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# Ciências da saúde# Neurologia

Impacto do Tratamento Agressivo de Febre na Malária no SNC em Crianças

Estudo analisa os efeitos do tratamento da febre em lesões cerebrais em crianças com malária do SNC.

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A malária do SNC, causada pelo parasita P. falciparum, é uma forma grave da doença que afeta o cérebro e causa sérios problemas de saúde em crianças, especialmente na África. Esse tipo de malária pode levar a problemas como consciência prejudicada e convulsões. Muitas crianças que sobrevivem à malária do SNC sofrem efeitos a longo prazo, como epilepsia, dificuldades de movimento, cegueira, problemas de raciocínio e questões comportamentais.

Os tratamentos atuais para a malária ajudam a eliminar os parasitas do sangue e podem salvar vidas, mas muitas crianças ainda enfrentam danos cerebrais a longo prazo após se recuperarem da doença. Estudos mostram que uma febre mais alta durante a doença pode aumentar as chances desses problemas duradouros nas crianças. Por exemplo, crianças que desenvolvem epilepsia costumam ter uma temperatura máxima mais alta durante a doença em comparação com aquelas que não desenvolvem.

Em lugares como os Estados Unidos, os profissionais de saúde tomam medidas rigorosas para controlar a febre em pacientes gravemente doentes, acreditando que controlar a febre pode prevenir mais danos ao cérebro. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere apenas medidas leves para controlar a febre em casos de malária.

Diretrizes Atuais e Questões

A OMS recomenda tratar febres altas em pacientes com malária com paracetamol, mas essa abordagem se mostrou limitada em reduzir a febre em crianças com malária. Alguns estudos descobriram que crianças ainda podem ter febres altas e complicações, como convulsões febris, mesmo durante o tratamento.

Um novo estudo chamado Fever RCT está acontecendo no Malawi e na Zâmbia para descobrir se o uso de dois tipos de medicamentos antitérmicos, paracetamol e ibuprofeno, pode ajudar a reduzir lesões cerebrais em crianças com malária do SNC. Este estudo compara os efeitos desse tratamento agressivo com o cuidado padrão recomendado pela OMS.

Objetivo e Design do Estudo

O objetivo deste estudo observacional é entender quão eficaz é o tratamento agressivo da febre na prevenção de lesões cerebrais e na melhoria dos resultados de saúde em crianças que tiveram malária do SNC. Os pesquisadores vão buscar permissão dos pais das crianças incluídas no Fever RCT para coletar informações sobre exames cerebrais e progresso no desenvolvimento após a recuperação da doença.

As crianças receberão ressonâncias magnéticas e passarão por avaliações para verificar seu desenvolvimento e comportamento um mês e um ano após a doença. O estudo vai comparar os resultados entre crianças que receberam tratamento agressivo para a febre e aquelas que receberam cuidados padrão.

Metas Específicas

  1. Comparação de Lesões Cerebrais: Os pesquisadores vão observar quantas crianças mostram sinais de Lesão Cerebral através de exames de ressonância. O objetivo é ver se aquelas que receberam tratamento agressivo têm menos sinais de lesão em comparação com as que receberam cuidados padrão.

  2. Dano Estrutural Cerebral: O estudo também vai comparar tipos específicos de dano cerebral entre os dois grupos, como encolhimento geral do cérebro e danos em regiões específicas. Os pesquisadores vão investigar se o tratamento agressivo reduz a quantidade de dano nessas áreas.

  3. Avaliações de Segurança: A segurança é uma preocupação importante. Na Zâmbia, onde técnicas avançadas de imagem estão disponíveis, o estudo vai verificar se há problemas de sangramento no cérebro relacionados ao tratamento. Os pesquisadores também vão procurar sinais de problemas renais após a recuperação da malária do SNC.

População do Estudo

O estudo vai incluir crianças de 2 a 11 anos que participaram do Fever RCT e sobreviveram à infecção aguda de malária. Os pesquisadores vão coletar dados apenas daqueles que tiveram consentimento dos pais ou responsáveis.

