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Melhorando o Reconhecimento de Fala para Idosos

Um estudo melhora o reconhecimento de fala para pessoas mais velhas, usando técnicas inovadoras.

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O Reconhecimento Automático de Fala (ASR) avançou bastante, especialmente com novas técnicas de treinamento que usam uma porção enorme de dados de áudio. Esses métodos ajudaram a melhorar como as máquinas entendem a fala, mas ainda têm limitações. Muitas melhorias se aplicam só a algumas línguas e grupos específicos de falantes. Isso traz desafios para reconhecer a fala de idosos, que costumam ter estilos de fala e sotaques diferentes dos falantes mais jovens.

Pra ajudar os sistemas de ASR a reconhecer a fala de grupos sub-representados, os pesquisadores estão olhando pra aprendizagem por transferência. Essa técnica permite que um modelo treinado em uma área seja ajustado para outra, que pode incluir línguas de poucos recursos ou grupos específicos de falantes. Mas, ao tentar adaptar um modelo a novos dados, é comum que seu desempenho nos dados originais caia.

Neste estudo, os pesquisadores coletaram um conjunto de dados chamado Comandos de Voz de Idosos Alemães (SVC-de) pra avaliar como os modelos de ASR conseguem se adaptar a esse novo grupo de falantes. Eles queriam descobrir quanto do desempenho geral esses modelos conseguiam manter ao congelar seletivamente certas partes do modelo durante o treinamento. Pra ainda fortalecer a capacidade dos modelos de lidar com fala diferente da base de treinamento, eles usaram uma técnica chamada Replay de Experiência (ER). Essa abordagem envolveu adicionar uma pequena quantidade de dados do conjunto de treinamento original, permitindo que os modelos mantivessem um bom desempenho nas tarefas gerais de reconhecimento de fala.

O Estado do Reconhecimento Automático de Fala

Os modelos de ASR mostraram resultados impressionantes recentemente, especialmente com a introdução de novos métodos de treinamento que aprendem com uma quantidade enorme de dados de áudio brutos. No entanto, esses modelos também ficaram maiores e exigem milhares de horas de áudio pra treinar efetivamente. Por exemplo, um modelo recente chamado Whisper tem mais de 1,5 bilhão de parâmetros e foi treinado com 680.000 horas de dados de fala.

A maioria dos Conjuntos de dados de ASR, como o Common Voice DE, tem a maior parte das amostras de falantes mais jovens, normalmente entre 19 e 59 anos. Isso significa que os idosos estão sub-representados nos dados disponíveis pra treinar esses modelos. O objetivo é criar modelos mais confiáveis pra reconhecer a fala de todos os tipos de falantes, especialmente de pessoas mais velhas que podem ter sotaques ou padrões de fala diferentes.

Os pesquisadores acreditam que modelos em grande escala podem ser benéficos pra muitas línguas e que podem melhorar o ASR em línguas de poucos recursos. No entanto, muitas vezes é necessário ajustar esses modelos pra lidar com grupos ou tipos específicos de fala, porque muitos deles têm um desempenho ruim quando encontram fala que foge do padrão.

O Desafio do Ajuste fino e o Esquecimento Catastrófico

Ao ajustar um modelo, é comum que o desempenho na tarefa original diminua, um problema conhecido como esquecimento catastrófico. Pra resolver essa questão, é necessária uma combinação cuidadosa de aprendizagem por transferência e aprendizagem contínua.

Neste projeto, um conjunto de dados de Comandos de Voz de Idosos Alemães (SVC-de) foi criado pra avaliar o desempenho de diferentes modelos de ASR multilíngues, como Whisper, XLSR-53 e XLS-R. Os pesquisadores investigaram como ajustar camadas específicas desses modelos impactava seu desempenho. Eles queriam identificar quais partes do modelo são cruciais pra manter o reconhecimento geral da fala enquanto ainda permitem ajustes pra atender às necessidades de grupos demográficos específicos.

Replay de Experiência como Solução

O Replay de Experiência (ER) é um método usado na aprendizagem contínua. Ajuda a evitar a perda de conhecimento sobre o reconhecimento geral de fala ao incorporar alguns dados do domínio original no treinamento do novo domínio. Usando o ER, os pesquisadores queriam melhorar o desempenho dos modelos tanto pro novo grupo quanto pro grupo original mais velho.

