Veteranos e PCI da Artéria Principal: Novas Perspectivas
Estudo revela aumento no uso de PCI de artéria principal esquerda e riscos relacionados em veteranos.
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Índice
Descobertas recentes de um grande estudo com veteranos nos Estados Unidos mostram que o uso de intervenção coronária percutânea (PCI) na artéria principal esquerda tá aumentando. Esse procedimento é feito em pacientes que não passaram antes por cirurgia de revascularização do miocárdio (CABG).
Principais Descobertas
Os dados indicam que pacientes que fizeram PCI na artéria principal esquerda sem ter passado por CABG antes tiveram taxas mais altas de problemas cardíacos sérios e mortes em geral dentro de um ano em comparação com os que já tinham feito CABG. Embora a chance de precisar ser readmitido por infarto ou procedimentos adicionais fosse baixa no geral, a taxa de problemas cardíacos graves nesse grupo foi maior do que o que normalmente se vê em ensaios clínicos.
Importância Clínica
O estudo destaca que veteranos que recebem PCI na artéria principal esquerda em situações do dia a dia geralmente têm condições médicas mais complexas e enfrentam riscos maiores do que aqueles em ensaios clínicos. Alguns pacientes podem não ser candidatos adequados para CABG, o que significa que eles pertencem a um grupo de maior risco.
Em casos planejados, conversas sobre as melhores opções cirúrgicas devem incluir a perspectiva de saúde do paciente para o próximo ano. Doença arterial coronariana (CAD) severa na artéria principal esquerda afeta cerca de 4% dos indivíduos que passam por angiografia coronariana. Historicamente, CABG sempre foi o método preferido para tratar essa condição, enquanto PCI era reservado para quem estava em alto risco para cirurgia. No entanto, ensaios recentes sugerem que PCI pode ser uma alternativa segura e eficaz à CABG para certos pacientes.
Definição de Termos
PCI na artéria principal esquerda protegida (PLM) refere-se ao procedimento realizado em pacientes que já passaram por CABG e ainda têm enxertos funcionais fornecendo sangue ao coração. Já a PCI na artéria principal esquerda não protegida (ULM) é feita em pacientes sem enxertos prévios no sistema coronário esquerdo. Análises recentes de dados nacionais mostram que a PCI ULM representa uma pequena fração do total de procedimentos de PCI, com taxas de complicações em hospital mais altas em comparação com outros tipos de PCI.
A PCI PLM não tem muita pesquisa em ensaios controlados, mas continua sendo realizada na prática clínica. Estudos anteriores indicaram que as taxas de complicações para PCI PLM eram substanciais, embora técnicas e dispositivos mais novos possam afetar esses resultados.
Desenho do Estudo
O objetivo desse estudo foi avaliar como as PCI ULM e PLM são utilizadas dentro do sistema de Veteranos (VA) e examinar os resultados associados a cada método. O estudo analisou registros do Programa de Avaliação e Reporte Clínico (CART) do VA, que rastreia todos os procedimentos cardíacos invasivos.
Os dados foram coletados de 1º de janeiro de 2009 a 30 de setembro de 2019. Os pesquisadores categorizaram PCI PLM e ULM com base nas histórias dos pacientes e na presença de enxertos funcionalmente válidos. Procedimentos de angioplastia com balão sem stents foram excluídos da análise.
Características dos Pacientes e Procedimentos
O estudo analisou várias características demográficas dos pacientes, fatores clínicos e detalhes do procedimento para aqueles que passaram por PCI PLM e ULM. Os pesquisadores notaram tendências ao longo do tempo na frequência desses procedimentos e analisaram as características dos pacientes ligadas aos resultados.
Um total de 4.584 pacientes fizeram PCI na artéria principal esquerda durante o período do estudo. Desses, 233 foram excluídos por apenas realizar angioplastia com balão. Os pacientes restantes incluíram 2.783 realizando PCI PLM e 1.568 fazendo PCI ULM. Técnicas de emparelhamento foram usadas para garantir que os dois grupos fossem comparáveis em termos de características-chave como idade, sexo e histórico de saúde.
Diferenças Entre os Grupos
Análises iniciais mostraram diferenças consideráveis entre os pacientes que receberam PCI ULM e aqueles que receberam PCI PLM. Os pacientes ULM eram geralmente mais velhos, com mais problemas de saúde crônicos e maior probabilidade de situações médicas urgentes.
