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# Ciências da saúde# Medicina genetica e genomica

Síndrome de Lynch: Perspectivas sobre os Riscos de Câncer

Novas descobertas jogam luz sobre a síndrome de Lynch e seus riscos de câncer.

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A Síndrome de Lynch (LS) é uma condição genética que aumenta o risco de certos tipos de câncer, especialmente Câncer Colorretal (CRC) e câncer endometrial (EC). Antigamente, era conhecida como câncer colorretal hereditário não poliposo (HNPCC). Quem tem síndrome de Lynch tem uma chance maior de desenvolver câncer mais cedo em comparação com a população em geral.

Causas da Síndrome de Lynch

A síndrome de Lynch é causada por mudanças, chamadas variantes, em genes específicos que são responsáveis por consertar erros no DNA. Existem quatro genes principais envolvidos: MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2. Quando esses genes não funcionam direito por causa dessas variantes, podem ocorrer erros no DNA que aumentam o risco de câncer.

Risco de Câncer na Síndrome de Lynch

Pessoas com síndrome de Lynch geralmente enfrentam um risco significativo de desenvolver câncer colorretal. Elas também estão em risco para outros tipos de câncer, como o câncer endometrial, que afeta o revestimento do útero. É super importante que quem tem síndrome de Lynch saiba sobre os riscos de câncer, especialmente se tiver algumas Variantes Genéticas que podem influenciar como seus genes funcionam.

Desafios de Pesquisa

A maioria dos estudos que analisam o risco de câncer na síndrome de Lynch foca em pessoas que já foram diagnosticadas com a condição. Isso pode distorcer os resultados, porque só quem tem diagnóstico ou uma forte história familiar geralmente faz testes genéticos. Isso pode levar a uma superestimação do risco real de câncer associado a essas mudanças genéticas.

Descobertas Incidental e Triagem

Nos últimos anos, mais testes genéticos estão sendo realizados, às vezes revelando descobertas inesperadas. Organizações recomendam que as pessoas sejam informadas sobre essas descobertas, mesmo que não apresentem sintomas e não tenham história familiar de síndrome de Lynch. Com grandes biobancos e métodos de teste avançados, descobertas incidentais estão se tornando comuns.

O Papel de Grandes Estudos

Grandes estudos populacionais, como o UK Biobank, permitem estimativas melhores dos riscos de câncer associados a variantes genéticas sem o viés de focar apenas em indivíduos diagnosticados. No entanto, esses estudos também podem ter seus próprios vieses, como o viés de voluntários saudáveis, que pode levar a uma subestimação do risco de câncer.

Usando o Banco de Dados InSiGHT

O Banco de Dados InSiGHT coleta informações sobre variantes genéticas relacionadas ao câncer colorretal. Especialistas avaliam e classificam essas variantes como provavelmente prejudiciais (patogênicas) ou inócuas (benignas). Essa classificação ajuda a entender os riscos potenciais associados a diferentes variantes.

Identificação de Portadores no UK Biobank

No UK Biobank, um estudo envolvendo mais de 450 mil indivíduos foi feito usando sequenciamento de exoma completo, que analisa todos os genes. Entre os estudados, foram encontradas 465 variantes relacionadas à síndrome de Lynch. Desses, apenas um número pequeno foi classificado como provavelmente prejudicial.

Descobertas sobre Incidência de Câncer

O estudo mostrou que indivíduos com variantes patogênicas tinham uma incidência maior de câncer colorretal e endometrial em comparação com aqueles sem essas variantes. Especificamente, aos 70 anos, a incidência de câncer colorretal nesses indivíduos era bem maior do que em não-portadores.

Taxas de Câncer Colorretal por Gene

O risco de câncer colorretal variou dependendo da variante genética específica presente. Por exemplo, indivíduos com variantes no gene MLH1 tinham o risco mais alto, enquanto aqueles com PMS2 tinham um risco menor.

Taxas de Câncer Endometrial

Da mesma forma, o risco de câncer endometrial foi significativamente maior para portadores de certas variantes genéticas. Esse risco foi especialmente notável para variantes em MLH1, MSH2 e MSH6.

