Melhorando a Justiça em Sistemas de Recomendação
Essa pesquisa fala sobre a justiça nas recomendações, aumentando a visibilidade de itens frios.
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Índice
Sistemas de recomendação são super usados em várias áreas, tipo e-commerce, entretenimento e redes sociais, pra sugerir produtos ou conteúdos baseados nas preferências e comportamentos passados dos usuários. O objetivo desses sistemas é dar sugestões precisas pra manter a galera engajada e satisfeita. Mas, ultimamente, surgiu uma preocupação sobre a justiça nessas recomendações, especialmente sobre como diferentes grupos de itens são tratados.
Quando os sistemas de recomendação fazem suas sugestões, muitas vezes eles acabam favorecendo itens populares, deixando de lado os que são menos populares, conhecidos como "itens frios". Isso levanta a questão se as recomendações são realmente justas ou se acabam gerando uma exposição desigual entre os itens.
Justiça em Sistemas de Recomendação
Justiça é uma parte crucial de qualquer sistema de recomendação. Se um sistema sempre favorece certos itens em detrimento de outros, isso pode causar uma experiência negativa pra usuários que não veem recomendações que combinem com seus interesses. Nesse contexto, a justiça pode ser entendida de duas maneiras principais: Justiça de Grupo e Justiça Individual.
Justiça de grupo refere-se a garantir que diferentes grupos de itens tenham uma exposição semelhante nas recomendações. Por exemplo, se um sistema favorece itens de uma categoria (como roupas masculinas) em relação a outra (como roupas femininas), ele falha em fornecer uma experiência equitativa pra todos.
Justiça individual, por outro lado, foca em tratar as preferências de cada usuário de forma independente. Um sistema pode ser justo em termos de grupo, mas ainda assim ser injusto com indivíduos dentro do grupo.
Nos últimos anos, tem se dado cada vez mais importância à luta pela justiça em sistemas de recomendação. Isso é especialmente crucial em áreas como contratação, saúde e educação, onde recomendações tendenciosas podem ter consequências graves.
O Problema com Itens Frios
Itens frios, ou itens menos populares, são frequentemente ignorados nos sistemas de recomendação. Embora os algoritmos possam gerar resultados justos em um nível alto (mostrando um equilíbrio entre grupos), eles podem, sem querer, prejudicar a visibilidade desses itens frios. Isso resulta em um cenário de recomendações desigual, onde apenas os itens populares se destacam, enquanto outros itens ficam sem exposição.
A abordagem tradicional pra gerenciar a justiça geralmente envolve olhar a distribuição de recomendações entre os grupos. No entanto, esse método muitas vezes perde o impacto negativo nos itens frios dentro dos grupos específicos, gerando uma lacuna de justiça. É aí que nosso foco entra: entender como podemos melhorar a exposição de itens frios, mantendo a justiça geral nas recomendações.
Abordagens Recentes para a Justiça
Várias estratégias e métodos foram propostos pra melhorar a justiça em sistemas de recomendação. Essas estratégias geralmente se dividem em três categorias:
Pré-processamento: Isso envolve modificar os dados de treinamento pra remover preconceitos antes de treinar um modelo de recomendação. O objetivo é criar um conjunto de dados justo que evite injustiças desde o início.
In-processamento: Esse método modifica os próprios algoritmos de recomendação pra garantir justiça durante a fase de aprendizado.
Pós-processamento: Essa abordagem envolve ajustar as recomendações depois que foram geradas, garantindo que critérios de justiça sejam atendidos antes de apresentar as sugestões aos usuários.
Nossa pesquisa foca na abordagem de pós-processamento, especificamente em um método amplamente usado chamado Reclassificação de Justiça do Produtor (PFR). Esse método visa equilibrar a utilidade da recomendação entre diferentes grupos de itens enquanto melhora a justiça.
A Necessidade de Emendas
Embora o PFR tenha mostrado potencial pra alcançar recomendações mais justas, ele costuma ignorar as necessidades dos itens frios. Como resultado, esses itens podem ter a visibilidade e exposição diminuídas, mesmo quando a justiça geral entre grupos parece aceitável.
Pra resolver esse problema, propomos uma emenda à abordagem tradicional do PFR. Esse novo método introduz um foco nos itens frios, permitindo uma maior visibilidade e garantindo que esses itens não fiquem pra trás no processo de recomendação.
Nossa Solução Proposta
Nossa solução proposta combina a necessidade de melhorar a justiça em nível de grupo com o elemento crucial de aumentar a exposição de itens frios.
Pra conseguir isso, introduzimos um novo parâmetro que incorpora a novidade dos itens no sistema de recomendação. Isso significa que, além de considerar a justiça entre grupos, o sistema também olhará como itens novos ou menos populares podem ser integrados nas recomendações sem sacrificar a precisão geral.
Nosso método usa itens existentes junto com itens recém-introduzidos pra criar recomendações que representem adequadamente os interesses de todos os usuários, enquanto dão uma chance pros itens frios brilharem.
Avaliação do Método Proposto
Pra avaliar a eficácia da nossa abordagem de PFR emendada, realizamos uma série de experimentos usando vários conjuntos de dados de diferentes áreas, incluindo filmes, produtos de beleza, e-commerce, locais e música. Essa diversidade nos ajuda a garantir que nossas descobertas sejam aplicáveis em diferentes contextos e não estejam limitadas a uma área específica.
Nosso objetivo é avaliar quão bem nosso método mantém a justiça de grupo, além de aumentar a visibilidade dos itens frios em comparação com métodos tradicionais. Esses experimentos nos permitem coletar dados sobre as melhorias feitas por nossas propostas e analisar como elas se comportam em diversas condições.
