O Papel da Ubiquitina na Endocitose
A ubiquitina estabiliza a endocitose, garantindo a captação eficaz de materiais essenciais pelas células.
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Índice
- O Papel da Ubiquitina
- Primeiros Passos da Endocitose Mediadas por Clatrina
- Papel da Ubiquitina na Recrutamento de Cargas
- Dinâmica da Rede Endocítica
- Impacto da Ubiquitina na Estabilidade da Rede Endocítica
- Experimentos sobre o Papel da Ubiquitina
- Recrutamento de Desubiquitinases e Seu Impacto
- Descobertas do Recrutamento Ativado por Luz
- Conclusões sobre o Papel da Ubiquitina na Endocitose
- Direções Futuras
- Resumo
- Fonte original
- Ligações de referência
A Endocitose é um processo que permite que as células absorvam substâncias, como proteínas e gorduras, da sua membrana externa. Esse processo é essencial para várias funções celulares, incluindo comunicação, obtenção de nutrientes e reciclagem de materiais. Um dos caminhos mais estudados da endocitose é a endocitose mediada por clatrina.
Durante a endocitose mediada por clatrina, proteínas específicas se juntam para iniciar o processo. Essas proteínas iniciais, como Eps15 e Intersectin, formam um ponto na membrana onde a endocitose vai acontecer. Depois que elas se alinham, atraem Proteínas Adaptadoras, que ajudam a reunir as proteínas carregadoras. Essas proteínas carregadoras são importantes porque levam as substâncias que a célula precisa absorver.
Uma parte essencial desse processo é o papel da clatrina, uma proteína que ajuda a moldar a membrana em um pouch, que eventualmente se fecha para formar uma pequena bolha conhecida como vesícula. Essa vesícula pode então se mover para dentro da célula, onde pode liberar seu conteúdo para a célula usar.
Ubiquitina
O Papel daUm dos principais players na regulação desse processo endocítico é uma proteína pequena chamada ubiquitina. A ubiquitina ajuda a marcar proteínas para várias tarefas dentro da célula, incluindo direcioná-las para degradação ou reciclagem. Essa marcação é crucial para garantir que apenas as proteínas certas sejam absorvidas durante a endocitose.
Dentro do processo de endocitose, certas proteínas, como Eps15, têm regiões que podem se ligar à ubiquitina. Essas interações permitem uma melhor estabilidade do conjunto endocítico, garantindo que as proteínas possam ficar no lugar tempo suficiente para facilitar a absorção de cargas essenciais.
Estudos recentes mostraram que, quando os níveis de ubiquitina são interrompidos, a estabilidade dos locais endocíticos cai. Essa instabilidade pode levar a uma endocitose ineficaz, ou seja, as células não conseguem absorver os materiais necessários de forma eficiente.
Primeiros Passos da Endocitose Mediadas por Clatrina
Os primeiros passos da endocitose mediada por clatrina começam com a reunião das proteínas iniciadoras. Essas proteínas, incluindo Eps15 e suas companheiras, se movem para a membrana plasmática e se agrupam para criar um ponto de partida para o processo de endocitose.
Uma vez que essas proteínas estão no lugar, as proteínas adaptadoras vêm se juntar à reunião. O trabalho delas é conectar as proteínas carregadoras que a célula quer absorver. Essas proteínas carregadoras geralmente transportam substâncias vitais necessárias para a sobrevivência e função da célula.
À medida que a montagem de proteínas continua, as moléculas de clatrina se ligam à estrutura em crescimento. Elas criam uma estrutura em forma de cesta ao redor das proteínas carregadoras, puxando a membrana para dentro e incentivando-a a se curvar. Essa curvatura é crucial, pois leva à formação de uma vesícula que pode ser pinçada da membrana.
Papel da Ubiquitina na Recrutamento de Cargas
As proteínas carregadoras frequentemente têm características específicas que ajudam a se ligar às proteínas adaptadoras. Essas características são reconhecidas pelas proteínas adaptadoras, que garantem que as proteínas carregadoras sejam incluídas na vesícula que está sendo formada.
A ubiquitinação, o processo de adicionar ubiquitina a uma proteína, também desempenha um papel significativo aqui. Isso ajuda a marcar certas proteínas carregadoras para inclusão nas vesículas destinadas ao processamento ou reciclagem. As proteínas carregadoras ubiquitinadas têm mais chances de serem absorvidas com sucesso pela célula, já que têm uma maior afinidade de ligação com as proteínas adaptadoras que as guiam para dentro da vesícula.
