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Avanços na Detecção de Peptídeos Antimicrobianos

Um novo pipeline melhora a detecção de peptídeos antimicrobianos à medida que a resistência aos antibióticos aumenta.

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Índice

Peptídeos Antimicrobianos (AMPs) são proteínas pequenas que conseguem combater bactérias, assim como os antibióticos. Mas a estrutura e como eles são feitos na natureza são diferentes dos antibióticos. Antibióticos geralmente são substâncias simples criadas de um jeito específico por enzimas, enquanto os AMPs são cadeias maiores feitas por um processo chamado tradução ribossomal.

Como os AMPs Funcionam

Os AMPs têm várias maneiras de atacar bactérias nocivas. Diferente dos antibióticos, que basicamente bagunçam a parede externa das bactérias, os AMPs também conseguem entrar nas células bacterianas e estimular o sistema imunológico do hospedeiro. Essa característica dá aos AMPs a habilidade de agir contra muitos tipos de bactérias, tornando-os alternativas valiosas aos antibióticos tradicionais, especialmente agora que a resistência aos antibióticos tá se tornando um problema sério.

AMPs na Natureza

Apenas cerca de 11% dos AMPs confirmados vêm de bactérias, com muitos mais encontrados em plantas e animais. Esse número menor de bactérias sugere que ainda tem muitos AMPs bacterianos a serem identificados. Uma razão pra essa diferença pode ser que as ferramentas de software usadas pra prever e identificar AMPs costumam focar mais em dados de plantas e animais em vez de bactérias. Alguns fatores biológicos complexos, como a organização e uso das sequências de aminoácidos, criam diferenças nos resultados dessas análises entre os tipos de organismos.

É importante usar uma variedade de características ao prever AMPs, porque eles podem ter estruturas e funções bem diferentes. Muitos estudos sobre previsão de AMPs usaram métodos parecidos pra selecionar dados negativos que não representam AMPs reais, o que pode levar a resultados distorcidos. Com a alta variedade entre os AMPs, novas abordagens de previsão são necessárias.

Desafios na Previsão de AMPs

Um estudo recente tentou simplificar a forma como os cientistas pensam sobre a previsão de AMPs comparando com um jogo de cartas, mas ainda não existe um preditor focado principalmente em bactérias que aproveite as últimas descobertas sobre como as proteínas se dobram e como estão relacionadas umas com as outras.

O pipeline de AMPs visa criar uma abordagem geral pra prever AMPs usando vários métodos baseados em princípios da biologia, em vez de apenas métodos estatísticos. Os resultados mostram que esse pipeline consegue encontrar AMPs conhecidos que outros preditores podem deixar passar.

O Pipeline de Peptídeos Antimicrobianos

Esse pipeline usa diferentes linguagens de programação, como R e Python, e roda em um ambiente controlado. Ele produz dez lotes diferentes de candidatos a AMP usando métodos distintos. O pipeline começa com um arquivo de dados de sequência genética e termina com uma lista final de candidatos a AMP.

No início, o pipeline verifica se o software necessário tá tudo certo e confirma que o arquivo de entrada tá correto. Os próximos passos envolvem extrair pequenos segmentos de código genético chamados Quadros de Leitura Abertos (ORFs) das sequências de nucleotídeos fornecidas. Esses ORFs são então traduzidos em peptídeos, que são cadeias curtas de aminoácidos, usando uma tabela de códons bacterianos. Depois disso, o pipeline filtra esses peptídeos pra focar nos que têm mais chances de ser AMPs, como aqueles que contêm um aminoácido específico chamado Metionina.

Filtrando Candidatos com Base em Referências Biológicas

Apesar da representação distorcida nas bases de dados de AMPs, os dados de referência ainda são úteis pra filtrar candidatos a AMP potenciais com base em AMPs conhecidos. O Banco de Dados de Peptídeos Antimicrobianos (APD) é uma das fontes mais reconhecidas de AMPs confirmados. Uma análise do banco de dados encontrou muitas combinações de aminoácidos que não estão presentes em AMPs conhecidos, levando a uma filtragem adicional dos candidatos ao remover essas combinações.

O pipeline categoriza os aminoácidos nos peptídeos em nove tipos com base em suas propriedades químicas. Essa categorização permite que o pipeline defina uma faixa de valores aceitáveis pra cada tipo, o que ajuda a reduzir a lista.