Processo de Recrutamento

Os pais ou responsáveis das crianças que participaram do Fever RCT serão contatados para discutir o novo estudo. Se eles concordarem, os pesquisadores vão explicar os detalhes e buscar o consentimento para a participação. Para novos participantes, o consentimento será obtido quando a criança estiver estável.

Procedimentos do Estudo

Na Zâmbia, as crianças passarão por exames cerebrais usando máquinas de ressonância magnética, enquanto no Malawi, um método alternativo de escaneamento será utilizado. Os exames ajudarão a identificar quaisquer lesões cerebrais. Além da imagem, as crianças passarão por avaliações para checar seu desenvolvimento e comportamento.

Os pesquisadores também vão medir a função renal verificando os níveis de creatinina em amostras de sangue e urina. Se surgirem problemas durante as avaliações, os pais serão informados, e encaminhamentos serão feitos para cuidados adicionais.

Riscos e Benefícios

Embora haja riscos envolvidos, incluindo possível perda de privacidade e desconforto leve devido a exames de sangue, o estudo visa descobrir quão eficaz é o tratamento agressivo da febre na proteção das crianças contra lesões cerebrais a longo prazo. Crianças que podem mostrar sinais de danos cerebrais ou problemas renais receberão encaminhamentos para serviços adicionais.

Todos os custos de participação no estudo serão cobertos, incluindo despesas de viagem e compensação pelo tempo perdido.

Confidencialidade e Tratamento de Dados

Para proteger os participantes, apenas números de identificação do estudo serão usados nos registros. Todos os dados serão armazenados de forma segura e as informações pessoais permanecerão confidenciais. Qualquer comunicação necessária com as famílias será feita usando esses IDs de estudo.

Conclusão e Próximos Passos

Uma vez que o estudo seja concluído, os resultados serão compartilhados com organizações de saúde locais e enviados para publicação em revistas científicas. Esta pesquisa espera esclarecer se o tratamento agressivo da febre traz benefícios significativos para crianças se recuperando da malária do SNC.

Através de todo esse processo, a esperança é encontrar maneiras de proteger melhor essas crianças dos efeitos a longo prazo dessa doença séria, garantindo sua segurança e bem-estar durante a pesquisa.

Fonte original

Título: Protocol for a Magnetic Resonance Imaging (MRI) study of participants in the FEVER Randomized Controlled Trial: Does fever control prevent brain injury in malaria?

Resumo: BackgroundDespite eradication efforts, [~]135,000 African children sustained brain injuries as a result of central nervous system (CNS) malaria in 2021. Newer antimalarial medications rapidly clear peripheral parasitemia and improve survival, but mortality remains high with no associated decline in post-malaria neurologic injury. A randomized controlled trial of aggressive antipyretic therapy with acetaminophen and ibuprofen (Fever RCT) for malarial fevers being conducted in Malawi and Zambia began enrollment in 2019. We propose to use neuroimaging in the context of the RCT to further evaluate neuroprotective effects of aggressive antipyretic therapy. MethodsThis observational magnetic resonance imaging (MRI) ancillary study will obtain neuroimaging and neurodevelopmental and behavioral outcomes in children previously enrolled in the Fever RCT at 1- and 12-months post discharge. Analysis will compare the odds of any brain injury between the aggressive antipyretic therapy and usual care groups based upon MRI structural abnormalities. For children unable to undergo imaging without deep sedation, neurodevelopmental and behavioral outcomes will be used to identify brain injury. DiscussionNeuroimaging is a well-established, valid proxy for neurological outcomes after brain injury in pediatric CNS malaria. This MRI ancillary study will add value to the Fever RCT by determining if treatment with aggressive antipyretic therapy is neuroprotective in CNS malaria. It may also help elucidate the underlying mechanism(s) of neuroprotection and expand upon FEVER RCT safety assessments.

Autores: Gretchen L. Birbeck, M. B. Chilombe, K. B. Seydel, C. A. Hammond, S. Mwanza, A. Patel, F. Lungu, S. wa Somwe, S. Kampondeni, M. J. Potchen, M. P. McDermott

Última atualização: 2023-11-10 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.10.23298374

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.10.23298374.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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