No grupo emparelhado, ambos os conjuntos de pacientes tinham altas taxas de condições médicas, mas não mostraram diferenças em termos de idade, sexo ou raça. No entanto, os pacientes submetidos à PCI ULM foram geralmente avaliados com uma pontuação de risco clínico mais alta.
O estudo descobriu que os métodos de acesso às artérias diferiam entre os dois grupos, sendo que a PCI ULM tinha mais chances de envolver acesso radial. Dispositivos de suporte mecânico também foram usados com mais frequência no grupo de PCI ULM.
Tendências de Uso
De 2009 a 2019, houve um aumento constante nos procedimentos de PCI ULM, sugerindo uma crescente aceitação desse método na prática clínica. Apesar desse aumento, o número total de casos de PCI PLM permaneceu estável.
Resultados Após Um Ano
Pacientes que fizeram PCI ULM tiveram resultados piores dentro de um ano em comparação com aqueles que passaram por PCI PLM. As taxas de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) e mortalidade geral foram significativamente mais altas no grupo ULM.
Embora a frequência de eventos específicos como readmissão por infartos fosse semelhante entre os dois grupos, as taxas de complicações gerais e mortes foram notáveis, levantando preocupações sobre a perspectiva a longo prazo para pacientes que realizam PCI ULM.
Fatores de Risco
O estudo indica que certos fatores de risco, como diabetes e função cardíaca comprometida, são comuns entre a população de veteranos que passa por PCI. Esses fatores podem levar a um risco maior de complicações em comparação com pacientes em ensaios clínicos anteriores, que muitas vezes incluíam indivíduos mais saudáveis.
Conclusão
As descobertas desse estudo fornecem insights valiosos sobre as realidades da PCI na artéria principal esquerda em um cenário do mundo real, especificamente em uma população de veteranos de alto risco. Destaca a complexidade dos grupos de pacientes envolvidos e os desafios que eles enfrentam com seus resultados de saúde.
Os dados sugerem que veteranos que fazem PCI ULM enfrentam taxas mais altas de complicações e mortalidade em comparação com aqueles que realizam PCI PLM. Isso tem implicações importantes para práticas clínicas e decisões compartilhadas sobre opções de tratamento para doença arterial coronariana na artéria principal esquerda na comunidade de veteranos.
No geral, o estudo ressalta a necessidade de pesquisas contínuas e a consideração cuidadosa das características dos pacientes ao avaliar estratégias de tratamento para condições da artéria coronariana principal esquerda.
Título: Outcomes of Percutaneous Coronary Intervention for Protected versus Unprotected Left Main Coronary Artery Disease: Insights from the VA CART Program
Resumo: BackgroundPractice patterns and outcomes of protected left main (PLM) and unprotected left main (ULM) percutaneous coronary intervention (PCI), as well as the differences between these types of PCI, are not well defined in real-world clinical practice. MethodsData collected from all Veteran Affairs (VA) catheterization laboratories participating in the Clinical Assessment Reporting and Tracking Program between 2009 and 2019. The analysis included 4,351 patients undergoing left main PCI, of which 1,306 pairs of PLM and ULM PCI were included in a propensity matched cohort. Patients and procedural characteristics were compared between PLM and ULM PCI. Temporal trends were also assessed. Peri-procedural and one-year major adverse cardiovascular events (MACE) were compared using cumulative incidence plots. The primary outcome was MACE outcomes at 1-year, which was defined as a composite of all-cause mortality, rehospitalization for myocardial infarction (MI), rehospitalization for stroke or urgent revascularization. ResultsULM PCI patients in comparison to PLM PCI were older (71.5 vs 69.2; P < 0.001), more clinically complex and more likely to present with ACS. In the propensity matched cohort, radial access was used more often for ULM PCI (21% [273] vs. 14% [185], P < 0.001), and ULM PCI was more likely to involve the LM bifurcation (22% vs 14%; P = 0.003) and require mechanical circulatory support (10% [134] vs 1% [17]; P
Autores: Samit M. Shah, P. Engel, A. L. Hebbe, Y. Hussain, R. Khera, S. Banerjee, M. Plomondon, S. W. Waldo, S. E. Pfau, J. P. Curtis
Última atualização: 2023-10-28 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.27.23297698
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.27.23297698.full.pdf
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