Quando as células não conseguem ubiquitinar essas proteínas carregadoras corretamente, isso pode levar a uma diminuição na quantidade de carga que é internalizada, afetando a saúde e funcionalidade geral da célula.
Dinâmica da Rede Endocítica
A dinâmica da rede endocítica é fascinante. Toda a montagem deve permanecer flexível para permitir mudanças rápidas na estrutura à medida que mais proteínas são trazidas e à medida que vesículas se formam e se destacam. Se a rede se tornar rígida ou instável demais, isso pode impactar a capacidade da célula de absorver substâncias essenciais.
Descobertas recentes mostraram que as proteínas envolvidas na iniciação da endocitose formam estruturas flexíveis em forma de gotículas nas células. Essas gotículas mudam rapidamente e podem trocar componentes de forma ágil. Essa flexibilidade é essencial para manter o equilíbrio no processo endocítico.
Impacto da Ubiquitina na Estabilidade da Rede Endocítica
A presença de ubiquitina é crucial para estabilizar a rede de proteínas envolvidas na endocitose. Quando a ubiquitina está presente, proteínas como Eps15 conseguem se segurar melhor umas às outras, reduzindo a chance de montagens endocíticas de curta duração ou instáveis.
Se a ubiquitina for removida da equação, as ligações entre as proteínas se enfraquecem. Esse enfraquecimento leva a uma rotatividade mais rápida dos componentes dentro da rede endocítica, criando uma situação onde os locais endocíticos críticos são menos estáveis e mais propensos a falhar em sua função.
Experimentos sobre o Papel da Ubiquitina
Pesquisadores realizaram vários experimentos para entender melhor como a ubiquitina afeta a endocitose. Uma abordagem utiliza proteínas purificadas em ambientes laboratoriais para observar como a adição ou remoção de ubiquitina impacta a formação de gotículas e sua estabilidade.
Esses experimentos mostraram que a presença de poliubiquitina leva a uma maior estabilidade nas gotículas de proteína em comparação com quando apenas a monoubiquitina está presente. Através de análises cuidadosas, os pesquisadores determinaram que a poliubiquitina tem um efeito estabilizador muito mais eficaz nas estruturas que ajudam na endocitose.
Através de técnicas de imagem em células vivas, os cientistas podem observar como a ubiquitina influencia a endocitose em tempo real. Ao marcar proteínas com marcadores fluorescentes, eles conseguem ver quanto tempo diferentes estruturas endocíticas duram e quanta carga é absorvida com base na presença de ubiquitina.
Recrutamento de Desubiquitinases e Seu Impacto
Para explorar mais o papel da ubiquitina, os pesquisadores introduziram enzimas desubiquitinantes (DUBs) no sistema. Essas enzimas trabalham removendo a ubiquitina das proteínas. Essa adição permite que os cientistas vejam claramente como a remoção da ubiquitina afeta a dinâmica da endocitose.
Quando os DUBs são introduzidos, a estabilidade dos locais endocíticos cai, levando a um aumento nas estruturas de curta duração. Esse fenômeno destaca como a ubiquitina é essencial para manter o equilíbrio e a eficiência do processo endocítico.
Descobertas do Recrutamento Ativado por Luz
Usando abordagens inovadoras, os pesquisadores desenvolveram sistemas que permitem controlar o momento em que os DUBs são ativados. Ao iluminar uma luz específica, eles podem ativar o recrutamento dessas enzimas para os locais endocíticos.
Esse método ativado por luz permite que os cientistas observem os efeitos imediatos na endocitose à medida que a ubiquitina é removida. Eles descobriram que, dentro de minutos após a ativação dos DUBs, a estabilidade dos locais endocíticos diminui significativamente. Essa rápida desestabilização confirma o papel crítico que a ubiquitina desempenha na manutenção de locais endocíticos funcionais.
Conclusões sobre o Papel da Ubiquitina na Endocitose
Os estudos realizados revelam uma compreensão abrangente de como a ubiquitina interage com as proteínas no processo endocítico. A adição de ubiquitina ajuda a estabilizar as redes de proteínas iniciais que são necessárias para uma endocitose eficaz.
Quando essas interações são interrompidas, seja por falta de ubiquitina ou pela introdução de DUBs para removê-la, a eficiência do processo endocítico diminui. As células têm dificuldades para internalizar as cargas essenciais de que precisam para funcionar corretamente.
