Trabalhadores da saúde enfrentam aumento de infecções por Influenza A
Estudo revela taxas significativas de infecção por influenza A entre trabalhadores da saúde.
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Índice
A gripe, conhecida como influenza, é um vírus sério que ataca principalmente o sistema respiratório. Pode causar muita doença e, infelizmente, em alguns casos, levar à morte. Depois da pandemia de COVID-19, as infecções por gripe foram baixas durante os invernos de 2020 e 2021. Porém, no inverno de 2022, a Alemanha viu duas ondas notáveis de gripe. A primeira onda no final do outono foi causada principalmente pela Influenza A, afetando muitas pessoas, enquanto a segunda onda na primavera de 2023 afetou principalmente crianças e adolescentes com Influenza B. Isso aconteceu quando as restrições da COVID-19 estavam sendo retiradas.
Profissionais de Saúde e Risco de Gripe
Os profissionais de saúde, ou HCWs, estão especialmente vulneráveis a pegar a gripe. Eles estão em contato próximo com pacientes doentes, o que aumenta as chances de infecção. Isso é crítico porque a Influenza A é um dos principais vírus que causam infecções respiratórias graves e pode levar a pandemias. Por isso, é essencial desenvolver estratégias eficazes para prevenir infecções por Influenza A em ambientes de saúde-vacinas sazonais são uma abordagem chave nessa luta. Dada a importância dos serviços de saúde, é vital reduzir o número de trabalhadores doentes por causa da gripe.
Importância de Monitorar as Taxas de Gripe
Para criar estratégias de prevenção eficazes, precisamos acompanhar e entender quão disseminada a gripe está em diferentes populações, especialmente entre os funcionários da saúde. Isso envolve olhar as taxas gerais de infecções por Influenza A, o que significa descobrir quantas pessoas ficam doentes por causa do vírus em um período determinado. Isso inclui contar os casos assintomáticos-aqueles que não mostram sintomas, mas ainda assim carregam o vírus. Também é vital avaliar quão bem as vacinas sazonais funcionam.
As informações atuais sobre a tendência da gripe são limitadas. A maioria dos estudos analisou indivíduos que já estavam doentes ou tinham condições de saúde, e muitos foram feitos antes da pandemia de COVID-19 mudar muitas práticas. Durante a pandemia, as vacinações e medidas de higiene mudaram significativamente, o que dificulta aplicar estudos antigos ao contexto de hoje. Essa lacuna de informações é especialmente preocupante para entender o impacto da Influenza A nos profissionais de saúde agora que as restrições da pandemia foram aliviadas.
Um Novo Estudo Focado na Influenza A
Um estudo recente teve como objetivo analisar de perto quantos profissionais de saúde foram infectados pela Influenza A durante a temporada de gripe de 2022-2023. Também investigou fatores que influenciam essas infecções, incluindo quão eficaz foi a vacina sazonal.
Configuração do Estudo
Essa pesquisa foi parte de um estudo maior que foca em como a COVID-19 afetou a imunidade e a qualidade de vida entre os profissionais de saúde. Para ser incluído no estudo, os participantes precisavam ser funcionários de saúde adultos, dar consentimento por escrito e ter um histórico de vacinação ou infecção por COVID-19. Os dados coletados foram separados do status de vacinação contra COVID-19. Os participantes que tomaram a vacina sazonal contra a gripe tinham que esperar pelo menos duas semanas antes de serem envolvidos em avaliações adicionais.
A maioria dos participantes deste estudo veio de um grande hospital na Alemanha, mas outros de locais de saúde próximos também puderam participar. A temporada de gripe começou oficialmente em 24 de outubro de 2022 e durou até 8 de janeiro de 2023, com pico no final de dezembro. Durante esse período, outros vírus respiratórios também estavam presentes em graus variados.
Coleta de Dados
Os dados para este estudo foram coletados ao longo de quase um ano, de maio de 2022 até maio de 2023. Os participantes preencheram questionários e forneceram amostras de sangue. O estudo mediu especificamente os níveis de Anticorpos contra a Influenza A, já que isso indica se alguém foi infectado pelo vírus. A coleta inicial de dados ocorreu antes do início da temporada de gripe, e o acompanhamento foi feito após a temporada terminar.
O estudo também visou comparar se receber a vacina sazonal mudou o nível de anticorpos no sangue dos profissionais de saúde. O objetivo era ver se a vacinação melhorou a resposta imunológica deles.
Análise dos Dados
Os pesquisadores se concentraram em quantos profissionais de saúde mostraram um aumento nos anticorpos da gripe, indicando que foram infectados durante a temporada de gripe. Eles usaram métodos estatísticos para avaliar os resultados, comparando grupos com base em fatores como idade, status de vacinação e contato com pacientes.
