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Viés de Gênero na Tradução Automática: Papel da Tokenização

Este estudo analisa como a tokenização impacta o viés de gênero em modelos de tradução.

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A tradução automática é um campo que tá crescendo rápido no processamento de linguagem natural (NLP), mas enfrenta desafios, principalmente com relação ao preconceito de gênero. Esse preconceito acontece quando modelos de tradução fazem previsões baseadas em padrões enganosos, muitas vezes assumindo que profissões estão ligadas a gêneros específicos. Por exemplo, um modelo pode associar principalmente médicos a homens, levando a imprecisões na hora de traduzir pra línguas com substantivos gendered.

Neste estudo, a gente foca em como a forma como as palavras são divididas em partes menores-chamada Tokenização-afeta o preconceito de gênero na tradução automática. A gente analisa com que frequência diferentes títulos de trabalho gendered aparecem nos Dados de Treinamento e como esses fatores interagem pra moldar o comportamento do modelo.

As perguntas principais são:

  1. Como os tokenizers lidam com formas gendered de títulos de trabalho?
  2. Dividir palavras em partes menores impacta na Precisão da Tradução?
  3. Como a frequência das formas de gênero nos dados de treinamento interage com essas questões?

Respondendo essas perguntas, a gente quer iluminar o papel da tokenização na contribuição pro preconceito de gênero nos modelos de tradução.

Contexto

Preconceito de Gênero na Tradução Automática

O preconceito de gênero na tradução automática acontece quando um modelo reflete estereótipos sociais sobre papéis de gênero. Por exemplo, se um modelo de tradução traduz "médico" como masculino de forma consistente, pode perpetuar o estereótipo de que só homens podem ser médicos. Esse preconceito pode surgir de desequilíbrios nos dados de treinamento, onde certas formas de gênero estão super-representadas.

Pesquisas anteriores identificaram vários métodos pra lidar com o preconceito de gênero, incluindo ajustar os dados de treinamento pra serem mais equilibrados entre formas masculinas e femininas.

Tokenização e Sua Importância

Tokenização é o processo de dividir texto em unidades menores, chamadas tokens. Esses tokens podem ser palavras, subpalavras ou caracteres. Diferentes tokenizers lidam com a divisão de palavras de diferentes maneiras, o que pode impactar o desempenho do modelo. Em línguas onde profissões têm formas gendered, isso pode levar a uma representação desigual. Por exemplo, em espanhol, "médico" e "médica" são duas formas pra mesma profissão, mas podem ser tratadas de forma diferente em termos de tokenização.

Neste estudo, a gente examina como o processo de tokenização pode dividir nomes de profissões femininas e não estereotípicas em mais tokens em comparação com seus equivalentes masculinos, potencialmente afetando a precisão da tradução e perpetuando preconceitos.

Metodologia

Coleta de Dados

A gente usou modelos de tradução automática pra estudar a interação entre tokenização, frequência de formas de gênero e preconceito de gênero. Três línguas foram escolhidas pra análise: alemão, espanhol e hebraico. Todas essas línguas atribuem gênero gramatical aos títulos profissionais.

Coletamos dados sobre vários títulos de trabalho, traduzindo-os em formas masculinas e femininas com falantes nativos. Um conjunto de dados equilibrado, com um número igual de exemplos masculinos e femininos, também foi criado pra fins de teste.

Análise de Tokenização

Pra ver como diferentes formas de gênero foram tokenizadas, comparamos traduções humanas. A gente olhou quantos tokens cada profissão foi dividida pelos sistemas de tokenização usados nos modelos.

A gente esperava encontrar que formas femininas e antiestereotípicas de profissões geralmente eram divididas em mais tokens do que formas masculinas ou estereotípicas.

Medindo a Precisão da Tradução

A gente avaliou a precisão da tradução levando em conta as formas de gênero. Medimos quão bem cada modelo de tradução se saiu em traduzir os gêneros corretamente, especialmente pra formas femininas.

Usar um conjunto de dados que incluía frases com pronomes de gênero (como "ele" ou "ela") permitiu ver se as traduções combinavam com o gênero pretendido.

Examinando o Impacto da Frequência

A gente também considerou com que frequência formas de gênero específicas apareciam nos dados de treinamento. Essa frequência poderia influenciar tanto como as palavras eram tokenizadas quanto quão precisamente eram traduzidas.

Pra explorar isso, conferimos se formas de gênero menos frequentes tendiam a ser divididas em mais tokens e se isso afetava as taxas de sucesso da tradução.

Resultados

Padrões de Tokenização

Nossa análise mostrou que títulos de trabalho femininos e formas antiestereotípicas tendiam a ser divididos em mais tokens do que formas masculinas. Esse padrão foi consistente em todas as três línguas. Por exemplo, em alemão, a versão feminina de "médico" (Ärztin) frequentemente era dividida em mais tokens do que a versão masculina (Arzt).