Ao observar como a ubiquitina influencia esses processos, os pesquisadores preparam o terreno para investigações mais profundas sobre a saúde celular e os mecanismos por trás de várias doenças relacionadas à endocitose, como distúrbios neurodegenerativos e câncer. Entender essa relação abre novas avenidas para abordagens terapêuticas que visam as vias endocíticas.
Direções Futuras
Para frente, é essencial continuar explorando como a ubiquitina e suas interações com diferentes proteínas podem ser manipuladas. Compreender essas dinâmicas pode levar a avanços em tratamentos para condições onde a endocitose está prejudicada.
Além disso, os papéis intrincados de outras proteínas em conjunto com a ubiquitina merecem mais estudos. À medida que aprofundamos nossa compreensão dessas interações, podemos descobrir novas estratégias para melhorar a absorção celular de nutrientes vitais ou medicamentos, beneficiando a saúde humana e os tratamentos médicos.
Com as técnicas e tecnologias em avanço, o estudo da endocitose continuará a fornecer insights sobre os processos fundamentais da vida celular.
Resumo
O processo de endocitose é vital para as células obterem materiais necessários do seu ambiente. O processo depende muito de várias proteínas, incluindo Eps15, proteínas adaptadoras e, principalmente, a ubiquitina. A ubiquitina melhora a estabilidade e a eficácia da maquinaria endocítica, garantindo que cargas essenciais sejam internalizadas de forma eficiente. Estudos recentes destacam a importância de manter os níveis de ubiquitina, já que qualquer interrupção pode levar a uma endocitose menos eficaz e impactar negativamente a função celular. Usando abordagens inovadoras, os cientistas podem desvendar ainda mais as complexidades desse processo e suas implicações para a saúde e doença.
Título: Ubiquitin-driven protein condensation initiates clathrin-mediated endocytosis
Resumo: Clathrin-mediated endocytosis is an essential cellular pathway that enables signaling and recycling of transmembrane proteins and lipids. During endocytosis, dozens of cytosolic proteins come together at the plasma membrane, assembling into a highly interconnected network that drives endocytic vesicle biogenesis. Recently, multiple groups have reported that early endocytic proteins form flexible condensates, which provide a platform for efficient assembly of endocytic vesicles. Given the importance of this network in the dynamics of endocytosis, how might cells regulate its stability? Many receptors and endocytic proteins are ubiquitylated, while early endocytic proteins such as Eps15 contain ubiquitin-interacting motifs. Therefore, we examined the influence of ubiquitin on the stability of the early endocytic protein network. In vitro, we found that recruitment of small amounts of polyubiquitin dramatically increased the stability of Eps15 condensates, suggesting that ubiquitylation could nucleate endocytic assemblies. In live cell imaging experiments, a version of Eps15 that lacked the ubiquitin-interacting motif failed to rescue defects in endocytic initiation created by Eps15 knockout. Furthermore, fusion of Eps15 to a deubiquitylase enzyme destabilized nascent endocytic sites within minutes. In both in vitro and live cell settings, dynamic exchange of Eps15 proteins, a hallmark of liquid-like systems, was modulated by Eps15-Ub interactions. These results collectively suggest that ubiquitylation drives assembly of the flexible protein network responsible for catalyzing endocytic events. More broadly, this work illustrates a biophysical mechanism by which ubiquitylated transmembrane proteins at the plasma membrane could regulate the efficiency of endocytic recycling. Significance StatementThe assembly of proteins into dynamic, liquid-like condensates is an emerging principle of cellular organization. During clathrin-mediated endocytosis, a liquid-like protein network catalyzes vesicle assembly. How do cells regulate these assemblies? Here we show that ubiquitin and endocytic proteins form a dynamic, mutually-reinforcing protein network in vitro and in live cells. To probe the impact of ubiquitylation on the dynamics of endocytosis, we engineered opto-genetic control over recruitment of proteins to nascent endocytic sites. While recruitment of wildtype proteins promoted endocytosis, recruitment of deubiquitylases, enzymes capable of removing ubiquitin, resulted in disassembly of endocytic sites within minutes. These results illustrate that ubiquitylation can regulate the fate of endocytic structures, elucidating a functional connection between protein condensates, endocytosis, and ubiquitin signaling.
Autores: Jeanne Stachowiak, F. Yuan, S. Gollapudi, K. Day, G. Ashby, A. Sangani, B. Malady, L. Wang, E. M. Lafer, J. Huibregtse
Última atualização: 2024-05-19 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.08.21.554139
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.08.21.554139.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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