No estudo, o conjunto de dados SVC-de foi usado pra ajustar os modelos de ASR. Eles analisaram como diferentes configurações de camadas afetavam o desempenho tanto no SVC-de quanto em outro conjunto de dados chamado Common Voice DE (CV-de). O objetivo era encontrar um equilíbrio eficaz entre adaptar os modelos pra reconhecer a fala de idosos e preservar sua capacidade de entender a fala geral.

Resultados do Ajuste Fino Específico de Camadas

Os achados revelaram que ajustar o modelo inteiro normalmente resultava no melhor desempenho. No entanto, houve diferenças notáveis ao ajustar apenas certas camadas no modelo Whisper. Quando apenas as camadas do codificador foram ajustadas, o desempenho melhorou bastante, mas não conseguiu chegar aos melhores níveis de desempenho alcançados ao ajustar o modelo inteiro. Em contraste, o ajuste das camadas do decodificador também apresentou melhorias, mas o melhor desempenho foi alcançado ao ajustar ambas as camadas ao mesmo tempo.

Curiosamente, enquanto o modelo Whisper se saiu bem, outros modelos como XLS-R e XLSR-53 mostraram resultados diferentes. O desempenho desses modelos variou bastante dependendo das configurações de camadas usadas. No geral, a pesquisa destacou os potenciais benefícios de ajustar apenas uma parte do modelo em vez do sistema inteiro, já que isso frequentemente resultava em um desempenho melhor tanto para os novos conjuntos de dados quanto para os originais.

Os Benefícios da Aprendizagem Contínua

Usar o ER durante o processo de ajuste fino mostrou resultados promissores. Mesmo aplicando apenas uma pequena porcentagem dos dados originais, melhorou a estabilidade do modelo durante o treinamento no SVC-de e minimizou a perda de desempenho no CV-de. Por exemplo, ao ajustar apenas as últimas camadas do modelo Whisper com uma fatia de 10% dos dados originais, o desempenho obtido foi bastante competitivo.

Os modelos XLS-R e XLSR-53 também se beneficiaram do ER, mas não alcançaram os mesmos níveis de desempenho do modelo Whisper. O estudo indicou que aplicar o ER ajudou a manter um bom desempenho no reconhecimento geral de fala, permitindo ajustes pra tipos específicos de fala.

Conclusão e Trabalhos Futuros

Essa pesquisa combinou efetivamente o ajuste fino específico de camadas e técnicas de aprendizagem contínua pra melhorar o reconhecimento de fala de grupos sub-representados como os idosos. Ao modificar partes menores do modelo, eles conseguiram manejar o desempenho do reconhecimento geral de fala enquanto também melhoravam a adaptação a grupos específicos de falantes.

Como resultado, o modelo com melhor desempenho foi a arquitetura Whisper-small ajustada no SVC-de com apenas uma porção minúscula dos dados originais. Esse modelo melhorou significativamente o desempenho de reconhecimento para idosos enquanto mantinha um desempenho aceitável em tarefas de fala gerais.

Esses achados não só mostram o potencial de melhor reconhecimento de grupos de falantes diversos, mas também sugerem que os métodos desenvolvidos poderiam ser aplicados a outras áreas, como o reconhecimento de dialetos. Em suma, essa abordagem abre caminho pra sistemas de reconhecimento de fala mais inclusivos que possam levar em conta as diferentes formas como as pessoas falam.

Fonte original

Título: Replay to Remember: Continual Layer-Specific Fine-tuning for German Speech Recognition

Resumo: While Automatic Speech Recognition (ASR) models have shown significant advances with the introduction of unsupervised or self-supervised training techniques, these improvements are still only limited to a subsection of languages and speakers. Transfer learning enables the adaptation of large-scale multilingual models to not only low-resource languages but also to more specific speaker groups. However, fine-tuning on data from new domains is usually accompanied by a decrease in performance on the original domain. Therefore, in our experiments, we examine how well the performance of large-scale ASR models can be approximated for smaller domains, with our own dataset of German Senior Voice Commands (SVC-de), and how much of the general speech recognition performance can be preserved by selectively freezing parts of the model during training. To further increase the robustness of the ASR model to vocabulary and speakers outside of the fine-tuned domain, we apply Experience Replay for continual learning. By adding only a fraction of data from the original domain, we are able to reach Word-Error-Rates (WERs) below 5\% on the new domain, while stabilizing performance for general speech recognition at acceptable WERs.

Autores: Theresa Pekarek Rosin, Stefan Wermter

Última atualização: 2023-10-18 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.07280

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.07280

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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