Impacto na Precisão da Tradução

A gente encontrou uma relação clara entre tokenização e precisão da tradução. Quando formas femininas eram divididas em mais tokens, os modelos geralmente tinham mais dificuldade em traduzi-las corretamente. Isso foi particularmente verdadeiro ao comparar o desempenho das traduções de títulos de trabalho masculinos e femininos.

Papel da Frequência

A frequência teve um papel significativo nas nossas descobertas. As formas masculinas de profissões apareceram mais frequentemente nos dados de treinamento, o que significava que geralmente eram divididas em menos tokens. Isso levou os modelos a mostrarem uma preferência por formas masculinas nas traduções.

Quando controlamos pela frequência, a correlação entre o número de tokens e a precisão da tradução se tornou negligenciável, sugerindo que a frequência das formas de gênero era um fator chave que influenciava o preconceito do modelo.

Ajustando os Modelos

Pra lidar com o preconceito de gênero observado, ajustamos os modelos de tradução usando um conjunto de dados equilibrado. Essa etapa envolveu ajustar as camadas de embedding dos modelos-essencialmente a parte do modelo que ajuda a entender os significados das palavras.

Os resultados mostraram que o ajuste teve um impacto positivo. Os modelos ficaram melhores em traduzir formas femininas corretamente, enquanto a qualidade geral da tradução permaneceu estável. No entanto, alguns ajustes no vocabulário usado na tokenização também tiveram resultados mistos.

Em alguns casos, adicionar mais formas de gênero ao vocabulário de tokenização ajudou a reduzir o preconceito, enquanto em outros, isso afetou negativamente a qualidade da tradução. Essa inconsistência sugere que, embora lidar com tokenização possa ser útil, não é uma solução isolada.

Discussão

Principais Descobertas

As descobertas ressaltam a importância tanto dos dados quanto da tokenização em moldar o preconceito de gênero na tradução automática. As interações entre a frequência das formas de gênero e como elas são tokenizadas influenciam significativamente o comportamento do modelo.

Nossa pesquisa destaca que simplesmente mudar a forma como as palavras são divididas não é suficiente pra eliminar preconceitos. Em vez disso, garantir uma representação equilibrada nos dados de treinamento é crucial.

Direções Futuras de Pesquisa

Construindo sobre nossas descobertas, pesquisas futuras poderiam se expandir pra incluir outras línguas e examinar o papel de formas de gênero neutras na precisão da tradução. Entender diferentes contextos culturais e seus preconceitos associados também enriqueceria o campo.

Outra área pra estudo futuro é isolar diferentes fatores que contribuem pro preconceito de gênero, como frequência de palavras, métodos de tokenização e arquitetura do modelo. Ao entender melhor esses elementos, os pesquisadores podem desenvolver estratégias mais eficazes pra mitigar o preconceito de gênero na tradução automática.

Conclusão

Em resumo, nosso estudo lança luz sobre a relação complexa entre tokenização, frequência das formas de gênero nos dados de treinamento e preconceito de gênero na tradução automática. A gente encontrou que títulos de trabalho femininos e não estereotípicos são frequentemente divididos em mais tokens, o que pode impactar negativamente na precisão da tradução. Além disso, a frequência das formas de gênero nos dados de treinamento desempenha um papel vital nesse preconceito.

Ajustar modelos em conjuntos de dados equilibrados mostra promessas em reduzir o preconceito de gênero, mas é claro que ainda é preciso continuar trabalhando pra lidar com essa questão importante de forma eficaz. Ao continuar investigando os fatores que influenciam o preconceito de gênero, o campo da tradução automática pode avançar rumo a criar modelos mais justos e precisos.

Fonte original

Título: Exploring the Impact of Training Data Distribution and Subword Tokenization on Gender Bias in Machine Translation

Resumo: We study the effect of tokenization on gender bias in machine translation, an aspect that has been largely overlooked in previous works. Specifically, we focus on the interactions between the frequency of gendered profession names in training data, their representation in the subword tokenizer's vocabulary, and gender bias. We observe that female and non-stereotypical gender inflections of profession names (e.g., Spanish "doctora" for "female doctor") tend to be split into multiple subword tokens. Our results indicate that the imbalance of gender forms in the model's training corpus is a major factor contributing to gender bias and has a greater impact than subword splitting. We show that analyzing subword splits provides good estimates of gender-form imbalance in the training data and can be used even when the corpus is not publicly available. We also demonstrate that fine-tuning just the token embedding layer can decrease the gap in gender prediction accuracy between female and male forms without impairing the translation quality.

Autores: Bar Iluz, Tomasz Limisiewicz, Gabriel Stanovsky, David Mareček

Última atualização: 2023-09-30 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.12491

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.12491

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

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