ferramentas valiosas na pesquisa em neurociência.

Em suma, o desenvolvimento desses novos organoides corticais aderentes marca um passo significativo na modelagem do desenvolvimento cerebral humano. A capacidade de criar modelos cerebrais consistentes e funcionais, sem dúvida, contribuirá para nossa compreensão do cérebro e de como lidar com doenças relacionadas. Através de pesquisas e aprimoramentos contínuos, esses modelos podem abrir caminho para avanços em neurociência e medicina.

Fonte original

Título: Human adherent cortical organoids in a multiwell format

Resumo: In the growing diversity of human iPSC-derived models of brain development, we present here a novel method that exhibits 3D cortical layer formation in a highly reproducible topography of minimal dimensions. The resulting adherent cortical organoids develop by self-organization after seeding frontal cortex patterned iPSC-derived neural progenitor cells in 384-well plates during eight weeks of differentiation. The organoids have stereotypical dimensions of 3 x 3 x 0.2 mm, contain multiple neuronal subtypes, astrocytes and oligodendrocyte lineage cells, and are amenable to extended culture for at least 10 months. Longitudinal imaging revealed morphologically mature dendritic spines, axonal myelination, and robust neuronal activity. Moreover, adherent cortical organoids compare favorably to existing brain organoid models on the basis of robust reproducibility in obtaining topographically-standardized singular radial cortical structures and circumvent the internal necrosis that is common in free-floating cortical organoids. The adherent human cortical organoid platform holds considerable potential for high-throughput drug discovery applications, neurotoxicological screening, and mechanistic pathophysiological studies of brain disorders.

Autores: Femke MS de Vrij, M. van der Kroeg, S. Bansal, M. Unkel, H. Smeenk, S. A. Kushner

Última atualização: 2024-04-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.15.589507

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.15.589507.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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