Criando Lotes de Candidatos a AMP

O primeiro lote de candidatos contém peptídeos com um padrão específico de aminoácidos, indicando uma maior probabilidade de serem AMPs. O segundo lote detecta peptídeos de baixa complexidade com certas características estruturais. O terceiro lote foca em peptídeos que contêm uma sequência particular de aminoácidos hidrofóbicos, enquanto outro lote inclui peptídeos diversos que têm pelo menos um de cada aminoácido padrão.

O pipeline também usa padrões identificados através da análise de AMPs conhecidos e sequências bacterianas pra criar lotes adicionais. Esses padrões ajudam a identificar melhor peptídeos que podem ter atividade antimicrobiana.

Uma vez que os candidatos iniciais são selecionados, o pipeline prevê a estrutura tridimensional desses peptídeos, que é essencial pra entender como eles podem funcionar. O pipeline avalia a estrutura, garantindo que ela atenda a certos critérios antes de passar pra outra rodada de filtragem com base em características estruturais.

Seleção Final dos Candidatos

Depois de passar por vários processos de filtragem, o pipeline gera um conjunto secundário de candidatos cuja estrutura atende a critérios de homologia e estrutura. A lista final de candidatos consiste naqueles que aparecem várias vezes em diferentes métodos, destacando seu potencial como AMPs eficazes.

O pipeline então verifica se todos os arquivos intermediários estão presentes antes de produzir relatórios completos em formatos CSV e HTML.

Avaliação do Desempenho do Pipeline

Pra avaliar o pipeline, duas ferramentas diferentes são usadas pra pontuar a probabilidade de que um peptídeo seja um AMP. Essas avaliações mostram que os candidatos do pipeline têm mais chances de possuir propriedades antimicrobianas em comparação com aqueles gerados de sequências aleatórias.

Os resultados indicam que o pipeline encontra uma seleção diferente de AMPs em comparação com os métodos existentes, sugerindo que ele pode identificar candidatos valiosos que outros deixam passar.

Conclusão

O pipeline de peptídeos antimicrobianos adota uma abordagem abrangente pra detecção de AMPs, considerando fatores biológicos em vez de depender apenas de métodos estatísticos. Ao utilizar métodos diversos, o pipeline consegue produzir dez lotes de candidatos a AMP que contribuem significativamente pra compreensão e descoberta de novos peptídeos antimicrobianos.

Com a resistência aos antibióticos crescendo, encontrar e validar novos agentes antimicrobianos, como os AMPs, se torna cada vez mais crítico. Esse pipeline oferece um caminho promissor pra futuras pesquisas e possíveis desenvolvimentos terapêuticos.

Fonte original

Título: The antimicrobial peptides pipeline: a bacteria-centric AMP predictor

Resumo: Antimicrobial peptides (AMPs), unlike antibiotics, are encoded in genomes. AMPs are exported from the cell after expression and translation. In the case of bacteria, the exported peptides target other microbes to give the producing bacterium a competitive edge. While AMPs are sought after for their similar antimicrobial activity to traditional antibiotics, it is difficult to predict which combinations of amino acids will confer antimicrobial activity. Many computer algorithms have been designed to predict whether a sequence of amino acids will exhibit antimicrobial activity, but the vast majority of validated AMPs in databases are still of eukaryotic origin. This defies common sense since the vast majority of life on earth is prokaryotic. The antimicrobial peptides pipeline, presented here, is a bacteria-centric AMP predictor that predicts AMPs by taking design inspiration from the sequence properties of bacterial genomes with the intention to improve detection of naturally occurring bacterial AMPs. The pipeline integrates multiple concepts of comparative biology to search for candidate AMPs at the primary, secondary and tertiary peptide structure level. Results showed that the antimicrobial peptides pipeline identifies known AMPs that are missed by state-of-the-art AMP predictors, and that the pipeline yields more AMP candidates from real bacterial genomes than from fake genomes, with the rate of AMP detection being significantly higher in the genomes of seven nosocomial pathogens than in the fake genomes.

Autores: Werner Pieter Veldsman, Q. Zhang, Q. Zhou, L. Zhang

Última atualização: 2024-05-31 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.26.595993

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.26.595993.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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