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O Impacto da Identificação em Grupo no Desempenho

Essa pesquisa investiga como os laços entre grupos afetam a tomada de decisão coletiva e a atividade cerebral.

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A tomada de decisão em grupo é algo que rola em vários lugares, desde o trabalho até a sala de aula. Enquanto pode trazer resultados legais, nem todos os grupos funcionam bem e o sucesso deles pode variar bastante. Alguns grupos, que têm membros com habilidades iguais e trocam informações, acabam se saindo melhor do que outros. Pesquisas mostram que os grupos que mandam bem normalmente têm laços mais fortes entre os membros, enquanto os outros podem parecer mais desorganizados.

Um fator importante que influencia o desempenho de um grupo é a identificação do grupo. Isso se refere a quanto uma pessoa se sente conectada ao seu grupo e quão importante ele é para ela. Estudos indicam que quando as pessoas se identificam muito com seu grupo, elas tendem a se comunicar melhor e a trabalhar juntas de forma mais eficaz. Essa colaboração geralmente resulta em decisões melhores e um desempenho geral mais massa. Portanto, parece lógico pensar que um maior senso de identificação com o grupo levaria a um desempenho melhor.

O Cérebro e a Tomada de Decisão em Grupo

Quando chegamos na hora de decidir em grupo, algumas partes do cérebro têm um papel crucial. Duas áreas importantes são o córtex pré-frontal dorsolateral (DlPFC) e o córtex orbitofrontal (OFC). O DLPFC ajuda a regular as escolhas individuais com base nos objetivos e normas do grupo. Já o OFC ajuda a avaliar as possíveis consequências das diferentes decisões. Ele junta recompensas sociais e valores, impactando como as decisões são feitas no contexto de grupo.

Para entender como a identificação do grupo influencia o desempenho coletivo, é preciso olhar nos processos cerebrais envolvidos. A maioria dos estudos focou em como a atividade cerebral individual rola ou como vários cérebros trabalham juntos nas interações sociais. Mas essas abordagens sozinhas não conseguem captar totalmente as complexidades da dinâmica do grupo.

Objetivos da Pesquisa

Nessa pesquisa, a gente quer explorar como a identificação do grupo influencia o desempenho em tarefas de resolução de problemas colaborativos. Vamos também investigar os mecanismos cerebrais que sustentam essa relação, analisando atividades de cérebros individuais e de vários cérebros juntos. Isso vai dar uma visão de como nossos cérebros se adaptam quando estamos em situações sociais, especialmente em grupos.

Pra isso, a gente fez um experimento com vários grupos. Os participantes foram divididos em grupos onde o senso de identificação variava. Alguns grupos foram incentivados a se conectar, enquanto outros interagiram de forma mais casual. O desempenho de cada grupo na resolução de um problema foi avaliado pra ver como a identificação do grupo afetou os resultados.

Metodologia

Participantes

No total, 60 grupos de três participantes cada foram incluídos no nosso estudo, totalizando 180 estudantes saudáveis da faculdade. Eles foram recrutados pra avaliar como conseguiriam trabalhar juntos em uma tarefa específica. Cada participante deu consentimento pra participar.

Manipulação da Identificação do Grupo

Pra criar diferentes níveis de identificação do grupo, os participantes foram designados pra um grupo de alta identificação ou um de baixa identificação. Nos grupos de alta identificação, os participantes participaram de discussões para fortalecer conexões e encontrar traços em comum. Já nos grupos de baixa identificação, os participantes discutiram assuntos relacionados ao curso sem focar em identificar semelhanças.

Depois dessas discussões, os participantes avaliaram seu senso de identificação com o grupo. Essa avaliação aconteceu antes e depois das discussões pra ver se houve alguma mudança em como eles se sentiam conectados ao grupo.

Procedimento da Tarefa

Os participantes participaram de uma tarefa de resolução de problemas sobre um mistério de assassinato fictício. Cada grupo recebeu informações compartilhadas e privadas sobre três suspeitos. Os membros precisaram se comunicar efetivamente pra juntar as provas e identificar o culpado.

A tarefa envolveu uma leitura inicial das informações fornecidas, seguida de um período onde cada membro compartilhou suas informações privadas por meio de uma plataforma de mensagem. Depois, os grupos discutiram oralmente suas descobertas, levando a uma fase final de tomada de decisão. A qualidade das conclusões foi avaliada pra determinar a eficácia da colaboração do grupo.

Medindo o Desempenho Coletivo

Pra avaliar como cada grupo foi, a gente analisou as respostas deles sobre os suspeitos no mistério. As pontuações de desempenho foram baseadas em quão precisamente identificaram o suspeito culpado e suas razões pra essas decisões. O desempenho de cada grupo foi avaliado por revisores independentes pra garantir precisão.

Além disso, analisamos quão parecido o desempenho individual foi em relação ao do grupo pra ver se grupos mais coesos tendiam a ter respostas mais uniformes.

Monitoramento da Atividade Cerebral

A gente usou uma tecnologia chamada espectroscopia funcional por infravermelho próximo (fNIRS) pra medir a atividade cerebral enquanto os participantes se envolviam na tarefa. Esse método permite ver como diferentes áreas do cérebro são ativadas durante o trabalho em equipe. Focamos no DLPFC e OFC, já que eles estão ligados a processos de tomada de decisão.

Monitorando a atividade cerebral durante a tarefa de resolução de problemas, conseguimos avaliar como a identificação do grupo influenciou tanto o desempenho individual quanto o coletivo. Procuramos por padrões específicos na ativação cerebral e na colaboração que poderiam sugerir como os participantes trabalharam juntos.

