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# Informática# Engenharia de software

Melhorando a Reprodutibilidade na Pesquisa Científica

Um esforço pela padronização para simplificar a reprodução de experimentos na pesquisa.

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Muita gente quer repetir Experimentos científicos pra ver se consegue os mesmos resultados. Infelizmente, isso nem sempre é fácil. Quando alguém quer reproduzir um experimento baseado em computador, geralmente precisa olhar bem de perto o código e descobrir como configurar tudo. Isso inclui encontrar os dados certos, construir bibliotecas e definir Parâmetros. É meio que tentar seguir uma receita sem um conjunto claro de instruções.

O Desafio da Reproduzibilidade

O objetivo da reproduzibilidade automática é tornar esse processo mais fácil e direto. Isso permitiria que alguém reproduzisse resultados sem precisar checar manualmente cada detalhe. Esse tipo de reproduzibilidade ajudaria todo mundo na comunidade de pesquisa. Em vez de ter que decifrar instruções complexas, os pesquisadores poderiam simplesmente rodar um comando e ver os resultados.

Um grande problema é que não existe uma forma padrão de encontrar o comando principal pra rodar um experimento. Por exemplo, se um pesquisador tem um Makefile, que é um conjunto de instruções pra montar um software, geralmente não indica qual comando roda o experimento. Saber isso ajudaria outros a repetir o experimento sem confusão.

A Importância de uma Abordagem Padrão

Se houvesse uma forma padrão de marcar o comando principal, isso ajudaria muito os pesquisadores. Quando um estudo tem muitos experimentos pra reproduzir, ter um método claramente definido tornaria o trabalho mais fácil. Os pesquisadores poderiam saber exatamente onde olhar pra encontrar o comando pra rodar seus experimentos e ver se conseguem os mesmos resultados.

Pesquisas mostram que muitos Fluxos de trabalho, que são processos organizados pra fazer pesquisa, não funcionam de cara. Um estudo recente descobriu que mais de 70% desses fluxos de trabalho precisam de alguma configuração pelo usuário, como especificar dados ou parâmetros. Embora esses fluxos permitam flexibilidade, eles também dificultam pra quem tenta reproduzir um experimento.

Soluções Atuais e Suas Limitações

Tem várias maneiras de expressar como rodar experimentos. Isso inclui usar scripts, fluxos de trabalho e containers. Embora algumas abordagens permitam checar manualmente os códigos, pra estudos maiores que envolvem muitos códigos, isso se torna desafiador. Quando algo dá errado em um experimento, pode ser difícil saber se foi por um erro no código ou um problema com como foi rodado.

Pode não ser realista esperar que todo mundo na comunidade científica concorde com uma forma de rodar experimentos. No entanto, ter uma forma comum de documentar como rodar códigos beneficiaria muito a todos. Essa abordagem comum permitiria que equipes diferentes mantivessem seus próprios processos enquanto também tornava mais fácil pra outros reproduzirem seus experimentos.

Dados Vinculados e Semântica

Uma forma possível de alcançar esse consenso é através de dados vinculados, que é um método de estruturar informações na web. Usando dados vinculados, os pesquisadores podem se referir a fontes de dados e conectar seus experimentos a definições existentes. Isso poderia simplificar como documentar a execução dos experimentos.

Num nível básico, um documento poderia especificar Comandos usados em um experimento e uma breve descrição do que cada comando faz. Por exemplo, uma string poderia indicar "compilar" ou "rodar", ajudando outros a ver o propósito por trás de cada comando.

Conectando Comandos à Pesquisa

A abordagem proposta permitiria que comandos fossem vinculados diretamente a afirmações feitas em artigos de pesquisa. Isso significa que qualquer um olhando um artigo poderia facilmente encontrar os comandos necessários pra reproduzir os experimentos relacionados às figuras ou afirmações naquele artigo. Essa ligação poderia ser facilitada por vocabulários existentes que ajudam a categorizar e definir termos científicos.

Além disso, a especificação deve permitir que os usuários façam referência a figuras ou afirmações específicas dentro de uma publicação. Essa granularidade adicional permitiria que os pesquisadores seguissem caminhos precisos pra verificar cada parte do seu trabalho.

Abordando Dependências e Parâmetros

Em muitos casos, experimentos requerem que etapas específicas sejam feitas em uma certa ordem. A linguagem proposta também deve acomodar essas dependências, permitindo que os pesquisadores documentem cada passo e como eles se relacionam. Por exemplo, se um passo cria dados necessários pra outro passo, esse relacionamento deve ser claramente definido.

É também essencial documentar os parâmetros usados em experimentos. Isso inclui definir quais valores são aceitáveis ou quais parâmetros podem ser alternados. Tendo essa informação disponível, os pesquisadores poderiam rodar experimentos mais automatizados ou explorar conjuntos variados de entradas pra ver como os resultados podem mudar.

Fazendo Outros Adotarem Essa Abordagem

Embora criar essas especificações exija algum input humano, o processo pode ser facilitado. Motores de fluxo de trabalho, que ajudam a automatizar partes do processo de pesquisa, poderiam auxiliar na geração de especificações fazendo perguntas de alto nível. Isso permitiria que os pesquisadores se concentrassem no conteúdo em vez dos detalhes técnicos.

Se um experimento não usar um motor de fluxo de trabalho, uma sessão poderia ser iniciada pra capturar cada comando executado. Esse método registraria todos os comandos e seus resultados, tornando possível criar uma especificação completa depois.

No caso em que um pesquisador encontra uma publicação vinculando a um repositório, ele pode tentar adivinhar o comando principal necessário. Embora isso seja muitas vezes o padrão atual pra estudos de reprodução em larga escala, usar uma linguagem padronizada ofereceria clareza e estrutura pra estudos futuros.

O Papel das Comunidades e Colaboração

Esforços da comunidade também desempenhariam um papel vital nesse processo. Criar uma biblioteca de especificações de reproduzibilidade poderia permitir que pesquisadores compartilhassem seu trabalho com outros. Tendo um repositório de especificações, qualquer um que busque reproduzir resultados pode olhar lá primeiro antes de tentar adivinhar os comandos.

Incentivos de conferências e editores também poderiam ajudar a promover esses padrões. Ligando as especificações de reproduzibilidade aos requisitos de publicação, mais pesquisadores veriam o valor em adotar essa abordagem estruturada.

Conclusão

Padronizar como documentar e executar experimentos computacionais poderia levar a grandes melhorias na comunidade científica. Isso tornaria mais fácil pros pesquisadores reproduzirem trabalhos, enquanto também permitindo que eles tenham a flexibilidade de implementar seus próprios processos.

Uma maior produtividade surgirá a partir da capacidade de (re)usar experimentos científicos de forma mais eficaz. Desenvolvedores de pesquisa também seriam inspirados a criar ferramentas que aproveitem essas especificações comuns. Finalmente, essa abordagem abre a porta para estudos de engenharia de software mais substanciais focados na reproducibilidade em várias escalas.

Tendo essa estrutura em prática, podemos ter um sistema mais organizado onde os pesquisadores podem facilmente encontrar as informações que precisam. Uma abordagem padronizada pra documentar experimentos pode simplificar o processo pra todo mundo envolvido, beneficiando, em última análise, toda a comunidade de pesquisa.

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