Resultados sobre Taxas de Infecção por Influenza A
Dos dados coletados, cerca de 20% dos profissionais de saúde apresentaram um aumento significativo nos anticorpos, sugerindo que foram infectados pela Influenza A durante a temporada. Curiosamente, houve diferenças notáveis com base na idade e no contato direto com pacientes. Trabalhadores mais velhos e aqueles com contato frequente com pacientes eram mais propensos a mostrar sinais de infecção, o que levanta preocupações, já que medidas protetoras como o uso de máscaras ainda eram comuns durante esse período.
Além disso, a eficácia da vacina sazonal contra a gripe foi estimada em cerca de 22% com base no número de seroconversões observadas. Isso significa que a vacina ajudou até certo ponto, mas também mostrou que um número significativo de indivíduos vacinados ainda contraiu o vírus.
Implicações para Prevenir Infecções por Gripe
Os resultados deste estudo destacam a necessidade de vigilância contínua e o desenvolvimento de melhores estratégias de prevenção em ambientes de saúde. Com um em cada cinco profissionais de saúde potencialmente infectados, há uma necessidade clara de melhorar os programas de vacinação e outras medidas protetoras contra a Influenza A.
Os achados também indicam que a vacinação sozinha não é suficiente para parar a propagação da gripe, já que muitos trabalhadores ainda se infectaram. É vital incentivar as vacinações ao mesmo tempo em que se enfatiza outras estratégias protetoras, como usar máscaras e praticar boa higiene.
Limitações do Estudo
Essa pesquisa tem algumas limitações que devem ser observadas. A maioria dos participantes era do sexo feminino, o que reflete a composição de gênero na indústria da saúde. Além disso, o estudo focou apenas na Influenza A, o que é preocupante porque a Influenza B também pode impactar a saúde pública. O estudo dependia de testes de anticorpos para determinar as taxas de infecção, o que significa que pode haver algumas imprecisões em como os casos foram contados.
Além disso, os pesquisadores não rastrearam com que frequência os participantes foram expostos a casos confirmados de Influenza A, o que teria fornecido uma imagem mais clara dos fatores de risco para infecção.
Conclusão
Embora a gripe possa parecer apenas uma chatice sazonal, os dados mostram que pode levar a problemas de saúde significativos, especialmente entre os profissionais de saúde. A pesquisa contínua é essencial para monitorar as tendências da gripe, a eficácia das vacinas e as taxas gerais de infecção. Essas informações podem orientar melhores estratégias de prevenção em hospitais e ambientes de saúde para proteger tanto trabalhadores quanto pacientes.
Título: Examination of Influenza A Infection Rate, Its Determinants, and Seasonal Influenza Vaccine Effectiveness in the Post-COVID-19 Pandemic Era
Resumo: BackgroundIn the context of the COVID-19 pandemic, a pronounced wave of Influenza A occurred in the 2022/23 winter season under generally relaxed post-pandemic non-pharmaceutical preventive measures. AimThis study aimed to investigate the Influenza A infection rate, factors influencing its occurrence and seasonal Influenza vaccine effectiveness on seroconversion in the post-COVID-19 pandemic era. MethodsThe seroconversion of Anti-Influenza-A-Nucleoprotein/Matrix IgG was investigated in 402 healthcare workers (HCWs) during the winter season of 2022/2023 (23 May 2022 to 11 May 2023). The participants provided a serum sample and completed a study questionnaire both before and after the seasonal Influenza A wave (24 October 2022 to 8 January 2023). The levels of a vaccine-independent Anti-Influenza-A-Nucleoprotein/Matrix IgG were measured using the SERION ELISA classic Influenza A IgG assay, with a 2-fold increase as indicative of seroconversion after asymptomatic or symptomatic influenza infection. ResultsAmong the participants, 20.6% (95% CI 17.0-24.9%; 83/402) showed seroconversion. The multivariate logistic regression analysis revealed that the age category of [≥] 45 years (p=0.03) and regular patient contact (p=0.02) significantly influenced seroconversion. However, the factors male gender, BMI, smoking, household size, seasonal Influenza vaccination, and SARS-CoV-2 infection during the Influenza A season were not significantly associated with seroconversion. The effectiveness of the 2022/23 seasonal Influenza vaccine on seroconversion induced by Influenza infection was 22.6% (95% CI -17.1-50.6%). ConclusionDuring the initial Influenza A season following the COVID-19 pandemic, approximately 20% of HCWs contracted an Influenza A infection. This highlights a potential risk and a significant asymptomatic or symptomatic infection rate posing a theoretical risk for intrahospital transmission chains and nosocomial infections.
Autores: Isabell Wagenhäuser, I. Wagenhäuser, J. Mees, J. Reusch, T.-T. Lam, A. Schubert-Unkmeir, L. B. Krone, A. Frey, O. Kurzai, S. Frantz, L. Dölken, J. Liese, A. Gabel, N. Petri, M. Krone
Última atualização: 2023-07-12 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.08.23292128
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.08.23292128.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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