Sem Aumento de Risco para Câncer de Mama

Curiosamente, o estudo não encontrou um aumento significativo no risco de câncer de mama para indivíduos com síndrome de Lynch. Isso foi surpreendente porque alguns estudos tinham sugerido uma ligação entre a síndrome de Lynch e o câncer de mama.

Diferenças de Gênero no Risco

Algumas diferenças foram observadas com base no gênero. Por exemplo, portadores masculinos da variante MLH1 tinham um risco maior de câncer colorretal em comparação com portadoras femininas. No entanto, isso não foi observado em outras variantes genéticas.

História Familiar e Risco de Câncer

Uma proporção maior de indivíduos com síndrome de Lynch relatou ter uma história familiar de câncer colorretal em comparação com aqueles sem a síndrome. Essa história familiar foi especialmente pronunciada entre portadores de variantes genéticas MLH1 e MSH2.

Entendendo os Escores de Risco Poligênico

O estudo também analisou como variantes genéticas comuns, conhecidas como escores de risco poligênico, poderiam influenciar o risco de câncer. No entanto, não encontrou evidências de que essas variantes comuns tivessem um impacto significativo no risco de câncer para indivíduos com síndrome de Lynch.

Variantes de Significado Incerto

Além das variantes claramente prejudiciais, muitos indivíduos tinham variantes de significado incerto (VUS). Essas variantes não têm uma ligação clara com o risco de câncer, o que pode criar confusão para pacientes e profissionais de saúde. A maioria das VUS identificadas se comportou como variantes benignas no estudo.

Conclusão

As descobertas do estudo do UK Biobank fornecem informações valiosas sobre a síndrome de Lynch e os riscos de câncer associados. Elas destacam a importância do teste genético e a necessidade de uma comunicação clara sobre as implicações das descobertas genéticas. Conforme mais pessoas fazem testes genéticos, entender os riscos e a história familiar será crucial para melhores estratégias de gerenciamento e prevenção do câncer.

Fonte original

Título: Estimating cancer risk in carriers of Lynch syndrome variants in UK Biobank

Resumo: BackgroundLynch syndrome (LS) is an inherited cancer predisposition syndrome caused by genetic variants affecting DNA mismatch repair (MMR) genes MLH1, MSH2, MSH6, and PMS2. Cancer risk in LS is estimated from cohorts of individuals ascertained by family history of cancer, which is known to upwardly bias estimates. MethodsThe InSiGHT Database classifies MMR gene variants by pathogenicity through expert panel review of published evidence. 830 carriers of pathogenic or likely pathogenic (path_MMR) MMR gene variants from InSiGHT were identified in 454,756 UK Biobank participants using whole exome sequence. Nelson-Aalen survival analysis was used to estimate cumulative incidence of colorectal, endometrial, and breast cancer. ResultsCumulative incidence of colorectal and endometrial cancer by age 70 was elevated in path_MMR carriers compared to non-carriers (colorectal: 11.8% (95% CI: 9.5 - 14.6) vs. 1.7% (1.6 - 1.7), endometrial: 13.4% (10.2 - 17.6) vs. 1.0% (0.9 - 1.0)), but the magnitude of this increase differed between genes. Cumulative breast cancer incidence by age 70 was not elevated in path_MMR carriers compared to non-carriers (8.9% (6.3 - 12.4) vs. 7.5% (7.4 - 7.6)). Cumulative cancer incidence estimates in UK Biobank were similar to estimates from the Prospective Lynch Syndrome Database for all genes and cancers, except there was no evidence for elevated endometrial cancer risk in carriers of pathogenic PMS2 variants in UK Biobank. ConclusionThese results can be used to inform the management of incidentally identified cases of LS. For example, they support the application of existing colorectal cancer surveillance strategies for LS in incidentally identified cases.

Autores: Albert Tenesa, E. Fummey, P. Navarro, J.-P. Plazzer, I. M. Frayling, S. Knott

Última atualização: 2023-12-04 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.10.23298308

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.10.23298308.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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