Resultados

Identificação do Grupo e Desempenho

Nossas descobertas confirmaram que a identificação do grupo influencia significativamente o desempenho coletivo. Participantes nos grupos de alta identificação se saíram melhor do que aqueles nos grupos de baixa identificação. Essa tendência estava alinhada com nossa hipótese de que uma conexão mais forte no grupo leva a melhores resultados.

Os resultados também mostraram uma correlação positiva entre identificação do grupo e desempenho coletivo, sugerindo que grupos com um maior senso de pertencimento tendem a se sair melhor no geral.

Impacto na Atividade Cerebral Individual

Analisando a atividade cerebral, notamos uma ativação significativa no DLPFC entre os participantes dos grupos de alta identificação. Essa área é essencial pra tomar decisões que requerem autocontrole e consideração dos objetivos do grupo.

Além disso, as pontuações de desempenho individuais estavam intimamente ligadas à atividade do DLPFC. Isso significa que aqueles que estavam mais engajados dentro dos grupos também mostraram uma atividade cerebral mais forte nessa região.

Sincronização Neural e Desempenho Coletivo

A gente também notou um aumento na sincronização neural no OFC durante as tarefas. Uma maior sincronização nessa área do cérebro entre os membros do grupo se relacionou com pontuações de desempenho coletivo mais altas. Basicamente, à medida que os membros do grupo trabalhavam juntos de forma mais eficiente, a atividade cerebral deles se alinhava melhor, sugerindo uma colaboração eficaz.

Os resultados destacaram que a sincronização neural pode agir como um neuromarcador para o desempenho em equipe, mostrando como a identificação do grupo fortalece tanto o engajamento individual quanto os resultados do grupo.

Conectando Processos Individuais e de Grupo

Um dos achados intrigantes do nosso estudo foi a conectividade entre o DLPFC e o OFC. Essa conexão parece ter um papel crucial em ligar os processos de tomada de decisão individuais aos resultados de desempenho coletivo. Quando a ativação cerebral individual no DLPFC era forte, isso se correlacionava positivamente com a sincronização no OFC entre os membros do grupo.

A gente explorou como a conectividade da ativação cerebral entre essas duas áreas afetou tanto o desempenho individual quanto o de grupo. Nossa análise indicou que uma conectividade mais forte entre DLPFC e OFC resultou em uma maior semelhança entre o desempenho individual e o coletivo, sugerindo uma transição suave das contribuições individuais para as decisões compartilhadas do grupo.

Análise Dinâmica das Interações em Grupo

Pra entender completamente como a identificação do grupo impacta o desempenho coletivo pela perspectiva da atividade cerebral, analisamos de perto como a atividade cerebral única, GNS e a conectividade da ativação cerebral mudaram durante a tarefa.

A gente encontrou que aumentos significativos na ativação cerebral única geralmente aconteciam em fases específicas das interações em grupo. Por exemplo, um engajamento cerebral mais ativo rolava quando os participantes estavam compartilhando informações e discutindo possíveis conclusões. Esse timing ilustra como o trabalho em grupo é dinâmico, com a atividade cerebral respondendo às fases da interação.

O Papel da Qualidade da Troca de Informação

Outro fator que a gente investigou foi a qualidade da troca de informações durante as discussões em grupo. Nossos achados sugeriram que interações de melhor qualidade, caracterizadas por uma comunicação e cooperação mais eficientes, se correlacionaram diretamente com pontuações de desempenho coletivo melhores.

Notamos que grupos com alta identificação também tendiam a ter trocas de melhor qualidade, reforçando a ideia de que um forte senso de pertencimento incentiva uma colaboração eficaz.

Conclusão

Essa pesquisa destaca a relação intrincada entre a identificação do grupo, a atividade cerebral e a tomada de decisão coletiva. Nossas descobertas sugerem que, quando indivíduos sentem uma conexão forte com seu grupo, eles se saem melhor tanto individualmente quanto coletivamente. O DLPFC e o OFC desempenham papéis críticos nesse processo, com sua conectividade sendo essencial para uma colaboração bem-sucedida.

Entender essas dinâmicas pode oferecer insights valiosos sobre como equipes podem melhorar seu desempenho através de uma identificação e colaboração aprimoradas. À medida que continuamos a explorar esse campo, podemos descobrir ainda mais estratégias para um trabalho de grupo eficaz, contribuindo pra avanços em vários setores, desde a educação até ambientes de trabalho.

Fonte original

Título: Group identification drives brain integration for collective performance

Resumo: Group identification may influence collective behaviors and result in variations in collective performance. However, the evidence for this hypothesis and the neural mechanisms involved remain elusive. To this end, we conducted a study using both single-brain activation and multi-brain synchronization analyses to investigate how group identification influences collective problem-solving in a murder mystery case. Our results showed that groups with high levels of identification performed better individually compared to those with low identification, as supported by single-brain activation in the dorsolateral prefrontal cortex (DLPFC). Furthermore, high-identification groups also showed enhanced collective performance, supported by within-group neural synchronization (GNS) in the orbitofrontal cortex (OFC). The DLPFC-OFC connectivity played a crucial role in linking individual and collective performance. Overall, our study provides a two-in-one neural model to explain how group identification affects collective decision-making processes, offering valuable insights into the dynamics of group interactions.

Autores: Xianchun Li, X. Enhui, S. Zha, Y. Xu

Última atualização: 2024-06-03 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.03.597223

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.03.597223.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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