Configurando os Experimentos
Começamos preparando nossos conjuntos de dados, que foram filtrados pra garantir que contenham avaliações relevantes o suficiente. Essa etapa de pré-processamento melhora a confiabilidade dos nossos testes, levando a resultados mais significativos.
Uma vez que os conjuntos de dados estão prontos, dividimos eles em conjuntos de treinamento, validação e teste. O conjunto de treinamento é usado pra treinar nossos modelos, o conjunto de validação nos ajuda a ajustá-los, e o conjunto de teste nos permite avaliar seu desempenho.
Em cada experimento, comparamos nossa abordagem de PFR emendada com o modelo de PFR tradicional pra ver como o novo método se sai em situações práticas.
Resultados e Descobertas
Os resultados dos nossos experimentos revelam algumas tendências interessantes. Primeiro, observamos que nosso modelo de PFR emendado consistentemente melhora a visibilidade dos itens frios. Isso é evidente em todos os conjuntos de dados testados, indicando que os ajustes propostos são eficazes em combater o viés contra itens menos populares.
Além disso, nosso método melhora a justiça em nível de grupo sem reduzir significativamente a precisão. Em alguns casos, a precisão até aumentou um pouco, sugerindo que a melhoria da justiça não vem à custa do desempenho.
Essa é uma descoberta crítica, pois reforça a noção de que justiça e precisão podem coexistir em sistemas de recomendação.
Analisando a Justiça de Sub-grupos
Quando olhamos de perto a justiça de sub-grupos, descobrimos que nossa emenda leva a um aumento significativo na exposição de itens frios em comparação com abordagens tradicionais. Esse novo nível de foco em itens menos populares ajuda a criar um ambiente de recomendação mais equilibrado.
Por exemplo, em vários conjuntos de dados usados, nossas emendas resultaram em métricas de justiça melhoradas. Essas melhorias ilustram a capacidade do nosso método de abordar as falhas encontradas nas abordagens PFR existentes, especificamente em relação aos itens frios.
Implicações para Trabalhos Futuros
As implicações da nossa pesquisa vão além de apenas melhorar recomendações para itens frios. Ela destaca a necessidade de reavaliar continuamente as abordagens de justiça pra garantir que não favoreçam inadvertidamente um grupo de itens em detrimento de outro.
Olhando pra frente, encorajamos a exploração contínua de métodos pra melhorar sistemas de recomendação. Isso inclui avaliações contínuas de como novas técnicas podem trabalhar em conjunto com modelos tradicionais, bem como investigar os efeitos das diferentes preferências dos usuários nas saídas de justiça.
Ao entender melhor as nuances dos sistemas de recomendação, podemos criar ferramentas que realmente atendam a todos os usuários, oferecendo a melhor experiência possível enquanto garantimos justiça.
Conclusão
Resumindo, nossa pesquisa aborda uma preocupação urgente na área de sistemas de recomendação: a exposição desigual de itens frios em comparação com itens populares. Ao propor uma emenda aos métodos tradicionais de justiça, melhoramos a visibilidade desses itens enquanto mantemos a precisão e a justiça geral dentro do sistema.
Nossas descobertas contribuem com insights valiosos sobre como os sistemas de recomendação podem evoluir pra se tornarem mais justos e inclusivos. À medida que essa área de pesquisa continua a crescer, esperamos que nosso trabalho possa servir como um trampolim pra criar sistemas mais equitativos pra todos os usuários, permitindo que descubram e aproveitem uma variedade maior de opções.
Num mundo cada vez mais dominado por recomendações digitais, garantir justiça e igualdade não é apenas um desafio técnico; é uma responsabilidade social. Ao priorizar a justiça nos sistemas de recomendação, podemos ajudar a moldar um futuro onde todas as vozes e itens tenham a oportunidade de serem ouvidos e apreciados.
Título: Fairness for All: Investigating Harms to Within-Group Individuals in Producer Fairness Re-ranking Optimization -- A Reproducibility Study
Resumo: Recommender systems are widely used to provide personalized recommendations to users. Recent research has shown that recommender systems may be subject to different types of biases, such as popularity bias, leading to an uneven distribution of recommendation exposure among producer groups. To mitigate this, producer-centered fairness re-ranking (PFR) approaches have been proposed to ensure equitable recommendation utility across groups. However, these approaches overlook the harm they may cause to within-group individuals associated with colder items, which are items with few or no interactions. This study reproduces previous PFR approaches and shows that they significantly harm colder items, leading to a fairness gap for these items in both advantaged and disadvantaged groups. Surprisingly, the unfair base recommendation models were providing greater exposure opportunities to these individual cold items, even though at the group level, they appeared to be unfair. To address this issue, the study proposes an amendment to the PFR approach that regulates the number of colder items recommended by the system. This modification achieves a balance between accuracy and producer fairness while optimizing the selection of colder items within each group, thereby preventing or reducing harm to within-group individuals and augmenting the novelty of all recommended items. The proposed method is able to register an increase in sub-group fairness (SGF) from 0.3104 to 0.3782, 0.6156, and 0.9442 while also improving group-level fairness (GF) (112% and 37% with respect to base models and traditional PFR). Moreover, the proposed method achieves these improvements with minimal or no reduction in accuracy (or even an increase sometimes). We evaluate the proposed method on various recommendation datasets and demonstrate promising results independent of the underlying model or datasets.
Autores: Giovanni Pellegrini, Vittorio Maria Faraco, Yashar Deldjoo
Última atualização: 2023-09-30 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.09277
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.09277
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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